Cinco reinos unidos: O início da missão.

Mael, após ver Tarcio sendo curado por Beijamim ele sai do lugar resmungando...

-Trazem o moleque pra ser curado sendo que tem curandeiro como amigo? E eu ainda me preocupei com o infeliz...Vão embora daqui! Me tiraram do meu "descanço" e não precisavam de mim...

Ele some novamente na sombra, mas desta vez ele não apareceu novamente.

Todos partem para o Castelo e no caminho Gorus explica para Tarcio o que o anão disse.
Tudo o que conseguiram saber, aparentemente, na taverna era que tinham uma viagem de barco para fazer, há um herdeiro de alguma coisa, suspeitosamente de Wolfric, suspeito a ser encontrado e que Tarcio não podia ficar sozinho em um lugar que tenha mulheres...

Chegando no castelo cada um foi aos seus aposentos.
A Rainha ainda estava acordada. Podia-se ouvir sons de flautas no salão de jantar do reino.
Após Tuffo deixar seus companheiros, ele foi ter com a rainha a conversa que tanto anciava por ter.

Quando Tuffo chegou até o local que a Rainha estava, Tuffo viu que ela estava se retirando, provavelmente iria dormir... Ele a interromperia ou iria dormir e ter a conversa com Mircéa em outro momento?

A conversa precisaria ser naquele instante, e era ótimo ela estar sozinha.

-Minha rainha! Me desculpe mas preciso conversar com você e esclarecer algumas coisas a respeito da missão que me foi passada. Poderia me dar alguns minutos? Diz Tuffo fazendo uma reverência.

Quando já tem a atenção da rainha ele então começa as perguntas:

-Já começo pedindo desculpas, porque ouvi algumas conversas em alguns momentos que, até então não faziam o menor sentido, mas ouve um comentário do Beijamim que me fez recordar a situação e refletir a respeito. Acredito isso pode nos levar ao nosso objetivo final que é o cumprimento da missão que nos foi dada.

Ele então continua:
-Ouvi sobre um ser das Sombras que veio oferecer ouro e poder em troca da lealdade de nosso reino, o que foi recusado de pronto por V. Majestade o Rei, mas me lembro que você ficaste na dúvida. Acredito que sejam essas pessoas que estão por trás do roubo da jóia, e preciso dessas informações para poder conseguir localizar a tempo.

Tuffo então explica um pouco sobre o dragão e a parte histórica. E assim espera a resposta de Sua Rainha.

Mircéa se assusta com a chegada de Tuffo repentinamente no aposento em que estava, afinal já era tarde da noite e não imaginava que ele estaria no reino ainda.
Ela ouve o que o rapaz tem a dizer e estava inclinada em ajudá-lo, mas quando ouviu a respeito do ser das sombras ela empalideceu e ficou nitidamente preocupada.

- Como assim ouviu a conversa? Se ponha no seu lugarm Tuffo... Lembre-se que está neste castelo graças à mim. Tudo o que tenho a dizer é que...é...que... suas suspeitas são infundadas! Afinal o que ouviu que pudesse acreditar nisso? Este assunto é sigiloso e não quero que comente com ninguém! Fui clara, Tuffo?

A voz da rainha estava alterada. Usava de um tom de voz sério e um olhar firme. Tuffo sempre viu a rainha feliz e rindo e naquele momento quase não a reconhecia mais.

Tuffo se espanta m pouco com a atitude da rainha, mas ele já esperava algo nesse sentido ele então diz, enquanto se curva mas ainda com a cabeça erguida e olhando nos olhos da rainha:

-Mais uma vez peço desculpas minha rainha, estou me pondo no meu lugar, e meu lugar é fazer o possível que a senhora esteja bem. E o que fiquei sabendo de Beijamim, me deixou muito preocupado. Sinto, mas preciso insistir que precisamos dessas informações para que nossa caminhada não seja em vão e que pessoas se machuquem. Por favor minha rainha, confie no seu bobo.

Ao final ele abaixa a cabeça aguardando a sua resposta.

A rainha começa a andar, indo para seu quarto e faz um movimento para que Tuffo a siga:

- Estava indo me deitar e é isto que irei fazer. Se quiser me acompanhe e conversaremos. Seu tempo é limitado. Afinal, o que este Beijamim disse para te deixar tão preocupado?

Ela caminhava sem olhar para o rapaz ao seu lado.

Tuffo segue sua rainha de perto enquanto começa a dizer:

-É sobre o Dragão senhora, Kilgara está para ser libertado e todos nós sofreremos com a sua ira. Esse sugeito que diz que teve aqui, ou quem o mandou aqui naquela oportunidade possui planos terríveis. Estaremos embarcando amanhã para o local onde se suspeita estar essa pessoa que diz ser o verdadeiro herdeiro de Wolfric.

Ele chega mais perto e fala mais baixo:

-Precisamos da sua ajuda minha rainha!

A rainha não expressa nenhuma emoção com as informações que o bardo dizia. Ao final de sua fala ela diz:

- Liberdado? Ele nunca foi aprissionado e sim escravizado pelo poder da esfera, Tuffo. Reveja suas informações. Ainda não entendi qual ajuda minha precisa, Tuffo... - A rainha se faz de desentendida - Não sei sequer o nome do homem que veio aqui naquela noite. Tudo o que eu sei sobre Wolfric são as lendas e histórias e que seus "herdeiros", como chamou, são da própria família real das sombras... Afinal quais são suas suspeitas, Tuffo?

Tuffo ficava cada vez mais preocupado:

-Minhas informações não estão erradas minha senhora. Sei que o dragão foi escravizado e sem o poder da esfera ele será libertado dessa escravidão, ou pior... Tuffo faz uma pausa pensando em como diria aquilo, mas era preciso.

-Aquele sujeito que não sabe o nome, pediu lealdade de nosso reino e foi recusada, pelo que me parece. Agora, caso ele tenha o dragão em suas mãos, qual reino você acha que ele irá atacar?

Ele respira fundo e diz:
-Minha rainha preciso que me diga tudo que sabe sobre essa pessoa e como podemos encontrá-la. Tentaremos recuperar a tal esfera e tudo voltará ao normal. Algo que pudesse nos ajudar ou prevenir sobre o que estaremos prestes a enfrentar.

A Rainha parecia impaciente...

- Tuffo! Não quero precisar pensar no que acontecerá caso vocês falhem na missão, mesmo porque a primeira pessoa que eu jogaria para linha de frente seria você para aprender a cumprir ordens! Onde acha que se encontra uma pessoa do reino das sombras? No reino em que mora... vá para as sombras e descubra junto com o seu "grupinho"...

Vocês chegam até a porta dos aposentos da rainha e ela diz mais calma, após um longo suspiro:

- Boa noite e boa sorte Tuffo.

E entra nos aposentos sem esperar outra pergunta ou comentário do jovem bardo.

Tuffo apenas faz um cumprimento e vai para seus aposentos para tentar dormir um pouco e seguir para o local indicado no dia seguinte.

Lá conversaria com Beijamim e os outros tentando chegar ao máximo de informações possíveis.
Uma coisa ele sabia, deveriam ir para o "Leste do Norte". Era esse o caminho a seguir.

Após a rainha praticamente se trancar no quarto após a investida de Tuffo, a situação ficou ainda mais suspeita que antes, mas na hora não podia-se fazer nada e Tuffo vai para seus devidos aposentos para dormir as poucas horas que lhe restava de sono.

Logo cedo, antes do sol nascer, Tuffo despertou num salto quando Arzamarr bateu com seu martelo na porta do quarto do rapaz, quase acordando todos que dormiam naquela ala do castelo.

Do lado de fora dos portões do castelo, Gorus estava sentado no chão lendo um livro como de costume, Tarcio estava parado encarando curioso o livro que Gorus lia e Beijamim estava parado aguardando o bobo da corte chegar.

Pareciam ter dormido alguns minutos apenas, todos estavam muito cansados, apenas Beijamim apresentava menos, visto que já passara por torturas quando escravo que não o permitiam dormir durante uma semana, às vezes mais.

Após todos reunidos eles se encontram no local combinado com Beijamim e aguardam.
O Sol já havia nascido e todos se perguntavam se era verdade o que Beijamim contou, quando avistam, chegando à praia, Sussurros da Noite, o Navio do marujo gordo que havia conversado com o clero na noite anterior.

Os aventureiros se aprontaram, se apresentaram e logo partiram, afinal o velho estava atrasado com as entregas de mercadoria do Norte.
Após carregarem sacos e mais sacos, barris e caixas para dentro do Navio, os cinco aventureiros iniciam seu percurso até o Norte, mas ainda não sabiam qual o local.

Gorus, conhecendo razoavelmente bem o Reino do Norte, se prontifica a quebrar o silêncio que se fazia.

- Então, para onde nós iremos?

O velho não gostou nem um pouco de Gorus, não gostava de pessoas que falavam e ele simplesmente não parou de falar desde que começaram a carregar os sacos de suprimentos.

- Para o Norte. Não tem o que fazer? Vamos... pegue o esfregão e limpe isto aqui... Aliás todos poderiam limpar tudo, está uma bagunça imunda aqui dentro... Vamos antes que eu os jogue do barco!

O velho marujo realmente não era tão educado quanto parecia ser na noite em que conversou com o clero.

Todos começaram a se aprontar para limpar tudo, conforme o pedido do velho gordo.
Tuffo cantava enquanto limpava o vidro da cabine, Tarcio não gostava do mar, ficava meio enjoado, então preferiu ficar pegando água para limpar tudo enquanto Gorus passava o esfregão. Arzamarr e Beijamim foram os únicos que ficaram sentados olhando para a cara o pescador.

- O vento está bom e a correnteza está forte. Chegaremos antes que imaginamos rapazes! Acredito que chegaremos com o pôr do sol...

Resmungava o velho enquanto olhava os três trabalhando "Realmente são idiotas, seguirem 'ordens' de um velho pescador gordo e imundo para irem até o Norte..." Pensava o marujo.

Tarsio ajuda a carregar sacos e caixas pra dentro do barco. Depois quando o barco começou a navegar, com o balanço do mar o estomago dele começou a reclamar. Era otimo, estava enjoado. Ficaria quietinho no seu canto pegando agua pro Gorus passar o esfregão, enquanto o enjoô não passava.

Já no barco com alguns do membros trabalhando, Beijamim procura o velho em um lugar onde eles possam conversar e começa falando.

- Então, a minha parte do acordo está feito.
Agora vamos me diga o que sabe sobre aquele que se entitula Rei, onde posso encontra-lo

Beijamim fala calmamente e sem qualquer hesitação.

O barco era pequeno, de pescador. Não tinha muitos lugares reservados para se ter uma conversa, logo todos poderiam ouvir, se desejassem a conversa de Beijamim com o Marujo.

- Os ventos dizem ao Sul, sim com certeza ao Sul do Reino do Norte. As fadas sabem melhor sobre os viajantes, muitos a procuram... Talves esse Rei que você procura as tenha procurado para obter informações. Tudo o que eu sei, jovem, é que só a magia pode falar de magia... Isto é fato!

O velho falava olhando para o mar, em direção para onde iam, sem piscar, sem gaguejar. Era como se, de fato, estivesse ouvindo sussurros do vento ou da água, mas não passavam de simples "coisas de pescador", ao menos era o que se acreditava que fosse....

Beijamim não fica muito satisfeito com as poucas informações que o homem tinha, mas decide insistir.

-Isso é realmente tudo que sabe? e em que parte do Sul do norte posso encontrar estas tais fadas e como saberei se elas irão me ajudar, não tem nenhuma dica de como posso negociar com elas... um velho marujo tem muito conhecimento guardado.

Beijamim fita o mar, desviando o olhar do sol enquanto fala com o velho.

- Rapaz, tudo o que sei é o que o vento me diz... No Sul do Norte, no centro dos quatro Reinos, há uma região somente habitada por fadas... Se decidir ir lá devo avisá-lo para não confiar muito em seus instintos. Homens não costumam ficar...focados... na presença de fadas, se é que me entende. O caminho é rochoso e montanhoso, muitas criaturas perigosas vivem por lá... Jamais trocaria o mar pela terra...

O velho gordo diz enquanto caminhava e observava o trabalho de todos, sem questionar ou palpitar.

Beijamim não tem mais perguntas, se acomoda em algum lugar e espera o fim da viagem.

O anão permanece sentado onde estava durante toda a viajem, ouvindo o tagarelar dos que ali estavam, louco pra deitar e dormir, mas o barulho não deixava, nem mesmo o balançar do barco ajudava, o anão só conseguiu dormir depois que todos se calaram, quando já era tarde da noite, o balançar do barco até o tranquilizava quando silêncio chegou.

Tuffo cantava e quando ouve que estavam indo especificamente para o sul do norte ele não tem nada a dizer até que a viagem acabe.

Tarsio ainda ajudava gorus, quando ouviu sobre as fadas no meio da conversa do beijamim e o velho. Isso não era bom, não gostava nenhum pouco de fadas. Nunca tinha encontrado nenhuma lá no sul, mas tinha ouvido que elas eram dadas a brincadeiras, mesmo quando não fosse tempo pra isso.