Murazôr e Whisper
A Bruxa acaba por escutar tudo, não sabia se o que falavam era a verdade ou apenas uma mentira, mas resolve acreditar na primeira parte, contudo, está assustada demais para fazer alguma coisa. As palavras usadas por todos acabam fazendo a sanidade da jovem voltar um pouco, a menina leva a mão ao rosto, procurando responder as perguntas que eram direcionadas.
- Ela é uma serva da Luz, uma ponte, era receptiva a entidades que indicava os locais onde deveríamos ir, essa entidade deve ter sido atraída... – A bruxinha não aguentou, passou a desabar em lágrimas ao lembrar da amiga. – nós... meus amigos, por que tudo isso tinha que acontecer? –
Murazôr
Diferente de Whisper e Bonzor que parecem preocupados com o livro e estão completamente fora de foco nesse momento, seus sentidos estão aguçados o suficiente para escutar o falatório do lado de fora da Taverna, as pessoas que passam por aquele ambiente estão preocupadas com todos os eventos que ocorreram ali, alguns cochichos são claros outros apenas reclamações, mas é nítido que em um dos pontos você escuta gritos, que dizem o seguinte.
- Senhor Guarda, Senhor Guarda, ali... Teve uma Luz enorme, Gigantesca... O chão tremeu, ouvimos gritos. -
- Na Taverna? Da Senhora Seraphina? - Questiona o Guarda.
- Sim meu senhor. - A voz da camponesa é escutada novamente.
- Esperem aqui, irei verificar. -
Você consegue escutar os passos do soldado se aproximando, trata-se de um ranger de madeira, provavelmente do lado de fora e uma breve tentativa de abrir a porta, que está trancada, o que o faz forçar em um determinado momento sem sucesso, parando na sequência.
Bonzor e Whisper.
Por mais que seja apenas quatro linhas, está claro que conta uma história antiga, trata-se de uma língua que usa vários símbolos para representar frases quase que inteiras, entretanto, apenas a terceira linha é apresentada com total clareza, as demais estão borradas, um efeito mágico visível, nessa primeira parte, Bonzor consegue ler o seguinte:
“E por três dias a Mãe de Otnemicehnoc chorou a morte de seu primogênito, suas lágrimas formaram uma poça ao seu redor e durante esse luto ela orou aos céus, para ter uma chance. O lamento tocou o coração da Vida que formou uma taça ao redor das lágrimas, ao qual ofereceu a mãe...”
Ambos conseguem enxergar, no término da escrita, o desenho de um cálice que parece emanar um brilho poderoso, sendo seguro por uma mulher que tem em seus braços o seu filho, aparentemente morto.
TODOS
1 - Ao término da leitura, o chão a frente de ambos rachará em várias partes, como se fosse engolido por uma cratera, criando um imenso buraco que dará como entrada para o que parece ser ruínas de um Mausoléu, como uma caverna perdida por debaixo da taverna. As paredes de entrada claramente são irregulares, contendo tochas apagadas por pelo menos meio século, o vento que sai de dentro do ambiente é pesado, funesto e completamente aterrorizante, convidativo para se aventurar ou perder a própria existência.
2 – Apenas Murazôr perceberá que a porta esta tentando ser arrombada por um especialista, conseguirá também deduzir que tem, pelo menos, cinco soldados atrás da porta, prontos para entrarem assim que for aberta, talvez estejam considerando que exista alguém vivo, contudo, o barulho do metal sugere que estão nervosos, não se sabe se serão hostis ou não quando entrarem.
3 - A Bruxa está em choque, independente das palavras ditas ou não ela mesma não sabe o que fazer no momento, não será resistente se tentarem a levar junto, mas não aparenta conseguir compreender corretamente o que acontece.