O Sr. Wiggins conduz os três pela entrada da grande e sofisticada mansão, após entrarem, o Hobbit os guia por um complexo de vários cômodos, uma sala de entrada, depois, atravessam uma porta, passam por um corredor, outra porta, e chegam a uma grande sala com sofás, um tapete com tons avermelhados estendido, uma mesinha baixa no meio, e alguns móveis nas paredes, num canto da sala, há grandes vidraças, janelas que deixam entrar muita iluminação e um pouco de vento, e, incluindo o portal por onde chegaram, há mais três saídas desta sala. No corredor, por onde passaram, haviam vários quadros, neles estavam pintadas figuras de vários homens, a maior parte deles velhos, vestindo roupas finas, alguns ostentando joias e objetos de valor. Uma das imagens nos quadros, particularmente, chama atenção. Nessa, havia um homem obeso, os cabelos brancos indicavam sua idade avançada, no fundo, a entrada de uma mina, e da entrada saíam trilhos, sobre os trilhos, montes de pedras preciosas, o minério representado tinha uma cor roxa acinsentada.
O hobbit então pára, sobre tapete, na sala com sofás, e, com uma mão na barriga, e a outra estendida indicando o sofá, ele cordialmente, convida os dois a sentarem, e prossegue dizendo
— Sejam bem vindos a sala de estar, na grande mansão do senhor Zemir, por favor, aguardem um pouquinho, ele já está descendo. |
Os dois se sentam, trocam olhares, olham em volta, e o que sentem, é um clima agradável, parecido com o conforto que têm em suas casas. Yrel, porém, sente-se um pouco acuada, o ambiente fechado, com pequenas brechas que dão para o lado de fora, lhe fazem pensar que pode não ser tão fácil escapar, caso algo aconteça.
Passam alguns minutos, e finalmente, uma porta se abre atrás de vocês. Por ela, chega um homem, de aproximadamente, quarenta e poucos anos, cabelos castanhos, penteados para traz, com um aspecto bem cuidado, a testa avança sobre o couro cabeludo indicando uma careca iminente, barba escassa e feita, sem pelos nos queixos. Suas vestimentas são finas, como as dos homens nos quadros, está usando um casaco verde, com pelagem. Uma pelagem rara, provavelmente de alguma criatura exótica. Usa um pesado colar que se estende sobre o peito, e no lugar do pingente, um medalhão, todo coberto de ouro maciço. Na mão, um cachimbo, já aceso, emanando uma fumaça com um cheiro único, provavelmente, queimando ervas raras.
- Imagem do Homem:
Com um sorriso na cara, abre os braços e diz
— Caros convidados. Sou o Sr. Zemir, da casa Fenrok. Meu nobre criado, Wiggins, me informou que havia uma visita inesperada. Disse-me que vocês respondem pelos sobrenomes de grandes mercadores das cidades livres, confesso que essa informação peculiar me chamou a atenção. Afinal, me digam, o que fazem membros dessas nobres famílias, em nosso humilde vilarejo? |
Após dizer isso, uma mulher jovem, de cabelos escuros, vestida com roupas de criada, entra pela porta atraz dele, trazendo chícaras e café pronto, feito as preças. Ela vai pondo as vasilhas na mesinha e servindo, enquanto isso, Zemir senta-se no sofá em sua frente, e olha diretamente para os dois, medindo-os de cima a baixo.