Ilyana, A Profetisa - Gaijin386

Com a resposta positiva da sacerdotisa, Teryn descansou aliviado onde estava sentado e encarou Robin mais uma vez, esperando que este se voluntaria-se para acompanhar Ilyana em busca do ex-prisioneiro, que ela conhecia por Viserys. E foi isso que o Capitão do navio transportador fez, dando dois passos a frente e olhando para Ilyana como uma aliada pela primeira vez.

- Eu a acompanharei, misteriosa Ilyana.- Pronunciou a frase como um soldado jurando lealdade, de maneira talvez exagerada batendo a mão contra o peito.

E assim ambos deixaram Teryn e o navio para trás e se encontravam no porto da ilha mais uma vez. No momento em que deixou o convés, a primeira coisa que Ilyana viu foi a lua cheia, que exibia-se brilhante no céu que já tomava a cor de um azul mais escuro. A noite chegava e a tempestade se aproximava.

Ciente da necessidade que tinha de voltar ao barco de Ed e reencontrar Viserys, a sacerdotisa apressou-se caminhando na direção oposta daqueles que vinham bêbados da taverna, voltando para seus barcos e canoas para dormir após toda a diversão. Seguiu acompanhada lado a lado por Robin todo o caminho, sem nunca deixar de manter a atenção em alta, pois sabia também que os leões podiam espreitar e eram perigosos.

Para sua sorte, ou talvez por intervenção do principal Senhor a quem servia, não encontrou nenhum obstaculo ou dificuldade maior no caminho do que o cansaço, que era resultado de ter passado o dia todo perambulando pela ilha em busca de informações. Parando para pensar nisso, poderia surpreender-se com seu impressionante sucesso em conseguir todas aquelas informações que a levaram até Teryn.

Sem mais, após atravessar a praia em ritmo mais lento rumo à região da ilha onde Ed com certeza teria ancorado o barco, avistou a propriedade de Ed onde esperava, flutuando próximo aonde o vento soprava mais forte, para facilitar também em uma possível fuga. Porém, poucas das luzes de vela estavam acessas, ninguém observava a ilha em sua espera e dois botes vazios, sendo um deles estranho, estavam parados abaixo da escada de cordas. Havia ainda outro bote, este perto da praia, o qual reconheceu como sendo o de Ed.

- É aquele?- Perguntou Robin sobre o barco, ignorante aos detalhes estranhos que Ilyana percebera.

O bote próximo a praia, o de Ed, indicava que alguém deixara o barco e havia voltado para a ilha, mas os outros dois ao lado do barco eram deveras suspeitos.

Os botes são sugestivos... Um eu reconheço é do barco de Ed para onde estamos indo e indica que alguém veio a ilha apesar de eu ter dito que me aguardassem, o impaciente palerma deve ter tido ideias próprias. Já aqueles ali desconheço, mas são suspeitos e bem talvez o pescador tenha dado com a língua nos dentes se assim for que o senhor sob as ondas lhe amaldiçoe. Ela olha apreensiva temendo uma armadilha, mas precisa saber se há alguém no barco então observa a cena com mais atenção.

Em Off:

Não podemos desesperar agora...O que pensa Teryn?

Teryn a ouviu e só então começou a analisar o cenário, como se percebe-se que algo estava realmente estranho em um piscar de olhos. Observou a navio e a praia com outros olhos em busca de respostas para a sacerdotisa.

- Estranho...não dá para ver marcas na areia daqui. Parece que quem deixou o bote ali o fez tranquilamente, mas tenho quase certeza de que aqueles dois perto do barco não me são estranhos.- Olhou para Ilyana com incerteza, em estado de alerta.- Penso que precisamos saber o que há no barco. Podemos esperar aqui por alguma movimentação ou ir até lá com cuidado.

Não queria alarmar Ilyana, mas parecia estar pronto para o combate. Certo somente de que não poderiam voltar ao navio de Robin de mãos abanando.

- Podemos usar o bote na praia, assim também veríamos se há pegadas na areia perto dele.

OFF:

Podemos faze-lo e você já viu esses botes? Serão dos Lannisters? Eu disse para eles que me esperassem e que não chamassem a atenção. Lamenta-se a sacerdotisa, mas decidiu-se a seguir a ideia de Teryn e preparou seu bordão e sua adaga.

O barqueiro respondeu mais uma vez com um olhar incerto, incapaz de recordar-se onde e se realmente encontrara aqueles mesmos botes antes. Era compreensível, visto que passava todos os dias de sua vida vendo barcos e botes indo e vindo, logo dificilmente guardaria algum bote que não fosse feito de ouro na memória.

Robin seguiu na frente ao ver que Ilyana havia se decidido e preparado sua adaga. Pôs a mão direita sobre o cinto onde guardava a faca, a mesmo com que havia ameaçado a sacerdotisa antes, e caminhou levemente curvado pela praia até o bote. Junto dele, Ilyana caminhava com a mesma cautela.

Quando aproximaram-se do bote deixado na praia, Ilyana confirmou o bote como sendo o de Ed e de imediato nada encontrou. Analisou com mais cuidado, pois a escuridão poderia atrapalha-la a ver até os detalhes mais visíveis, enquanto Robin tratou de procurar por marcas na areia e vigiar para ver se havia movimentação no navio.
Enquanto procurava por algo no chão do bote, a mão da sacerdotisa encostou em algo liquido, frio e ligeiramente "denso", logo abaixo de um dos assentos. Não demorou para que determina-se que se tratava de sangue. Pouco sangue, mas ainda assim preocupante. Tão pouco que o individuo que sangrava sequer deixaria rastros no caminho, o que levava Ilyana a deduzir que o tal individuo fugira na surdina.

- Não encontrei nada, Ilyana.- Interrompeu-a Robin com as mãos já preparadas para empurrar o bote. Ele assustou-se com o sangue nos dedos da sacerdotisa e parou o que estava prestes a fazer, olhando para o navio ainda sem sinal de vida com um olhar alarmante.- O que houve naquele barco?

Com tudo que descobrira até então, era fácil para a sacerdotisa ter certeza de que ainda havia alguém no navio de Ed, alguém de quem a pessoa que fugiu sangrando queria distancia.

- Seguiremos para o navio? Não creio que descobriremos muito se ficarmos só andando pela praia.

Creio que é um passo que devemos dar investigar o lugar e ver quem está lá, pois alguém saiu as pressas com ferimentos não sendo graves pelo sangue que vi, mas mesmo assim ferido. Responde com certeza de que a resposta estava a bordo e segura seu bordão com mais firmeza.

A resposta da sacerdotisa selou o destino dos dois naquela noite. Para o bem ou para o mal. De qualquer maneira, a partir do momento que Robin concordou com a cabeça e ambos pularam sobre o bote que já se encontrava em movimento, já não havia retorno pelas vias comuns. O barqueiro estava extremamente determinado, como se ansiasse por combate e realmente esperasse que algo hostil os estivesse aguardando no barco de Ed, e a presença de Ilyana parecia dar-lhe mais confiança ainda.

O bote flutuou sorrateiramente pelas águas até encostar no barco que se encontrava ao lado de vários rochedos, iluminado somente pelas poucas velas que nele haviam, pois a luz da lua não alcançava o local praticamente "camuflado" na escuridão da noite.

Quando chegaram, Robin tomou a iniciativa e saltou nas cordas que davam na murreta do barco, próximo ao pequeno mastro. No topo, estendeu desajeitadamente a mão para ajudar Ilyana, caso esta quisesse, em sinal de respeito a sacerdotisa. Finalmente a reconhecia como aliada. E enfim, com ambos no barco de Ed, nada encontraram nada parte de cima. As velas realmente estavam acessas, o que era estranho visto que a intenção de Viserys e Ed era se esconderem, mas não havia sinal de desordem ou qualquer detalhe extra que chamasse a atenção.

Sangue fora derramado naquele barco, sangue daquele que havia fugido dali. Porém, se tal individuo havia se ferido ali, com certeza fora no estreito convés.

Robin desta vez não esperou a decisão da sacerdotisa, provavelmente porque sabia que só havia uma coisa aceitável a ser feita naquela ocasião. Ele abaixou-se e aproximou-se furtivamente da escada para o convés, e após fazer algum suspense pelo nervosismo, chamou Ilyana para perto e ambos puderam descer a escada.

No convés, escuro como era, a única fonte de luz não era difícil de ser vista. O lugar que mais parecia um corredor estreito pela quantidade de pequenos caixotes tinha a luz sobre uma mesa de madeira, a aproximadamente 6 metros de onde Ilyana e Robin estavam. O chão estava molhado e o cheiro de peixe, com o qual Ilyana já estava familiarizada, preenchia todo o local de maneira até agonizante.

Ao lado da mesa de madeira velha, sentado em um dos caixotes e vestindo uma capa simples, estava o inimigo. O atlético soldado Lannister comia tranquilamente de costas para a escada, com o elmo repousando sobre a mesa. Alguns passos depois, outro soldado, este com a armadura completa, chutava um homem ao chão.

A Profetista reconheceu o homem que estava sendo agredido como Ed. O pescador ranzinza sangrava na cabeça e na região do tórax enquanto era interrogado pelo paciente soldado, que não gritava ou forçava a voz, simplesmente abusava de sua voz rouca e naturalmente intimidadora para tentar conseguir as respostas que queria. Ilyana e Robin mal podiam ouvir o que ele perguntava, mas a sacerdotisa conseguiu captar a famosa alcunha "Rei de Nada" na pergunta do soldado.

Robin, ciente do que precisava ser feito, somente olhou para Ilyana com firmeza no olhar. Sinalizou para que Ilyana tentasse matar silenciosamente o soldado que comia distraído e, quando o outro percebesse o que acontecia, o barqueiro avançaria sobre ele.

Restava a Ilyana seguir a instrução de Robin, tentar algo diferente ou recuar e fugir, afinal de contas Viserys, o objetivo, não estava no barco.

OFF:

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Furtividade.

Ilyanna concorda com o plano e se prepara, mas antes ela faz uma oração breve para o Deus Afogado - Senhor sob as ondas inspirai-me a realizar sua obra e permita que eu possa alcançar vossos desígnios. - Diz a sacerdotisa que joga um pouco de agua da sua cabaça de agua salgada sobre si e colocou a faca nos dentes e quando estivesse próxima ela iria usa-la.

A sacerdotisa rezou ao Deus Afogado por auxilio, banhou-se em um pouco de água salgada e pôs a faca entre os dentes. Robin empunhou sua faca com firmeza e permaneceu na escuridão, esperando para dar o bote, enquanto Ilyana sorrateiramente seguiu ao encontro do soldado Lannister que estava sentado de costas para ela.

Seus passos cuidadosos, mesmo batendo na água presente no chão do convés, não faziam barulho suficiente para que os inimigos ouvissem, e se chegasse a fazer tanto barulho o sons do interrogatório o abafavam. Quanto mais aproximava-se do homem, mais forte seu coração incontrolavelmente batia pois ela sabia o que estava em jogo ali. Porém, o temor não residia na serva do Senhor.

Ela conseguiu chegar a distancia suficiente para tentar o golpe e não fora vista ou percebida no processo, somente hesitação ou nervosismo lhe poderiam ser desafios agora. E então ela atacou, rápida e carregada de tensão a sacerdotisa enfiou a adaga no canto direito do pescoço do soldado e puxou, rasgando-lhe a garganta inteira de maneira desajeitava, mas efetiva.

Os segundos que vieram depois foram de mais tensão, pois o soldado que interrogava Ed virou-se, mas permaneceu observando a cena como se acreditasse que seus olhos estivessem lhe pregando uma peça. De fato hesitou, mas não recuou.

Robin moveu-se ao perceber a imobilidade do inimigo e rugiu surgindo das sombras como um grande urso, assustando o já perplexo soldado que reagiu no impulso, sacando a espada pelo susto e movendo-a para frente com intenção de afastar o furioso barqueiro que o atacava.

Quando a espada subiu, Robin já estava quase frente a frente com o soldado e a faca já havia encontrado a região inferior de seu pescoço, o que não foi o suficiente para impedir a lâmina do Lannister de acertar com força a divisa entre o ombro e a costela de Robin, que caiu no chão aos berros.

- M-ma...maldit...- Tentava vãmente fazer com que suas últimas palavras saíssem, mas sufocou em seu próprio sangue e caiu de joelhos em agonia, tendo tempo de dirigir um último olhar de raiva a Ilyana antes de partir.

Com os dois soldados mortos no chão, Ed abriu os olhos, mas parecia fraco demais para falar alto o suficiente para que Ilyana ouvisse não estando perto. Robin, mesmo ferido, sentou-se com as costas em um dos caixotes e pressionou a ferida, indicando que estava "bem".

O que fazer agora? Pensava a sacerdotisa prioridade... primeiro evitar que esses dois morram depois sair daqui se possível e bem descobrir onde foram o "rei de nada".

Ela se aproxima do ferido e lida com as feridas do mesmo ela entoa os cânticos do Deus Afogado

- Poderoso Senhor sob as ondas, I apenas peço uma parte de vossa sabedoria, que com ela eu possa curar vossos fieis cujo o tempo ainda não chegou. - Ora em prece com seus unguentos e a agua abençoada das cabaças de agua salgada.

Ela tratará também do menos ferido. - Que fim levou Vyseris? O que ocorreu? Não precisa ser uma versão longa pois temos que sair daqui. -

Após ajudar Robin, a sacerdotisa dirigiu-se do outro ferido para trata-lo também. Ed estava pálido, ferido por toda a extensão de seu tronco, e seu olhar cansado e febril indicava seu estado grave até aos que nada sabiam do assunto.

Quando Ilyana fez-lhe a pergunta, ele esforçou-se para virar-se de costas para o chão e recuperar um ritmo mais acelerado de respiração para poder falar sem perder fôlego. Encarou Ilyana com o mesmo olhar pesado que sempre tivera e tentou responde-la.

- E-escapou...consegui coloca-lo em um bote de volta para a praia, mas ele foi atingido por uma flecha na fuga...não creio que tenha sido nada grave.- Parou pois a respiração falhava, assim como seu corpo parecia parar de responder aos seus comandos. Quando voltou a falar, sua voz já estava mais fraca, quase como um sussurro.- Não..não temos que sair daqui...eu não. É o fim pra mim, sumam do meu barco...- Exigiu fechando os olhos, preparando-se para sua partida.

Robin já estava de pé ao lado de Ilyana, com uma mão sobre a ferida que agora era pressionada por um pedaço de pano tirado de sua roupa. Não apressou a sacerdotisa, mas esperava que ela soubesse que as chances de sobrevivência do homem no chão eram ridiculamente minimas, isso sendo otimista. Realisticamente falando, já estava morto.

Ilyana olhou séria para ambos o agonizante Ed e para o descrente Robin e arregaçou as mangas de sua túnica e abaixou-se perto do moribundo e - Acho sua falta de fé perturbadora Ed, barqueiro e aquele que auxiliou-me até aqui eu te prometi recompensas e dei minha palavra como seguidora do Senhor sob as ondas que as teria então não tens a permissão para morrer ainda não és aguardado nos grandes salões e precisamos de tua força para obter a desforra contra aqueles que lhe fizeram isso. -

Código:

Em Off: Sim eu citei Darth Vader hehe [youtube]m0XuKORufGk[/youtube] Mas falando seriamente estou tentando usar algum milagre de fé aqui com as minhas habilidades de curandeira e ver se eu consigo salvar esse sujeito. Tipo vá que o Senhor das Ondas me ilumina nessa hora.

A não aceitação da sacerdotisa pareceu reacender uma pequena chama de esperança, quando até mesmo o próprio Ed havia desistido. Robin em especial, querendo presenciar algo sobrenatural ou por alguma outra razão, estava ansioso para que Ilyana realmente conseguisse salvar a vida do homem no chão.

Ed a encarou com curiosidade, um olhar cansado em uma face pálida e molhada de suor e sangue que estampava gratidão. Havia vontade para reagir visível em seus olhos, mas era experiente demais e tinha conhecimento de seus estado de modo que não conseguia partilhar da esperança dos dois.

OFF:

Ilyana se concentra e faz a sua prece.

As preces foram feitas e o pedido ao Deus Afogado foi feito por meio destas, o ritual foi belo, feito com fervor e tendo a fé inabalável na sacerdotisa de que aquilo era possível. Robin não escondia a tensão que sentia durante o processo, descrente ao mesmo tempo que ansioso para ver Ilyana realizar uma façanha.

Ed, por sua vez, olhou uma última vez para a sacerdotisa com alguma gratidão escondido na frieza do barqueiro, e por fim fechou os olhos e abraçou o fim daquela vida.

Ao fim, só havia silêncio e tristeza. O barco balançava e a maré fazia-se ouvir ao fundo, mas a sensação de vazio preenchia o local como uma confirmação da difícil situação em que se encontravam a partir daquele momento.

Robin nada disse, aguardando alguma reação da sacerdotisa, qualquer palavra ou decisão a respeito do próximo passo. Fato era que, mesmo com a morte de um aliado, Viserys ainda estava vivo e os leões estavam a sua procura também.

- Não era para ser ... Não era para ser ... - Repetiu algumas vezes e virou-se para Robin - Hora de ir temos que achar Vyseris e seguir seus rastros vi algumas manchas de sangue deve nos levar até ele. - e sai do local sem comentar mais nada

Após aceitar o ocorrido, Ilyana e Robin partiram apressadamente em busca do "objetivo", Viserys. Deixaram o convés do navio de Ed com os corpos ainda ali, pois não havia tempo para quaisquer rituais naquela noite. Poderiam velar o corpo do barqueiro em uma outra oportunidade, se assim quisessem.

Assim que subiram, as pequenas gotas d'água começaram a cair sobre eles como pequenos grãos de areia. Chuviscava e a maré se agitava, mas felizmente o barco estava bem ancorado e não precisavam temer sua perda. A dupla foi ao mesmo bote que os trouxera até ali e rumaram para a praia.

- O homem que procuramos...ele é burro o suficiente para buscar ajuda na vila? Se ele sangrava pouco, dificilmente conseguiremos seguir algum rastro durante a noite, ainda mais com a chuva que começa.- Argumentou Robin, que sequer havia sentado-se no bote. Permanecia de pé, preparado para saltar em terra assim que chegassem.- Penso que alguém esperto teria seguido pela floresta, sem se aprofundar nela.

Quando chegassem em terra, seguiriam para onde a sacerdotisa acreditasse que fora Viserys. Sabiam, com toda a certeza, que os soldados haviam seguido para a vila.

- Ele tem um destino a traçar que ainda não me foi revelado, mas morrer aqui não não está nele, embora isto não garanta perspicácia. - Responde a sacerdotisa observando e refletindo para onde o mesmo pode ter ido. - No desespero creio que ele deva ter ido procurar algum abrigo desocupado ou abandonado. Não seria louco de ter ido direto para alguma estalagem. -

Assim que o bote chegou em terra firme, Robin saltou sobre a areia da praia e começou a se mover. Ilyana foi junto dele, refletindo a respeito de onde poderia ter ido Viserys que, apesar de não ser um completo idiota, não era do tipo que raciocinava direito quando corria perigo.

Continuaram rumo ao vilarejo, por onde soldados Lannister estavam sempre a procura de Viserys como cães esfomeados em busca de carne. O primeiro sinal de que algo estava estranho foi a pouca luminosidade nas primeiras casas e o caminho para o porto, além de não haver movimentação nas ruas.

Robin diminuiu o passo e vasculhou tudo que se encontrava a sua vista.

- Parece com um toque de recolher...tiraram as pessoas das ruas.- Sussurrou enquanto guiava Ilyana rumo a floresta.- Não podemos chegar pela principal entrada...

Os dois caminharam a passo largo por um trecho da floresta que cercava a vila, certos de que o toque de recolher fora feito recentemente, provavelmente por que os dois soldados do barco de Ed não voltaram, logo Viserys poderia facilmente ter entrado na vila a tempo de não ser abordado ou estranhado por eles.
Alguns minutos depois chegaram às costas de madeira de uma antiga estrutura, uma das casas que fora incendiada, e Robin atravessou por uma das brechas onde a parede havia sido destruída. Ilyana fez o mesmo e entrou com dificuldade, pois as cinzas e pedaços de madeira dificultavam a passagem, além do forte cheiro de lenha queimada.

Lá, Robin ajoelhou-se atrás de uma parede ainda de pé, onde um dia houve uma janela, e começou a observar o interior da vila.

Viserys, caso já não tivesse sido capturado, não teria tido tempo de ir muito a fundo na vila, logo não estaria em lugares como o porto. O melhor lugar para esconder-se, além da floresta(o que era arriscado devido ao risco de perder-se), seria com certeza alguma das casas e prédios abandonados por causa do incêndio. Mas infelizmente podiam contar com a estupidez de Viserys para tê-lo guiado por um caminho nada inteligente.

Restava decidirem onde procurar, e com cuidado pois soldados Lannisters poderiam estar vagando pelas ruas.

- Bom temos que ter cuidado e verificar para onde o homem foi. O melhor palpite é que tenha se escondido em alguma dessas construções abandonadas, mas qual delas? E ainda ele poderia ter ido a floresta o que seria muito tolo...Tenho uma ideia de quem nos delatou... O barqueiro, mas preciso ter certeza de uma coisa venha. - Vou ver as crianças que coloque vigiando o homem e além disso elas veem tudo e não são notadas podem ter visto até o Vyseris.

Em Off: