- Ave Maria:
Para anunciar o fim de cada mistério do terço, vinha o Pai nosso. Aquela oração fazia estremecer toda imensidão que rodeava aquele minusculo padre que rezava em nome do seu Deus, aquele qual ele confiava sua própria vida e que se fazia merecedor de seu sacrifício.
- Pai Nosso:
O ofertório era composto por seus sentidos, quais eram tomados de si ao fim de cada mistério rezado naquele local. O último a ser perdido foi o tato, pois ele, em meio a escuridão dos olhos, da solidão do silêncio, do vazio do inodoro, da amargura do insípido, ainda seguia a risca a marcação em seu braço que representava em qual parte de suas preces ele estava. O tempo se fazia inexistente, pois para ele, em meio a tantas palavras se misturando, desde o Credo, até mesmo a Jaculatória, já deviam se passar horas, mas não sentia nem ter se passado segundos.
Ao terminar, segurando o crucifixo marcado com tinta em seu punho, tudo virou cinza. Sentiu-se apreensivo pois nunca se sentira digno de se aproximar tanto do Criador, abdicando de suas dádivas carnais para adentrar no palácio dos Céus... mas parecia ter descido, mesmo que por alguns instante, para o mar de lava e marfim, em que a besta de 7 cabeças emergiria ao Armagedom. Ao seu redor, aqueles companheiros de outrora, alguns dos bravos guerreiros que usufruíram de suas coragens para renegar seus pecados passados e, assim, seguir o caminho de Don. Pietro, o homem que conseguia alcançar os céus e com seu corpo defender os necessitados e a garota que carregava com sigo uma cruz tão pesada quanto a do próprio cristo, mas ainda assim desafiava a morte de frente e trazia as almas que se foram de volta a vida. Ao olhar para frente, viu que um enorme monstro caminhava sobre a Terra. Seus passos corrompiam a criação divina e seus olhos traziam a luxúria do poder. Reconheceu aquelas trevas, mesmo que agora não parecessem tão ofensivas quanto sua forma anterior, que tentava se igualar ao próprio Yahweh ao assumir sua imagem semelhança. O Serafim caído parecia ter se fortalecido de alguma forma e parecia que era acompanhado de mais um dos seus... mas esse já fora um aliado do pároco... e isso o entristecia profundamente, mesmo que naquele momento ele não conseguisse enxergar a si mesmo. Tentou gritar para os que estavam ao seu redor, queria partir imediatamente para o combate contra aquele ser abissal que ostentava um tamanho colossal, seu sangue não fervia mais como antes, pois ali só estava o espírito e, seu espírito ansiava por ver a presenta de Deus diante de tamanho horror. Nada saiu, nenhuma palavra, nenhuma ação, sua mente fora presa como um espectador que apenas tinha o direito de observar toda profanação que estava por vir, junto aquelas legiões de demônios que voavam contra os anjos no céu. Se tivesse lágrimas, o homem iria chorar... mas o messias apenas olhou. Contemplou a destruição do mundo. Olho a olho.
Até que seus olhos não mais enxergavam nada.
Em meio ao vazio, sentiu sua mão sendo agarrada por outra, que gentilmente o arrastava para fora dali. Era uma sensação estranha pois ele mesmo não conseguia descrever, parecia apenas uma ideia e não uma sensação, mas lhe trazia um conforto e uma felicidade que apenas um ser era capaz de trazer para a alma humana: Deus. Com suas linhas confusas, escreveu frente ao seu mensageiro na terra quais seriam suas armas contra Asmodeus naquele momento e, com a mesma força que veio, se foi, deixando Henricus ali, frente a imagens que ele deveria decifrar para que pudesse continuar com sua cruzada em seu nome.
Em súbito suspiro, os olhos castanhos voltaram a ter cor vívida e o suor descia à testa.
Ao despertar, podia-se ver em seus olhos o Espirito Santo queimando em seu interior. As pedras já começavam a tremer perante Asmodeus que tentava se libertar, fazendo Pietro de Lima entender que tinha apenas poucos minutos para decidir e pegar em meio aos templários, aquilo que iria usar contra o ser infernal. Correu, largou o Graal e a lança enquanto fazia o caminho, e procurou pegar a adaga vermelha e um livro negro, até que viu a libertação de seu inimigo, que não perdera tempo e voltara a fazer seus feitiços nefastos. O Santo homem colocou o livro debaixo de seu braço e com suas duas mãos segurou a adaga rubra. Pôs toda seu fluxo de energia (PH) naquele objeto e apontou para o adversário:
- Nem que eu deposite toda minha energia e minha vida nesses objetos, eu acharei o certo para acabar com sua existência, DEMÔNIO!!!
Se teleportou para frente do monstro e cravou a faca em seu peito, mirando o coração.
- Poder:
- Omnipresence( 26 PPs)
*EFFECT: (teleport) / TYPE: movement / DESCRIPTORS: Divine, faith – wish
*ACTION: (Move) / RANGE: (Rank) / DURATION: (instant)
RANK 13
DESCRIPTION: “Onde houver luz, as trevas temerão minha presença”. Sua ligação com Deus cresce a cada instante que a luz divina aquece seu corpo, dando a Don. Pietro o poder de estar onde o iluminado estiver.
- Artefatos:
- Dados:
Ataque com a adaga
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