Ato II - Entresaga

Darksol espera Alustreil terminar e fala:

-Não não, Darksol não acha que eles fizeram acordos com os orcs, eles capturaram Darksol achando que seria um espião de Obould sim, acharam sim, e Darksol ficou muito tempo com eles como prisioneiro e sabe que ele não vão se aliar aos orcs não vão não, nas conversas que Darksol teve com a Mão de garra a velha líder deles disse que não vai se aliar a ninguém sim sim, disseram sim e Darksol ficou quase amigos deles sim, quase sim, alguns dias antes de Frafur chegar para me resgatar, eles já estavam deixando Darksol andar livremente pela tribo, Darksol conheceu muita coisa deles e principalmente o ancião curandeiro sim, ele sim, Darksol acha que ele é mais sabido que a Mão de Garra e se falar com ele ele convence ela a nos ajudar sim, sim convence sim. Eles disseram a Darksol que onde eles estavam só tinham os guerreiros da tribo, as mulheres e crianças ficavam em outro lugar e a única preocupação da Mão de Garra era as mulheres e crianças sim sim, eram sim...

O kobold continuou relatando tudo o que aconteceu na sua estadia lá e o que pode achar a partir dela.

Tomdrill ainda achava temeroso, mas se lembra da sua responsabilidade como membro da comitiva e da previsão na torre. Era imprescindível que ele estivesse nesta com eles, se é que o destino de todo o mundo estava em jogo. E depois, viajar e voltar no mesmo dia? Era mesmo o que ele pensava? Tinha que estar com eles...

- Se é a missão que a Senhora pensou para mim, não recusarei.

Sophia escuta atentamente movendo sua cabeça passando os olhos para aqueles que tomavam as palavras. Ela não dizia nada e sua mão não deixava de acariciar Nevasca por um momento se quer. Ela se sentia mais calma e contida assim, um tique nervoso.

Pensa ela quando ouve a proposta "Ótimo, uma missão...Com certeza melhor que ficar aqui esperando saber se morreremos amanhã ou dentro de algumas horas"
o pessimismo que ela chamava de realista era assombroso as vezes.

Mas seu pensamento é cortando com as últimas palavras de Alustriel, respondendo à Tomdrill.
Elas as repete em sua mente, firmando-a e ponderando-a:

"Se eles estariam dispostos a uma aliança? Em tempos de guerra, quem não está? A guerra de Obould vai atingi-los tanto quanto nos atinge"

"Ela tem razão, preciso me juntar a isto, esta guerra está matando todos os seres e criaturas deste mundo, o que então não está fazendo com os animais e o mundo que eles vivem? Por Silvanus, farei o que for preciso"

Ela abre a boca e diz, calmamente:

- Conte comigo, com Nevasca e minha foice, Senhora. Indepentende de quem irá ou não comigo.

Nas últimas palavras ela passa seu olhar por todos os do salão, quase questionando em silêncio "E então, vem ou ficam?"

As palavras de Alustriel realmente pesaram forte na decisão da druida.

- Sei que isso pode parecer redundante para pessoas tão cultas e com tanta experiencia. No entanto nós estamos falando de dragões. Será que uma simples tribo de guerreiro montados em corvos vai conseguir fazer algo contra eles? Quero dizer qual são os seus numeros? Não quero ser chata e nem muito menos questionar a decisão de vocês. Sei que no momento estamos sem muitas opções, mas o meu temor é que podemos estar gastando o nosso tempo no foco errado - Diz ela, opinando sobre a delicada questão.

Elfa escondia as mãos atrás das suas costas pra disfarça o quanto elas tremiam enquanto ela falava. Queria esconder o nervossismo ao "questionar" algumas decisões de pessoas tão importantes como Alustriel.

- Permita-me falar Lady Alustriel - indaga Eunsech, fazendo uma mesura.

- Os dragões hão de dormir em algum momento. Já que estamos discutindo medidas desesperadas, podemos considerar atacá-los enquanto dormem. Imagino que seja em alguma caverna da região. - sugere o halfling.

- Levando em consideração que são criaturas poderosas e que os orcs devem temê-los tanto quanto nós, acredito que não encontraremos muita segurança no local que escolhem como covil. Acredito que haverá somente um punhado de sentinelas guardando a entrada para o local onde dormem. - termina sua sugestão.

O anão concorda com Eunsech e diz:
-Concordo com você caro amigo Eunsech, mas creio que a prioridade agora é trazer os Corvos Negros para o nosso lado e no momento de um ataque ao covil dos dragões eles provavelmente tentarão "fugir" e levantar voo, nesse momento os corvos provavelmente poderão estar esperando para finalizá-los. Assim teremos uma chance.

Frafur então volta sua atenção para Alustriel e diz:

-Temo que estamos sem tempo Sra. Alustriel. Acho que todos nós concordamos em realizar tal missão e sabes muito bem que, no que depender de mim, todos estarão devolta sãos e salvos antes do que imagina, além de conseguirmos trazer para o nosso lado a tribo dos Corvos Negro.

Ele faz uma pausa e pergunta:

-O que ainda não compreendi é como conseguiremos chegar lá tão rápido quanto a Senhora disse.

- Desculpe minha intromissão senhores do conselho, mas antes de partir necessito de um banho quente e algo para comer. Marchamos até esta montanha e logo em seguida engajamos em batalha. Precisamos nos revigorar para exercermos nossas funções adaquadamente - suplica o halfling.

Estava cansado e com fome.

Talves pelo pouco conhecimento que tinha sobre os dragões ela se mostrou bem interessada na conversa. Mas quando o hallfling diz que quer banhar-se e comer Sophia revira os olhos com raiva e aperta os pelos de Nevasca que estremece um pouco com o toque. Em seguida Nevasca acaricia seu rosto peludo contra a perna de Sophia, tranquilizando-a um pouco. Ela não contém o sorriso timido à Nevasca e diz:

- Senhores, não entendo muito de muita coisa, no entanto acredito que quanto mais aliados tivermos maior será a nossa vantagem... ou não? Há outras tribos com criaturas que voam? Quem, afinal, está ao nosso lado fora os que estão aqui?

Ela procurava manter a calma e a corência, mas no fundo sabia que se o hallfling dissesse novamente que estava querendo lavar-se e comer em um momento tão crítico e delicado ela não hesitaria em manifestar sua "opinião".

Sophia sorri satisfeita com a resposta dada sobre o banho. Provavelmente ele subiu na escada de consideração da jovem.
Ao ouvir a resposta de Alustriel sobre sua pergunta, ela aquiesce com a cabeça demonstrando que sua dúvida fora exclarecida e prossegue ouvindo a conversa atentamente. Caso houvesse mais perguntas ela as faria, do contrário seguiria acarinhando os pelos de Navasca à seu lado.

Frafur apenas sinaliza com a cabeça concordando com que havia sido dito e aguarda a resposta do Sr. Barbalarga para poder se pronunciar.

Darksol também sinaliza com a cabeça positivamente e esperando apenas a magia.

Tomdrill assenti com a cabeça e aguarda.

Darksol para abismado com tamanha beleza de conjuração, parecia ser algo poderoso demais para ser visto comumente até por conjuradores, o Kobold se mantém estático com seus olhos arregalados e sua boca entreaberta admirado com tamanha beleza.

Frafur responde a Alustriel:

-Claro minha Senhora. Farei o meu melhor.

Então olhando para os outros ele diz:

-Quem vem comigo? Creio que em ambas as carruagens precisam de alguém capaz de atacar a distância. Humm...Vamos dividir as forças entre as carroças. Um conjurador para cada lado, e pelo menos alguém que tenha facilidades em usar armas de longo alcance... Diz o anão enquanto pensa na melhor divisão para o grupo.

Enfim ele diz:
-Darei uma sugestão de divisão, vejamos. Darksol, venha comigo, precisarei que me conte tudo que passou lá com os corvos e o que acha que poderiamos usar em nosso favor para convencê-los. Tondril vá com o Sr. barbalarga.
-Belediel, vá com o Sr. Barbalarga e Sophia, é esse o seu nome não é Senhorita? Consegues usar bem armas a distância? Venha comigo. Já você Eunsech, vá com o Barbalarga. Acho que é isso.

Assim o Barakor, volta sua atenção para a Sra. Alustriel e diz:
-Virá conosco Alustriel? Alguma dica para que possamos usar a nosso favor quando chegar ao encontro dos Corvos?

Quando Alustriel solicitou que dessem as mãos, Sophia não pôde ocultar seu visível desagrado, mas o fez obedientemente.
Fechou seus olhos fortemente, estava muito desconfortável com a situação "O que há de errado com a caminhada?", pensava ela. Somente abriu seus olhos quando sentiu seus pés firmes no chão e o vento gelado bater em seu rosto.
A vista ainda embaçada por causa da pressão feita para manter os olhos fechados ela olha ao redor e não reconhece o lugar.
Assim que Alustriel solta suas mãos das dos membro do grupo, Sophia solta a mão que segurava como se ela queimasse a sua, se afasta dos demais uns dois passos e Nevasca a segue, inclinando a cabeça.

- Onde nós...

Sua voz era baixa e quase inaudível e sua frase é interrompida pela conjuração de Alustriel.
Não sabia se ficava encantada ou temerosa "Ela quer que voemos nesta coisa?" pergunta ela para si mesma com incredulidade: "Só pode ser brincadeira..."
Só então ela ouve o bater de asas do que parecia ser de um dragão e mantém a postura, Nevasca olhava para ela, temerosa, ela odiava fogo e agora havia alguns "cavalos" deste elemento dançando em uma carroagem em sua frente. Ela olha para Sophia e dá uma "patadinha" nela para questionar o que estava acontecendo. Sophia apenas dá de ombros e volta a enrolar os pelos de sua leoparda.

Ela ouve Frafur dizer algumas coisas e, em seguida, responde tentando não demonstrar o incômodo na voz, mas falhando na tentativa:

- Sim, sou Sophia e esta é Nevasca - Diz apontando à Leoparda com a cabeça - Conheço um pouco dos mistérios da magia da natureza e minha besta sempre se mostrou fiel à mim.

Ela olha novamente para a "carruagem" e diz, um pouco inquieta, para Alustriel:

- Senhora, esta... coisa... é segura?

Nevasca a encara também, seu olhos felinos anciavam por uma resposta e aguardava sentada com as orelhas para trás, demonstrando sem pudor, um pouco de pavor. Como uma boa felina, gostava de ficar em terra firme.