[ON] ATO I: A Névoa e os Domínios do Medo!

Guardo o pergaminho e as moedas nos bolsos, para ler depois. Quanto ao morto, não tinha muito o que fazer mesmo. Que destino cruel para um NPC, logo no começo da campanha...

Não consigo evitar coça a cabeça ao ver o tal ogro ficando dócil como um cachorrinho. Ambert de fato havia aprendido um ou dois truques nesses (supostos...) cinco anos.


- ALTO, QUEM VEM LÁ?

Faço pose intimidadora enquanto me aproximo do Draconato que finalmente resolveu aparecer e fazer alguma coisa.


- Eu sempre quis gritar isso em algum momento da minha vida...não, pera, quer dizer, o meu jogador queria. Dou um riso sem graça para Yarjerit, dou de ombros e aguardo para ver quem está cavalgando em nossa direção.

O som dos cascos vai ficando mais próximo. Todos ficam de prontidão. O ogro não era mais uma ameaça, desde que não fosse molestado, e Anbert suava frio com o receio de ser algum cavaleiro sedento por glória em busca da cabeça do ogro.

Yarjerit ergueu seu machado e se preparou para o pior. Darthanas se aproximou e ficou ao seu lado.

A neblina, aos poucos, vai diminuindo e revela o mistério que, para alívio de todos, era apenas um senhor enrolado em mantas conduzindo uma carroça puxada por dois cavalos magros.


Ele vagarosamente se aproxima de vocês, pára a carroça em resposta à indagação de Darthanas, levanta a cabeça em direção à estalagem, fica um pouco pensativo, e diz:

-"Estarei vendo coisas? Não me recordo de ter visto uma estalagem aqui na semana passada... e não me recordo de ver tantos tipos estranhos há muitos anos!... vocês não devem ser daqui, não? É, aposto que não são!", ele faz uma pausa, olhando para o redor, como se analisasse a todos.

Darthanas e Yarjerit, que estão próximos da carroça, podem sentir um cheiro forte vindo dela, o que lhes chama a atenção. Ambos olham para o conteúdo, curiosos, e vêem vários corpos sem vida.
-"Ora, ora, não pensem errado. Sou Lwdevic e sou coveiro. Estes aí são de uma família que sofria de tuberculose.", e leva sua mão à um símbolo religioso desconhecido em forma de cruz que leva pendurado no pescoço, fazendo uma prece pela alma dos infelizes.

Rupert apenas comenta baixo:
-"Eis um nativo deste mundo que não pretende nos agredir, apesar de poder lucrar com nossas mortes."

Anbert vê que não é perigoso e manda só um olá com a mão, ele tenta se aproximar do ogro e fala:
-Ei amigão, que tal contar a sua história com um pouco de cerveja?
Segue rolagem de persuasão como sempre com meu bônus de +9:

O membro 'hello' realizou a seguinte ação: Lançar dados

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'd20' :

Resultado : 8

Acompanho a carruagem cheia de corpos com curiosidade. Estava tudo ficando muito interessante, na verdade. Apesar de eu não saber onde diabos estávamos e o que havia acontecido com o ambiente prévio, eu tinha certeza de que *ELE* (sim, Rodrigo, você mesmo!) sabia.

Dou um olá com um aceno e aguardo a resposta do velho coveiro ao draconato. Nesse momento, percebo que a loucura total já havia se abatido sobre esta mesa logo no início da aventura quando vejo Anbert tentar convencer o trol gigante e tomar uma cerveja como se fosse um anão.

- Anbert, pelo amor dos deuses, não estamos jogando Harry potter e você não é o Rúbeo Hagrid! Apenas mande o troll embora antes que ele se enfureça de novo e queira arrancar nossas cabelas...não que eu vá me preocupar excessivamente com isso, uma vez que não morreremos de verdade, já que somos nada mais do que construtos imaginários...

- Primeiramente, leviOsaa! Quem diabos é Rúbio? Que isso cara, eu prometi que vamos beber e será por minha conta, eu cumpro oque prometo, você não entende nada mesmo! Manda-lo embora seria uma sacanagem sem igual! Vamos lá grandão, tem algo que você vai gostar de provar, vem comigo que eu te mostro.

Anbert realmente vai seguir com isso de beber com ele, realmente não é uma ideia boa na visão dos outros, mas realmente expulsar o ogro se não fosse feito pela lábia INCRÍVEL de Anbert, seria realmente um risco irritar ele e começar uma batalha.

Se ninguém impedisse Anbert, ele iria até a taverna buscar um barril de cerveja inteiro só para o seu "novo amigo" enquanto fala para que ele espera-se do lado de fora e retornaria com o mesmo e uma caneca cheia para ele(se não impedirem de algum jeito realmente a mesa já começou sem pé nem cabeça).

-"Clo'ck esperar cerveja aqui!", diz o ogro, meio desconfiado. Anbert vai buscar o barril de cerveja e um copo para si.
-"Acho melhor levar dois barris...", comenta Rupert, avido em receber adiantado pelos dois barris.
O ogro fica um pouco desconfiado. Cheira a bebida e arrisca um gole. Ele esboça um sorriso largo, não pela bebida em si, mas pela amistosidade de Anbert. Ele solta algumas lágrimas: -"Glo'ck feliz! Glo'ck nunca tratado assim antes..."

Darthanas fala algo sem sentido, como sempre, e o pessoal acaba por ignorar seus comentários. Rupert até pensou em corrigir o cliente, que confundiu o ogro com um troll, mas melhor não arriscar um diálogo que ele nunca entederia.

Lwdevic, após analisar o corpo do humano espancado pelo ogro, conclui o óbvio.
-"É melhor levar este também. Não é bom deixar os corpos abandonados desta forma.", enquanto arrasta o corpo até a carroça com certa dificuldade pela idade, o coveiro responde às indagações do draconato:
-"Primeiro dia neste lugar, não? Vocês vieram pelas neblinas, imagino. Como outros que vieram antes e outros que virão depois. Porém, esta é a primeira vez que vejo as neblinas trazerem uma construção. Normalmente são apenas viajantes incautos e amaldiçoados. Aqui é Novaerovia, um domínio ao sul das montanhas de Barovia. Não estamos no mapa, e também não tenho mapa algum. Novaerovia, Barovia, Mauristatia, Innistrad, e tantos outros domínios, fazem parte do reino de Ravenloft, uma ilha constantemente cercada por esta neblina nada calorosa. A vida aqui é boa, a terra é fértil, mas o problema são os perigos que vêem com a noite. Esta é uma terra farta e amaldiçoada."
-"Esta família? Morreram noite passada! E preciso enterrá-los da forma correta ou eles podem resolver voltar. E isso não seria algo agradável de se ver."

-Como assim voltar?
Diz Anbert interrompendo o papo que estava tendo com Glo'ck. Ele realmente falava com o ogro como se fossem amigos de longa data, era realmente impressionante a lábia do pequeno halfilng, se fosse um charlatão provavelmente nunca seria descoberto mas sua índole provava que essa preocupação era fútil. Ele tinha falado com o ogro sobre o lugar que vinha e também sobre o grupo de aventureiros.