por Necromancer Ignaltus Sex Dez 02, 2016 7:20 pm
BURDOCK, EMILY
Alterar coisas vivas não é algo recomendado aos magos da transmutação da troca equivalente, mas Emily tinha confiança nas suas capacidades e Burdock, apesar de conhecê-la apenas a algumas horas, deu a sua permissão para servir de cobaia. A maga então desenhou um círculo de transmutação, tomando todo o cuidado com as trocas e equivalências. Então, começou.
O corpo do homem começou a sofrer uma assustadora modificação. Burdock não esperava por aquilo, o seu corpo literalmente se desfez. Ele se sentiu sumindo enquanto o poder de sua raça transbordava.
Emily por sua vez apanhou uma torrente de poder. Aquilo é muita coisa. Por um breve momento uma ganância maléfica pareceu sussurrar em seus pensamentos, mas ela logo a empurrou para trás e a fez desaparecer no vácuo da desimportante. Ela não é esse tipo de pessoa.
Então, voltou-se para a sua tarefa.
Em alguns momentos, Burdock retornava. Aquilo foi um grande espanto, fazendo-o recordar das recomendações dos anciãos da manada, mas ele logo percebeu. A nova amiga o havia modificado apenas por fora, por dentro ainda é o mesmo. Do seu poder, ela não seguiu como os magos maléficos das histórias que quebravam os chifres dos unikorn, realizando exatamente o que havia dito.
No peito do patrulheiro parecia haver uma estranho desenho geométrico como sangue, mas que se desgastava aos poucos.
Tudo pronto. Deveriam ir por agora.
O grande unikorn-gárgula, agora mais modesto, embora aparente bem mais ameaçador, começou a descida. O espaço é pouco, mas havia vários pontos onde ele podia agarrar com as garras das mãos e pés. Emily estava logo atrás, pensando se deveria descer com o seu novo amigo.
O caminho seguia abaixo, parecendo ter sido escavado. Logo sinais de um caminho subterrâneo aberto pela mão da mãe natureza surgia. Na época das chuvas aquilo deveria ficar inundado. Não estavam nessa época. Então, se tivessem vindo noutro perído poderiam ter sido emboscados na própria mata.
O caminhos seguia: três entrâncias. Uma seguia em frente, mais larga e confortável, por onde uma fina corrente d'água corria. Outro, mais sinistro e escuro ia irregularmente, para longe da luz da moeda. Mais para baixo, caia uma entrada para o nada, estando muito mais escuro. Tanto que a parede próxima poderia estar a um palmo de distância que não se enxergaria. Porém, a nova bisão do unikorn-gárgula permitiu ver que a parede é próxima.
Em todo aquele lugar não havia espaço para voo, não que ele mesmo tivesse experiência com isso. A moeda atirada por sua amiga estava logo ali. Ela poderia ser útil, ou não.