Ato I - Ariel, Johan, Aeltlas e Baraz

Ariel aproveita se tempo extra, abre seu grimório e se senta num canto, preparando sua mente e a preenchendo com os feitiços do dia.

Terminada sua leitura, o mago retira uma série de materiais de sua bolsa e separa os itens que desejava trabalhar. Primeiro gasta uns bons minutos testando as poções com uma série de componentes herbais. Terminadas as poções, o mago põe o pergaminho e o colar de presas à sua frente e começa a murmurar um mantra baixo, deixando a palma da mão sobre os itens, procurando sentir alguma aura mágica nos objetos.

Satisfeito com seu resultado, o mago guarda o colar na bolsa para avaliações futuras, e grava mentalmente a identidade de cada poção. Ele então abre o pergaminho cuidadosamente no chão e pega um pequeno prisma de quartzo rosa que havia separado anteriormente, preso a uma corrente fina de aço. O mago ergue o prisma sobre o papel e sussurra uma encantamento, dando um balanço inicial no pêndulo.

-Círculo primário, modalidade esmeralda. O olho da mente, a fruta rósea. Línguas dos grandes se desenrolam à minha frente. Ler Magias...

O prisma emite uma luz rosa fraca e continua seu movimento de pêndulo, mesmo sem qualquer força adicional, e o mago põe-se a ler o conteúdo do pergaminho.

Contente com a descoberta, Ariel guarda o pergaminho também em sua bolsa. Ele então se levanta e começa a arrumar vestir suas roupas e enrolar o saco de dormir, guardar as coisas na mochila e separar tudo num canto, em poucos minutos, o mago estava pronto para sair...e o resto do grupo dormia.

-É...eu devia ter pensado nisso antes...ACORDA AÊ CAMBADA! TEM TRABALHO PRA FAZER!

BARAZ

Baraz acorda de sobressalto, com a arma em punho e esfregando os olhos.

- RÁ! MALDITOS ORCS!

Momentos depois, já desperto e ciente da situação avalia a situação do grupo.

- Se nós vâmo seguí o que o orc disse, invocarei a pantera pra nos guiá. Só que num tô inteirão ainda. Olha pra Ariel - E as poção, mago? Alguma notícia? Era visível os ferimentos anão.

Spoiler:

O mago, já pornto para partir, sorri para o anão.

-Consegui identificar tudo com sucesso. Temos duas poções de cura, uma delas sendo mais forte. E mais uma que aumenta sua força física. Além disso também descobri que o colar do líder orc na sala grande ontem é mágico, mas vou precisar de uma laboratório adequado para identificar ele.

Johan havia acordado há algumas horas, provavelmente antes ainda que Ariel tivesse acordado, mas permaneceu deitado. O cavaleiro mal dormiu algumas horas e foi despertado por um sonho; Johan estava cavalgando Fúria através dos escombros de uma cidade quando de repente tudo começou a pegar fogo. Acima do crepitar da madeira, Johan ouvia gritos de homens, de mulheres, de crianças, mas não conseguia encontrar ninguém. Quando o cavaleiro viu uma mão sobre os escombros, assustou-se quando, retirando a madeira que queimava de cima da pessoa, viu que era ele próprio quem estava ali, morto, com parte do corpo carbonizado. Esse tipo de sonho não era freqüente, mas Johan já tinha tido sonhos semelhantes a esse outras vezes.

O cavaleiro ouve, de seu canto, Ariel fazer toda as suas experimentações e magias, e Baraz acordando assustado com o grito do rapaz. Johan diz algo apenas quando Ariel fala sobre as poções e o colar, sentando-se em seu saco de dormir.

- Se essas poções servem para curar nossos ferimentos, então devemos guardá-las. Teremos momentos decisivos hoje em que elas serão extremamente valiosas. Não quero que mais ninguém termine como Aeltlas.

Johan se levanta, acorda Nerók e Arianna, divide outra de suas rações com os companheiros e arruma suas coisas.

- Baraz, você sabe invocar a pantera? Nós precisamos dela para nos mostrar o caminho até Tripa Velha.

Baraz

- Do jeito que tô num vô aguentá muito mais. Mostrando os ferimentos. - Preciso de cura pra continuá. Estendendo a mão para Ariel, pedindo uma das poções.

- Claro que eu sei invocá a pantera. Já vô chamá o bicho...

Spoiler:

BARAZ

Baraz fica com a mão estendida, esperando a reação de Ariel:

- O que tá esperando? Me passa logo a poção mais forte! Ou cê acha que vou conseguir seguir do jeito que tô? Para o anão era óbvia a necessidade de cura imediata. - Primero a cura, depois a pantera! Já ficando impaciente.

Ariel dá de ombros e joga o fraco de vidro para o anão.

-Bom, a tática é com vocês, eu só cuido do trabalho acadêmico...agora vamos?

Baraz

De um gole o anão sorve o líquido, sentindo imediatamente os efeitos restauradores da magia de vida. Sentia-se melhor, ainda não totalmente restabelecido. Azar, deveria contentar-se com o que tinha. Curas eram importantes demais pra serem exauridas de uma vez.

Johan sabia que no fundo eles estavam certos. O próprio cavaleiro tinha ferimentos tão profundos quanto os de Baraz, e o anão tinha estado numa condição puir que a dele. Johan estende uma das mãos para Ariel.

- Me dê a outra poção, Ariel. Também preciso cicatrizar alguns ferimentos.

Depois da tomar a poção, o cavaleiro se volta para o anão.

- Muito bem, Baraz! Você tomou sua poção, agora invoque a pantera!

Baraz

O anão passa o dorso da mão para limpar algumas gotas de poção que haviam caído em sua barba. Então, saca do bolso a estatueta de ônix e a põe sobre a palma da mão, invocando a pantera:

- Aparece peluda que tem trabalho pra ti!

A pequena peça se desvanece ao poucos, como areia escorrendo por entre os dedos, e uma imagem desfocada vai se materializando logo a sua frente: Gwenhwyfar!

O jovem mago já tinha sua bolsa de componentes na posição mais vantajosa, e a besta carregada descansava em seus ombros. Ele não ia perder tempo.

-Preparei a mesma Velocidade que ontem, mas eu prefiro aplicá-la no começo do combate, pois ela dura muito pouco, e não acho que seja sensato desperdiçar um segundo sequer. Tenho também algo para cancelar encantamentos que eles usem, o mesmo encantamento de riso que usei ontem, e uma alguns feitiços ofensivos. Tentarei neutralizar o oponentes mais perigoso e mentalmente vulnerável e fortificar vocês, então estejam próximos uns aos outros no começo do combate, só até que eu os acelere. Depois, atacarei como puder. Só me dêem alguns segundos antes de entrar para que eu possa invocar alguma proteção para mim.

Baraz

- Vô chega quebrando tudo, mas temos que focá num alvo por vez. Morto não luta. Diz, olhando para Johan e Arianna. Em seguida, virando-se para a pantera: - Corra e neutralize os disparadores, nós vamo pegá os combatente.

O anão atenta às palavras do mago e responde:
- Faz tuas magia aí que a gente espera. Os machados já estavam em punho e prontos para a ação.

O mago retira uma tira longa de couro curtido de sua bolsa e começa a enrolá-lo em volta de seu braço esquerdo.

-Segundo Círculo, modalidade safira. O recanto da alma, refúgio eterno do sábio. A força da mente protege o corpo. ARMADURA DO MAGO!

Uma fina lâmina de mercúrio parece escorrer da tira de couro por toda a extensão do corpo de Ariel, sempre a alguns centímetros da pele. A Lâmina se torna translúcida e por fim invisível no fim.

-Estou pronto. Quanto a alvos, acho que seria inteligente eliminar primeiro os mais fracos, para podermos voltar nossa atenção às maiores ameaças sem se distraídos.

Johan ouviu os companheiros enquanto se preparava para o combate mais importante de sua vida até o momento. O cavaleiro tinha a chance de acabar com um líder dos orcs nessa guerra, conseguir a neutralidade de uma tribo e ainda destruir um tanarukk.

- Acredito que o melhor a fazer seja atacar Tripa Velha com tudo o que temos. Nós já sabemos que estamos feridos e em menor número. Não temos razão para lutar com cada orc que cruzar nosso caminho, vamos nos concentrar em Tripa Velha, no tanarukk e no sacerdote. Se Ragrath tiver mesmo dito a verdade, ele entrará na luta assim que tivermos uma boa vantagem contra seu pai.

O cavaleiro se volta para o goblin.

- Nerók, você deve ficar próximo de Ariel. Vocês nos darão apoio à distância enquanto Baraz, Arianna e eu iremos ao encontro deles. Será melhor se conseguirem um lugar com alguma cobertura para se protegerem. Nós três não devemos nos afastar muito uns dos outros, concentrando nossos ataques nos mesmos orcs e procurando a posição mais vantajosa, não apenas correndo a atacando. - Johan faz uma pausa enquanto retira o símbolo sagrado do pescoço - Caso as coisas saiam muito do nosso controle, concentrem seus ataques em Velha Tripa e Crânio de Pedra, deixem o tanarukk comigo.