ABENTY, ENNIBEL, TAURUSA sombra s aproxima para apnhara a peça, embora ela não pudesse tocar nada material. E, nisso, quando seus dedos espectrais se aproximam do item, ela desaparece.
A entidade espectral some sugada num instante pela peça. O objeto cai ruidoso ao chão das mãos do mordomo.
Todos ficam surpresos e tomados por uma expectativa temerosa ante o acontecimento desconhecido e o que viria dele em seguida.
Então, como em resposta ao temor de todos, o assoalho ao redor da peça começa a se desintegrar, para então ser tomado na forma de um pequeno rodamoinho, como num liquidificador, sendo tragado por sobre e ao redor da peça. Ruídos e estalos de matéria sendo partida e rompida tomam o aposento enquanto o movimento vai tomando maiores proporções. Gavinhas surgem também. Famintas, elas apanham objetos aleatórios, o espaço entre o turbilhão crescente e as pessoas ali diminui. Rapidamente,
Taurus toma disposição para apanhar a cadeira do seu tio e afasta-lo dali, mas o mordomo brutamontes é mais ligeiro.
O grupo é forçado a fora e acabam meio dentro e meio fora, observando a cena do poltergeizt devorador.
A fome consumia tecido, madeira, pedaços de metal, o colchão e até uma vaso com uma planta viva.
Todas as coisas e pedaços se amontoavam no turbilhão, sendo devorados, como se participassem de uma estranha fagocitose, o objeto no centro agindo como um estranho tipo de decompositor, uma célula gigante realizando regeneração.
Em todo aquele estranho processo, o grupo viu coisas estranhas, coisas desconhecidas e que talvez não devessem ter visto.
OFF: Todos presentes realizem um teste de Vontade, CD 15, para evitar serem tomados por um pavor congelante.
O tempo estacou. Não já sabiam ao certo quanto tempo se passará, nem ouviram os chamados dos demais criados da casa, quando, próximos, chamaram querendo saber o que ocorria. Em algum momento, não sabem qual, podiam perceber que , o tio de
Taurus, ordenou que não ali viessem e que estava tudo sob controle e o seu sobrinho estava mantendo-o seguro. Uma parca verdade, uma vez que o novo lorde também estava lutando para se manter ali perto. Provavelmente, a própria experiência do velho veterano é o que permitia permanecer mais consciente que os demais, uma vez que já havia enfrentado aquilo noutra época e lugar.
Enfim, silêncio.
Não há certeza se seria seguro investigar.
Aos poucos, a coragem ia surgindo tímida, e o grupo vislumbrou dentro do quarto destruído, com tabuas de madeira envernizada e gesso semidevorados ao redor, uma figura do tamanho de uma mulher de corpo esguio ao centro.
Onde estava
Ennibel passou a perceber a realidade com outros sentidos, sentidos que já havia perdido quando conseguira escapar do maldito vaso profano que engolira sua alma à mais de uma década atrás.
A Rainha das Sombras percebi a realidade ao seu redor com tato, audição, olfato, visão e paladar. Provava todas as coisas as quais havia perdido, mas se sentia estranha, como se usasse uma roupa que não lhe cabia, que fosse de outra pessoa. Ela sentia coisas estranhas dentro de si, e havia um receio assombrado em saber o que eram ou permanecer na incerta, no entanto mais tranquila, alienação.
Tentou se mover.
O desequilíbrio a acometeu, se atrapalhou, caiu. Tentou novamente, ficou de pé, meio zonza. Olhou ao redor, se situando.
Fitou um pedaço de espelho, percebeu a duras linhas que era ela; não o espectro maldito, embora soubesse que estava ali, nesta carcaça de agora, mas a visão do seu eu, da fada de autrora, ou, pelo menos, uma quimera do que fora, um duplo.
O ar da fada falsa era sinistro, um arremedo, sem a graça sublime que antes possua e encantava.´Tinha detalhes idênticos, mas mortos. Fadas não deixam corpo quando são destruídas, sua alma e corpo são uma coisa só. Ela fora aprisionada e corrompida. Agora, estaria aprisionada em uma nova forma ou não cabia a ela mesma investigar.
Vislumbrou o corpo de agora. Esguio, como dela fora, dedos magros, o amuleto, ou o que fosse agora, no centro, sentido gavinhas e artérias e veias se convergindo dele para todos os lugares do corpo e as coisas estranhas, que talvez fosse melhor não saber o que eram, espalhadas por dentro.
Sentia seus poderes, a treva dentro de si, desejando sair, as suas crias amaldiçoadas ao longe, mas estava tudo dentro daquela nova carcaça. Ela se sente como uma possessão, um fantasma descarnado tomando um corpo alheio; ou seria o inverso, na verdade, pois em verdade ela que talvez tenha sido possuída.
Daquilo que se pronunciava, uma estranha vitalidade que se originaria de seu próprio amago sombrio parecia alimentar a coisa, movendo todas as funções do novo construto que seguia as suas próprias medidas.
Então, os demais finalmente se aproximaram para ter com ela, pelo menos a uma distância em que o diálogo seria mais funcional. O velho veterano foi o primeiro, acudido pelo mordomo, que o erguia com um só dos grossos braços enquanto a outra mão repousava na tal espada, que já fora partida, conforme o relato do velho homem, agora de aparência reforçada, descansando, mas no ponto de ser desembainhada, se necessário. Então, o idoso disse:
- Bem, até aqui é como eu lhes contei. O tal amuleto, apesar de se mostrar outra coisa, faz isso: fortalece os mortos-vivos e crias-das-trevas, em geral. Quando eu o arranquei do corpo do inimigo ele se desfez em um instante. Ennibel ouvia, tocou o novo órgão; ou poderia ser um tipo de cérebro ou cerebelo, uma vez que tudo nela, não, no novo corpo se comunicava com isso. E sentiu que , apesar de ser a sua essência que o alimentava, que se fosse arrancado, ela, ou melhor, o corpo construto morreria de imediato. É uma certeza, sentia e agora sabia bem. Se decidisse fazê-lo, morreria também, como no relato do velho veterano ou estaria livre para ir não sabia. É uma dúvida.
1) Testar o novo corpo. - Convidar alguém para testar o corpo e se acostumar com ele.[Excepcionalmente, todo o dano será considerado de contusão não-letal, apenas desta vez.]
2) Sair correndo. - Borra curtir tudo agora, pohha! [Cair na gandaia, peladona mesmo. XD]
3) Arrancar a peça. - Não precisava de um novo corpo! [Role 1d4 + bônus de força por rodada até conseguir arrancar o cerebelo e destruir a carcaça e se libertar.]
4) Ficar sozinha. - Deixar a mansão para repensar tudo com as suas sombras. [Findar o dia de hoje.]