♪ Eun-Ji ♪ May Wong nunca seria a senhora Bora, e isso ficava muito claro com o tempo. Ainda que ela abraçasse de volta, sua postura era ainda "elegante", distante, um pouco mais fria. Era uma mulher importante, muito mais do que uma tia amorosa. Mas não poderia dizer que não era esforçada. No segundo dia, não a vestiu, mas deixou roupas para ela em cima da cama, avisando que o guarda-roupa estava cheio... de roupas que nem eram muito bem seu estilo ou necessariamente de sua cor favorita. Eunji tinha shorts e sainhas curtas à sua disposição, sem que a tutora tivesse o cuidado de pensar nisso. Bora jamais teria feito algo assim.
Também estava devendo uma conversa profunda sobre sua família. Em vez disso, ganhava pequenas informações, como comida favorita na infância do pai e pequenas situações que viveram. (Essas você pode explorar como quiser, se achar algo bacana
)
- Ah, é verdade. Tinha isso - May lembrou-se do coral. - Você liga de ir com ela? Vou ligar e ela passa aqui para te buscar. Eu sinceramente não conheço muito o caminho de ônibus para lá, mas é, realmente é importante. Vou tentar te explicar isso.
Mas a tarefa ficaria por conta da senhora Bora, que a encontrou pontualmente no dia seguinte, bem à frente do prédio. A mulher estava sorridente, apesar de olheiras mais profundas e a abraçou, quis saber em detalhes de tudo que estava vivendo e a presenteou com uma nova mochilinha, lilás (faz de conta que é T_T) com o nome "BEAST" gravado.
Bora participou da missa com ela dessa vez, e faria isso em todos os dias seguintes. Era sua maneira de se aproximar dela. Ela também tentou passar por escrito telefones e coordenadas importantes, com números de ônibus.
Na igreja, Choi ficou feliz em vê-la novamente, abrindo um sorriso agradável. Achou que ela não voltaria para vê-los e contou isso a ela, satisfeito pelo encontro. Então quis saber tudo sobre sua nova vida e contou que suas adaptações eram sempre complicadas e que ele tinha muita tristeza e raiva no começo, mas que poderia contar com ele quando precisasse.
♪ Yuki ♪ Como Eunji estava apressada para sair daquele lugar com a tia, Yuki acabou sem carona, deixada para trás. Minsoo percebeu antes até mesmo que ela lhe pedisse ajuda, mas mais do que levá-la ao ponto de ônibus, ofereceu para levá-la para casa. Da mesma maneira, de ônibus, mas talvez passar um tempo sozinha com ele seria bom.
Ele fazia questão de ficar em pé diante do banco dela, olhando-a constantemente.
- É muito perigoso fazer esse caminho sozinha. Começa a ficar bem pouco iluminado daqui pra frente. E… não se preocupe em retribuir nada. Você já faz o suficiente.
Depois, comentou sobre Nana e programas de TV, também quis saber sobre o que ele achava daqueles casais que tinham se formado no grupo.
- Acho que a Peach está realmente deslocada. Eu fico com um pouco de pena, mas ela não parece estar sempre escondendo algo? Lembro de quando Tae nos juntou no mesmo lugar, mas agora mal fala conosco. É um pouco estranho ver onde chegamos, não acha? Mas eu tendo a agradecer. Estou feliz com tudo que está acontecendo…. E você?
♪ Shin ♪ Quan Lei estava desembalando um pacote de novas ilegalidades quando ouviu o “príncipe” xingar. Levantou para espiar e soltou um palavrão, mas sua expressão tinha algum divertimento sádico.
- O que acha que ela vai falar? Uma briga de mulher por território, essa eu queria ver...quero dizer, você está se complicando cada vez mais, hein? Se quer um conselho, não se meta. Eu já apanhei em uma situação assim e vou te falar: a mão delas fica mais pesada quando ficam com ciúmes. - esperou a ligação desesperada da garota e riu - Eu avisei! Eu avisei! Não se meta nisso.
[_Sábado_] e
[_Domingo_] ♪ Shin Yuki e
Eun-Ji ♪ No dia seguinte, o grupo se reuniu no mesmo local para ensaiarem com Bonnie os ajustes musicais, pois a gravação do canto já seria no dia seguinte.
Peach não parecia atrapalhar o grupo, era proativa e simpática, ainda que tudo nela soasse muito artificial… mas também podiam notar que vocal não era seu ponto forte. Não era completamente perceptível, mas ouvidos treinados conseguiam notar que aquela garota não conseguiria atingir agudos muito complexos e, talvez, estivesse compensando o fato com sua alegria. Dam parecia menos zumbi e cumprimentou a todos, mas dessa vez foi ele quem saiu para almoçar sozinho.
Depois, foi a vez de verificarem a dança com a professora Sohye, que estava realmente implacável com erros. Berrou tanto com Naya que era de dar “inveja” aos surtos que teve com Yuki. A menina chegou a chorar, mas a coreógrafa mandou que os garotos saíssem da sala, e foi aí que ela conseguiu dançar bem. Yuki tinha conseguido se sair melhor, após treinar com Yieun, mas era estranho. Sobreviver à última etapa certamente tinha lhe dado alguns pontos de habilidade.
No dia seguinte, foram encaminhados para o estúdio, onde passaram a tarde gravando seus trechos, supervisionados por Bonnie e um operador de som, que ficou intrigado com Yuki, Shin e Eunji, querendo falar com eles no final das gravações.
- Vocês conhecem o termo "ouvido absoluto"? Porque é incrível isso que vocês fazem. Conseguem perceber muito rapidamente as notas, e tudo que eu peço para mudarem, é realmente impressionante e me dão pouco trabalho. Parabéns.
- É por isso que foram nossos “Três sims”. - Bonnie sorriu orgulhosa.- Eles são ótimos, não são? De tantos candidatos que nos procuraram, eles são raros casos. São achados preciosos.
Eunji soube de antemão, pela tia, que fariam uma pequena viagem, que era a parte divertida daquela etapa, e que tinha desenhado uma roupa bonita para ela, mas mais tarde, todos receberam um comunicado que, na segunda-feira, não poderiam se atrasar, já que uma van sairia pontualmente às 6 da manhã na frente do programa, levando todos os membros para o local da gravação, onde passariam, a princípio, três dias e duas noites. Uma equipe de filmagem acompanharia todo o processo.
(OFF:
Gente, para deixar um pouco mais legal, podem já pesquisar e escolher os figurinos dessa vez, pois sei que vocês gostam. Vou pedir em outro momento, mas assim vocês ganham tempo. Para as meninas, a maior parte do figurino tem que ser branca e, obviamente, verão: um vestido, um macacão, saia, shortinho... Já para os rapazes, é um camisa branca obrigatória, de resto está liberado.)
[_Sábado_] ♪ Eu Se ♪ - Não dá mesmo para fugir dos problemas assim... eu, no momento, acho que gostaria de ser você - soltou a amarga piada, sem rir. Olhou para baixo um minuto. - Eu não sou médica, mas se você tivesse asma, não ia ter fôlego para soltar uma nota daquela, não é? Acho que pulmão é mais dramático. - a menina pegou um bloquinho e começou a escrever. - Melhor. Você foi investigar um problema na garganta... pois sua voz tem sofrido transformações estranhas, junto com crises de asma, e... seu médico particular acha que pode ser grave. Então você... vai procurar tratamento no exterior. Que tal? Isso é tão errado e contra tudo que eu aprendi nos cursos... - riu de leve. - Bem, agora temos uma história. Vou ajudar a torná-la real.
Concluiu, mas não saiu do lugar, cruzando o braço por cima do bloquinho.
- Agora vem a parte importante... - folheou algumas páginas de seu caderno de anotações, apenas para passar o tempo e descobrir como falar, então fechou e olhou para ela. - Estou arriscando meu nome também. E quero ajudar, porque você é... amiga... do Shin. Mas em troca... eu também quero uma coisa. - Guardou o celular e o bloquinho. - Eu não quero ver o Shin se casando com você. Não quero que isso aconteça tanto, ou mais, do que você. Eu não posso fazer nada a respeito, não estou na sua família... mas você pode. Acabe com esse casamento, Eu Se. Eu não sei o que você tem que fazer, fale com seu pai, jogue o jogo dele, não me importo! Mas você
tem que impedir esse casamento. Eu não vou aguentar ver o Shin se casando com outra pessoa e eu juro que.... - suspirou nervosamente, parecendo triste. - Que se vocês forem se casar de verdade, eu mesma vou revelar a sua identidade para o mundo de uma forma que não vá haver nenhum benefício social entre as suas famílias. - engoliu em seco e juntou as mãos. - Se não conseguir fazer nada... então eu mesma vou ter que fazer isso do meu jeito. Então por favor,
pare de se esconder do seu pai aqui dentro e vá fazer alguma coisa! - a última parte saiu um tanto com raiva, mas ela abaixou o rosto, passando as costas da mão no canto dos olhos maquiados. - .... Você entendeu? Em tudo que eu puder ajudar nesse sentido, pode contar comigo. Eu estou investigando as duas famílias para entender as conexões entre elas, então se descobrir
qualquer informação... e eu quero realmente dizer
qualquer informação sobre o seu pai, principalmente, me ligue. Tem o meu número no seu celular. O Shin me disse para não me meter nesse assunto, então não quero que ele saiba o que estou fazendo. Ele já tem... problemas demais com aquela família dele. Então espero poder contar com você. Só vim aqui fazer uma entrevista. E isso é tudo. - levantou-se - Eu acabei.