“Apesar da forma em que estou agora, eu na verdade sou aquele homem que voce viu antes de começar a luta. Eu vivia numa fazenda com meus pais e minha esposa, e era muito feliz, cuidando das vacas e dos porcos e colhendo trigo. Aos finais de semana ia ate a vila próxima, para beber na taverna e jogar cartas. Uma vida normal. Porém um dia tudo mudou... Foi quando bandidos invadiram a fazenda e ameaçaram minha mulher e meus pais, se não déssemos dinheiro para eles. Nós não tínhamos dinheiro, mas eles não queriam saber. Então os bandidos começaram a bater nos meus pais e a abusar da minha esposa. Tive uma raiva imensa, e neste momento foi que me transformei... Entrei numa grande fúria, e me lembro de ter pegado uma faca de cozinha. Matei todos os bandidos.”
Redris passa a mão pela face, angustiado. Ele suspira e continua.
“Quando viro esta... mulher... eu fico assim ate a manhã do dia seguinte. E... ela surge em momentos de raiva, ou desespero. Mas tem vezes que ela simplesmente aparece, sem motivo algum. E cada vez mais frequente. Não sei porque fui vitima desta maldição, nunca fiz mal a ninguém. Sem aguentar ficar nesta situação, uma noite peguei a espada de meu pai e deixei a fazenda de noite, sem contar a minha esposa ou a meus pais. Em busca de uma cura para a minha maldição!”
A ruiva olha para a banheira e suspira. “Foi bom ter contado minha historia. Agora voce vai me entender se eu não puder ajuda-la em seu banho, afinal de contas sou um homem, por dentro. Isto é algo totalmente errado, um homem banhar uma mulher que não seja sua esposa... Eu... Bem, posso me virar para o outro lado, enquanto voce se banha...”, propõe, envergonhado.