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    No esconderijo Harper

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    Mensagem por Mellorienna Sáb Jun 15, 2024 9:26 pm









    ☆A FORASTEIRA☆
    Mi'larhys
    ☆VÊNUS☆
    Mila Rhys




    Senti as dúvidas, a rejeição, a revolta revirando-se em Matt, mas também senti que espaço faria bem. Não respondi no mesmo momento — uma das lições mais preciosas que se poderia receber nas milhares de aulas com diversos tutores que pretendiam fazer de mim uma boa diplomata é que não se é obrigado a reagir instantaneamente a nada. Aquele desprezo continuava lá, permeando os sentimentos dele e amargando o laço entre nós. Mas as Sete Coroas do Trono não se fizeram em um rakna. Eu não estava com pressa.

    Quando retornei das lojas, encontrei Matt com a aparência de um garoto mi'wanish comum — mas eu o reconheceria mesmo que tivesse assumido a forma de golfinho de repente. A mente de uma pessoa era algo muito mais constante que seu exterior. Ele ainda não entendia isso e estava nitidamente feliz por se ver com as formas e cores que reconhecia como suas. Eu sorri para ele, com doçura sincera.


    "Manda a foto no grupo da equipe! Aqui."


    Fiz "V" com os dedos, imitando Matt, e dei o sorriso mais solar que poderia. Peguei o tablet das mãos dele e digitei "Matt e Mila na praia!" na legenda, incluindo símbolos de mar e sol. Depois entreguei o tablet de volta, ressaltando que eu esperava que mais fotos e vídeos fossem feitos naquela tarde!

    Matt continuava um pouco irritadiço, mas isso não me impediu de passar horas maravilhosas ao lado dele. Era basicamente como lidar com os ke'tanish — qualquer coisinha poderia levar um ke'tanish a sair no braço com alguém num bar, o que não os tornava companheiros menos divertidos. Eu e Matt comemos hambúrguer — que tinha o gosto maravilhoso que eu, por tanto tempo, imaginei que teria! — e tomamos sorvete. Não gostei tanto, mas os picolés eu amei! Eram coloridos e tinham sabores de frutas mi'wanish. Eram esplendores gelados no palito.

    Não saberia dizer o que eu senti ao entrar no mar. A emoção era tanta! O sal no mar deslizando pela minha pele me fazia pensar em abraços mi'wanish — eles tinham aquele cheiro de sal e sol e água. As ondas embalavam meu corpo, me moviam como se Mi'wan quisesse me tirar para dançar. E eu queria dançar!


    "Quero ir a Pueblo Alto."


    Estava sentada na areia, ao lado de Matt, comendo picolé de limão. Ele era um garoto bonito naquela forma, mas muito menos do que quando parecia saído de contos-de-fadas. Era como ver uma versão menos espetacular de algo que deveria ser incrível. Quase como pedir um Big Mac acreditando na foto e receber aquele sanduíche meio xoxo numa caixinha muito menor do que a propaganda — por sorte, as séries já tinham me alertado sobre isso e eu comi um delicioso hambúrguer gigante lotado de bacon e feito artesanalmente.


    "Sabia que eu achava que John Pablo fosse criança?
    Até hoje de manhã. Dei um abraço nele
    e o peguei cheirando meu cabelo.
    E se preocupando com os pensamentos,
    com medo de que eu percebesse na mente dele
    coisas nas quais crianças não pensam..."


    Havia uma risadinha na comunicação telepática e um rubor nas minha bochechas. Mordi o picolé de limão e encarei Matt.


    "Não importa como parecemos por fora.
    E nem como somos vistos por ninguém.
    Quem somos, fica por dentro."


    Ele provavelmente entenderia errado, todo irritadiço como estava, e eu já tinha começado a me acostumar com esse charme bélico.


    "O que eu quero dizer, Matt, é que só você decide o que pode te quebrar.
    Mesmo que a Natureza esteja rugindo de dor nas suas veias.
    Mesmo que milhares de vozes uivem aos seus ouvidos.
    Quem você é, sua essência, jamais será perdida.
    Você é a rocha contra a qual as ondas se quebram.
    E você não será vencido. É isso que te torna quem é.
    Que te torna humano."


    Aquela palavra tinha um som agradável que eu achava que Matt precisava ouvir. Humano. Não importava o que o espelho mostrasse. Não importava quantas vozes escutasse. Não importava a avalanche de sensações a que era submetido. Ser telepata não era tão diferente, afinal. Porém, achava que ele não gostaria de ouvir sobre essas experiências ainda.


    "E também é por isso que quero ir a Pueblo Alto!
    Raízes, Matt. Sentir que as tem não te torna diferente
    de ninguém. Todos temos. E algumas, dão churros!"


    Eu sorria e dava umas dançadinhas — mesmo sentada na areia. Os banhos de mar e as horas passadas ao sol haviam me deixado leve, feliz e confiante. John Pablo tinha saído com Jack e aquelas garotas e me deixado para trás, mas devia haver uma explicação perfeitamente inocente para isso. Quando nos encontrássemos na casa da família Harper, ele me contaria sobre a tarde divertida que tiveram fazendo coisas tranquilas e razoáveis.


    "A moça na loja me disse que vai ter uma festa,
    uma espécie de festival, com comidas e bebidas,
    música e bandeirinhas. Eu não sei o que são bandeirinhas,
    mas ela me disse que são coloridas! Eu amo cores!
    Ela me disse que tem a ver com a igreja,
    e que começou no sábado e vai só até hoje.
    E ela me vendeu uma roupa e enfeites pro cabelo.
    Eu vou lá, pra essa festa, essa noite!
    Acho que vou ficar bonita com as flores coloridas..."


    O cheiro do mar misturado à minha pele me deixava toda animada, como se nada mais pudesse dar errado no mundo. Deitei na areia, olhando as nuvens, e batendo os pés em chutinhos curtos, contendo um gritinho.


    "Eu quero dançar! Nós, lynnish, gostamos de música
    e amamos dançar! Mas aqui em Mi'wan...
    ... eu vi nos filmes. Tem umas danças...
    É como se tentassem fazer bebês, mas de roupa!"


    A gargalhada telepática veio fácil, acompanhada de um sorrisinho visível.


    "A vida pode ser tão linda quanto deixarmos, né?
    Mas... temos uma reunião para ir. Você está pronto?
    Preciso comprar um pacote de marshmallows também, pra B'rel.
    Vamos indo? Eu vou assim, de roupas de praia mesmo, pra reunião.
    Será que tem problema? Acho que não, né?"


    Picolé de limão era maravilhoso. Estava ansiosa para chegar em casa. E saber da tarde de todos. Da tarde de Jack e John Pablo. E da noite que viria a seguir.




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    Mensagem por shamps Sáb Jun 15, 2024 10:08 pm






    Era fácil para Kima sorrir com Alex falando que a levaria à praia qualquer dia, fosse só com ele ou com os demais.

    - Super heróis têm folga? - perguntou com admiração na voz, pois parecia que estavam sempre tensos e atentos que Kima até duvidava que eles descansassem.

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    Ouvir as palavras de dele sobre a vida real bateu fundo no coração da jovem, trazendo algumas lembranças.

    - Eu sempre pensei como seria legal estar dentro de um filme - ela falou com a voz branda e nostálgica, mal olhado para ele - então quando saí da City e descobri o mundo real percebi que já estava em um filme e não foi nada legal - olhou para ele de novo e deu um meio sorriso rápido e triste, voltando a olhar para frente e se afastando um pouco. Então ele disse que a ajudaria no processo, ela estendeu a mão para que ele a segurasse e voltassem a caminhar.

    Aquele lugar repleto de histórias do passado da família só fazia Kima ter mais certeza que tudo em torno de Alex era grandioso. Será que ela estaria à altura dele? Nem mesmo uma história ela tinha.

    - Sua história é incrível - ela passava os dedos por algumas imagens e troféus - quando abandonamos a City, toda a nossa história ficou para trás. Fotos e gravações desde meu nascimento ficou lá - ela tirou do bolso uma foto velha e mostrou para Alex - só me sobrou essa foto que sempre carreguei comigo - era uma foto em preto e branco de Kima alguns anos mais jovem e seus pais, o rosto de Vince estava descascado, algo que ela fez em seus momentos de fúria nos primeiros dias após a fuga - acho que... acho que preciso iniciar uma nova história...
    No esconderijo Harper - Página 4 53765754620_df6b052f95_n
    A história de seu avô era interessante e também fez ela sentir mais uma vez que mais coisas jogavam nos ombros daquele rapaz, mesmo assim ela sorriu para ele. Também a fez pensar na possibilidade de conhecer seus avós, os pais de sua mãe, que foram privados da convivência.

    - Você acha que seu avô vai gostaria de mim? Não conheço meus avós também... Será que o dr Brown tem pais? As vezes acho que não, como se ele tivesse brotado de um poço de lodo tóxico... Já pensei várias vezes na possibilidade de não ser filha dele, mas minha mãe sempre me garantiu que sim.

    Mil preocupações percorriam a cabeças daqueles jovens e Kima ficava impressionada como o Alex Harper conseguia pensar longe, se manter firme e maduro diante de todas aquelas cobranças. Kima teria que correr para alcança-lo. Como se alcança alguém que corre na velocidade da luz?

    - Me assusta esses heróis todos já nos verem como heróis. Um bando de jovens que explodiram um prédio, outros que foram tirados de lá... sem nenhum preparo. Já somos um grupo com líder e tudo... - ela respirou fundo e esfregou o braço - isso é assustador... as mortes... a justiça... o que vai acontecer? - ela esfregou os olhos como se espantasse algo de sua cabeça - tem razão, juntos teremos mais chances.

    Alex estava confiante para se abrir com Kima e ela o ouvia com atenção, então ele revelou mais coisas sobre sua família e seu pai. Então tinha muito mais cobranças e expectativas sobre os irmãos Harper. Kima esfregou os ombros dele como se aquele gesto ajudasse a diminuir aquele peso todo, como se dissesse que tudo ficaria bem. Ela também tinha incertezas sobre o seu futuro e aquilo a deixava mais próxima dele do que jamais imaginou.

    - Puxa, seu pai fez isso mesmo? Que romântico - tinha um tom sonhador naquela curta frase - foi muito corajoso. Somos incógnitas em nossa própria história... você acha que o Saladão tem planos para você e sua irmã? - era uma perspectiva assustadora e Kima sentiu um arrepio e tremeu brevemente. Que gente desgraçada que não dava paz para ninguém - sua família e os demais tem expectativas sobre você de todos os lados. Fiquei pensando agora se meus pais tiveram expectativas sobre mim... Minha mãe sempre disse que só queria me ver feliz. Não consigo nem imaginar a culpa que ela dever estar sentido se souber que fui capturada pela Tríade... - ela suspirou - quanto ao dr. Brown... acho que as expectativas de um cientista deve ser ver sua experiencia ser um sucesso... sou uma experiencia incompleta... ou ainda em desenvolvimento... um investimento de milhões perdido por aí... - ela deu um risada soprada tentando tirar um pouco de humor daquilo - sou uma moça muito valiosa, viu? - ela deu um soquinho leve no braço dele - acho bom você cuidar bem de mim - ria, mas tinha tristeza no fundo daquele mar que eram os olhos de Kima, o mar que não negava que eram herdados de Brown.

    Aquele garoto sempre tinha uma palavra reconfortante para ela e Kima ficou com o olhar marejado ao ouvi-lo dizer que ela era o coração da equipe e que todos gostavam dela, logo ela que sempre temeu ser odiada. Ela queria tanto ter amigos verdadeiros e ouvir aquilo a enchia de esperanças. Ela passou os dedos pelos olhos tirando as lágrimas que tentaram escorrer pela pele dourada de seu rosto. Ela balançava a cabeça negativamente, não acreditando nas palavras dele, não no sentido de achar que ele mentia, apenas não acreditava que podia ser daquele jeito.

    - Você acha isso mesmo? Que gostam de mim? - sorriu quando ele disse que ela sempre estaria na equipe - espero orgulhar nosso grupo.

    Após o beijo entre eles, Kima o abraçou apoiando a cabeça no peito dele, só queria ficar quietinha por tempo nos braços dele, sentindo-se protegida e segura, sem falar nada e nem se mexer, só ouvindo sua respiração e as batidas do coração.
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    Mensagem por Nazamura Sáb Jun 15, 2024 10:18 pm

    Evento simultâneo
    Nos celulares dos membros da equipe - no grupo da equipe.
    (@Dante, @vontheevil, @Shamps, @Alexyus)

    Chega uma foto de Mi'larhys (@Mellorienna) e Matthew Callaghan (@Mun) na praia fazendo "V" de vitória pra câmera, se divertindo.
    Mi'larhys e Matthew escreveu:"Matt e Mila na praia!" na legenda, incluindo símbolos de mar e sol.

    No tablet de Alex Harper que nesse momento - está em posse de Matthew chega a foto da Russa beijando JP assim que a foto da praia foi postada (notificação do zap, vocês dois viram)
    - Irmãozinhooooooooooooooo, dá uma olhada nisso, olha olha! - Alethea Harper enviou uma foto.



    @thendara_selune aguarde a atualização de sua cena com o Sentinel, a foto chega depois




    Mi'larhys (@Mellorienna) tome um golpe poderoso no emocional

    No esconderijo Harper - Página 4 Tomar-um-golpe-poderoso
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    Mensagem por Nazamura Sáb Jun 15, 2024 10:54 pm

    Sentinel respirou fundo, tentando manter a compostura enquanto absorvia as palavras de Hana (@thendara_selune). Seu instinto protetor estava em conflito com sua fachada de arrogância. Ele viu o medo e a vulnerabilidade nos olhos dela, um reflexo de suas próprias inseguranças e traumas. Ele segurou os ombros dela com firmeza, mas com um toque que sugeria cuidado.

    — Hana, você está segura agora. — A voz de Sentinel era firme, mas havia uma suavidade nela que ele raramente mostrava. — Estou aqui.

    Ele viu as lágrimas deslizarem pelo rosto dela, a vulnerabilidade que ela tentava esconder. As palavras dela sobre Azatoth e as visões na escola fizeram um nó se formar em seu estômago. Ele sabia o quanto essa batalha poderia ser devastadora, e a menção do garoto de cabelos prateados e olhos frios confirmou seus piores temores. Quando ela mencionou que queria ir ao santuário, Sentinel interveio.

    — Não é uma boa hora pra sair desse refúgio — O tom de voz dele ficou mais sério, e ele foi até a janela, espiando para fora. — Os cultistas de Azatoth começaram a se aproximar das redondezas. Eles ainda não sabem deste lugar, mas receio que possam estar atrás de você.

    Hana conseguia ver a tensão nos ombros de Sentinel. Era visível, como se ele estivesse tentando evitar que algum passado se repetisse. Sua linguagem corporal, o punho fechado enquanto vigiava pela janela do segundo andar da casa, e sua postura revelavam claramente que ele queria protegê-la. Havia algo mais profundo em sua preocupação, algo que transcendia a simples missão de um herói.

    Ele começou a falar, a voz carregada de uma dor antiga.

    — Na última vez que estive em equipe, o líder era um babaca imbecil. A equipe estava desunida, e quando um prédio desabou, entre os escombros, eu vi minha irmã morrer. — Sentinel não olhou nos olhos dela, a dor em sua voz evidente. — Eu não quero perder mais ninguém e não vou deixar que nada aconteça a você.

    Sentinel respirou fundo novamente, tentando manter a fachada. Mas por um breve momento, a máscara de arrogância caiu, revelando a verdadeira extensão de sua dor e determinação. Ele se virou lentamente para Hana, finalmente encontrando o olhar dela.

    — Vou te proteger, Hana. — A promessa estava clara em seus olhos, uma mistura de determinação feroz e uma preocupação genuína que ia além do dever.

    Opção Escolhida escreveu:Pergunta do Movimento: Como posso ganhar influência sobre ele?
    Resposta: Entendendo a motivação dele e porque ele faz o que faz, o evento que o fez ficar arrogante e fora de equipe, bem como o porque ele foi babaca com o lider de vocês logo no primeiro turno. Ai então você terá influência sobre ele.
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    Mensagem por vontheevil Sáb Jun 15, 2024 11:04 pm

    — Você quererrr me impressionarr, Jhon? Ah, Jhon, você serrr fofo.

    E o mundo parou por uns segundos... tudo eram sensações, meu corpo inteiro tremia, o gosto e o cheiro me atacaram como brasa. Se aquilo durou 10 segundos ou 10 minutos eu não sei dizer. Mas na minha cabeça eu esperava sair daquela situação um homem. Um Homem com H maiúsculo, tanto bullying dos meus amigos por ser virgem, tanta mentira contada não só para os outros como para mim mesmo. E da mesma maneira que todas aquelas sensações vieram, elas sumiram. O meu eu "super" que eu batizara de Fantasma tivera finalmente coragem de beijar uma mulher. Esse meu eu estava rígido de excitação, uma mulher bela e uma heroína me beijou. Mas, ao mesmo tempo algo parecia distante, talvez minha ligação com John o menino tímido. John queria alguém especial para aquele momento, alguém que o deixasse animado da mesma maneira que o Fantasma estava.

    Pego Ivanova pela mão e sigo em direção à mesa do bar. Fantasma sorri triunfante e orgulhoso, a menina alguns centímetros maior que eu me seguindo até minha mesa, o olhar de Jack orgulhoso em mim e a cara da Alethea ainda com o celular na mão, sorrindo de uma maneira misteriosa. Ainda não confio nela, nem em Ivanova completamente. Assim que me sento, com as pernas juntas das pernas de Ivanova e pronto para me aproximar de seu rosto novamente para um novo beijo John dentro do corpo do fantasma sente seu coraçãozinho batendo descompassado. Algo está errado aqui. Se não é e nunca foi um trote feito para me comprometer, eu não sei o que é. Desvio o meu rosto do olhar de Ivanova e encaro meu copo de vodka com suco de limão. Bebo um pequeno gole quase na esperança de que aquilo seja um tanto mais doce e mais gelado como um picolé.
    Mas o fantasma toma conta de mim, dou um segundo gole maior e mais confiante e sorrio para todos na mesa, confiando no futuro.

    Sinto o celular vibrar no bolso com uma sensação ruim no peito, será que é minha mãe? algum parente? algo errado aconteceu? Dou um rápido beijo nos lábios de Ivanova e me levanto pedindo licença.

    Saio em direção ao banheiro, mas ao invés de ir ao mictório eu olho a mensagem no celular. Antes mesmo da foto abrir, sou obrigado a apoiar as costas na parede e fecho os olhos respirando fundo. Mi'larhys está junto com um homem. Clico na foto enciumado e a abro desejando que o Sentinel pudesse ser destruído através do aparelho, mas não é ele na foto, é outro homem. Com o coração apertado e vontade de vomitar eu leio a legenda

    "Matt e Mila na praia!"

    O garoto planta que nunca me tratou bem junto com a Mila, a venusiana que eu queria levar para Pueblo Alto dançar e comer doces, exibi-la para minha mãe, que eu queria ensinar a nadar. Ta aprendendo a nadar com Matt, que está passeando com ela de roupas de banho. Imagino ela de bikini brincando na arrebentação e vou até a pia lavar o rosto. A água gelada me tira a vontade de brigar com alguém. Falo para o espelho.
    -Deixa de ser fraco John, seja o Fantasma, exiba Ivanova para seus primos, aproveite que ela é safada e parece gostar de você.

    E volto para o bar, esperando o momento de ir embora para a reunião com o Hyperboy, em algum lugar dentro de mim John Pablo decide que independente do que ocorrer ele irá passar em um mercadinho comprar caramelos, e quem sabe retornar um pouco antes para casa e se recompor antes da reunião. Tomar um bom banho e escovar os dentes, acabar com o gosto de álcool e framboesas antes de retornar. Mas antes disso tudo Fantasma tem mais uma hora para aproveitar a vida.
    Mun
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    Mensagem por Mun Dom Jun 16, 2024 1:09 pm

    a unwanted new me
    Era difícil explicar a sensação de estar em um ambiente tão cheio de pessoas e não me sentir acuado por isso. Em cada uma das barraquinhas que paramos, quando os atendentes olhavam para mim e sorriam, eu sabia que não estavam apenas fingindo ou tentando disfarçar o susto; aquela era apenas a reação que teriam com qualquer outro cliente e isso era... reconfortante. Eu não queria ser diferente das outras pessoas, não queria me destacar na multidão. Para mim, apenas ser mais um no mundo estava tudo bem porque é isso que a maioria das pessoas é.

    A sensação de estar comendo todas aquelas coisas depois de tanto tempo era incrível, quase como se fosse a primeira vez provando cada um daqueles lanches. Sentindo imensa nostalgia, optei apenas por minhas opções favoritas e ajudei Mila a escolher as melhores — segundo o meu próprio paladar e consequentemente a influenciando a, talvez, gostar das mesmas coisas que eu —. Falhei em fazê-la provar o hambúrguer tradicional, ao passo que ela expressou querer comer o mais recheado e eu preferia o mais simples, só com o pão, carne e queijo derretido. Na parte dos picolés, sugeri provar dos mais doces, sendo leite condensado o meu eterno número 1. Para sorvete? De chiclete e sonho azul, é claro, sempre os mais doces ou coloridos — ou, nesse caso, os dois! — conforme Mila expressou querer.

    Não foram poucas as fotos que tiramos. No fundo da minha mente, as palavras de Mila avisando que aquele seu apetrecho não duraria para sempre ecoava sem parar e por causa disso a única coisa que eu queria era aproveitar enquanto podia. No fundo, eu sabia que ter me conectado novamente com minha aparência verdadeira sabendo que não seria para sempre mais me traria sentimentos ruins quando tudo acabasse do que realmente me faria bem a longo prazo, mas quem poderia me culpar por não querer parecer com uma aberração?

    Não cheguei a mergulhar no mar, mas acompanhei Mila até que a água ficasse um pouco abaixo do joelho. Mesmo antes de me transformar eu não era muito fã de banhar naquele infinito de água salgada, apesar de achar aesthetic para uma fotinha ou duas. Enquanto a forasteira se divertia dando seus primeiros mergulhos, eu aproveitei para tirar algumas selfies e era perceptível até mesmo para mim o quão feliz eu estava por estar me vendo de novo. Meu coração acelerava a cada clique e pela primeira vez em tempos em me senti bem comigo mesmo... e realmente não queria que aquela sensação fosse embora.

    Sentados na areia depois de Mila dar um tempo do mar, eu coloquei o tablet sobre uma coxa e fui mostrando para a garota as fotos que tínhamos tirado até aquele ponto. Quando chegava uma das várias selfies, eu apenas passava rapidamente tentando disfarçar que estávamos apenas escolhendo quais enviaríamos no grupo. Estava indo tudo bem e eu quase já tinha esquecido a conversa que tivemos na nave.

    — Mas ele parece ser criança mesmo. — comentei me referindo ao Pablo — Ele parece ter o quê? Doze ou treze anos? Nessa idade os meninos terráqueos costumam não ter muito controle sobre suas reações perto de quem se sentem atraídos. Ele deve gostar de você. — expliquei superficialmente sem a intenção de me aprofundar sobre o conceito de puberdade logo ali. Dando uma risadinha imaginando aquele garotinho todo empolgado por sentir o cheiro de outra mulher, continuei passando o dedo de um lado para o outro na tela do tablet. Eu estava prestando atenção no que Mila estava dizendo, mas meu olhar não conseguia desgrudar daquelas imagens passando na tela.

    O sorrisinho que estava no meu rosto se desfez quando aquele papo de "quem somos está sempre dentro de nós" voltou e eu dei uma suspirada discreta. Mila parecia não ter entendido, mas eu não poderia culpá-la. Talvez mais para frente eu aprendesse a controlar a raiva da natureza e canalizá-la ao meu favor, mas ali, naquele instante, tal coisa não passava de apenas uma possibilidade. É, eu também queria que chegasse o dia que eu não estivesse mais refém em meu próprio corpo e mente, mas até aquele dia chegar eu me reservaria o direito de ficar chateado e até mesmo irritado com tudo isso. Mas então veio aquela palavra: humano. Eu não me sentia humano há... um bom tempo. Como poderia, não é? Corpo diferente, mente diferente e até mesmo sentimentos diferentes. Até qual ponto alguém pode mudar sem deixar de ser ele mesmo? Sem perder sua humanidade?

    No entanto, durante aquelas últimas horas, eu percebi que eu não tinha perdido quem eu era e gostava de ser. Eu me diverti, sorri, pude ser fútil e até mesmo fresco com comidas como sempre fui. Nada disso tinha sido arrancado de mim e nunca seria. Nisso, Mila estava certa. Percebendo e aceitando suas palavras, eu olhei rapidamente para ela e sorri apenas para voltar a me virar para o tablet. No fundo, eu ainda sou aquele garoto tímido que se escondia no laboratório de biologia quando era mais novo e só se abria com seus amigos próximos, então foi uma reação automática.

    — Sua nave tem GPS? Se não quiser conhecer ou provar mais nada, já podemos ir para Pueblo Alto. Vamos só enviar mais uma foto no grupo. Aqui, que tal essa? — perguntei apontando para uma selfie com Mila ao fundo com a boca toda suja de maionese e mostarda do hambúrguer enorme que ela pediu. Foi quando uma notificação subiu e pensando ser algum comentário no grupo sobre a nossa foto eu simplesmente cliquei sem nem ler. A aba com a irmã de Alex se abriu e eu corri para fechá-la imediatamente porque não queria invadir sua privacidade, mas a foto que apareceu puxou imediatamente a minha atenção — Olha só, não é o Pablo? — apontei dando risada — Viu? Eu disse que meninos da idade dele são mais atirados. — comentei com um grande ar de naturalidade na voz. Não era nada demais o beijo, mas a outra garota parecia bem mais velha. Ai, ai, essas crianças...



    @Nazamura Como a resposta de Mila ao movimento enfatizou a humanidade de Matthew, eu removo uma condição (será Irritado, a única que tenho no momento), aumento Mundano e diminuo qualquer outro Rótulo (será Aberração, já que ela estava falando da aparência dele).
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    Mensagem por Mellorienna Dom Jun 16, 2024 1:31 pm









    ☆A FORASTEIRA☆
    Mi'larhys
    ☆VÊNUS☆
    Mila Rhys




    "Mentirosos."


    Matt tinha pegado o tablet de Alex para mandar mais uma foto nossa no grupo da equipe, quando a foto apareceu na tela, enviada de um bar qualquer por uma Alethea Harper empolgadíssima.


    "Mentirosos."


    Senti meus olhos secarem quando a khapzis, minha mente de sobrevivência, mudou meu corpo, eliminando qualquer possibilidade de lágrimas. Havia apenas fogo no meu olhar agora, ardendo diante daquela fotografia que destruía todas as imagens mentais que eu havia nutrido ao longo das últimas horas.


    "Escória incapaz de empatia!
    Insensíveis! Irresponsáveis! Todos vocês!
    LIXO TERRÁQUEO IMUNDO!"


    Eu já estava a uns trinta centímetros do chão, o sangue rugindo aos meus ouvidos e abafando os comentários das pessoas que estavam na praia. Eu não me importava com eles. Não me importava com mais nada.


    "Meu sofrimento DIVERTE vocês?
    Pois o circo ACABOU!"


    Assumindo minha forma racial — uma estrela de fúria lilás cintilando ao poente daquele mundo — elevei-me a uns quatro metros sobre a areia e o mar, que começou a quebrar com violência súbita na praia abaixo.


    "Vocês jamais mereceram ter os olhos sobre mim!
    Eu sou a Dena do meu povo!
    E nunca mais serei humilhada!"


    Dei as costas a Matt e a pequena multidão atônita na praia, voando a toda velocidade para a minha nave. Quando entrei, a conhecida voz do computador de bordo me saudou com o honorífico que eu havia acabado de atirar à cara dele, ainda que não me entendesse, ainda que não tivesse se preocupado em tentar.

    — L-003. Mi'larhys-dena.

    — Motores em um quarto de dobra. Último curso. Acionar. — a nave subiu imediatamente, zunindo baixinho ao singrar o céu alaranjado ao pôr-do-sol — Iniciar gravação. Ofício à Denalynn sob as Sete Coroas do Trono. Data estelar 32218-9. Relato de Mi'larhys-dena recomendando a imediata aniquilação da raça humana.

    O computador fez um bipe e eu rosnei para a nave antes mesmo de ouvir a resposta que já sabia que viria:

    — O título da comunicação indica possível infração à diretriz de não interferência, pactuada através do Acordo de Cooperação nº 1404---.

    — Negado! — o computador interrompeu a fala e emitiu três bipes sequenciais, verificando minhas credenciais para negar a Primeira Diretriz. Então, bipou mais uma vez, indicando que havia voltado à gravação. Eu andava de um lado para o outro da nave, como um animal enjaulado — As interações havidas até o momento atestam serem os mi'wanish incapazes de reconhecer outras pessoas como tal e de se portarem com dignidade diante dos demais Filhos da Nerestelë. Eles... são cruéis.

    A voz travou na minha garganta. Havia tanto ar naquele mundo, tanto oxigênio livre sob o céu azul, mas eu não conseguia respirar. A mente de sobrevivência voltou a assumir meu corpo, liberando as lágrimas nos meus olhos e abrindo guelras no meu pescoço, como se estivesse em risco de afogamento. Mas não estava. Tristeza não era capaz de afogar ninguém de verdade.

    As imagens daquele dia voltavam com força, uma a uma.

    Alex/Hyperboy escreveu:- Espera, Mila! Lembre-se de falar com a boca com os terráqueos e não com a telepatia.

    - Mas o que foi que eu falei de errado?

    - Você sabe que eu não entendo venusiano! Mas seja o que for que eu disse, me desculpe...

    — Eles são incapazes de enxergar além do próprio ego. Não se preocupam em perguntar nada, em querer conhecer ou entender os outros. São insensíveis, autocentrados e irresponsáveis quanto aos sentimentos alheios. Não conseguem perceber onde erram e pedem desculpas vazias, apenas para encerrar conversas sem resolver nada, como crianças malvadas.

    Kima/Titânia escreveu:- Hana, você vai pra escola? E ela? - apontou para Mila.

    "Ah não, aquela fubanga xexelenta vai fazer aquilo de novo?"

    - De novo isso! Acalme-se, Mi'larhys. Por que quer tanto bater nele?

    — São incapazes de alteridade. Não conseguem se colocar no lugar do outro, não se importam com os pontos de vista de mais ninguém além de si mesmos. Usam de violência para silenciar quem não concorda com suas vias autocráticas. Gritam. Gritam e rangem os dentes o tempo inteiro.

    Matt escreveu:— VOCÊS NÃO SÃO BEM-VINDOS AQUI!

    — Mesmo quando tentamos ajudar, eles são agressivos e não param para pensar antes de agir. Fazem absoluta questão de ressaltar as diferenças entre nós, a estranheza aberrante para eles. Não conseguem perceber que somos fruto da mesma explosão estelar, que o "Sol" deles é a nossa mesma Nerestelë, que a matéria que compõe tudo nesse sistema solar veio do mesmo lugar. Eles são incapazes de perceber que todos temos formas físicas tão parecidas naturalmente porque somos irmãos em uma galáxia muito vasta. São ingratos o suficiente para não apreciarem o esforço lynnish e ke'tanish para manter nosso sistema solar seguro e esse planeta livre para se desenvolver.

    John Pablo/Fantasma escreveu:OBRIGADO. Você significa muito pra mim.

    — Eles mentem.

    John Pablo/Fantasma escreveu:você tem os olhos de quem quiser, você é linda!

    — Eles mentem.

    John Pablo/Fantasma escreveu:eu te seguiria minha Mi'laris, até teu planeta se fosse preciso.

    — Eles mentem.

    John Pablo/Fantasma escreveu:Você é bonita, mas eu gostaria de te ver rugir.

    Senti que passaria mal. A nave se mantinha parada no ar e muitos metros abaixo eu via pequenas flâmulas coloridas. Bandeirinhas. Meus joelhos cederam e flutuei até o assento mais próximo. Eu tinha deixado o curso para Pueblo Alto traçado antes de sair da nave naquela tarde.

    John Pablo/Fantasma escreveu:Confio em você. Podemos ir dançar, sim, ou comer churros hellenos, buenotes e choflan - você iria gostar de bolo de chocolate com pimenta? é ardido na boca, mas é doce. Podemos ir pra qualquer lugar que você queira.

    — Por que ele fez isso comigo? Ele era meu herói. Eu confiei nele. — desatei a chorar. As bandeirinhas tremulavam ao sol poente lá embaixo, como pontinhos de cor num mundo em chamas — Será que ninguém nesse planeta maldito percebe que eu sou uma pessoa? Será que ninguém se importa?

    Pensei em Hana e em Jack. Foram os únicos a não me tratarem abaixo de lixo até o momento. Mas Jack havia levado John Pablo com ele para aquele lugar onde o Farol havia se agarrado com a mascarada ruiva. Isso, por si só, já não seria traição que baste?

    O computador de bordo da nave emitiu um bipe e eu soube que tinha ficado em silêncio, chorando sozinha, por muito tempo.

    — Gostaria de transformar a comunicação em registro no diário pessoal?

    — ... sim. Exclua o envio e torne o registro confidencial.

    — Nível de segurança do registro: confidencial. Credenciais pessoais:

    — Mi'larhys-dena. — o computador emitiu mais um bipe e eu suspirei, secando o rosto. As guelras haviam sumido. Eu já conseguia respirar de novo, ainda que meu peito doesse e apertasse como se estivesse quebrada por dentro.

    E eu estava.

    E nunca mais voltaria àquela casa. Nunca mais.




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    Mensagem por thendara_selune Dom Jun 16, 2024 3:51 pm

    Hana.Ah, don't be afraid of the chaos.


    Falas
    Pensamentos/FalasNPCS




    Fiquei calada enquanto o ouvia, meus olhos atentos às suas linhas de expressão. Ele estava tenso, e meu rosto carregado de emoções densas enquanto falava dos cultistas de Azatoth. Havia pesar em suas palavras, por trás da máscara de arrogância que ele vestia, uma tentativa de se blindar e fugir do passado. O medo de repetir tudo que aconteceu era palpável. Então ele se afastou, e aquilo me doeu de um jeito que não conseguia descrever. Nem o conhecia direito, essas coisas de paixão à primeira vista me soavam como idiotice, mas lá estava eu, trêmula, porque o cara que estou vendo pela segunda vez me soltou.


    Conseguia ver a tensão nos ombros de Sentinel. Era visível, como se ele estivesse tentando evitar que o passado se repetisse. A linguagem corporal, o punho fechado enquanto vigiava pela janela do segundo andar da casa, e sua postura revelavam claramente que ele queria me proteger, e aquilo acendeu uma emoção incendiária dentro de mim.


    Fui até ele sem saber como ou que palavras usar. Naquele momento, não conseguia mensurar o que é perder alguém que amamos tanto, especialmente uma irmã. Quantas coisas terríveis ele deve ter pensado e ainda pensa, quantos demônios não sussurram na escuridão que ele foi fraco ou que a culpa é dele?! Entendia bem por que ele agiu daquela maneira com HB. Quando ele olhou para mim, meus olhos ardiam em vermelho, mas era de compaixão, um sentimento que me enfraquecia. Fui gerada por sentimentos egoístas e cruéis, mas aquele era novo para mim. Todo desdém e deboche que gostava de fingir ter se perdiam em pedaços menores, estilhaçados como um espelho.



    No esconderijo Harper - Página 4 Oig2_211





    "Shhh!" Foi tudo que consegui expressar no primeiro segundo que rompi a barreira entre nós. Não tinha como encorajá-lo com palavras épicas sem soar como um discurso ensaiado para impressionar ou dizer o quanto sentia sua dor, pois nunca senti nada igual. Era covarde demais e nunca suportaria como ele fez. Meus braços envolveram seu pescoço com delicadeza. A centímetros dele, sussurrei em um fio de voz o que achei certo dizer: "Acredito em você..." E o beijei demoradamente, não como uma garota inexperiente.

    Nem de longe era ingênua como Kima, que parecia tão fofinha. Acho que até Mila se sairia muito bem quando a intensidade de um beijo varresse qualquer lógica ou conhecimento teórico que ela tivesse da terra e seus habitantes, explodindo hormônios em uma caçada desenfreada por amor, aceitação e cumplicidade no toque de alguém que achamos ser o amor de nossas vidas. O puxei para perto, meu corpo colando ao dele, e deixei que cada centímetro dele me dominasse, sem necessidade de palavras bonitas ou juras impossíveis de cumprir. Isso era coisa para os adultos que precisam de garantias para se sentirem vivos mesmo quando dizem que amam alguém. Podia morrer amanhã, mas não morreria sem me sentir realmente viva e incendiada por tudo que ele podia me oferecer ali e agora.
    No esconderijo Harper - Página 4 Oig2_113



    Como quero que a fanfic termine HAHA:

    @Nazamura Atual estado da Hana é de assustada.
    Não tenho o talento da @shamps para fazer artes maravilhosas com a IA! Ela arrasa! 😍 A IA insistiu em dar tatuagens ao Sentinel que ele aparentemente não tem, HAHA, mas tentei montar e, enfim, consegui uma imagem melhorzinha para fechar meu post.  cheers  Cool  Como disse no zap, repito aqui: adoro a humanização dos personagens, sair da zona cinzenta que é criar personagens combativos e temerosos em expor suas inseguranças NOSSAAAAAA vocês arrasam I love you . Claro que essa é a proposta do jogo, mas vocês, juntamente com nosso narrador, têm conseguido me deixar super animada com a mesa. Arrasaram na construção das últimas cenas! HAHA  @vontheevil , @Alexyus , @Dante, @Mellorienna ,  @shamps e  @Mun  I love you  Cool



    Novo visual Hana:


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    Mensagem por Alexyus Dom Jun 16, 2024 8:53 pm

    - Super heróis têm folga? 

    - Pelo menos da escola temos que ter!

    - Sua história é incrível - ela passava os dedos por algumas imagens e troféus - quando abandonamos a City, toda a nossa história ficou para trás. Fotos e gravações desde meu nascimento ficou lá - ela tirou do bolso uma foto velha e mostrou para Alex - só me sobrou essa foto que sempre carreguei comigo - era uma foto em preto e branco de Kima alguns anos mais jovem e seus pais, o rosto de Vince estava descascado, algo que ela fez em seus momentos de fúria nos primeiros dias após a fuga - acho que... acho que preciso iniciar uma nova história...
    No esconderijo Harper - Página 4 53765754620_df6b052f95_n


    Alex ouviu aquilo e ficou comovido com a sensação de perda de Kima.

    Ele observou a fotografia e teve uma ideia:

    - Vem comigo!

    Indo até uma máquina específica que parecia um scanner, Hyperboy colocou a foto ali e acionou o aparelho. A foto de Kima foi projetada em 4D, com uma textura sólida, como um busto de uma estátua. Ele esperava que aquilo a ajudasse a ter mais memórias do que realmente importava, a família.

    - No sábado, nós podemos procurar o paradeiro da sua mãe. Ela vai gostar de reencontrar você... e no domingo, podemos ir para a praia juntos!

    - Você acha que seu avô vai gostaria de mim? Não conheço meus avós também...

    - Meu avô gosta de fingir que não gosta de ninguém, mas quem não gostaria de você, Kima?

    - Puxa, seu pai fez isso mesmo? Que romântico - tinha um tom sonhador naquela curta frase - foi muito corajoso. Somos incógnitas em nossa própria história... você acha que o Saladão tem planos para você e sua irmã?

    - O Omniman? Ele já disse isso alguma vezes, mas nem imagino que planos seriam esses... Mas aposto que não é nada de bom!

    - sua família e os demais tem expectativas sobre você de todos os lados. Fiquei pensando agora se meus pais tiveram expectativas sobre mim... Minha mãe sempre disse que só queria me ver feliz. Não consigo nem imaginar a culpa que ela dever estar sentido se souber que fui capturada pela Tríade... - ela suspirou - quanto ao dr. Brown... acho que as expectativas de um cientista deve ser ver sua experiencia ser um sucesso... sou uma experiencia incompleta... ou ainda em desenvolvimento... um investimento de milhões perdido por aí... - ela deu um risada soprada tentando tirar um pouco de humor daquilo - sou uma moça muito valiosa, viu? - ela deu um soquinho leve no braço dele - acho bom você cuidar bem de mim - ria, mas tinha tristeza no fundo daquele mar que eram os olhos de Kima, o mar que não negava que eram herdados de Brown.

    Alex sorriu para ela, mas estava em sintonia com os sentimentos de Kima:

    - Você pode ser uma experiência em desenvolvimento, mas agora é você quem está no comando. Você decide quais experiências quer ter e o que quer fazer. E não se preocupe, pretendo cuidar muito bem de você sempre...

    E abraçou-a ainda mais forte.

    - Você acha isso mesmo? Que gostam de mim? - sorriu quando ele disse que ela sempre estaria na equipe - espero orgulhar nosso grupo.

    - Eles não tem nenhum motivo para não gostar de você. Se tem alguém de quem eles podem não gostar, esse alguém sou eu, e vou ser mais ainda depois dessa reunião. Mas você, essa moça linda, fofa e gentil? Naaahh...

    Depois de mais um beijo, Alex disse:


    - Por falar nisso, acho melhor voltarmos. Não podemos nos atrasar para a reunião que nós mesmos convocamos!
    Mun
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    Mensagem por Mun Dom Jun 16, 2024 10:31 pm

    a unwanted new me
    — Esse picolé é mesmo bem bom. Não, e pior que parece que quanto mais eu mordo mais aparece. — me sentindo mais leve do que nunca, continuei saboreando o doce congelado e passando o dedo na tela tentando decidir (e favoritar!) as melhores fotos. Eu queria poder atualizar meu Aftergram, mas seria como colocar um GPS em mim que a Tríade poderia facilmente seguir (implicando que não tenho algum tipo de localizador em algum lugar dentro de mim, coisa que evito ficar pensando) e eu não sou idiota. Eu estava quase cogitando dar um mergulho no mar quando a voz de Mila (@Mellorienna) me alcançou.

    — Não gostou do picolé? — perguntei virando o rosto em sua direção. Como tínhamos acabado de comprar nossos doces (e ela já terminado o dela, aliás), eu pensei que ela estava chamando os vendedores de mentirosos, já que fizeram um super comercial daquele sabor super caro que ela pegou e talvez ele nem fosse tudo isso. Com um sorrisinho ainda desenhado, minha sobrancelha se franziu quando ela começou a levitar e seu corpo assumiu sua forma original. Ela continuou subindo, se revoltando e rebelando contra nós da Terra, e tudo isso enquanto eu ouvia seu lamento direto na minha cabeça. Talvez por conta da nossa ligação de antes, eu senti a raiva se misturando com a tristeza e gerando grande decepção, mas não entendi logo de cara o que estava rolando. Eu tentei encontrar seus olhos para entendê-la melhor, mas o sol quente ao fundo quase me cegou no processo e tudo o que conseguir ver foi sua silhueta sair voando de volta para a nave em alta velocidade. Aquilo me pegou de surpresa, mas pior ainda foi ver o jato alienígena levantar voo e partir pra sei lá onde.

    Perdido com o que tinha acabado de acontecer, eu fiquei encarando por alguns bons minutos com cara de paisagem o horizonte até depois da nave sumir ali. Foi então que processei: ela tinha simplesmente me soltado ali sozinho. Minha primeira reação foi rir de nervoso, porque se tínhamos idos juntos é claro que eu esperava uma carona de volta para casa. Não só isso, mas o turbilhão de sentimentos que de repente tomaram de conta dela não fez muito sentido para mim, e olha que isso está vindo do garoto que mais cedo xingou três futuros parceiros de equipe em completamente transe de fúria ao usar os poderes no máximo.

    Sem ter muito o que fazer, me levantei da areia e segui para uma barraquinha com o pensamento de não me expor demais. Agora que estava sozinho, a ameaça da Tríade pareceu me assombrar. Eles me capturaram de surpresa antes e poderiam fazer isso de novo, mesmo com meus novos poderes. Batucando os dedos na mesa redonda de madeira, deixei o som das ondas embalarem meus pensamentos por alguns segundos até de repente arregalar os olhos.

    — FOI ISSO? — exclamei de forma espalhafatosa o suficiente para fazer o casal na mesa ao lado me olhar torto. Juntando as mãos e curvando a cabeça de leve, pedi desculpas silenciosas e rapidamente desbloqueei o tablet. Eu sei que eu disse que não era legal fazer isso antes, mas dessa vez não pensei duas vezes antes de abrir a conversa de Alex com sua irmã e clicar na foto do rapazinho de antes beijando aquela garota. Encarando aquela cena em tela cheia, eu dobrei os lábios para dentro da boca e segurei uma risadinha — Ai, deixa de ser doido, é claro que não foi isso. — constatei em um sussurro, descartando aquela ideia maluca de ser um surto de ciúme. Digo, alienígenas também sentem ciúme? Quer dizer, né, faz sentido, já que Mila claramente tem sentimentos — eu senti todos eles na minha própria cabeça momentos antes dela ir embora — e ciúme é um deles. Me sentindo um adolescente fofoqueiro, afastei esses pensamentos por um minuto e foquei em voltar para casa; não podia ficar ali mais tempo assim sozinho, mesmo não estando mais verde.

    Meu indicador direito foi direto na caixa de texto ainda no número da irmã de Alex e então eu digitei uma mensagem. Parecia a forma mais fácil de voltar para a equipe, pelo menos na minha cabeça. "Oi, aqui é Matt, aquele que os amigos do seu irmão resgataram da Tríade mais cedo. O Alex me emprestou o tablet e ainda está comigo. Você poderia mandar alguém vir me buscar? A Mila precisou resolver uma emergência e eu estou aqui sozinho sem dinheiro", meus dedos rapidamente digitaram (o que indicava que nada tiraria meu talento com tecnologia, nem meses de isolamento!) e então apertei enviar. Eu não tinha intimidade com ninguém da linhagem dos Hyper, mas eles são heróis, certo? E famosos. E ricos. Mandar algum carro de aplicativo ou motorista particular ir me ajudar não deveria ser problema para eles.

    Enquanto esperava uma resposta, deitei a cabeça sobre a mesa e fiquei ali ouvindo as ondas. Ao longe, eu conseguia sentir algo me puxando, como uma versão despretensiosa do tranco psíquico que Mila me deu mais cedo. Me peguei pensando no que essa tal ligação entre nós significava e o que poderíamos fazer sobre ela. Eu conseguia... sentir ela se afastando cada vez mais, mas não sentia que tinha maneiras de segui-la. Além disso, vendo a forma que ela voou furiosamente, talvez fosse melhor mesmo deixar ela processar suas emoções e voltar apenas quando se sentisse melhor.

    Era o que eu gostaria que fizessem por mim.



    @Nazamura Estou utilizando o movimento "Perfurar a máscara" em Mila para tentar entender o que foi esse surto de raiva repentino. O rolamento de dado por ser acessado clicando aqui.
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    Mensagem por Dante Seg Jun 17, 2024 10:45 am

    Jack recebe a foto de Mila com o novato. Isso o faz ficar ainda mais irritado. “Já não basta o babaca do Sentinela agora tá se atirando pra esse novato? Maldito sabugosa.”

    Vendo a cena do Mano Pablito ele fala:
    — E então Thea? Vai deixar sua amiga sair por cima ou vai me beijar também?

    Spoiler:
    Jack busca se distrair e aproveita o momento divertido com seus amigos. Depois da diversão e quando as meninas vão embora ele cham Pablo num canto e lhe diz:
    — Mano você é um carinha incrível, espero te ver por ai, mas estou fora da equipe.
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    Mensagem por Nazamura Seg Jun 17, 2024 10:54 am

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      Data/hora atual: Sáb Nov 23, 2024 12:09 pm