Zaphyra - Zignon

Zaphyra anda por entre as tendas destruídas, cortadas a golpes de machado ou queimadas por flechas incendiarias. O inimigo não teve piedade, matando homem, mulher ou criança, os corpos feridos e mutilados estirados ao chão, mortos como se fossem animais. O que teriam feito para merecer isto? O cadáver de seu pai não possuía mais uma cabeça, levada como troféu pelos malditos. Sua mãe, semi-nua, tinha lagrimas nos olhos, que ainda se encontravam abertos. Sua família estava destroçada. Mas em meio ao silencio tenebroso, sobressaia o choro de um recém-nascido. E latidos de animais selvagens, prontos para devorar o que sobrou...

***

Latidos. Zaphyra acorda com os latidos de um cão vira-lata, e se espreguiça. Aos poucos se da conta de que estivera dormindo, e que tudo era um sonho, um sonho do passado. Ela olha ao seu redor e percebe que estava próxima de uma fazenda ao lado da estrada galiana que levava para a cidade de Uniao. Já tinha caminhado muito em sua peregrinação pelo mundo, e finalmente se aproximava da principal cidade de Gália. A genasi olha para o céu acima e decide que era hora de prosseguir caminho.

Zaphyra se espreguiça e junta suas coisas, veste sua armadura completa por cima da de couro batido que usa para dormir e começa sua marcha para a cidade e União, porém não consegue tirar o sonho da cabeça e fica pensando se foi tão triste e horroroso como o sonho lhe mostrava, as lagrimas embaçam sua visão, mas o sentimento de gratidão pelo pai que conheceu, a sua generosidade, o respeito que sempre demonstrou pelo seu pai biológico, suavizam o seu sentimento que a faz sofrer toda vez que aquele sonho a atormenta.


Sua mente começa a centrar no seu objetivo, tivera uma boa educação, tanto acadêmica, quanto religiosa, seus pais lhe deram toda liberdade e até noções de magia seu pai lhe dera, porem como não se dedicara ainda só sabia fazer a magia que deixava seus passos imperceptíveis até para um bom rastreador, pois seu sangue genasi facilitava sua conjuração. Zaphyra ainda era muito confusa quanto a sua sexualidade e ainda não tivera experiência que a fizessem perder a virgindade, porem sentia atração tanto por homens quanto por mulheres embora só chegasse até o fim com mulheres pois tinha medo de perder o controle com homens e não se sentia confortável com algo mais íntimo que beijos e abraços com eles.



Mas sua busca era mais elevada do que isso, o sexo carnal de penetração, não era exatamente o que lhe atraia e se a sutileza do toque no corpo, principalmente em algumas partes e o fascínio das palavras, no processo da sedução, mais que poesia, que amava, mas a magia embutida nas palavras, a forma que ela testava ao ouvido das suas amigas e as enfeitiçava levando-as para a cama, mas queria mais... E isso que era sua busca e de biblioteca em biblioteca e de sedução em sedução nesta longa jornada sentia que estava cada dia mais perto do seu objetivo.



Mas também havia outra paixão, o prazer físico do próprio exercício físico, do corpo suado, da luta, da superação, do combate. A vezes tinha medo da sua ferocidade nestes momentos, da alegria que teve ao matar o primeiro inimigo, e decepando a sua cabeça quando o mesmo já sangrava rumo a morte, e como a vergonha da violência foi bem menor do prazer de supera-lo mata-lo e humilha-lo. Sua mãe a ajudou a controlar essa fúria, mas ela tinha verdadeiros orgasmos com a luta e a vitória e até mesmo ao fazer seus exercícios físicos vigorosos a deixava molhada e esse aspecto era um segredo que só sua mãe conhecia.



E no meio desses pensamentos ela avista as primeiras torres da grande cidade de União e se alegra em estar tão próxima da imensa biblioteca que consumiria boa parte do seu tempo naquela cidade e do progresso que isso traria a sua pesquisa e busca e esse pensamento acelera seus passos apesar do peso da armadura e do calor que começava a lhe castigar.

Depois de uma longa caminhada, já é início de tarde quando Zaphyra avista ao longe as primeiras torres de União. Isto a faz ganhar novo animo, e com mais afinco ela aperta o passo, louca para chegar o mais cedo possível ate a capital de Galia. Porém ao passar o topo de uma colina rochosa, vê mais abaixo, no caminho tortuoso por entre as pedras um outro viajante, um rapaz bonito, de cabelo ruivo, mantido preso por uma bandana para não cair em seus olhos. Ele é belo, mas também de aspecto frágil e delicado, que não combina muito com a espada que portava, a espada de um guerreiro.



Os olhos atentos da genasi percebem que não estava sozinho, e captam a presença de outras pessoas, bandidos escondidos atrás das rochas! Não tarda muito e eles saltam de seus esconderijos, ameaçando o jovem rapaz com suas armas gastas e enferrujadas, demandando dinheiro.

Zaphyra ao ver as torre da grande cidade acelera seus passos, o sol começa sua carreira de volta ao horizonte e começa a subir uma íngreme colina, com seu físico robusto, é uma colina que não a desafia e ao chegar no seu ponto mais alto e começar sua descida, seus olhos treinados e atentos se deparam com um belo rapaz ruivo de vasta cabeleira domesticada por uma bandana, nota que apesar de bonito é frágil e possui uma espada de guerreiro que não condiz com seu débil físico, porem algo está errado, atrás das rochas estão três homens escondidos.


Logo os homens saem dos seus esconderijos atrás das pedras e se acercam do rapaz ameaçando com espadas toscas por dinheiros ou joias e o sangue quente da genasi agora ferve com seu gosto de sangue e vingança por qualquer tipo de injustiça como a que seus pais sofreram, três contra um e ainda na traição não é certo, preciso melhorar essa matemática.


A genasi aproveita do declive e realiza uma investida aproveitando a surpresa que será sua chegada. Pega sua espada larga com as duas mãos e investe no homem que está mais perto.

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'd20' :

Resultado : 11

acertou  11+6+2=19 dano 2d6+4

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'd6' :

Resultado : 5, 1

dano 5+1+4=10

iniciativa

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'd20' :

Resultado : 5

Zaphyra considera que já havia visto o suficiente e decide entrar em ação, sacando sua espada e correndo pelo declive. Aproveitando o momento ela salta, a espada apoiada com duas mãos com a ponta voltada para baixo, a lamina brilhando com os raios de sol da tarde. A ponta atravessa as costas facilmente do inimigo mais próximo, que vai ao chão morto quase que instantaneamente.

NRPG: Iniciativa Bandidos 10  Jovem 7 Zaphyra 5

Surpresos, os bandidos levam um tempo para se acomodarem a nova situação, mas logo partem para o ataque.

NRPG: Ataque 20/3 Dano normal: 5+1

O chefe dos bandidos, o mais forte dos dois, escolhe Zaphyra como oponente. Ele não tem muita técnica, mas ataca com muita ferocidade. O som metálico das laminas se enfrentando ecoa pela colina, e a genasi sente estar perdendo espaço. Em um arco a espada curta conecta com a armadura de Zaphyra, penetrando em seu corpo e causando uma forte dor.

Por sua vez o capanga ataca o jovem ruivo, e este tinha um estilo semelhante ao de seu chefe, fruto de anos de ataques em estradinhas obscuras. O jovem, que tinha menos experiência, recebe um corte em seu ombro, que começa a derramar sangue. Ele dá um grito de dor.

NRPG: Ataque 19 Dano 2+1

Zaphyra olha preocupada para o jovem ruivo, mas o que acontece a seguir é surpreendente. O rapaz subitamente começa a ficar raivoso, uma veia saltada na testa prenunciando uma transformação. Ele começa a crescer de tamanho, seus músculos incham e as coxas ficam mais grossas. Mas ainda mais estranho é que suas formas se tornam também mais femininas, com o cabelo crescendo até a cintura, que fica mais fina, e seus peitos fazendo levantar sua camisa!



NRPG: Ataque 8

A ruiva por sua vez ataca seu oponente, que se esquiva. Ela dá um passo para trás, ficando costas a costas com Zaphyra. Os bandidos as cercam, tentando encontrar uma brecha.

“Não sei quem é, estranha, mas obrigado” diz a ruiva, ofegante, “meu nome é Redris”.

O chefe dos bandidos encara as suas duas oponentes. "Não sei que magia estão usando aqui, mas gostei do resultado final... Parece que ganhamos a sorte grande, hein, colega!", diz para seu capanga.

NRPG: Ação de Zaphyra

Zaphyra fica pasma com a transformação mas precisa se concentrar na luta e grita: - E o meu nome é Zaphyra! E contornando o seu oponente coloca-o entre ela e Redris e da-lhe um golpe também em arco.

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e a dor do seu ferimento a faz errar o golpe e urra um grito de guerra, tentando assustar seu oponente.

Logo as duas se encontram em combate novamente. Zaphyra grita contra seu inimigo e habilmente se esquiva do ataque do chefe dos bandidos, porém errando no contra-ataque. Por sua vez Redris lança-se ao ataque com a espada em riste e um urro de furia, porém o outro comparsa bloqueia o seu golpe, e no revide a ruiva é ferida novamente por ele.

NRPG: Redris 8 dano acumulados

Os combatentes mudam de posição, cada um atento aos movimentos do outro, procurando uma brecha ou um descuido. A genasi pode ver que sua companheira estava gravemente ferida, respirando ofegante, porem ainda segurando a espada longa com firmeza. Estava com os olhos vermelhos, enfurecida, a maneira que os bárbaros do norte ficavam durante suas lutas. Uma pessoa normal já teria tombado com tantos ferimentos, mas ela ainda continuava de pé. Tinha potencial, mas pelo visto ainda faltava treinamento nas artes da guerra.

NRPG: Ação de Zaphyra

Zaphyra aproveita a posição de flanco que sua nova companheira proporciona e desfere um novo ataque no lider dos bandidos brandindo sua espada com as duas mão em sentido horizontal para surpreender seu oponente e urra ao faze-lo.

Alterando o padrão de seus ataques, Zaphyra decide por um golpe horizontal, que é dado com tanta força que atravessa a defesa do chefe dos bandidos, a lamina atravessando a armadura de couro e penetrando no peito, fazendo um corte tão profundo que faz jorrar sangue para todo lado. Com o pé ela empurra o corpo do morto para livrar sua espada.

O ultimo inimigo, vendo-se agora em inferioridade, decide que o melhor seria procurar alvos mais fáceis em outro lugar, fugindo em desabalada carreira pela colina pedregosa.

Terminado o embate, a ruiva finca a espada no chão e a usa como apoio, enquanto observa o corte no ombro, que ainda sangrava. Estava cansada e tinha sido gravemente ferida na luta, e estava prestes a perder a consciência, respirando com dificuldade. “Vencemos, vencemos...”, balbucia.

Ela aguarda a aproximação de Zaphyra e aponta na direção da trilha. “Me disseram que... tem uma estalagem... próxima daqui...”, diz, com dificuldade. Redris estava bem pálida.

Zaphyra obteve êxito com a mudança de sua tática de ataque e praticamente corta seu oponente ao meio que morre em pé apoiado pela própria espada dela, ela chuta o corpo do bandido que cai inerte, liberando a sua espada, a quantidade de sangue assusta o derradeiro bandido que corre com medo numa carreira desabalada e a sua companheira de luta, Redris está muito ferida e se apoiando na espada balbucia que vencemos e repete mais duas vezes e espera Zaphyra aproximar-se para numa voz sumida e entrecortada apontando para a estrada informar que lhe disseram que logo à frente havia uma estalagem.


A moça, ou rapaz, a genasi estava agora confusa, estava extremamente pálida e precisava pelo menos estancar aquele ferimento do ombro e Zaphyra precisava verificar se não havia outros ferimentos. Apoia a moça para saírem da estrada e vão para onde os bandidos estavam escondidos e deita Redris e a despe da armadura e da parte superior da roupa, seios enormes e consistentes estão ali para testemunhar que tem uma mulher como companheira de batalha, e menos confusa pega seu cobertor e corta uma tira para fazer uma bandagem sobre o ferimento e amarra outra tira e prende com bastante pressão estancando provisoriamente aquele ferimento, vira-a de costas e não vê ferimento nesta região, tira a parte de baixo e procura ferimentos na pélvis e nas pernas e tem só um pequeno corte no quadril, mas que só está saindo um filete de sangue, vira e procura nas nádegas e batatas das pernas e estas estão integras, estas partes também são femininas, possuindo um vagina com um púbis de pelos espessos, mas totalmente uma mulher de pelos ruivos até nas suas partes.


Zaphyra a veste novamente e coloca parte da armadura onde não está ferido e o peitoral da armadura, coloca nas costas dela ancorando o nó que deu na tira que faz pressão sobre a bandagem que por sua vez pressiona o ferimento estancando-o, pergunta se ela está bem e sem forças apenas balança a cabeça dizendo um sim, Zaphyra coloca-a nas costas e ruma pela trilha torcendo para que haja realmente uma estalagem logo ali perto.

Depois de providenciar os primeiros socorros e saciar sua curiosidade sobre aquela peculiar mulher-homem, Zaphyra a coloca nas costas e ruma em direção da suposta taverna. A genasi começa a suar, percebendo que Redris era bem pesada, semelhante a uma das barbaras do norte comuns em sua terra natal. Logo a guerreira passa da trilha rochosa para uma via mais movimentada, por onde passavam comerciantes e moradores locais. Com um deles Zaphyra confirmou que estavam próximos, e num ponto de cruzamento entre duas vias ela avistou a estalagem Estrela Negra.

A estalagem Estrela Negra era uma grande casa, mais aparentando uma mansão da nobreza das cidades. Era grande, de 3 níveis, e ao fundo havia uma torre ainda maior. A estalagem estava bem cuidada, toda feita de madeira, pintada e envernizada. O movimento era grande e viajantes e comerciantes de todas as raças entravam e saiam pela porta principal.

Ao se aproximar, alguns dos viajantes ofereceram ajuda para carregar a guerreira ruiva, espantando-se com seu peso. Ao passarem pela porta, a genasi descobriu o porque do nome da estalagem:uma grande pedra negra, quase esférica, estava no centro do salão principal, sendo admirada por alguns dos fregueses.

Ao se aproximarem do balcão de recepção, elas são recebidas por Eron, o dono da estalagem, que era o completo oposto do que se espera de alguém neste ramo: magro, calmo e bem-apessoado. Ele estava lendo um livro de poesia quando foi interrompido pelos pedidos de ajuda.



“Coloque-a sobre o sofá!”, ordena, indicando o local. Ele examina Redris, olhando para o curativo e conferindo sua respiração. O dono da estalagem se volta para Zaphyra. “Foi voce que fez os curativos? Estão bem-feitos. Sua amiga está bem, creio que precisa apenas de uma boa comida e descanso. O que foi que aconteceu?”, pergunta, curioso.

Zaphyra depois de perguntar aos viajantes que cruzam o seu caminho, certifica-se que a estalagem está perto e isso é uma informação que a tranquiliza bastante pois a sua nova amiga é bastante pesada e a genasi já está começando a suar com o esforço. Ao chegar na encruzilhada que lhe indicaram, logo avista a pousada que mais parece uma mansão com três pavimentos e logo vê a entrada e a placa indicando o nome: Estalagem Estrela Negra. A pessoa vem socorre-la e logo estão no saguão e são recebidas pelo dono da estalagem, o Senhor Eron e descobre o porquê do nome da estalagem, uma grande pedra negra brilhava no centro do salão principal com vários curiosos ao redor.


O senhor Eron é um estalajadeiro atípico, bem-apessoado, esbelto e calmo e aparentemente culto, pois estava lendo um livro de poesia, quando foi interrompido com o burburinho da nossa chegada. Logo ele manda que deitem a Redris no sofá e examina os ferimentos e o curativo, depois observa a respiração e com um sinal de que acha que tudo está bem, vira-se para Zaphyra e pergunta se foi ela que fez o curativo, ao que ela balança a cabeça positivamente e ele elogia: Muito bem feito, sua amiga logo estará bem, só precisa comer e dormir e isso nós temos aqui e com qualidade. Mas continua curioso e pergunta: Mas, o que aconteceu com vocês?


Zaphyra que não é dada a muitas palavras responde: Salteadores na estrada, nos atacaram e agora estão bem pior que nós. Pode nós fornecer um quarto e mais tarde após nossa higiene e limparmos todo esse sangue precisamos de uma boa refeição e obrigado a todos pela ajuda, foram muito gentis neste momento de necessidade.

Eron acena com a cabeça, e pedindo auxilio para um atendente carrega junto com ele Redris para um dos quartos da estalagem. La eles providenciam uma banheira com agua quente, junto com toalhas brancas e sabão. “Deve ser o suficiente para vocês fazerem sua higiene. A estalagem possui também uma grande fonte termal, com propriedades curativas, localizadas na área externa... Se quiserem utiliza-la depois, é só me procurarem,” diz o dono de maneira atenciosa, fechando a porta atrás de si.

A grande ruiva, que estava desacordada até então, recobra seus sentidos e se apoia lentamente pelos cotovelos. Ela olha lentamente ao seu redor, e ao notar a presença de Zaphyra, da um leve sorriso e volta a se deitar. “Eu desmaiei, não é? E voce me trouxe ate aqui... Obrigada!”, agradece com a voz cansada.

Zaphyra respira aliviada quando a sua amiga ruiva recobra os sentidos, e responde que ela desmaiara logo depois da luta e que a trouxera para a estalagem, a mesma que ela indicara. A genasi pergunta se ela está melhor e se precisa de ajuda para se lavar e se recompor, e para, observando-a e volta a falar o que seu peito clama por saber: - Redris, quero falar-te com sinceridade, gostaria que antes de nos lavarmos quero satisfazer algumas curiosidades, me perdoe a curiosidade, mas quando corri para te ajudar, vi um rapaz franzino e durante a luta você se transformou numa mulher grande e poderosa, como é possível isto, mudar de sexo e de volume? Desculpe a curiosidade, se for um segredo, me perdoe, quero sua amizade e seu segredo estará seguro comigo.


Zaphyra respira fundo e observa a ruiva encarando-a com um sorriso e aguarda.