Esta parte sul da floresta é bem tranquila se comparada ao outro extremo. Pequenos grupos de elfos vagueiam por seus belos prados, e aqui e ali era possível ver casas rústicas de alguns lenhadores e armadilheiros. Muitos sacerdotes da Donzela Escura vêm de Lua Argêntea até o templo, o que só provava a segurança que o caminho oferecia. Enfim, após alguns dias de viagem, Belediel e Nasri chegam numa colina desprovida de vegetação no meio da floresta. Lá no alto, um pequeno templo de madeira se erguia. E aparentemente nenhum fiel estava presente. Era dia e tudo estava calmo e silencioso.
- Ouvi dizer que existem várias proteções mágicas que asseguram o templo contra invasores malignos. Estamos seguras aqui – o sorriso que Nasri dirigiu a elfa foi dos mais cativantes nos últimos dias. Ela deita na escarpa da colina, olhando o sol que fulgurava em pleno inverno. Belediel, que também queria aproveitar o momento, deita ao seu lado.
As duas passam horas em silêncio, apreciando mutuamente aquele momento de relaxamento como se nada mais no mundo importasse. Guerra? O que importava a guerra quando se podia passar horas ininterruptas ao lado da pessoa que você mais amava? Apenas quando o sol vai se pondo é que Nasri quebra o silêncio com uma voz mansa.
- Eu nunca devia ter batido em você àquele dia. Você me perdoa?