Setembro, 07 de 1991, Hogwarts – Londres
Tristan refletiu sobre como a ordem à vassoura deveria ser dada. Eventualmente ele olhava de soslaio para os colegas para ver como a vassoura deveria reagir, especialmente para a sua amiga Eireann. Porém a mesma parecia estar com dificuldade com sua vassoura.
Ficou com receio de falhar. Afinal, se nem uma bruxa como a Erin conseguia fazer sua vassoura obedecer, como ele – que nem “pertencia” ao mundo bruxo – conseguiria?
Fiel à sua linha de raciocínio deu a ordem para sua vassoura.
Por um segundo nada aconteceu. Mas quando fechou os olhos, suspirando, se preparando para calcular uma nova estratégia, sentiu um tranco em sua mão: sua vassoura obedecera! Subira e vibrava em sua mão.
A emoção foi tamanha que seus óculos chegaram a embaçar. Assim que a professora autorizou montarem em suas vassouras, Tristan o fez. Estava tão animado que sequer pensou em refletir sobre o por que dele ter conseguido logo de primeira e Eireann – que certamente já voara – não conseguiu.
Ouviu as instruções da Professora Hooch e, novamente, refletiu sobre aquilo. Não parecia ser difícil ou haver mistério em simplesmente dar um “pulinho” montado na vassoura. Isso era parecido com uma brincadeira trouxa da escola primária...
Mas como aquele movimento refletiria em vôo, ele não fazia idéia. Mas se a vassoura obedecera a um comando dele, certamente entenderia que o empurrão que daria era para que ela levitasse...
E se precisasse dar uma ordem também à vassoura? Como “Voe” ou algo semelhante? Pensou em sussurrar isso para a vassoura, mas desistiu quando viu que nenhum outro aluno estava inclinado a fazer o mesmo.
Ouviu o apito da professora. Concentrou-se ao máximo e deu o empurrão... Sentiu um leve desconforto, como quando ia em uma montanha russa, e de repente estava flutuando no ar.
Eireann, ao seu lado, ainda não havia conseguido.
Ele foi subindo cada vez mais alto e percebeu que ficava cada vez mais difícil de “dirigir” a vassoura, ou meramente, mantê-la imóvel, apenas pairando no ar.
A Professora não estava olhando para ele, observava o garoto da Grifinória, o Longbotton.
Em um dado momento, decidiu que era hora de descer.
Inclinou o corpo para a frente, como a professora havia explicado, mas suas mãos estavam suadas com a ansiedade e o nervoso do primeiro vôo. Acabou escorregando o corpo demais para a frente, perdendo o equilíbrio da vassoura.
O que aconteceu em seguida foi muito rápido. Estava a 1 metro do chão quando escorregou para a frente da vassoura, fazendo-a “girar” no ar com o contrapeso inesperado.
Deu uma pequena cambalhota antes de cair sentado no chão, com a vassoura ao seu lado.
Foi bem em seu primeiro voo, mas certamente não tinha habilidades para pouso...