Draven, o Arcano Guerreiro

Malakay, serio, reponde a pergunta feita por Draven:

- Seus amigos Drows assassinaram ele no Encontro dos Escudos. Um grupo de aventureiros se uniu aos Drows também, e estes foram presos. Estão vindo pra ca para serem enforcados. Sawky esta temporariamente no comando da cidade, aconselhado por Vorstag. Mas isso não te interessa, vai ajudar ou não? Caso contrário sua utilidade terminou aqui, responde o áspero Malakay. Um dos orcs a seu lado ri e saca um punhal enferrujado.

Draven percebeu que estava a muito tempo preso.

Draven ouviu tudo, calmo, e mesmo quando o punhal foi sacado ele não se alardou muito, e respondeu calmamente.

- O texto é difícil. Eu posso decifrar, mas vai levar algum tempo. Não tenho condições de fazê-lo assim. - Disse, movendo os braços um pouco, indicando que estavam presos e de que ele precisaria de sua liberdade. - Também precisarei de meus pertences.

Ele respirou fundo e não se conteve. - Estou aqui há quanto tempo?

- Hrrrrmmmmm, acho que ele não é confiável, Malakay...diz uma voz de tras da cela onde Darven estava. Então, caminhando lentamente devido ao peso, a figura azulada que Draven vira antes apenas a distancia surge. Ele era muito grande, com cerca de 3 metros de altura, tinha chifres e dentes que saltavam para fora da boca. Lembrava um dos ogros que estavam la na caverna, mas este era muito mais imponente. Ele retoma a conversa: - Meses drow, meses, responde ele, adentrando a cela, abaixando-se para passar pela porta. Ele tinha uma espada larga as costas e falava em um tom ameaçador. – Ele quase matou Vorstag? Diz ele, encarando o meio-drow com a cabeça a um centímetro da de Draven. – Acho que teu chefe ta perdendo a força guerreiro...
 
Ao que M responde: - Cuide suas palavras Taurus. Ele é seu chefe também.
 
Taurus rosna e gesticula com as mãos, fazendo com que as correntes que prendiam Draven o liberassem. O meio drow cai muito cansado no chão, com dores pelo corpo. Malakay saca sua espada e a poe no pescoço de Draven: - Não se mexa.
 
Então, um dos orcs tira uma corrente de sua mochila e a coloca no meio-drow. Esta prendia o pescoço aos braços e as pernas. Era desajeitado para andar, mas era melhor do que ficar no “X”. – Deixe-o comigo M. Terei prazer em mostrar como que se acaba com metade de um drow em meio segundo. Eu lhe alcanço no caminho, adoro o Escudo de Prata,diz ele em tom de ameaça. Então Malakay entrega o pergaminho a Taurus e segue por um lado, no que seria aparentemente a saída da caverna; Taurus segue para sua área particular da caverna junto com os dois orcs, que escoltavam Draven.
 
La, Draven se vê uma pequena caverna com equipamentos, baús, armamento, sacos e inclusive as suas coisas bem ao fundo. Bem na frente há uma grande mesa, do tamanho de Taurus, com duas lâmpadas para iluminar. No momento não há nada na mesa, ate que Taurus atira o pergaminho que Malakay comentara. Depois ele segue ate o fundo da caverna e volta com canetas, tintas e folhas de pergaminho. Ele joga bruscamente na mesa também, e fala: - Tu não vai precisar de nada além disso. Se precisar, tu não me serve e podemos te mata de uma vez. Então ele da as costas aos três, grita “Borus” e então vai embora. Após alguns minutos um ogro adentra a caverna, mal encarado e se posiciona no fundo da caverna. Os dois orcs ficam as costas de Draven, um de cada lado na mesa.
 
Analisando o texto, Draven nota que ele é complexo, misturando conteúdo arcano, drow, necromântico e com combinações secretas.
 

Condições:

Meses..., ele pensou.

Se sentiu bem ao saber que havia sido notado por Vorstag e seus asseclas, nada teria lhe dado mais prazer do que eliminar o cretino.

Malakay então o aprisionou com algemas e mais correntes, mas era melhor do que permanecer naquele aparelho. Draven pretendia dar uma resposta à altura de Taurus, mas se sentia fraco demais para isso, sentia que o menor esbarrão do monstro o faria se desmontar, então se resignou a manter o rosto fechado.

Draven foi levado a um local com suprimentos e logo reconheceu os seus equipamentos. Lhe foi dado canetas, papel e tinta. Ele se viu com o pergaminho e aquele material e só pensava em como seria gratificante urinar sobre as covas de Malakay, Tauros e Vorstag.

Ele começou a analisar o documento e percebeu que o mesmo seria um trabalho complexo, e resolveu manter toda a atenção que podia enquanto decifrava os textos, com a caneta e pergaminhos à mão para registrar todas as informações que conseguiu extrair. Ele não se apressou, sendo muito detalhista.

Draven escolhe 20 em conhecimento(arcano).

Draven se debruça sobre aquele código e passa horas tentando desvenda-lo. Faz anotações, desenhos, marcações, passa algum tempo lembrando de códigos arcanos a muito tempo não utilizados pelo meio-drow. Após algumas horas, ele chega a conclusão de que aquele código deveria ser a chave para entrar em algum lugar muito secreto, mas como se na outra vez que ele e Malakay tinham vindo ali não haviam portas? Teriam eles descoberto alguma, após escavar?

“Um feitiço sombrio e uma graça a destruidora de oito armas permitira sua passagem. Quanto mais elevado o feitiço, mas rápido se abrira.”

Esta foi a mensagem que Draven decodificou, no final das longas horas que passou la.

Draven passou horas debruçado sobre o tomo, entretido. Aquele era o seu tipo de batalha, era o que ele gostava e, por pouco tempo, esqueceu do sofrimento que vem passando ao longo dos meses.

Ele traduziu o texto e foi surpreendido com novo enigma.

Um feitiço sombrio..., ele repetiu mentalmente. Necromancia? É o que tudo leva a crer...

..e uma graça a destruidora de oito armas permitira sua passagem...que merda isso quer dizer?

Quanto mais elevado o feitiço, mas rápido se abrira... ok, essa parte é fácil...se refere ao círculo da magia...

Draven coça a cabeça, pensativo. Ele se distrai um momento e observa os três que estavam na sala o mantendo cativo enquanto pensa no enigma...faltava algo, algo que ele ainda não conseguiu entender...

Jogada de Conhecimento (Religioso) +5

Spoiler:

Draven descobre que "graça" é um termo utilizado para reverenciar as divindades de Faerun; 8 armas so poderia se referir a deusa Lolth, a aranha demoníaca dos drows. E certamente aquela porta somente se abriria para quem possuísse o sangue dos elfos negros...

Draven arregala os olhos, enfim havia entendido! Ele parou alguns instantes sobre o pergaminho e refletiu mais um pouco sobre o que havia descoberto...

- Um feitiço da escola de necromancia e uma homenagem a Lolth...e um herdeiro de sua linhagem... - Draven não podia deixar de pensar que só estava vivo por ter sangue drow.

Draven então pega mais uma folha de pergaminho e escreve a mensagem em drow, e rabisca os esboços feitos até ali. Impedindo que outro tente se aproveitar de suas anotações. Assim, apenas alguém que conhecesse o seu idioma ou que fosse capaz de decifrar o pergaminho seria capaz de entendê-lo.

- Decifrei a mensagem. Chamem o seu líder. - Foi tudo que ele disse ao final.

- Senhor Taurus chega em breve, espera ai pequeno drow, responde um dos orcs, grunhindo quase como um porco.
 
Draven espera bastante. Ele consegue relaxar naquela cadeira e não consegue evitar um bom sono, daqueles que não via a meses. Os dois orcs permanecem atentos a sua volta e os passos do ogro la atrás são incessantes, típicos de alguém inquieto.
 
Então finalmente Taurus surge. No centro da imensa caverna, ele apenas “aparece”, causando pavor nos orcs, ogros e escravos que ali estavam. Ele surge bem nervoso, já gritando ordens para que os guardas ficassem mais atentos ao trabalho dos escravos. O meio-drow pensa que ele devia fazer isso com frequência para que todos pensassem que ele sempre estará ali. Então ele adentra a caverna.
 
O primeiro detalhe que Draven nota é a ausência de Malakay. Depois vê que Taurus estava com sinais de sujeira  escoriações pelo corpo. Ele avança em direção a Draven e o pega pelo pescoço, o levantando do chão:
 
- Espero que tenha descoberto alguma coisa. Minha paciência tem limites e Malakay num ta mais aqui pra te defender, diz ele, bufando pelas narinas.

Draven aproveitou os bons minutos que teve. Chegou inclusive a cochilar enquanto esperava pelo bastardo.

Notou de longe a chegada do mesmo, e ainda estava meio zonzo quando foi arrancado da cadeira pelo pescoço.

- Bastardo, já decifrei a mensagem! A menos que seja capaz de fazê-lo é melhor me largar, ou o segredo se perderá comigo! - Disse, sem conseguir se conter.

Taurus permanece um longo segundo em silencio, com os olhos se estreitando e fitando o meio-drow. Ainda segurando ele, ele diz: - Hmmm, a ovelhinha criou garras! Pois venha comigo, Quase-mago! Diz ele, empurrando o drow em direção a imensa torre. Os dois cruzam a distancia de cerca de 50 metros, o drow na frente e o ogro atrás, gritando palavras de ordem a todos que via, sejam orcs, ogros ou escravos.

Draven relembra da velha torre que ele e Malakay haviam encontrado meses antes, agora com um aspecto bem diferente. Os escravos haviam “esculpido” ela, tirando excessos de terra, pedra e material incrustado. Na volta da estrutura os escravos haviam escavado, visando localizar a base da torre, por cerca de 30 metros para baixo e 10 para os lados. E continuavam escavando. Para onde o drow olhava, ele via pessoas escavando, pessoas cansadas, vestindo farrapos de roupas, doentes, pálidas, exaustas. Atras delas, orcs e seus chicotes as forçando a trabalhar mais rápido.



Os dois descem por uma escadaria de barro e madeira ate o que era agora a base da torre. Lá, eles chegam a uma porta de cerca de 2 metros de altura, com o mesmo desenho do pergaminho que Malakay o entregara na noite anterior.

- Vamos la, Quase-nada, abra essa maldita porta! Diz Taurus a Draven, o empurrando com um bruto tapa nas costas.

Draven já não estava mais aguentando a situação. Se tivesse de morrer, morreria, mas não iria mais abaixar a cabeça. Ele tinha um trunfo, estava a frente de seus captores, traduziu o pergaminho e foi capaz de entender a sua mensagem. E naquele local ele seria o único capaz de realizar o procedimento descrito no texto.

Ele não se intimida com o olhar do outro e continua a encarar o monstro franzindo o cenho, pronto para outra resposta caso fosse necessário.

Ele observa a torre a frente e os que estavam sendo forçados a trabalhar. Ele queria fazer algo pelos que ali sofriam, e isso o irritava ainda mais.

Ao chegar diante do portal, ignorou o outro e se manteve ali um tempo, observando a entrada. Então disse satisfeito: - De fato, devo ser capaz de abrí-la. Mas não hoje. A porta só vai abrir com certos tipos de feitiço e eu preciso de meu grimório e de uma boa noite de sonos antes de retornar aqui, ou não serei capaz de tentar. - Ele virou de costas para a porta e voltou a encarar Taurus. - E mais, devem haver outros quebra-cabeças lá dentro. Quando vim aqui com Malakay a meses atrás precisei utilizar um feitiço para abrir uma porta...essa já é a segunda...acredito que também haverá uma terceira... Bom, de qualquer jeito, nada será resolvido hoje. Onde está Malakay?

- Seu grimório ne? Diz o ogro jogando Draven no chão. As correntes pesavam no seu corpo e limitavam seus movimentos.
 
- Pois vou lhe conceder isso, “Meio-Nada”. Mas lhe aviso, se tentar alguma gracinha, vou ate os sete infernos atrás de você. Malakay já estará la, para espetar aquela espada no seu traseiro quando você chegar! HAHAHAHAHA, diz o Ogro Mago, dando a entender que Malakay morrera.
 
Em seguida o ogro o leva para a caverna e pega o grimorio de Draven, o entregando. Ele coloca os orcs novamente para vigiá-lo, bem como o ogro no fundo da caverna. E parte dali.

Draven acena com a cabeça quando o ogro mago fala sobre seu grimório, mas não ouve tudo calado.

- Você não está me concedendo nada. Você precisa de mim para realizar o seu trabalho, você não está me fazendo nenhum agrado. - Ele disse sério. - Malakay está morto!? - Não segurou o sorriso, enfim uma boa notícia. - Pois essa é uma ótima notícia. Só não é melhor porque você não foi junto! HAHAHAHAHAHA - Gargalhou num tom parecido com o do Ogro. - Não vou tentar nada, desde que mantenha a promessa de Malakay. A porta pela minha liberdade. Mas eu preciso de descanso, ou não serei capaz de abrir a porta. Preciso também que me livre dessas algemas, pois elas limitam meus movimentos! E quero meus equipamentos. - Falou o que precisava rápido, antes que o ogro o deixasse.

O ogro afina os olhos mais ainda e aproxima a cara da de Draven, rosnando de raiva. A ameaça não fucionara:

- Conheço outros magos bem mais poderosos que tu, “meio-nada”. Inclusive o que te trouxe aqui. Ele sim pode abri essa porta. Vo te da teu grimorio, se tu não conseguir com isso, amaldiçoe Tymora!

Então ele diz para os outros dois orcs o acompanharem ate sua caverna e que deixassem pegar apenas “o livro”, onde o ogro que guardava os equipamentos liberou que Draven pegasse seu grimorio apenas. Havia muito óleo para as lâmpadas que iluminavam a caverna também naquele emaranhado de equipamentos.

É quando ele escuta um tumulto logo adiante na caverna. Os dois orcs avançam para a porta para ver o que esta acontecendo la fora.

***