Estrela Polar
Somah o Príncipe acenou com a cabeça para Nathu que dizia palavras de alto estima para ele, Agni olhou para seu Príncipe sem entender muito, em sua mente só acharia hostilidade entre as pessoas do barco.
Eles receberam suas chaves, Somah disse ao Capitão que Agni era seu fiel seguidor e não iriam dormir em quartos separados, Agni sempre o protegeu estando de seu lado. Harlock não se importou.
Ao irem para seus quartos, Nathu e Anêmona notaram depois de uma porta de madeira um enorme tapete vermelho no chão, era um corredor extenso, bem no final deste corredor era possível ver um local que se parecia com um bar, um balcão muito bonito estava disposto em uma sala no final do corredor.
O quarto de Nathu ficava a direita do extenso corredor, as numerações começavam pelo 101, quarto este que ficava a frente do seu.
Anêmona teve de andar um pouco mais, e seu quarto também ficava disposto a direita, ao estalar da maçaneta e ao ranger da porta ela entrou.
Os quartos não eram de luxo, mas eram espaçosos e confortáveis, com uma cama de solteiro um criado mudo, uma mesa, cadeiras apenas duas, e havia um relógio de parede em cada quarto.
Também havia um pequeno e discreto banheiro, e acima da cama uma janela grande, ela dava direto para o mar, ou seja, o casco do navio, se alguém pulasse ali, cairia na água.
O barco levantou sua âncora, começava a partir depois que as correntes terminaram de ranger, provavelmente tarefa de Annie “Eagle Eye”.
Logo atrás destes dois vieram outros para adentrarem em seus respectivos aposentos, Lucan foi até o seu, entrou e começou a ler seu livro perdido em um novo mundo.
Tiveram assim tempo de arrumarem seus pertences dentro do quarto.
Lucan o mago então se levantara para realizar alguns afazeres, iria tentar formar mais alianças, e é claro estava com o número do quarto de Burashi em mente, mas sem querer ele esbarrou em seu livro de ficção e notou que ele caiu no chão aberto, ao pegá-lo viu uma página solta.
A página era de uma coloração mais turva do que as outras páginas.
O Wizard também, sentiu uma alteração no ciclo de mana, isto significava que magia poderia estar sendo usada, era algo estranho, aquilo parecia uma fragrância magnética que chamou a atenção de seus sentidos mágicos.
Era possível seguir o fluxo de mana, se ele se esforçar-se conseguiria.
Nathu estava deitado em sua cama, sentindo o barco balançar, de lá de fora apenas o barulho do mar tranquilo e das aves, isto o fez cochilar por alguns minutos, ele então em seu sono viu uma baleia, estava no mar, ecoando um canto pelas águas. A Baleia era algo fantástico, coisa que nunca havia visto antes. Um monstro marinho sem igual, porém era dócil e passou perto do rapaz. Sentiu o toque de sua mão na pele da criatura.
- Baleia - Bismarck:
Nathu viu um cardume de peixes coloridos atravessar pelas águas, ele estava submerso balançando os braços, respirava de baixo dágua, a canção da baleia ficava mais forte,e uma sombra tenebrosa vinha do fundo do mar, vinha rápido como uma tempestade que pegava uma dona de casa de surpresa e molhava todas suas roupas do varal.
Quando as sombras se aproximaram, Nathu viu que era uma grande serpente, mas ele sabia o que era, entre as lendas e os Summoner ela era conhecida como Grande Leviatã, Uma invocação que somente poderosos grandes mestres poderiam dominar.
Certa vez ouviu falar do grande rei dos mares Daedalus, eraum Leviatão cuja a face ninguém vira, diziam que se ela atacava navios, o destino era sempre a morte, havia relatos de que frotas desapareciam, e era atribuídas a Daedalus sua destruição.
- Leviatã:
O Leviatã se aproximava, Nathu nunca os haviam visto,mas ele sabia, era o Leviatã, era o Daedalus, sua certeza era absoluta, concreta e palpável, não sabia explicar, mas era assim.
Ela, a grande serpente marinha, abriu sua grade boca, dentes de tamanho de barcos, nada sobreviveria aquilo, isto Nathu sentiu, e sem mesmo notar quem estava na frente engoliu o jovem, havia batidas de dentro do enorme monstro, o corpo de Nathu era empurrado como se estivesse em um redemoinho, ele escutava uma batida que parecia ser do coração, não, não era, parecia na porta,
na porta????Nathu despertou com batidas na porta de seu quarto.
Em seu quarto Anêmona estava em um canto qualquer quando ouviu um barulho, no começo não conseguiu identificar, mas depois percebeu que vinha de sua mochila, então ela lembrou do objeto em seus pertences.
Depois de um tempo ela escutou batidas em sua porta.