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    No esconderijo Harper

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    Mensagem por Nazamura Sex Jun 07, 2024 10:55 am



    Hana Choi (@thendara_selune) não soube dizer como, mas sentiu que sua velocidade era inconstante, quis ir para um lugar, mas acabou voltando parando de volta na segurança do esconderijo - o esconderijo Harper.

    Todos estão reunidos novamente, e dessa vez com um convidado novo - Mathews, acompanhado da Dra. Rebecca.

    O celular de Alex (@Alexyus) apita com uma mensagem de seu pai "conversaremos quando for apropriado"



    Flashback Mathews (@Mun)

    Dentro do casulo-veículo-planta, enquanto ele se movia por debaixo da terra, escavando um túnel, a Dra. Rebecca e Matthew estavam em um momento de reflexão e desespero.
    veiculo planta:

    — Estamos cercados, doutora. Nenhuma dessas pessoas está do nosso lado — disse Matthew.

    Rebecca olhou para ele com um semblante calmo, embora suas palavras revelassem um passado de incertezas.

    — Sabe, desde aquele dia, eu também pensava assim, sem rumo, perdida e sozinha — começou ela, a voz baixa e reflexiva. — Mas então uma mulher de capa me encontrou, a Hyperwoman. Ela me levou para um lugar seguro e disse que eu podia encontrar abrigo se eu quisesse. — Rebecca tirou um cartão do bolso e mostrou a Matthew. — Eu a agradeci, mas eu tinha que encontrar você. Então voltei para o laboratório para tentar te achar. Foi quando te vi sendo perseguido. Tudo aconteceu tão rápido que nem tive chance de te explicar. Mesmo assim, obrigada por tudo.

    Ela suspirou profundamente, tentando afastar o medo e encontrar esperança nas palavras que proferia.

    — Vamos confiar mais neles, Matthew. Vamos confiar na humanidade deles. Isso não precisa ser assim. Não estamos sozinhos. — Ela ofereceu a ele o cartão onde tinha o endereço do esconderijo dos jovens heróis.

    (Ela está tentando te dizer como o mundo funciona, usando da influência dela em você para te convencer a ir para o esconderijo Harper. Se você aceitar, aumente o mundando em +1 e diminua o perigoso em -1, caso recuse, faça um teste de rejeitar influência)



    Flashback nas ruas:

    Mi'larhys (@Mellorienna) enfrentava Estrela Prateada nas ruas caóticas da cidade, ambas flutuando ha alguns metros do chão e de frente uma pra outra. Em um movimento rápido, Estrela Prateada desferiu um golpe poderoso no rosto de Mi'larhys, lançando-a contra um prédio próximo. A venusiana destruiu parte da estrutura, mas graças à carga de invencibilidade de seu artefato, ela não sentiu dor.

    — Patética! Cadê aquela força toda que derrubou meu helicóptero? — zombou Estrela Prateada, apontando para Mi'larhys caída e se preparando para disparar um raio devastador.

    Antes que pudesse agir, uma granada quicou entre elas, explodindo em uma cortina de fumaça espessa. Sentinel havia chegado. Ele ouviu o chamado telepático de Mi'larhys e deixou o evento da Hypercélula para responder ao pedido de ajuda.

    Por um instante, Mi'larhys viu uma imagem vinda de Sentinel, uma memória de sua irmã caída entre os escombros de um prédio em chamas. Determinado a evitar outro desastre, ele lançou a granada e se moveu rapidamente, desaparecendo entre a fumaça. Mi'larhys viu tudo.

    — O quê? Que merda! Vão fugir? — gritou Estrela Prateada, rindo de forma insana.

    — Deixe-os ir. Capturar o garoto-planta não é nosso objetivo principal, lembre-se disso — respondeu "O", mantendo a calma.

    Enquanto isso, Jack Dawson (@Dante) trocava tiros com os capangas da Tríade. A distração permitiu que Jhon Pablo (@vontheevil) entrasse no túnel aberto por Matthew e os seguisse. A combinação da granada de fumaça e os disparos de Jack contribuiu para que os vilões recuassem e os jovens heróis escapassem.

    — Vamos embora daqui — reclamou Estrela Prateada, enquanto alguns capangas eram abatidos para proteger seus chefes. Os que restaram entraram na van preta e partiram rapidamente.



    Alex Haper e Kima (@Shamps), descrevam como foi a cena da escola e tambem o retorno até o abrigo.

    No fim das contas, o dia de aula foi perdido.
    As ações do grupo de jovens herois certamente atrapalharam os planos de "O" e da Estrela Prateada reduzindo suas forças e os heróis adultos se lembrarão disso.
    Nesse momento apenas os jovens herois e Dra. Rebecca estão em cena.
    Considerem que está proximo de 12h e próximo da hora do almoço
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    Mensagem por Mellorienna Sex Jun 07, 2024 1:48 pm









    ☆A FORASTEIRA☆
    Mi'larhys
    ☆VÊNUS☆
    Mila Rhys




    Estavam a salvo.

    Todos tinham chegado até ali, quase ao mesmo tempo. E a tranquilidade suburbana da vizinhança era um contraste com o que havia dentro daquela casa.

    Dentro de mim.

    Rompi os elos telepáticos com cada um, meio surpresa por perceber que Alex e Kima também haviam sido envolvidos. Estava tão exausta que não percebi o alcance do pulso que lancei? Ou aquelas pessoas estavam mais ligadas a mim do que eu poderia prever àquela altura? Sentinel também havia atendido meu chamado às armas: sendo que não me devia nada e não se mostrou disposto a ceder ao meu pedido para que aliviasse as coisas para Alex, antes.

    Vim para Mi'wan para ser Mi'larhys. Mas estava sendo Mi'larhys-dena. Eles não teriam respondido ao meu chamado de outra maneira. Nem sequer me queriam ali e não me entendiam em coisas mínimas. Por que teriam ido à luta quando eu os convoquei... se não por eu tê-los obrigado de alguma forma?

    A culpa me devoraria.

    Ver o garoto-planta e a mulher de jaleco ali apenas anestesiou ainda mais minha consciência de trabalho. John Pablo havia se arriscado demais, enfiando-se sob a terra para segui-los, por minha culpa. E Jack perdeu a camiseta na luta quando Omniman o alvejou com uma arma tecnorgânica, bem no peito, também por minha culpa. Eu os conduzi a um fracasso retumbante.

    O golpe da lacaia do Omniman não havia sequer me arranhado. E nem as ofensas dela, que mal registrei. Mas a khalis me avisou que eu apagaria bem ali, no meio da sala, se não saísse imediatamente.

    Meus olhos cruzaram com os de Hana e mesmo sem o elo telepático eu tentei dizer que voltaria logo, que sentia muito, que não tinha palavras para agradecer. Não consegui falar, só olhar. Não sabia se seria suficiente.

    Ao passar por John Pablo, o abracei. Assim, sem aviso. E ao passar por Jack, levitando para ganhar altura, beijei-o no rosto. Tudo sem dizer a eles o quanto vê-los constantemente arriscando suas vidas por mim significava. Foram eles os primeiros mi'wanish a me ajudarem, dentro daquela instalação científica, onde até então eu não sabia porque havia pousado.

    De tantos lugares naquele planeta, por que aquele? Mas o crachá no jaleco da mulher era minha resposta. O garoto-planta estava lá, não estava? E agora estava ali, mesmo tendo se recusado a aceitar ajuda. Eu não olhei para ele. Não queria vê-lo nunca mais. Porém, a khalis silvou em mim, alertando para o laço: havia um fio, como uma ponte, que me ligava a ele. E, ao contrário dos elos telepáticos, eu não conseguia rompê-lo. Não tinham a mesma natureza e não parecia estar sob meu controle, o que me deixava consternada. Não se ligava a minha Vontade e nem às minhas Necessidades: estava além da khatnis e da khapzis e apenas minha mente superior registrava a existência daquele incômodo.

    Talvez por isso, ao passar por Alex, percebi que havia sido injusta com ele. Como um garoto poderia ser o receptáculo de tantas expectativas, se mal conseguia lidar com as próprias questões? Era provável que Hana estivesse certa: e que os pobres machos adolescentes da espécie humana fossem só muito incapazes de perceber as coisas importantes, no fim das contas.

    Fui direto para o telhado, sem dar explicações, e entrei na minha nave. Camuflada como estava, parecia invisível aos vizinhos. Mas era um pedacinho de casa.

    Eu logo voltaria e teria que lidar com todos e com as consequências do que eu fiz.
    Mas precisava estar sozinha por um tempo. Para voltar a ser quem eu era.
    Mi'larhys. Apenas Mi'larhys.




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    Mensagem por Alexyus Sex Jun 07, 2024 3:59 pm

    Cena na escola

    Alex ainda não tinha desenvolvido a hyperaudição que Hyperion e o Hyperman tinham, mas ouviu claramente Kima Brown chamando por ele.

    - HARPEEEER...  Harpeeeeer!  Harpeeeeer...  por favor...  Harpeeer....

    Parte dele queria ficar sozinho, ficar longe, esperar que tudo de errado acabasse até que as coisas ficassem normais de novo. Ele sabia estar irritado e reconhecia até estar assustado com toda aquela situação, e seria mais fácil aguentar tudo aquilo sem ter pessoas próximas a ele que pudessem se machucar quando ele liberasse sua fúria e frustração.

    Mas a voz de Kima, sentida, quebrada, implorando, despertava o lado mais compassivo do Hyperboy, e ele se deixou ser visto por ela, embaixo das arquibancadas.

    - Har... per... "ele tá perto, mas onde?" - passou a manga do casaco nas bochechas para secá-las e olhou para as arquibancadas. Será? - Harper... se você não quiser conversar eu vou embora, eu prometo - se aproximou devagar da estrutura, sua vontade era de segurar e jogar aquilo longe, mas ela jamais faria algo assim. Vendo o rapaz, ela engole pesado e se aproxima - você quer conversar?

    Alex olhou nos profundos olhos azuis de Kima, molhados de lágrimas, e soube que ela precisava dele. Ele não queria conversar, não estava bem para isso, mas não podia deixar a garota assim, naquele estado. De todos os superjovens que ele conhecera recentemente, ela era a mais próxima de ser realmente amiga dele. E não se podia deixar amigos na mão.

    Antes que ele respondesse, ela desatou a falar de modo quase desesperado.

    - Eu... me desculpe, não devia ter vindo... mas... foi muita coisa numa só manhã, não é mesmo?  - pessoas dão trabalho... minha mãe sempre me disse que as pessoas são as cores do mundo e que sem elas o mundo não teria graça... ah, mas que besteira eu estou falando... acho que pessoas são a última coisa que você ia querer saber...... ela é bem melhor nisso do que eu, com pessoas, sabe... não sou a melhor pessoa para falar, mas posso ser uma boa ouvinte... mas só se você quiser, é claro...

    A oferta dele comoveu Alex. Não era comum que lhe oferecessem ajuda. Mesmo sua mãe era bastante exigente, e o resto da Hyperfamília era ainda pior. Poucas vezes alguém se preocupava com o que ele estivesse sentindo.

    Mas não poderia descontar toda essa pressão em Kima. Ela tinha passado por muitas dificuldades, mais do que ele poderia supor entender, e não seria justo impor isso sobre ela.

    Ele se levantou e abraçou Kima carinhosamente.

    No esconderijo Harper Oig4_112

    - Eu agradeço a sua preocupação, Kima... Eu perdi a calma e peço desculpas por isso... Foi uma manhã bem difícil, e o resto do dia ainda será complicado... Mas é bom ter você comigo... Desculpe te deixar sozinho com aquelas garotas...

    Foi nesse momento que ele recebeu o chamado telepático de Vênus.

    Apesar de inesperado, aquilo não era estranho para o Hyperboy, e ele não se abalou muito. Alex percebeu que Kima também recebera o chamado.

    - Parece que nossos amigos ainda precisam de nós! Segure-se em mim, vamos voar para encontrá-los!

    Com os braços de Kima ao redor dele, Alex olhou em volta para poder levantar vôo sem chamar a atenção de ninguém. Felizmente, Kima bastante resistente e ele não precisava conter sua hypervelocidade, o que ajudaria a borrar a visão de qualquer expectador que tentasse observá-los.

    No esconderijo Harper Oig4_211

    - Acho que eles estão voltando para o nosso esconderijo! Vamos encontrá-los lá!


    Cena de Volta ao Esconderijo

    Alex pousou no telhado do esconderijo, onde seria mais fácil passar sem chamar aa atenção.

    Vênus  @Mellorienna estava ali.

    Alex colocou Kima no chão cuidadosamente e então se dirigiu a Mi'larhys:


    - Oi, Mila! Nós recebemos chamado telepático... Aliás, sobre isso... Eu quero me desculpar por hoje cedo, quando eu falei sobre falar com a voz e não com telepatia... Eu não quis te ofender... Só queria te ajudar a se entrosar com os humanos aqui na Terra... Não levei seus sentimentos em consideração, então por favor me perdoe por isso!


    Ele devia isso para ela pelo que ocorrera hoje de manhã. Achava que a equipe se desunira por culpa do Sentinel, mas talvez fosse a fala de Alex com Mila que tivessse realmente iniciado tudo. Como líder, os problemas que a equipe enfrentava eram culpa dele. E isso ainda o assustava.


    Assumindo sua identidade de Hyperboy, ele tentou mudar de assunto:


    - Os outros estão aqui? Vocês se envolveram em problemas? Como podemos ajudar?
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    Mensagem por Mellorienna Sex Jun 07, 2024 5:55 pm









    ☆A FORASTEIRA☆
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    Quando o Hyperboy perguntou se os outros estavam na casa, apenas acenei positivamente com a cabeça. Olhei para Kima e apontei para a sala, abaixo de nós, que estávamos no telhado. E entrei na nave. Talvez eles percebessem que eu estava abatida. Mas as conversas, se houvessem, teriam que ficar para depois.

    O contato com Lynn veio fácil como sempre. Não liguei para dar reportes oficiais e sim para bater-papo com algumas amigas: elas perguntaram se eu já conhecia as praias (que ainda não) e se tinha tomado muitos banhos (que sim). Perguntaram sobre fiordes, mas eu ainda não tinha visto nenhum. Queriam saber como Lynn parecia, a noite, vista do céu de Mi'wan.

    O novo professor de combate corpo-a-corpo continuava dando o que falar. Era o ke'tanish com quem eu tive uma bela discussão, logo antes de partir para a "Terra". O povo de "Marte" era aguerrido e esse era um tipo bem confiante: o que irritava e fascinava minhas amigas. Falar com elas sobre implicâncias com professores e sobre os novos lançamentos de produtos para cabelos era como estar de volta em casa. Falar com quem me entendia sem esforço e me acolhia como eu era.

    Disseram que pediriam autorização para me enviarem os tais cosméticos, mesmo que àquela altura eu já estivesse rindo e dizendo que não seria preciso. O povo de Mi'wan tinha MUITOS cosméticos, era uma coisa impressionante: como tinham a questão do suor e dos cheiros, se preocupavam muito com isso. Elas quiseram saber se era verdade que fediam como gorens. Pensei em Hana e Kima, e achei que não. Elas tinham um cheiro diferente do normal para os lynnish, mas não era desagradável. Os garotos cheiravam diferente delas — de um modo mais atraente, por mais esquisito que fosse. Mas, se qualquer um deles demorasse para tomar banho, começavam a feder como gorens sim.

    As risadas foram muitas. Elas quiseram que eu enviasse amostras desses cosméticos mi'wanish que conseguiam mascarar o fedor de goren por um rakna inteiro. Tentei explicar que os dias eram muito curtos ali — bem diferentes dos quase seis meses de rakna, mas a conversa já tinha se tornado uma confusão animada.

    A irritação dissolveu-se com as risadas que demos.

    A culpa também foi aliviada: falar com elas me relembrou o quanto somos responsáveis por nossas próprias escolhas. Mais que isso, ainda que eu não fosse perfeita, e de fato houvesse cometido um sem número de erros desde que cheguei a Mi'wan, fiz o que melhor poderia com os recursos e limitações que tinha. Não fiz nada com intuito nefasto, não busquei o mal em nenhuma conduta. Ainda precisava me desculpar e buscar reparar o que pudesse... mas não precisava me martirizar por isso.

    Saí da nave me sentindo mais leve. Porém, ainda estava triste. Sem a irritação como combustível e a culpa como escudo, não sabia como encarar os mi'wanish reunidos naquela casa. Eles não tinham motivos para gostar de mim e a esperança de fazer amigos e aprender com eles parecia uma miragem distante.

    Ainda assim, entrei, evitando os olhos de todos. Carregava comigo um caderno, da mochila da escola para a qual não fui, e uma caneta. Pretendia respondê-los escrevendo no caderno, caso falassem comigo. Antecipadamente, fiz quatro bilhetes, que entreguei aos quatro garotos, um de cada vez, sem encará-los.

    Para @Alexyus: Desculpe pelos socos no primeiro dia. E por xingar você essa manhã. Eu estava errada em perder o controle. Espero que possamos ser amigos.

    Para @Mun: Não se preocupe: você não vai mais ouvir a minha voz.

    Para  @vontheevil: Você é a prioridade. Sua segurança é a prioridade. Desculpe.

    Para @Dante: Você tem algo nos bolsos que me faria esquecer de tudo por um tempo?

    Após entregar os bilhetes em papéis dobrados para os garotos, entreguei às garotas @shamps e  @thendara_selune um pedaço de papel. Era semelhante aos papéis usados para aquarelas e desenhos artísticos pelos mi'wanish: um papel bem firme, levemente texturizado. Com os olhos, indiquei para que olhassem para seus cartões, até então em branco. E as palavras:


    "o que eu penso aparece escrito aqui"


    se desenharam, escritas em roxo, e então sumiram.




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    Mensagem por vontheevil Sáb Jun 08, 2024 12:07 am

    John Pablo

    A confusão da batalha foi demais para John.... não... eu nasci para isso! Mila confia em mim! E Jack, provavelmente todos os outros também. Foi foda correr atrás do homem planta, mas ficaria de olho da dra. Rebeca e no Matt

    Chegando no esconderijo eu me senti estranho, eu estava em casa. Todo mundo com cara de bunda e desacorçoado, e eu tinha que esconder meu sorriso, porque eu estava me sentindo em casa, sem a preocupação de algumas horas atrás de sentar no sofá imaculado e o sujar ou de falar, ou fazer algo errado. Aquele era meu lugar, pelo menos por algum tempo, estava no meio de pessoas como eu (quer dizer muito mais poderosos, mas em síntese feitos do mesmo material que eu) antes eu era um descendente de imigrantes, um "brown kid" sem dinheiro que nasceu do outro lado da cidade. Agora eu sou um HEROI.
    Perdido nesses pensamentos eu recebo um abraço de Mila, sem pensar eu a abraço apertado, com as duas mãos espalmadas nas suas costas e enfio o meu rosto em seu pescoço e sinto o cheiro do seu cabelo e por um segundo eu só a seguro ali.
    -Obri.... começo a falar, mas penso "OBRIGADO. Você significa muito pra mim" e, ao mesmo tempo, a sensação da pele macia dela no meu rosto e seus... seus... seios encostados em mim me despertam mais do que um amor fraternal, imagino que ela percebeu isso, mas não tenho vergonha, não agora, não depois de todo mundo correr perigo.
    Arrisco um beijo em sua bochecha e uma piscadela.
    "Meu deus, ela vai me matar, passei dos limites" tento fechar minha mente

    Ela sai da sala, fiz cagada... olho para meus companheiros, todo mundo com cara de bunda. Sem saber o que falar ou o que fazer. Encaro o relogio me sentindo desconfortável com o silêncio... "a que se dane" penso

    — Alguém sabe se temos farinha de milho? Falo alto - Minha mãe me ensinou a fazer encilhadas de pollo que esquentam o corpo por dentro e animam a alma, já é hora do almoço. Merecemos algo bom

    Quando estou indo para a cozinha recebo um bilhete de Mila e respondo com a boca sem perceber que isso a deixa desconfortável
    -NÓS, nós somos a prioridade Mi'larhys, Nós todos.
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    Mensagem por thendara_selune Sáb Jun 08, 2024 1:15 am

    Hana.Ah, don't be afraid of the chaos.


    Falas
    Pensamentos/FalasNPCS






    Que diabos tá rolando?! Entro na casa do HB com o coração batendo mil. "E aí, galera?! O que foi que aconteceu aqui?!", minha voz vibrando com a frustração queimando como brasa. Tento me acalmar, mas o medo me domina. As coisas nunca saem como eu quero, e corro até a porta.
    Massageio as têmporas, sentindo os efeitos dos meus poderes instáveis. Eles sempre oscilam entre o sucesso e o desastre. Aperto os dentes, sentindo um descompasso temporal me atingir. Pisco várias vezes, tentando voltar à realidade. Será que delirei ou algo me arrastou até aqui? Meus olhos encontram os de Mila, e em um flash, lembro de ter sentido suas emoções minutos atrás, ou seriam horas? O elo telepático latejou com urgência, mas não consegui alcançá-la a tempo. "Que bom que ninguém está ferido. Vi vocês em apuros e meu coração apertou.” Havia um garoto e aquela mulher também estava lá.


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    Em silêncio, converso com Mila. Ela sabe que minha mente caótica ainda a entende. Um fio de energia se forma entre nós.  @Mellorienna "Precisamos conversar..." A vejo se despedir carinhosamente de JP e Jack antes de ir embora. Me aproximo de Pablo com um sorriso.  @vontheevil "Ainda bem que você tá bem. E você também..." Olho para Jack e dou uma risadinha.  @Dante  "Coloca uma camisa, cara... Vai deixar a Kima tímida..."


    A porta da geladeira se abre abruptamente, revelando um universo de cores e sabores. Em meio à bagunça organizada, busco freneticamente por um lanche rápido, chamando  @shamps Kima para auxiliar na missão. A mulher, em seus olhos, a fome, a sede e a confusão se misturam em um turbilhão de incertezas. Já o garoto, um enigma indecifrável, intriga e afasta com sua rebeldia borbulhando sob a superfície.



    vontheevil escreveu:— Alguém sabe se temos farinha de milho? Falo alto - Minha mãe me ensinou a fazer encilhadas de pollo que esquentam o corpo por dentro e animam a alma, já é hora do almoço. Merecemos algo bom




    No esconderijo Harper Ae38ea10


    Minhas mãos apertam a fria superfície da geladeira enquanto confidencio a Kima: "As coisas estão fora de controle, não acha?". Uma piscadela, tentando trazer um ar de normalidade ao momento conturbado, mas por dentro, meus nervos vibram em sinfonia com o caos ao redor.  @vontheevil Escuto a pergunta de JP e respondo "Deve ter"

    Mila retorna pouco depois, em perfeita sincronia com o término dos nossos sanduíches e a organização dos copos e bebidas na mesinha. A situação, inegavelmente caótica, nos faz questionar: será que a fome e a sede podem ter espaço em meio a tanto tumulto? Ou será que, em meio à busca por algo trivial, procuro apenas acalmar meu interior conturbado?

    @Mellorienna Dou um sorriso para Venusiana, que nos entrega um papelzinho. "Obrigada, Mila. Que bom que todos estão bem, apesar de todo esse caos..." É incrível como o mundo dela é cheio de surpresas. Seguro sua mão e a aperto com carinho. "Você passou por muita coisa, Mila. Saiba que pode contar comigo." Ofereço um sorriso cúmplice para ela e me aproximo, abraçando-a com carinho. É então que o Fantasma fala em alto e bom som.


    vontheevil escreveu:-NÓS, nós somos a prioridade Mi'larhys, Nós todos.

     @vontheevil Nossos olhares se cruzam, um encontro fugaz em meio ao caos. Essa troca de olhares me inunda com uma súbita coragem, impulsionando-me a me aproximar do menino de pele verde.  Ele parece um jardim em meio à selva de pedra. O que aconteceu com ele? Meus pensamentos são um turbilhão de emoções confusas. Paro a uma distância segura, observando também a mulher de jaleco.



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    @Mun "Bem... que jeito caótico de começar, né?", digo com um sorriso de canto nos lábios pintados de preto. "Me chamo Hana. Acho que devo desculpas a você e à senhora..." Eu sabia que a Tríade estava envolvida. "Minha mãe é a líder...", revelo hesitante. É difícil me abrir assim. É como andar em uma ponte de vidro que pode desmoronar a qualquer momento. Pablo conhece minha história e me inspira uma confiança cega.

    "Meu pai é o cara que chamam de Omniman. Aqui, todos têm uma história para contar. Sei que você tá puto com tudo que aconteceu." Meus olhos baixam por um segundo antes de se fixarem nele."Fui criada para ser sacrificada a uma entidade devoradora de mundos. A Tríade acredita que, se me matarem na noite do eclipse vermelho, a entidade se materializará e tornará minha mãe, sua consorte, concedendo-lhe acesso ilimitado aos poderes das sombras..." Cerro os punhos, meus olhos vermelhos cheios de raiva e tristeza. "A Imperatriz sabe que o plano é arriscado, mas ela é louca e vai arriscar tudo por poder. Minha mãe nunca me viu como filha. Sou apenas um experimento para uma causa maior..." Minhas mãos se relaxam em uma atitude de resignação. Não sei se devo ter fé de que tudo dará certo ou se devo aceitar a possibilidade de que eu possa morrer.

    "O HB e a Hyperfamília nos acolheram aqui e acho que precisamos fazer esse grupo funcionar. Você não é obrigado a nada, ninguém vai te prender, só queremos que você e sua amiga fiquem seguros..." Me aproximo dele. "Não posso imaginar o que você passou", aponto para Kima, "mas acho que ela é a única que pode te entender de verdade." Não sou assim, sou durona, mas dessa vez preciso ser apenas uma garota de 16 anos tentando fazer algo bom. Quero que dê certo, pelo menos dessa vez.

    Olho para Mila e os outros. "Somos jovens demais para aguentar tudo isso sozinhos, não importa de onde viemos..." Suspiro fundo, o ar parece faltar. Minhas bochechas ficam quentes e balanço a cabeça negativamente. A situação me fez liberar algo que reprimia há muito tempo. Meus olhos se enchem de lágrimas e fungo como uma criança. "Desculpa, só queria que nada disso estivesse acontecendo, mas não dá para retroceder, nem fugir, nem se esconder..." Minhas linhas de expressão se aprofundam.  



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    Há uma aura ao redor dele. Desconfiança? Ódio? Ira? Talvez tudo isso junto. "Sinto muito," minha voz tremia, carregada de culpa e arrependimento. "Se eu pudesse mudar o que aconteceu com você, se qualquer um aqui pudesse mudar todos os nossos traumas, as coisas seriam melhores, né...?" Lágrimas quentes traçavam trilhas salgadas em minha face, cada soluço um punhal cravado em seu peito, roubando-me o ar e a força. A dor era palpável, ecoando em cada palavra pronunciada, um lamento da alma. "Eu sei como é viver em um mundo de dor e sofrimento," continuei, a voz embargada pela emoção. "Mas nem você, nem os demais aqui precisam se sentir assim. Não se rendam às expectativas impostas desde a infância, que pesam como um fardo inabalável. Não usem a culpa como escudo ou a insegurança como caminho."



    Estendendo minha mão para ele, supliquei: "Você não precisa lidar com tudo sozinho. Não precisa ser apenas você e sua amiga contra o mundo. Há pessoas que se importam, que querem ajudar. Permita-se encontrar a paz, a cura e a força que residem dentro de você." Limpo meu rosto com um lencinho que tiro do bolso e visto meu melhor sorriso. Minhas palavras pairaram no ar, um convite à esperança: uma esperança frágil, mas persistente, que lutava para brotar em meio à escuridão. Será que ele a acolheria? Será que permitiria que a luz penetrasse em seu coração ferido? Só o tempo dirá.
    .
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    @Nazamura Atual estado da Hana é de assustada.

    [/size]


    Visual da Hana do dia: Adoro montar um outfit em toda a mesa que jogo HAHA.:


    Informações sobre a Hana:

    OFF:  @Alexyus ,  @Dante ,  @Nazamura , @vontheevil, @Mellorienna  ,  @shamps  e  @Mun Onde eu marquei um de vocês, é porque deduzi que fossem coisas que vocês poderiam ler, quem sabe até gere aquela coisa de "Hum, entendi porque a Hana me olha assim ou porque ela revirou os olhos." Ou simplesmente para garantir que não esqueci de reagir a ninguém e tem a questão das influências e escolhas que colocamos na ficha Cool . Depois ajusto se errei em algo Cool


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    Mensagem por shamps Sáb Jun 08, 2024 7:06 am






    Finalmente Kima tinha encontrado Alex, o que acalmou um pouco aquele coração tumultuado. Conseguiu lembrar de algumas falas de sua mãe, uma artista plástica, e que sempre tinha uma palavra amiga ara acalma-la em seus dias ruins. Não sabia se funcionaria com ele, mas tentou, algo ela tinha que fazer por ele, ainda mais depois de deduzir que o garoto devia sofrer uma cobrança muito maior que a maioria dos jovens. Não que ela soubesse como jovens reais agiam, mas era um exercício mental imaginar. O alívio que sentiu ao ver que o garoto se permitiu se visto. "Finalmente...!"
    Ele se levantou subitamente e caminhou até ela. Será que ainda estava bravo e brigaria com ela de novo? Acostumada a se defender ela ergueu as mãos para atacar ou defender, mas, mais súbito que a aproximação, foi o abraço. Segundos foram necessários para ela perceber o que acontecia, foram segundos em que seu coração parou "o que está acontecendo?" Ela começou a chorar quando ele a agradeceu por se preocupar com ele. Deu uns soquinhos de leve nas costas dele.

    - É claro... que eu me... preocupo - fungava no ombro dele - estamos todos num momento... delicado. Desculpe... se fiz algo ruim, mas eu prefiro que fale diretamente... comigo do que gritar comigo. Ainda estou me adaptando e o tempo todo com medo de errar - os espasmos do choro faziam seu peito subir e descer de forma desordenada - e você pode... conversar com alguém... quando se sentir mal... não precisa ser comigo, mas... eu estarei aqui para... ouvir... - ela se afastou para encara-lo - claro que te desculpo.... - ela sorriu, as bochechas vermelhas. Secou os olhos com a manga do casaco já molhado das lágrimas anteriores.

    Kima estava tão envergonhada de estar tão próxima de Alex, nunca tinha estado assim, tão perto de um garoto, mas sua cabecinha e coração não tiveram tempo de confabular mais nada, pois ela tinha sentido algo estranho em sua cabeça, um leve choque, era uma chamado de Mila, urgente e furioso.

    - É a Milarhys! Será que aconteceu algo?

    A disposição de Alex parecia voltar aos poucos e Kima se sentiu feliz por ajudado, nem que fosse um pouquinho. Acatou à proposta dele de irem voando, o que foi algo novo para ela, já que nunca tinha voado. "Como se segura em alguém que voa?" Fez sentido ela segurar pelas gostas, segundos que fizeram o coração da garota batucar como uma banda de mil percussionistas "ele é tão... forte..." Assim que alçou voo, Kima deu uma pequeno grito de susto, mas logo se recompôs "que vergonha... que vergonha". O voo era muito rápido, o vento gelou 1000°C e espancava seu rosto, o ruído era... nem ela sabia explicar, um zumbido forte talvez. A pele os os cabelos da garota estavam pretos como um grafite queimado, sinal que sua resistência estava ativada para protege-la das forças físicas que agiam sobre ela naquele ínfimo instante. Como não era um passeio, tudo que ela podia ver de alto foi perdido, mas ela não se importou, pois o momento era mais urgente. Se tivesse coragem e um momento de paz, quem sabe ela não pedisse um passeio. "Será que ele acharia algo bobo?"
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    Pousaram com suavidade e a pele da garota foi retomando sua cor original, um bronzeado cor de canela suave. Os caracóis de sua cabeça recebiam o rosa chiclete que tanto lhe era característica, a representação máxima de quando seus poderes começaram a se manifestar, começando com apenas algumas pontas e depois explodindo para metade de suas madeixas assim que seu primeiro acesso de fúria a consumiu, o dia de sua primeira fuga, a fuga para uma realidade cruel e dolorosa, a descoberta de uma vida de mentiras e agora, uma vida de dúvidas e insegurança. Em quem confiar? Como saber o que era real ou não? Pensamento que a consumiam constantemente. Sacudiu a cabeça para espantar tais ideias e olhou para Alex à sua frente, uma ponta de esperança em seu caminho e tinha que se agarrar àquilo para não desmoronar. Passou os dedos entre os cachos para ajeita-los no lugar, afinal, um voo não deve ter feito bem para as madeixas sem vida.

    - Eu... nunca tinha voado antes! Nem de avião - disse enquanto caminhavam para a porta - Mi'larhys...

    A dupla encontrou Mila lá em cima e Alex correu até ela para desculpar-se sobre o que aconteceu mais cedo. Ela parecia ainda estar chateada e o desprezou seguindo até sua nave camuflada. Kima nem teve tempo de pedir desculpa também. "Ela deve saber que sou horrível" e a garota ficou encarando as próprias unhas, visivelmente sem graça e entrou depressa. Queria sumir o quanto antes.

    Sua vontade era correr para seu quarto, mas se deparou com os demais na sala e a vontade só aumentou. Cada um em seu mundinho, o que será que tinha acontecido?

    - O...oi! - e caminhou para um canto da sala, não queria estar num local de muito destaque. Rostinhos tão preocupados quanto o dela - o que aconteceu? - perguntou meio sem jeito para Hana assim que ela a chamou para a cozinha.

    Elas prepararam sanduíches enquanto John preparava uma comida estrangeira que Kima não sabia o que era, mas cheirava bem e tinha uma cara ótima, assim como a de quem preparava. Hana e Pablo tinham feições diferente, ela tensa e ele relaxado, deixando Kima confusa. Mesmo assim, se sentiu útil em ajudar e levou os sanduíches para a sala.

    - Eu... acho sim - respondeu a Hana - o clima está tenso. Na escola não foi legal e parece que aqui também não. Você sabe o que aconteceu? Por que saiu correndo aquela hora? - referiu-se à fuga do refeitório.

    Na sala, viu Mila se aproximar e lhe entregar uma folha de papel, um tipo de canson, aquele material ela conhecia muita bem. Sua mãe as usava com frequência para seus desenhos. E quantas vezes as duas sentaram juntas para sujar folhas com tintas? Lembranças tão boas que aumentaram as saudades de sua mãe. Como ela estaria agora? A emoção tomou conta de Kima que pôs-se a chorar. Ela leu a mensagem e abraçou Mila de repente.

    - Obrigada, Mi'larhys e me desculpe por julga-la. Fui injusta com você! Eu sei como é estar longe de casa e longe de quem se ama... - segurou no ombro dela.

    Ela foi para o sofá e pegou um sanduiche e uma encillada.
    No esconderijo Harper 53777329164_979f611fe4_n
    - Está muito bom, Pablo. Obrigada!

    Enquanto Jack estava sem camisa, Kima evitou olha-lo. Logo ela viu uma mulher e uma garoto... planta? Hana foi conversar com eles. O jaleco da mulher trouxe imagens e sons que a garota lutava para esquecer: gritos e choros, dor e medo, metal contra metal, o cheiro de produtos químicos queimavam suas narinas, ela fechou os olhos e sacudiu a cabeça para espantar aquelas lembranças, mas não sem deixar lágrimas desmoronarem com fúria de seus olhos. Hana começou a contar sua história para o garoto planta, seu nome era Matthew e da mulher Rebeca. Kima olhou para Hana com as informações ditas, então ela era filha de dois líderes, assim como Kima que era filha do terceiro pilar da Tríade. "que droga". Se ela queria fazer as lágrimas pararem, agora essa era uma missão impossível. Que história triste ela tinha, tocou o coração da menina e quantos mais ali tinham histórias tristes. Até Alex que parecia ser o cara perfeito tinha um coração frágil. Ela esfregou os olhos. Sim, Kima podia entender a dor que Matt sentia e olhou para ele tentando ser forte, mas fracassou miseravelmente. Ela não tinha condições para aquilo. Até quando a Tríade iria aparecer na sua frente? E no caminho dos demais?
    As palavras de Hana para Matt também tocaram Kima, serviam para ela que também lutava com suas dúvidas, angústias e medos, como era bom saber que podia contar com aquelas pessoas, jovens tão especiais quanto ela e que passavam pela mesma coisa.

    - Eu não aguento mais! O que eles querem da gente? - Kima deslizou as mãos pelos cabelos - mas a Hana está certa. Eu só confio em vocês agora... Tenho medo da Tríade e não quero ser capturada de novo... - ela suspirou e olhou para o Matt - meu pai é o Vince, o terceiro pilar da organização - falar aquilo em voz alta era nojento e Kima se sentia suja - eu sempre fui uma mera experiencia para aquele homem. Todo o meu crescimento foi anotado como dados científicos... etapas 1, 2 e 3... a quarta seria saber como a dor afetaria o experimento Kima01 - ela fungava e secava os olhos. Olhou para Hana sentindo a dor da garota demônio, dores tão parecidas - eu odeio isso... sempre fui um mero rato de laboratório... me desculpem... - ela queria correr, sumir dali, mas apenas teve força para esconder o rosto entre suas mãos e se encolheu apoiando-as nos joelhos. .


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    Mensagem por Alexyus Dom Jun 09, 2024 12:45 am

    Hyperboy ficou confuso com Vênus passando reto por ele, já que tinha sido o chamado telepático dela que os convocara ali. Mas resolveu deixar a venusiana sozinha e acompanhar a Titânia para dentro do prédio, ao encontro dos outros superjovens.

    Os demais estavam lá, junto com um rapaz-vegetal e uma senhora de jaleco parecendo uma cientista.

    Alex ficou ouvindo enquanto Hana e o Matt (que lhe parecia estranhamente familiar) contavam suas histórias, e percebeu que ela estava se abrindo mais com os companheiros. As experiências daquela manhã pareciam ter mexido com ela, mudado alguma coisa em sua perspectiva. Ele achava isso bom.

    Enquanto JP servia as encilladas, Mila entregou uma série de bilhetes, um para cada companheiro. Alex leu o dele e olhou diretamente no fundo dos olhos da amiga alienígena e abraçou-a cuidadosamente, dizendo:

    - Nós podemos ser amigos, Mila! Seria uma grande alegria para mim! Me desculpe também, quero que você possa confiar em mim!

    Quando Kima se sentou para comer e começou a se lamentar, Alex deixou que ela terminasse antes de dizer a todo o grupo:

    - Por gentileza, me escutem! Tenho algo importante a dizer! Sentem-se aqui em círculo e dêem as mãos. Vamos, dêem as mãos! Não vamos rezar nem nada disso, mas quero que sintam isso. Cada um de nós passou por coisas terríveis, alguns mais, outros menos, e ainda estamos passando, mas agora estamos juntos! Eu vi vocês em ação e sei que querem fazer a coisa certa, apesar de tudo que sofreram, e isso faz com que eu considere cada um de vocês heróis. Ter superpoderes é apenas uma vantagem, mas esse espírito heróico, o altruísmo de se arriscar para salvar outros, isso não se ensina, é uma medida do valor moral que cada um de vocês tem. Todos sabemos que as coisas estão complicadas e podem ficar ainda mais, e como Hana disse, sozinhos nós não temos capacidade de vencer tudo que vem pela frente. Mas juntos... juntos... eu tenho certeza que podemos superar qualquer coisa! Olhem ao redor e vejam uns aos outros: cada um de nós é o elo de uma corrente, uma corrente de poder, de coragem, de respeito, de confiança e de amizade! Se formos honestos e sinceros uns com os outros, poderemos fazer coisas juntos que farão a Tríade e quaisquer outros inimigos tremerem! Eu já fiquei irritado com tudo que está acontecendo, ainda estou assustado com algumas coisas, percebo que alguns de vocês estão inseguros e preocupados, mas acreditem em mim: o apoio que cada um de nós pode dar ao outro nesse grupo vai nos fortalecer, nos reerguer e nos impulsionar avante! Obrigado por estarem aqui comigo!
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    Mensagem por vontheevil Dom Jun 09, 2024 11:21 am

    John Pablo

    Fico feliz que todos estejamos juntos, gosto dessa ideia de estar em casa. Sirvo todos de enchilada, como sanduíches, pego uma coca cola na geladeira e circulo por entre as pessoas, mais ouvindo do que falando, não por timidez, não mais, porque eu quero conhecer mais cada um de meus colegas.
    "Ainda bem que você tá bem..." (@thendara_selune)
    — Ainda bem que estamos todos bem, de uma maneira ou de outra
    Encaro cada uma das pessoas ali a medida que comemos.

    - Está muito bom, Pablo. Obrigada! (disse @shamps)
    eu pisco para ela, pensando "que olho bonito essa menina tem"
    — Precisa experimentar a da dona Maria Aparecida, mas eu me viro bem na cozinha (estranhamente eu me sinto seguro o suficiente para um autoelogio empino o peito discretamente)

    Quando Hanna conta sua história sinto novamente um frio na coluna, como da primeira vez que ela me contou, sei que ela é o motivo de tudo estar acontecendo, mas diferente da primeira vez eu não sinto nada rum com respeito a ela, apenas uma sensação de que o destino trouxe todo mundo aqui.

    - Por gentileza, me escutem! Tenho algo importante a dizer! Sentem-se aqui em círculo e dêem as mãos. Vamos, dêem as mãos! Não vamos rezar nem nada disso, mas quero que sintam isso. Cada um de nós passou por coisas terríveis, alguns mais, outros menos, e ainda estamos passando, mas agora estamos juntos! Eu vi vocês em ação e sei que querem fazer a coisa certa, apesar de tudo que sofreram, e isso faz com que eu considere cada um de vocês heróis. Ter superpoderes é apenas uma vantagem, mas esse espírito heroico, o altruísmo de se arriscar para salvar outros, isso não se ensina, é uma medida do valor moral que cada um de vocês tem. Todos sabemos que as coisas estão complicadas e podem ficar ainda mais, e como Hana disse, sozinhos nós não temos capacidade de vencer tudo que vem pela frente. Mas juntos... juntos... eu tenho certeza que podemos superar qualquer coisa! Olhem ao redor e vejam uns aos outros: cada um de nós é o elo de uma corrente, uma corrente de poder, de coragem, de respeito, de confiança e de amizade! Se formos honestos e sinceros uns com os outros, poderemos fazer coisas juntos que farão a Tríade e quaisquer outros inimigos tremerem! Eu já fiquei irritado com tudo que está acontecendo, continuo assustado com algumas coisas, percebo que alguns de vocês estão inseguros e preocupados, mas acreditem em mim: o apoio que cada um de nós pode dar ao outro nesse grupo vai nos fortalecer, nos reerguer e nos impulsionar avante! Obrigado por estarem aqui comigo!

    Acho engraçado esse tipo de demonstração, os meninos brancos são mais discretos nisso de tocar mutualmente, o sangue latino que segue nas minhas veias me deixa confortável com isso.

    Quando o discurso termina eu olho para os lados e encaro todos os meus colegas e depois a cientista e digo
    — Sabe o que seria bom agora? Uma ou duas doses de tequila!
    A vergonha toma conta de mim depois de falar, eles são heróis e estamos na presença de uma adulta que está quieta sem falar nada... tomara que ninguém tenha percebido minha voz falhando no final da frase
    Mun
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    Mensagem por Mun Dom Jun 09, 2024 6:36 pm

    a unwanted new me
    Eu não sabia o que esperar quando o aglomerado de vegetação saiu do túnel subterrâneo na frente daquela casa. Desenrolando-se ao nosso redor para que pudéssemos sair, eu me peguei checando mais uma vez o cartão que Rebecca me entregou e então suspirei. A doutora se aproximou e apoiou uma mão em meu ombro em sinal de incentivo, mas eu não me sentia confortável com aquela situação. Era óbvio que eu só tinha aceitado ir até ali porque ela pediu. No fundo, eu sabia que ela estava certa sobre não ficar sozinho e poder confiar nas outras pessoas, mas o problema era que depois do que aconteceu eu apenas não queria confiar nestes caras em específico. Passada a adrenalina, apesar de ainda estar irritado por algum motivo que eu sequer conseguia compreender mais, senti meu corpo se curvar para frente com a dor nas costas e tentar ajeitar a postura apenas doía mais.

    A dor daquele machucado serviu para me lembrar do motivo de eu não querer confiar naquelas pessoas. Eu... senti que desdenhavam de mim. Primeiro aqueles dois garotos que não moveram um dedo sequer para me tirar debaixo daquela escada e, agora, eu conseguia até mesmo perceber o quão forte foi o impacto. Fui ignorado. A garota de pele roxa não agiu muito diferente ao ignorar minha recusa de estar envolvido em sua telepatia ou seja lá o que foi aquilo, desprezando minhas próprias vontades antes de eu retribuí-la com o mesmo desprezo. A cada momento que se passava, eu parecia ter mais motivos para simplesmente dar as costas e continuar por conta própria. "Eu vou estar melhor sem eles", pensei, mas então fechei os olhos.

    Eu não sou amargo assim.

    Meus olhos completamente brancos indicavam que eu não estava me conectando com a natureza naquele momento, mas era inquietante sentir como se parte daqueles sentimentos que eu absorvi ainda estivessem comigo. Foi quando eu finalmente me questionei de uma coisa: até onde aqueles pensamentos eram legitimamente meus? Até onde a minha indisposição com aquelas pessoas era justificada e não apenas esses poderes novos tentando me sabotar? A doutora pareceu perceber minha hesitação e apertou mais forte os dedos em meu ombro, o que me tirou do transe que eu estava cada vez mais me afundando.

    — Vou tentar conhecer eles sem... aquilo tumultuando a minha cabeça. Aí eu decido se fico ou não. Acha justo? — perguntei virando o rosto na direção da doutora. Ela acenou com a cabeça concordando e eu acenei de volta. Com o capuz do casaco para baixo e deixando meu rosto completamente à mostra, deixei o ar escapar pela minha boca de forma audível mais uma vez e então dei o primeiro passo em frente. Ao encostar na maçaneta, percebi que a porta já estava aberta. Senti meus dedos falharem por um momento por estar me sentindo um penetra indesejado e por um segundo duvidei se estava tomando a decisão certa. Foi a doutora que gentilmente me empurrou para frente e eu consegui finalmente entrar naquela que parecia ser a base daquelas outras pessoas.

    Assim que vi o primeiro rosto, senti meu corpo inteiro esquentar. Vergonha? Timidez? Não sabia dizer. A doutora tentou me guiar novamente para que eu me aproximasse, mas desta vez eu me mantive firme no mesmo lugar e com apenas um olhar ela entendeu que o que viesse a partir dali tinha que partir de mim. Eu não... estava me sentindo confortável. É verdade que eu estava disposto a recomeçar com aquelas pessoas, mas não faziam mais que alguns minutos desde a primeira impressão e eu de repente me senti encurralado. Eu queria gostar deles? Queria que gostassem de mim? Não tinha certeza.

    No fundo, eu sabia que não queria ficar sozinho. Antes da transformação, eu raramente ficava sem pessoas ao meu redor. Fossem meus amigos da escola ou parceiros do laboratório de pesquisa, estar vivo era estar acompanhado e interagindo com alguém. No entanto, desde a Tríade as coisas pareciam... diferentes. Eu não me sentia mais confiante como antes. É engraçado porque aquelas pessoas eram as primeiras que eu interagia desde que fugi, mas a forma que os cientistas da Tríade falavam de mim me deixaram uma clara visão de como o mundo me trataria assim que me visse: como uma aberração. Com uma mão estendida à frente, encarei novamente a pele esverdeada e a leve folhagem que agora crescia por ali. Se eu me deparasse com alguém assim, minha primeira reação seria de espanto e mesmo que eu conseguisse disfarçar o incômodo... bem, ele ainda estaria ali. A aparência é a primeira coisa que alguém nota ao conhecer outra pessoa, e por mais fútil que isso seja, é pela aparência que a verdadeira primeira impressão vem.

    E eu não tinha mais isso ao meu favor.

    Encolhido em algum canto, me deixei ser visto, mas não iniciei nenhuma conversa. Todos pareciam já conhecer e conversavam preocupados uns com os outros. Entre beijos e abraços, a telepata (@Mellorienna) de antes foi a primeira a vir falar comigo, ou melhor, me entregar um bilhete. Ao lê-lo, senti minha cabeça doer. O Matthew que estava lutando com a Tríade momentos antes não era o Matthew que estava ali parado como uma estátua tentando tomar coragem de se permitir se enturmar, mas não é como se ela tivesse como adivinhar isso. Eu ainda me sentia irritado, é verdade, mas o que antes era apenas um impulso de fúria inconsciente agora era raiva da minha própria situação. Enquanto seres humanos, a liberdade é o que temos de mais precioso, mas agora eu me sentia refém dos meus próprios pensamentos. Como saber o que realmente sou eu e o que são meus poderes? E se meus poderes saíssem de controle? Eu ficaria à mercê novamente daqueles pensamentos cheios de ódio? Aquilo era muito injusto.

    Eu estava prestes a desistir daquela ideia toda e ir embora quando uma das garotas (@thendara_selune) se aproximou, o que me pegou de surpresa, mas não chegou nem aos pés do meu espanto ao ouvir sua história. Eu estava diante da filha dos fundadores da Tríade? Da herdeira da organização que tirou tudo de mim? Minha mente foi coberta por um zumbido e, por boa parte da fala da platinada eu apenas consegui pensar em uma coisa: ela estava sendo sincera?

    — Nesse caso, eu quero que me responda uma coisa e eu saberei se estiver mentindo. — falei. Meus olhos oscilaram entre o branco natural para um verde forte por apenas um segundo e então voltaram ao normal. Minha voz começou saindo triplicada, como é de costume, mas até eu terminar de falar mais vozes se uniram ao coro. Ao meu lado, Dra. Rebecca moveu os dedos ansiosa; ela sabia que quanto mais ansioso, mais a minha nova voz se tornava sinistra. Eu desviei o olhar no início, mas então então encarei bem no fundo das órbitas daquela diante de mim — Você realmente não concorda com seus pais ou só se rebelou porque pretendiam te matar?

    Para mim, aquela pergunta era muito importante. As palavras da garota eram bonitas, mas para eu acreditar nelas eu precisava saber qual era a sua índole. Que sentido faria eu fugir da Tríade para ir parar justo no lar da suposta filha deles? Até onde eu conseguia ser o paranoico, ela podia muito bem ser uma agente infiltrada, e sabendo disso eu não consegui sentir empatia com ela de imediato. A história da garota de cabelo rosa, por outro lado, me deixou sensibilizado; não éramos muito diferentes, apesar dos experimentos que foram feitos em mim não terem sido planejados pelo meu pai.



    OFF: Irei interromper meu post antes de reagir ao HB porque a resposta de Hana é muito importante e cronologicamente faz mais sentido ouvir o que ela tem a dizer antes de continuar. Reagirei adequadamente já na próxima rodada!

    @Nazamura Como aceitei a influência da doutora, meu Mundano aumentou em 1 e meu Perigoso diminuiu em 1.
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    Mensagem por thendara_selune Dom Jun 09, 2024 7:52 pm

    Hana.Ah, don't be afraid of the chaos.


    Falas
    Pensamentos/FalasNPCS




    @Mun


    Meus olhos encontram os de Mathews, e meus dedos, sem pensar, deslizam pelos meus cabelos, buscando um conforto familiar. Não há decepção em minha postura, nem em meu rosto. Mas quando seus olhos brancos se transformam em um mar verde por um breve instante, meu coração dispara e uma sobrancelha se ergue em surpresa.
    Sua voz está diferente, mais profunda, carregada de algo que não consigo identificar. E só agora me dou conta: o que fizeram com ele o tornou um ser completamente distinto do que eu já havia visto. Ele tinha razão em ser selvagem.

    "Você foi a primeira pessoa que pensou em perguntar sobre isso." digo um tanto tímida e um sorriso compreensivo se abre em seus lábios, revelando dentes brancos como a neve. @vontheevil “Contei para o Pablo na primeira noite que o encontrei, meu segredo sobre o Devorador, minha mãe e a Tríade. Ele tem certa influência sobre mim, porque mesmo sem saber explicar, eu confio nele.”Suspiro, meus pulmões se enchendo de ar e liberando-o em um gesto lento. A voz de Mathews intimidaria qualquer pessoa comum, mas me deixa curiosa. Como o transformaram em um menino planta? Por quê? Maldade apenas? Uma pesquisa macabra, como a que fizeram com Kima? Tudo para criar super-humanos, talvez? Mas o preço maior e injusto, quem pagava, eram as cobaias. Quanta dor ele deve sentir, e ao mesmo tempo, ele parece ser tudo o que deveria ser: uma força da natureza.

    "Confiança é um elo importante, você está certo em ser direto," respondo, observando suas reações. "Fugi quando descobri que iam me matar. Não ia virar sacrifício para um babaca de outro mundo. Mas além disso, eu e meus pais nunca nos demos bem." Uma gota de ressentimento vibra em minha voz, carregando a dor de anos de negligência e abandono. "Ela nunca veio ao meu aniversário, por assim dizer, e meu adorável pai nem sequer diz meu nome. Eles se referem a mim como um objeto com um propósito..."

    Me aproximo mais e nossos rostos quase se tocam. Meus olhos vermelhos o sondam com um interesse imenso, buscando entender a alma por trás da planta.
    "Você poderia me odiar e eu não o culparia," digo, minha voz baixa e rouca. "Sou a fusão de duas criaturas que só pensam em poder, destruir e subjulgar todo o universo..." Dou um sorriso, deixando escapar um hálido doce que paira no ar entre nós. "Sim, eu sei que são egocêntricos, tanto os vilões quanto os super adultos. Mas pelo menos no meu caso..."

    Pego sua mão com cuidado e a levo ao meu coração, sentindo as batidas frenéticas que traem minha ansiedade. "Eu quero chutar a bunda da Tríade para outra dimensão! Não me importa se temos o mesmo sangue, não me importa se amanhã ou depois posso morrer tentando. Só quero fazer o certo agora e mostrar pra eles que não sou um cordeirinho pra abate..."

    Meu coração bate forte enquanto falo, e meus olhos não desviam dos dele, transmitindo a intensidade das minhas palavras. "Todo mundo aqui tem um objetivo maior que é vencer a Tríade de uma vez por todas. Cabe a você se vai confiar em mim ou não. Minhas palavras podem não representar nada pra você hoje, mas minhas ações vão mostrar que não estou mentindo."

    Solto sua mão gentilmente e me afasto, deixando-o com meus pensamentos e minhas palavras pairando no ar. Mais uma vez, estou agindo de um jeito novo. Não me abro, não gosto de falar sobre mim. Aprendi que era melhor não me apegar a nada nem ninguém. Mas talvez naquela noite em que conheci todos, algo em mim mudou. Não consigo mais ser a mesma Hana de antes, não posso ser a loba solitária contra a Tríade.


    @Nazamura Atual estado da Hana é de assustada.

    [/size]


    Visual da Hana do dia: Adoro montar um outfit em toda a mesa que jogo HAHA.:


    Informações sobre a Hana:

    OFF:  @Alexyus ,  @Dante ,  @Nazamura , @vontheevil, @Mellorienna  ,  @shamps  e  @Mun Onde eu marquei um de vocês, é porque deduzi que fossem coisas que vocês poderiam ler, quem sabe até gere aquela coisa de "Hum, entendi porque a Hana me olha assim ou porque ela revirou os olhos." Ou simplesmente para garantir que não esqueci de reagir a ninguém e tem a questão das influências e escolhas que colocamos na ficha Cool . Depois ajusto se errei em algo Cool


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    Mensagem por Mun Seg Jun 10, 2024 12:11 am

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    Eu estava blefando: eu não tinha como saber se ela estava falando a verdade, mas pensei que precisaria ameaçá-la com a possibilidade de perceber uma mentira e só então conseguiria uma resposta sincera. Mas por aqueles breves segundos, eu me senti impelido a acreditar nela. Nós não escolhemos nascer e muito menos temos controle sobre a família em que crescemos, mas certamente podemos nos rebelar contra o que achamos errado ou injusto. A platinada (@thendara_selune), aparentemente, fez isso, assim como a rosada atrás dela (@shamps). Parte de mim não queria simplesmente ceder e aceitar toda aquela história como verdade, mas algo naquelas pessoas parecia diferente das outras que já conheci pela minha vida. Até onde eu podia perceber, eles já tinham um ao outro e não precisavam de mim. Ainda assim, eles estavam me aceitando em sua casa, mesmo sem ser convidado. Se eu parasse para analisar a situação como alguém de fora, pareceria que estavam apenas tentando me incluir. Se fosse o antigo Matt, ele certamente desabaria ali mesmo e deixaria todas as suas inseguranças do último dia vazarem. Mas o meu novo eu, infelizmente, não era mais capaz de se entregar assim de uma hora para outra.

    A proximidade da herdeira me pegou de surpresa. Com as costas grudadas na parede, tentei dar um passo para trás e percebi não ser capaz de me afastar da garota. Ligeiramente desconfortável pela proximidade repentina, senti meu rosto corar quando ela segurou a minha mão e colocou sobre o seu coração. Expirei de forma audível e ligeiramente ansiosa quando senti o seu coração bater acelerado e percebi sua ansiedade em estar falando sobre aquilo. Segundo ela própria, eu era o primeiro a perguntar sobre ela, mas ao olhar para os rostos dos demais e tentando encontrar alguma dúvida, percebi que ninguém parecia questioná-la; nem mesmo o que já sabia de tudo isso, já que não consegui identificá-lo só assim. Quando ela se calou, eu a empurrei gentilmente para trás e puxei minha mão para se soltar das mãos dela. Agora livre, passei as mãos pelo rosto em um sinal de nervosismo e então suspirei. Eu ainda me sentia acuado e a falta de controle de antes me deixava irritado, mas pelo menos por aqueles próximos momentos eu achei que poderia baixar a guarda... um pouco.

    — Eu não nasci assim, a parte planta foi implantada à força pela Tríade. Nas primeiras semanas, eu conseguia sentir todas essas folhas crescendo de dentro para fora do meu corpo. Foi... terrível. — virando o rosto para o lado, eu olhei para as vinhas que agora se enroscavam em meu ombro e desciam pelos braços. Ao fazê-lo, cruzei o olhar com a Dra. Rebecca. Foi ela que me incentivou a ir ali e confiar naquelas pessoas, e eu percebi o sorriso de alívio por me ver pelo menos tentar.

    De minha parte, se eu pretendia me unir àquelas pessoas, então eu precisava também que eles soubessem como foram os últimos meses. Eu estava diante das filhas de criadores e líderes da organização, então servia também como uma forma de tirar um peso do meu peito.

    — Eles roubaram o experimento do meu pai. Ele queria que os humanos conseguissem compreender as plantas. Ele dizia que se a natureza e o homem se entendessem o planeta seria salvo do fim, então desenvolveu esse soro que deixava ele se comunicar com elas. O soro era temporário, ele ainda estava trabalhando em um aprimoramento, mas então ele sumiu. Logo depois a Tríade me encontrou e fez isso, e eu nunca mais vi ele. Foi a Dra. Rebecca que me contou que ele está morto. — e em sofrimento, eu virei o olhar novamente para a garota diante de mim. Agora, era eu que a encarava tentando decifrar o seu interior — Eu não tenho motivos para odiar você. Aliás, eu não tenho motivo para odiar ninguém aqui. — completei, deixando meu olhar se desviar brevemente para a direção da telepata (@Mellorienna) antes de retornar para a platinada — Se o que dizem é verdade, então eu sinto muito por todas as coisas ruins que nos submeteram. — dessa vez, meu olhar chicoteia na direção da rosada (@shamps) e então volta — Eu quero a Tríade desmantelada e que todos os seus líderes — os pais de vocês — paguem pelo o que fizeram. Se o objetivo de vocês é realmente esse, eu ficarei para ajudar. Ah, só mais uma coisa. — nesse momento, minha voz se acalma e fica apenas duplicada, e então eu olho para o nada evitando contato visual — Quando quiserem encostar em mim ou entrar na minha cabeça, me avisem antes. Contato desavisado me deixa agoniado. Eu sou o Matt, aliás. — completei enquanto girava uma pequena mecha do meu cabelo no dedo indicador direito. Eu me sentia envergonhado de falar algo assim em voz alta e senti meu rosto corar (ou o equivalente para uma planta), mas seria para o bem da minha relação com aquelas pessoas. Eles não precisavam pedir permissão para se aproximar, não era isso, mas eu apreciaria estar ciente de que o fariam antes que o fizessem.

    Foi quando me peguei silenciosamente agradecendo aos deuses por um dos garotos atrair toda a atenção para si. Eu fui o último a me mover e vi a doutora vindo na minha direção. Ela segurou no meu braço e eu senti que ele estava orgulhosa de me ver tentando confiar em alguém novamente. Eu coloquei minha mão sobra a dela e acenei com a cabeça dela para demonstrar que eu a entendia. Seguimos juntos até o círculo de oração, digo, amizade, só que apesar de estar me abrindo momentos antes, eu ainda não me sentia confortável o suficiente para ter qualquer tipo de contato físico com aquelas pessoas. Mais atrás, sem me incluir de fato na roda, eu cruzei os braços e segurei de forma simbólica na mão de Rebecca, mas foi só ao realmente parar para prestar atenção no rosto do rapaz falando que eu percebi...

    ... que eu o conhecia. Não éramos amigos, no máximo conhecidos por fazermos algumas aulas juntos, mas vê-lo ali foi... estranho. Ele também não parecia ter tido muito tempo para prestar atenção em mim, mas não ter comentado nada talvez indicasse que ele não tinha me reconhecido. Se eu consegui identificá-lo mesmo sem termos tanto contato, ele não ter me reconhecido significava que eu estava muito diferente... e se eu estava mesmo assim tão irreconhecível, talvez a minha aparência estivesse pior do que eu imaginava.

    Inferno.
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    Mensagem por Mellorienna Seg Jun 10, 2024 10:14 am









    ☆A FORASTEIRA☆
    Mi'larhys
    ☆VÊNUS☆
    Mila Rhys




    Meu coração estava crescendo. Como semente rompendo a terra para se fazer broto, meu coração se partia e revelava sentimentos novos — tão frágeis, tão implacáveis. Ali, meu coração era terra que ninguém via. Terra secreta de flores fantásticas. E de brotos espinhosos, em que me feria.

    Comecei percebendo enganos.

    Eu achava que John Pablo era criança — mas ele era apenas mais baixo que Alex e Jack, não mais jovem. Tinha cheirado meu cabelo quando nos abraçamos. E ficou preocupado com minha reação ao beijo no rosto. Crianças não agem assim. Eu deveria me desculpar por tê-lo tratado como se fosse mais novo? Será que isso era ofensivo para ele?

    O que será que ele tinha achado do meu cheiro? Os mi'wanish tinham uma nota salgada na pele, que me faltava. Eles tinham um cheiro aquoso e quente. E os garotos, mais que Hana e Kima, tinham algo almiscarado. Era um cheiro complexo e misterioso para mim. Enquanto isso, sendo lynnish, minha pele e cabelos tinham notas adocicadas, mais frescas que aquosas, mais macias que pungentes. Talvez fosse enjoativo para os mi'wanish. Eu ainda não sabia dizer.

    Estava enganada também ao pensar que Hana e Kima eram garotas sem problemas. As duas pareciam fortes e seguras de si, pilares de confiança com estrelas de sorte sobre suas cabeças. Mas não eram. Elas desabaram. Talvez o coração delas estivesse crescendo também. Talvez aquelas lágrimas fossem o orvalho sobre os brotos frágeis e implacáveis dos novos sentimentos delas.

    As duas confessaram suas origens, como se precisassem ser perdoadas pelo que seus pais fizeram. A tragédia as unia e criava vínculos de empatia entre elas e o garoto-planta.

    E Hana colocou a mão dele sobre o seio dela.

    Minha mente inteira se afiou em um tik, por todas as instâncias, e nada mais existia no universo inteiro. Eu a mataria. Ela estava quase de costas para mim e eu via os olhos dele sobre ela, um tom mais profundo de verde tingindo a pele dele no que seria um rubor súbito. Eu a mataria. Mas ele se afastou dela. Minha mente relaxou. E percebi, surpresa, que eu tinha deixado de respirar por todo aquele longo instante.

    Meus olhos foram para Kima e depois para Alex e de volta para Kima. Eu tinha sentido inveja dela, mais cedo. E tinha xingado Alex por não desviar aqueles olhos azuis da garota por tempo suficiente para me enxergar. Foi Hana quem me fez perceber que isso era porque eu o achava atraente. Hana, que era minha amiga. E que eu teria matado, um instante atrás.

    Ela era muito bonita. Todos ali eram. Tinham aquela qualidade mi'wanish nas peles em diversos tons terrosos — de areia clara até o escuro do solo fértil. Percebi que Alex havia captado meu olhar por mais tempo não porque fosse o mais atraente, mas porque tinha aqueles olhos: e eu sentia falta de ver a grande Estrela Azul, Mi'wan, ao olhar para o céu.

    E agora entendia porquê.

    Sempre fui fascinada por Mi'wan. Mas, no último dekna (o que equivale aos últimos meses terráqueos), a urgência cresceu em mim — e eu despertava do meu sono, desesperada, e corria para a janela para ver a Estrela Azul. Eu tinha a sensação horrível de um grito que não chegava a ouvir. Passei a requisitar, com vigor cada vez mais agressivo, que me deixassem cumprir o tempo de formação em Mi'wan.

    Enquanto Matt contou sua história, tudo fez sentido. E eu chorei. Minhas lágrimas alienígenas, transparentes como as de Kima e Hana, mas doces e iridescentes como bolhas de sabão. Eu não conseguia olhar para ele enquanto falava.

    Tinha cruzado 42 milhões de quilômetros entre as estrelas para salvá-lo, mas havia chegado tarde demais. Se Matt fosse uma princesa em uma torre, não só eu o teria deixado lá, como teria trazido o dragão — era biotecnologia recombinante de Lynn o que haviam usado nas experiências contra ele. O pai dele estava morto e ele havia sido transformado — na criatura mais bela que eu já havia visto, como se saído diretamente do equivalente lynnish dos contos-de-fadas. Mas admiração de uma aberração alienígena não adiantaria de nada para ele — eu tinha sentido o desprezo na mente dele, mesmo que afirmasse agora não me odiar. Se ele soubesse que eu ouvia suas preces através das estrelas e levei meio dekna para fazer alguma coisa, teria me odiado? Se ele soubesse que eu ria, comia, bebia e dançava com minhas amigas, mesmo sentindo aquela agonia crescente, teria ficado sob o mesmo teto que eu?

    Eu ouvia o chamado, mas não entendia. Do que essa explicação adiantaria, diante da dor que ele sentia?

    Alex quis que fizéssemos um círculo, dando as mãos. Eu sequei o rosto. Notei que Kima, Hana e eu havíamos chorado, mas os garotos não. Pensei em Alex e Kima, no conforto que podiam encontrar nos abraços um do outro, e fiquei feliz por eles. John Pablo e Jack estavam se tornando cada vez mais amigos — e essa era uma forma de amor que eu reconhecia e com a qual sabia lidar, um amor verdadeiro e importante. Todos precisam de alguém para quem voltar: em uma sociedade onde o amor romântico não existe, a amizade é o que constitui famílias e, em Lynn, esses eram vínculos preciosos. Pensei em dar as mãos para Hana, com um pedido secreto de perdão por ter desejado matá-la. Mas Matt deu um passo para fora do círculo, de mãos dadas apenas com a mulher de jaleco, Dra. Rebecca. E meus pés se moveram antes que eu pudesse detê-los.

    Não me aproximei demais — não como Hana havia feito — mas àquela distância eu já podia ver as nervuras nas folhas que compunham a pele dele e sabia que ele conseguiria ver o rastro iridescente das lágrimas que haviam molhado meus olhos. Eu só precisava erguer um pouquinho o queixo para fitá-lo, sem necessidade de levitar. Com a suavidade de uma brisa, toquei a fronteira mais externa da mente dele, pedindo para entrar. E esperei.

    (A cena a seguir só acontecerá caso o Transformado autorize a telepatia da Forasteira)

    Eu havia dito que ele não ouviria mais minha voz. Com a máxima gentileza, tentei transmitir um pensamento não contido em palavras, uma sensação e um sentimento: de que tudo ficaria bem. Sentia entre nós o laço que me trouxe até Mi'wan — e sabia que ele não o perceberia em meio à confusão usual que era a mente humana. Mas fiz do laço um veludo macio, suave como pétalas, convidando-o a relaxar. Aquelas eram as pétalas que meu coração crescia, a relva tenra em que ele pisaria para estar com uma garota mi'wanish terrosa e linda, como Hana, mas eu não me importava. Saber dessa ligação só o enojaria, faria com que pensasse que apenas uma aberração poderia enternecer-se de outra e que sua vida comum de garoto mi'wanish estava acabada. O melhor para ele seria a admiração e ternura de uma garota por quem ele pudesse sentir o mesmo. E por isso eu peguei a mão de Hana.

    Não era tão íntimo quanto o toque no seio, mas significava mais, na minha opinião. Eu estendi a mão dela para ele, e dei um passo para trás. Meu coração rachou mais um pouquinho e engoli o choro. Tentei transmitir para Matt a ideia não verbalizada de que Hana era confiável... e adorável. Tentei esconder do elo telepático a desesperança que me roubava o ar dos pulmões.

    Dei a volta no círculo, segurei a mão de John Pablo e a de Jack. Sorri para Alex enquanto falava. John Pablo sugeriu bebidas alcoólicas. Talvez eu não fosse a única ali que queria esquecer de tudo por um momento.

    Peguei o caderno e a caneta. Anotei uma frase e virei a folha para que todos pudessem ler.

    "Eu vou sair para comprar caramelos. Não demoro."

    Não olhei ninguém nos olhos, sorri para todos e para ninguém, mudei de forma — sentindo que era injusto que eu pudesse me disfarçar para andar indistinta pelas ruas, mas Matt não. Então, mantive o cabelo e os olhos — como se fosse menos ofensivo assim, como se fosse adiantar de alguma coisa.

    E saí.





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    Mensagem por Dante Seg Jun 10, 2024 11:31 am

    Jack tentava disfarçar suas emoções com piadas como sempre. Além de irritado por não ter conseguido da conta dos vilões se sentia culpado por ter colocado Pablo em risco. Fez isso por Mila, mas achava que seu plano teria sido melhor.

    Mila o retira dos seus pensamentos com um beijo no rosto. Ele apenas sorri. O beijo o fez deixar cair por alguns instantes sua máscara e não havia forças para piadas agora.

    Jack percebe que não está conseguindo esconder suas emoções. Está muito irritado por tudo o que aconteceu. Ele pensa que precisa “respirar um pouco” quando vê Mila voltar e lhe entregar um bilhete. Ao ler o bilhete ele sente-se ainda mais culpado. Sua incapacidade de vencer aqueles caras acabou por impactar a Mila também e ele nem tinha percebido isso. Em outro momento ele teria feito piada, mas não agora. Não sabia se estava sentindo mais mal porque não percebeu que Mila se sentiu culpada pelo acontecido ou dela achar que ele é algum tipo de drogado. É claro que ele já estava acostumado a ser tratado dessa forma, mas ele tinha pensado que ali, com aquelas pessoas seria diferente. Especialmente com Mila. Que idiota ele foi.

    Faz um último esforço para “anular” a telepatia de Mila sobre ele. Ele não queria arriscar que ela visse seus pensamentos agora. Ele não responde nada enquanto observa de soslaio Mila se encontrar com as outras meninas.

    Pablo falando do almoço o tira dos seus pensamentos por um momento. “Grande garoto esse mano” pensa Jack. Ele não sabe se o garoto está indiferente aos acontecimentos ou se está se esforçando para isso. O fato é que de toda forma Jack o admira. E lamenta ainda mais ter colocado a vida do garoto em risco. Talvez Mila esteja certa. “Quem eu acho que tô querendo enganar afinal.” Jack pensa que ali não é seu lugar. E que provavelmente tem sido uma má influencia para o Pablo. "Sou só um pária. Um delinquente, como todos dizem. Na visão dos outros e pelo visto na de Mila e quem sabe de todo o grupo também sou um bandido, drogado, perigoso. Melhor encerrar isso antes que tudo piore."

    As palavras de Hana não torna tudo melhor. A oportunidade de piadas vem e passa novamente. Ele mal percebe seu sorriso. “Pensaria ela que também sou um maldito pevertido drogado?” Ele a olha com um ar de espanto. “Kima... Ela deve pensar o mesmo... Meninas sempre se falam sobre essas coisas.” Jack percebe Kima evitar olhar pra ele e isso - em sua cabeça - apenas confirma suas suspeitas. Era notável a diferença de como elas olhavam para ele e como olhavam para Alex. O "superperfeito". Abaixa a cabeça no misto de vergonha e irritação, amassa em suas mãos o bilhete que ainda segurava. e sai dali. Não é seu lugar.
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    Mensagem por vontheevil Seg Jun 10, 2024 11:45 am

    John Pablo

    Para variar está todo mundo centrado em si mesmo, talvez seja importante.
    Durante as conversas, embora eu preste atenção nas pessoas, sei que elas não prestam atenção em mim, porém, eu posso ver que todos estão tensos demais.

    Matt tem uma história triste, a maioria ali também tem, eu agradeço ter crescido com minha mamacita em um ambiente normal. Encaro a dra Rebeca, ela é a única adulta aqui. Preciso me livrar dela para deixar todo mundo à vontade.

    Quando Mila diz estar indo comprar caramelos, eu tenho uma ideia.

    — Comprar caramelos? vai como? pode dar uma carona para mim e para o Matt e a dra Rebeca? com Matt junto ela se sentirá mais a vontade podemos deixar ela em um local seguro e depois dar uma passadinha em Pueblo Alto? Preciso deixar um bilhete para minha mãe avisar que eu estou bem.

    "a idéia é chegar na casa de meu primo Luis (pertinho de minha casa) deixar a Mila esperando fora e pegar uma garrafa de bebida com ele e dar o recado que eu estou bem para a minha mãe"
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    Mensagem por Nazamura Seg Jun 10, 2024 12:13 pm

    OFF: Aguentem ai até a linha do tempo ser organizada.
    Postagens em pausa por enquanto.
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    Mensagem por Nazamura Seg Jun 10, 2024 2:09 pm

    Resumo dos Evento até o post de Matthews

    Retorno ao Esconderijo Harper:
    Hana Choi tenta se mover rapidamente, mas retorna ao esconderijo.
    Todos se reúnem novamente, agora com Mathews e Dra. Rebecca como convidados.
    Alex recebe uma mensagem de seu pai para conversar mais tarde.

    Cena na Escola:
    Alex Harper se esconde embaixo das arquibancadas, irritado e assustado.
    Kima Brown o encontra e tenta consolá-lo.
    Alex se comove com a preocupação de Kima e a abraça carinhosamente.
    Ambos recebem o chamado telepático de Vênus e decidem voar juntos para encontrar o grupo.

    Flashback de Mathews:
    Dentro do casulo-veículo-planta, Mathews e Dra. Rebecca refletem sobre a situação.
    Rebecca revela que Hyperwoman a resgatou e lhe deu um cartão com o endereço do esconderijo Harper.
    Ela tenta convencer Mathews a confiar nos jovens heróis, oferecendo o cartão.
    Mathews deve decidir se aceita a influência ou rejeita

    Flashback nas Ruas:
    Mi'larhys enfrenta Estrela Prateada.
    Mi'larhys é lançada contra um prédio, mas Sentinel chega e lança uma granada de fumaça.
    Estrela Prateada é interrompida, e os heróis aproveitam a distração para fugir.
    Jack Dawson troca tiros com capangas, permitindo que Jhon Pablo siga pelo túnel.
    Estrela Prateada e os vilões recuam e fogem.

    Cena de Volta ao Esconderijo:
    Alex pousa no telhado do esconderijo com Kima.
    Encontra Mi'larhys e se desculpa pela manhã, explicando que não quis ofendê-la.
    Assume sua identidade de Hyperboy e pergunta como pode ajudar.
    Mi'larhys, se sentindo culpada, decide se isolar em sua nave para se recompor.

    Reflexão de Mi'larhys na Nave:
    Mi'larhys conversa com amigas de sua terra natal, Lynn, aliviando sua irritação e culpa.
    Ela se lembra de sua responsabilidade por suas próprias escolhas e se sente mais leve.
    Mi'larhys sai da nave, ainda triste, mas decidida a encarar os outros.
    Ela entrega bilhetes aos garotos, se desculpando e expressando suas intenções.
    Ela dá cartões mágicos às garotas, onde suas palavras aparecem e desaparecem, indicando que escreverá para se comunicar.

    Jhon Pablo no Esconderijo:
    Jhon Pablo se sente em casa ao chegar no esconderijo, aliviado por estar entre seus iguais.
    Ele recebe um abraço de Mi'larhys e tenta agradecê-la, mas se sente desconfortável ao perceber seus próprios sentimentos.
    Propõe cozinhar para animar a todos, perguntando se há farinha de milho.
    Recebe um bilhete de Mi'larhys e responde que todos são a prioridade, reafirmando seu compromisso com o grupo.
    Serve enchiladas para todos, pega uma Coca-Cola na geladeira e circula, ouvindo mais do que falando para conhecer melhor os colegas.
    Troca olhares e palavras amigáveis com os outros, sentindo-se seguro e confortável entre eles.
    Faz um comentário sobre tequila após o discurso de Alex, sentindo-se um pouco envergonhado.

    Hana Choi no Esconderijo:
    Hana chega ao esconderijo, frustrada e preocupada, tentando entender a situação.
    Interage telepaticamente com Mi'larhys e conversa com os outros, tentando manter a calma.
    Propõe buscar lanches e ajuda Kima na cozinha.
    Confessa a Kima que as coisas estão fora de controle.
    Agradece Mi'larhys pelo papelzinho e oferece apoio emocional.
    Conversa com Mathews e Dra. Rebecca, revelando seu passado complicado e pedindo desculpas.
    Expressa sua dor e esperança, convidando todos a se unirem e enfrentarem os desafios juntos.
    Termina seu discurso, emocionada e oferecendo ajuda, esperando que Mathews aceite a solidariedade do grupo.

    Kima Brown no Esconderijo:
    Kima encontra Alex e o consola, recebendo um abraço inesperado.
    Ela chora e se desculpa, oferecendo apoio emocional a Alex.
    Eles recebem o chamado telepático de Mi'larhys e voam juntos para o esconderijo, com Kima sentindo medo e emoção ao voar pela primeira vez.
    No esconderijo, Kima se sente deslocada e envergonhada, mas ajuda a preparar sanduíches com Hana.
    Recebe um papel de Mi'larhys e se emociona, pedindo desculpas por julgá-la.
    Kima se sente conectada com os outros, especialmente após ouvir as histórias de Hana e Mathews.
    Ela revela seu próprio passado doloroso com a Tríade e expressa sua confiança no grupo.
    Kima luta contra as memórias dolorosas, mas encontra conforto e apoio nos outros, especialmente em Hana.

    Alex Harper no Esconderijo:
    Hyperboy acompanha Titânia para dentro do prédio após deixar Vênus sozinha.
    Observa enquanto Hana e Mathews compartilham suas histórias e percebe uma mudança positiva em Hana.
    Recebe um bilhete de Mi'larhys e a abraça, pedindo desculpas e oferecendo amizade.
    Convoca todos a se sentarem em círculo e darem as mãos.
    Faz um discurso sobre união, coragem e a importância de se apoiarem mutuamente.
    Encoraja o grupo a se fortalecerem juntos, reafirmando a importância da amizade e confiança mútua.

    Mathews no Esconderijo:
    Mathews e Dra. Rebecca saem do túnel subterrâneo e ele hesita em entrar na casa, sentindo-se desconfortável.
    Com o incentivo de Dra. Rebecca, Mathews decide tentar conhecer o grupo sem ser influenciado por suas emoções.
    Mathews se sente inseguro e desconfiado, mas deseja não ficar sozinho.
    Recebe um bilhete de Mi'larhys e se sente dividido entre irritação e vontade de se enturmar.
    Hana se aproxima e conta sua história, revelando ser filha dos líderes da Tríade.
    Mathews questiona a sinceridade de Hana sobre sua rebelião contra a Tríade.
    Sente empatia pela história de Kima e compartilha sua própria experiência dolorosa com a Tríade.
    Mathews decide ficar e ajudar a destruir a Tríade, pedindo que respeitem seus limites de contato físico e mental.
    Participa do círculo de união de Alex de forma simbólica, segurando a mão de Dra. Rebecca e reconhecendo um antigo conhecido entre o grupo.

    Atual Situação:
    Apenas os jovens heróis e Dra. Rebecca estão presentes no esconderijo.
    É próximo de 12h, hora do almoço.
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    Mensagem por Nazamura Seg Jun 10, 2024 2:14 pm

    Mi'larhys e o Crescimento do Coração:
    Mi'larhys reflete sobre os enganos e novas percepções, percebendo a maturidade de John Pablo e a complexidade dos sentimentos dos outros.
    Observa as interações e as histórias de Hana e Kima, sentindo uma conexão e um desejo de proteger os amigos, mas também uma profunda inveja e ciúme.
    Mi'larhys se emociona com a história de Matt e chora, sentindo a culpa por não ter podido ajudá-lo a tempo.
    Quando Alex propõe que todos se unam em um círculo, Mi'larhys, após hesitar, decide se aproximar de Matt e tenta estabelecer uma conexão telepática gentil, pedindo permissão para entrar em sua mente.
    Caso Matt permita a telepatia, Mi'larhys tenta transmitir uma sensação de conforto e segurança, utilizando o elo que sente entre eles.
    Mi'larhys pega a mão de Hana e a estende para Matt, tentando mostrar que Hana é confiável e adorável.
    Participa do círculo segurando as mãos de John Pablo e Jack, e sorri para Alex enquanto ele fala.
    Após a sugestão de bebidas alcoólicas de John Pablo, Mi'larhys decide sair para comprar caramelos, anotando uma mensagem no caderno e mudando de forma para se disfarçar, mas mantendo traços distintivos.

    Hana Choi e Mathews:
    Hana encontra os olhos de Mathews e observa suas reações. Nota a transformação em seus olhos e sua voz profunda e intimidadora.
    Ela compartilha sua história e as razões de sua fuga da Tríade, revelando a negligência e a falta de carinho de seus pais.
    Hana admite que Mathews tem razão em ser direto e explica que deseja lutar contra a Tríade e provar que não é um sacrifício passivo.
    Pega a mão de Mathews e a coloca em seu coração, demonstrando sua determinação e sinceridade em derrotar a Tríade.
    Afasta-se gentilmente, deixando Mathews com suas palavras e sentimentos, e refletindo sobre sua própria transformação emocional e a necessidade de confiar e se abrir para os outros.

    Jack Dawson e Jhon Pablo:
    Jack, tentando disfarçar suas emoções com piadas, sente-se culpado por ter colocado Jhon Pablo em risco e não conseguir vencer os vilões.
    Mila interrompe seus pensamentos com um beijo no rosto e lhe entrega um bilhete. Jack sente-se ainda mais culpado e incapaz de esconder suas emoções.
    Ele se esforça para "anular" a telepatia de Mila, evitando que ela veja seus pensamentos.
    Jhon Pablo, indiferente ou se esforçando para isso, prepara o almoço e circula pelo grupo, admirado por Jack.
    As palavras de Hana não melhoram a situação para Jack, que se sente mal entendido e excluído, especialmente pelas meninas.
    Jack percebe Kima evitando olhar para ele, confirmando suas suspeitas sobre como é visto pelo grupo. Ele amassa o bilhete de Mila e decide sair dali, acreditando que aquele não é seu lugar.
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    Mensagem por Nazamura Seg Jun 10, 2024 2:25 pm

    Mila estava saindo, JP a parou pra perguntar se ele e Matt poderiam ir junto. Nesse momento, Jack amassou o bilhete e passou batido por todos, saindo da casa
    -----
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    Mensagem por Mellorienna Seg Jun 10, 2024 3:17 pm









    ☆A FORASTEIRA☆
    Mi'larhys
    ☆VÊNUS☆
    Mila Rhys




    Não te deixes destruir...
    Ajuntando novas pedras
    e construindo novos poemas.
    Recria tua vida, sempre, sempre.
    Remove pedras e planta roseiras e faz doces.
    Recomeça.

    — Cora Coralina


    John Pablo me parou quando eu ia saindo, sugerindo irmos juntos em busca de caramelos, levando Matt e a Dra. Rebecca, para Pueblo Alto e sua família, para um passeio por Nova Aeternia. Seria bom se a vida em Mi'wan fosse assim: passeios, amizade e caramelos. Mas, antes que eu pudesse responder, Jack passou por nós — e eu tremi por dentro com as impressões que vinham dele. Meus olhos encontraram meu bilhete, amassado. Eu havia cruzado algum limite, mesmo tendo sido cautelosa, mesmo deixando a mente deles — de todos eles — em paz.


    "Veja se eles querem vir, Pablito? Eu já volto!"


    Falei na mente dele por absoluto reflexo (e apenas na dele!). Não daria tempo de escrever. Mais uma vez, me vi voando para fora da casa dos Harper, ao encontro de um cara que saía de lá furioso. Mais uma vez, não dei explicações a ninguém. Já estava virando uma espécie de padrão.


    "Jack! Jack, espera!"


    Pousei logo a frente dele, interrompendo o caminho. Resisti ao impulso de flutuar para manter nossos olhos alinhados. Com os pés no chão, ergui o queixo para encará-lo da maneira que podia. Ele estava com raiva. Não era preciso ser telepata para saber disso. Mas, eu era.


    "Quando voei atrás do Sentinel, ele tirou um caramelo do bolso e me ofereceu.
    Eu nunca tinha comido nada tão bom na minha vida!
    Fez com que eu esquecesse de tudo por um momento, sabe?
    Eu fiquei tão impactada que vocalizei um 'HMM' bem alto!
    Alto, Jack! Assim..."


    Sorri para ele, meio tímida, e fiz baixinho:

    — Hmmm! — e senti o rosto corar, desviando os olhos pro chão. Aquilo era o cúmulo da irreverência! Mas...


    "Eu fiz alguma coisa que te deixou chateado, né...
    Mas eu não sei o que foi...
    Você tem sempre um sorriso e uma piada.
    E esse jeito de quem sabe se divertir e ser feliz.
    É exatamente como eu achei que os mi'wanish seriam.
    Eu achei que você teria caramelos nos bolsos.
    Porque você é tão legal quanto um cara legal pode ser."


    Àquela altura, eu já tinha erguido os olhos para ele de novo. E sorria, com sinceridade.



    (Ativo o movimento: Bom Exemplo)




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      Data/hora atual: Sáb Jun 29, 2024 6:13 pm