Nascida no ano de 278 no seio de uma família do Norte, desde cedo Mewghoah sempre soube o que se esperava dela. Como era a segunda a nascer da união entre Lord William Breckenfeld e Lady Jasmine Breckenfeld e a primeira mulher, dela se esperava que no futuro forjasse uma boa aliança nortenha através do casamento.
E foi exatamente isso que aconteceu quando seu pai acertou com a casa Orwell o casamento entre Mewghoah e Rickon Orwell, um rapaz que era 5 anos mais velho do que ela e futuro Lord de sua casa, afinal era o único filho homem dos Orwell.
Entretanto, isso nunca foi algo que ela quis. Ser escolhida como gado, entregar seu corpo, sua mente, seus desejos e, claro, sua liberdade para alguém que ela não havia escolhido não era o que ela queria para si.
Ela queria se apaixonar, é verdade, uma paixão arrebatadora que lhe tirasse do chão. Antes que isso acontecesse ou que ela sequer tivesse qualquer contato com Rickon, a morte chegou para ele no formato de uma doença.
Ela tinha apenas 14 anos quando isso ocorreu, estava há poucos meses do casamento. E, diferente de todos os outros que estavam tristes com o acontecido, ela ficara muito feliz.
Pois ela tinha e apaixonado pelo cavalariço Ewoan Mcnamara, um dos servos de sua própria casa, que era apenas um ano mais velho do que ela. Eles levavam aquela relação escondida de todos há alguns meses. Começaram nos beijos e logo foram evoluindo nos momentos íntimos até que ela perdeu a virgindade com ele justamente na noite da “comemoração” da liberdade matrimonial.
Levando esse “namoro” às escondidas, havia outras coisas que lhe atraiam e muito na casa da família. Se seu irmão Arthur era o Herdeiro, se seu outro irmão Nathan vivia em meio aos Mormont, se havia aquele que tentaria ser um Meistre e outra que no futuro poderia se tornar Septã, o que ela sempre quis para si foi o conhecimento.
Conhecimento sobre todas as coisas, se antecipar a todos os momentos. Ela lia, devorava livros. E para isso contava com Margot Mormont, uma das pessoas que mais confiava, aquela que lhe trouxe o gosto pela poesia e, principalmente, pelas lendas de Westeros.
A segunda pessoa a quem devotava total confiança era sua tia Zaphyra, a arqueira chefe da família. Viúva de Simon Karstark, ela foi a responsável por ensinar tudo o que Mewghoah sabe fazer com o arco. Foi ela também quem lhe presentou, recentemente, com uma peça raríssima: Aeglos, um arco feito com ossos de dragão, que lhe fora dado muitos anos antes por seu pai (e avô de Mewghoah).
A terceira pessoa que realmente lhe criou, já que tudo o que sua mãe queria era lhe casar, foi sua outra tia, Mary. Viúva de Klaus Mormont e castelã de Bear´s Stone, Mary é uma mulher perspicaz, inteligente, astuta e, porque não dizer, incrivelmente sedutora. E acabou ensinando muito a Mewghoah, inclusive foi ela quem lhe fez ver, há três anos, que Ewoan era bom para ser usado, mas que não havia amor ou futuro naquela relação.
E, portanto, foi descartado.
Atualmente, em seu íntimo, ela busca se tornar uma mulher com um grau de conhecimento elevado para que não tenha que se submeter a qualquer homem que seus pais venham a lhe arranjar.