Introdução / ambientação

O cavaleiro chama Anastácia de lado, logo após George entrar em sua casa:

- Vamos esperar diminuir ao movimento. Até lá ele já pegou no sono e será mais fácil levá-lo para outro lugar e interrogá-lo.

@Ivana Krutinsky @Melroc

Anastásia / Magnus

Enquanto perseguem George, a pequena Olivia segue para a região rica de Carrick. Ela tem uma missão importante, marcar uma audiência entre sua equipe e a Sra. Zerum, Alexandria Zerum. O bairro rico tem ruas com tijolos e canos que recolhem os dejetos, o odor é muito melhor do que nos bairros pobres. Dizem que em algumas casas há até água quente saindo das torneiras.
A família Zerum é muito rica e sua casa é fantástica. São 3 andares acima do nível do solo com um belo jardim cheio de árvores frutíferas na frente e pelo menos 51 janelas, Olivia então penas nos números e valores. Realmente muita coisa.

-- Olá, sou Olívia e tenho a honra de fazer um pedido de audiência para Sir Magnus de Calatrava com Lady Zerum, para amanhã, no horário que for de conveniência.
-- Amanhã às 7:30 da manhã.
-- Obrigada.

Olivia retorna com a sensação de missão cumprida.

Agora o movimento de pessoas já cai nas ruas da cidade.

ANASTÁSIA

Apenas faz um dia que conheço esse homem e não sei por quê, mas sinto que posso confiar. Acho que estamos no mesmo barco, talvez quando eu for da guarda real vou tentar trazer ele comigo. Gosto de pessoas assim, que sabem o que está fazendo.

Paro ao lado dele e aguardo até que ele dá o sinal para entrarmos.

Vendo que Anastácia concorda com ele, resolvem esperar nas proximidades da casa até que o movimento das ruas diminua.

- Acho que já podemos ir - Diz para Anastácia acompanhá-lo enquanto vai em direção a porta entreaberta do bêbado George.

Sir Magnus se aproxima com cautela, tentando não parecer um invasor, apenas um visitante na casa. Ele abre a porta devagar esperando ver George nocauteado em um canto qualquer por causa da bebida.

@Ivana Krutinsky @Melroc

Anastásia / Sir Magnus

       A bebida, a mais fiel e confiável arma. George está numa cama simples e suja no primeiro cômodo da casa. Ele nem percebeu que estão dentro da casa ou finge muito bem.
       Há alguns pertences pessoais, um armarinho meio aberto mostra peças de roupa e algumas ferramentas simples. No segundo cômodo há uma espécie de cozinha com um forno a lenha vazio e uma mesa, ou não tinha lenha ou não comia em casa. No entanto o cheiro de sujeira está no ar. Havia uma porta que dava num quintal com mato alto e a casinha do banheiro no fundo, todas as casas pareciam ter um formato assim ao olhar pela janela dos fundos.
       Com o piso ruim, o cheiro desagradável e a falta de limpeza a única coisa que chamava atenção era o fogão. Bem feito e poderia durar anos, no fim das contas George poderia ser um bom pedreiro. Anastásia decidiu dar um passo a dentro na cozinha e percebeu no canto um saco que tinha a mesma descrição das mercadorias roubadas que investigou no outro dia.
       Agora eles tinham algo que ligava George ao ataque, mas era frágil pois qualquer cliente poderia ter um saco daqueles. O colar ligava George a Charles, mas era apenas um colar. O depoimento da esposa de João Martelo confirmava os 2, mas também é frágil. Faltava uma coisa que tornasse estes elementos parte de um todo ou mais alguém de corrobore a história, que diga que é o saco do roubo, ou viu o plano do ataque, ou que foi a receptação da mercadoria, que prove o depoimento ou faça que não seja apenas uma estória de uma pessoa magoada.
       E agora, o que fazer com George?

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       Ao mesmo tempo em outro lugar da cidade...

       Olivia retorna para o ponto de encontro e enquanto caminha observa um grupo de soldados correndo. Os soldados estavam com a cara amarrada, não era uma cara comum.
       -- Então é verdade?
       -- Sim, Mufasa morreu.
       -- Como aconteceu...
       No entanto os guardas já estavam longe para ouvir o resto dos comentários e correr atrás deles não pegaria bem. Olivia pensa que já ouvira falar este nome, talvez um dos mercadores de peles. Seria este o primeiro a morrer nesta luta sem sentido? Será que Anastária e Magnus estão bem?

ANASTÁSIA

- Este cara está apagado. - Digo pegando o saco. - Precisamos pegar esse saco pra ver se alguém reconhece. Vamos levá-lo então? Ninguém vai nos parar, afinal eu sou da guarda e George aqui arrumou a maior confusão com a esposa de um ferreiro, não? Vamos fazer ele falar para quem ele entregou essa mercadoria para ver se a pessoa canta algo para nós. Levamos ele até a casa vazia.

Amarro o saco na minha mochila e pego George puxando ele para cima.

@Ivana Krutinsky @Melroc

Anastásia, Magnus,

      George está apagado por conta da bebida e precisou ser carregado. Após bastante esforço vocês chegam até a rua em que haviam combinado, Olivia está na frente de um imóvel, mas discretamente aponta para outro.
      O local está sujo na entrada, mas após ela abrir a porta o interior está relativamente limpo. Olivia fez uma limpeza rápida para entrarem. Então ela diz:
      -- Há o andar superior, este andar e o porão. Não tenho muitos móveis aqui. O porão é pequeno, fedido e tem uma porta para o quintal. Aqui temos apenas os móveis na cozinha e este armário na sala, já no andar superior temos uma cama de casal e um quarto com beliche. Quer colocar ele numa cadeira ou mesa ou cama?
       Enquanto Olivia falava era possível ver que seu tom de voz foi mudando de segura de si passou a um certo nervosismo, possivelmente causado ao pensar ao que iria acontecer com George.
       -- Não sei o que farão para ele falar, mas deixei um balde com água na cozinha com panos. Não trouxe corda pois pensei que usaria suas algemas Ana.
       Ela respira fundo, faz uma cara de quem está pensando e finalmente diz:
       -- Ouvi alguns guardas falando que uma pessoa morreu. Seu nome era Musafa, creio que um comerciante, mas pode ser qualquer um.

ANASTÁSIA

Acredito que no porão apenas com a porta para o quintal chame menos atenção. Puxo ele pra la ainda com ajuda de Magnus, então eu o algemo e aí começo.

Trata - se de procedimento interrogatório padrão da guarda. Pego o balde com água e puxo uma cadeira em frente à ele. Um só pensamento me passa, essas mortes tem que parar. É óbvio que ainda é desses malditos.
Logicamente depois vamos atrás desse Musafa.

Jogo água e espero e jogo água, até que George recupere a consciência.

- A cama de casal é minha, falei primeiro e minhas costas estão doendo de carregar esse infeliz. - Digo para os dois parados atrás de mim. - Até porque amanhã cedo temos que ir falar com a nobre. E algo me diz que hoje eu não vou dormir. Então assim que voltarmos amanhã, eu vou apagar.

Quando o homem recupera a consciência, eu faço ele me encarar.

- Vou fazer algumas perguntas George, mas já te digo que estou sem tolerância. Se você colaborar ninguém vai saber o que você disse.

@Ivana Krutinsky @Melroc

Anastásia, Magnus,

       George acorda com a água meio assustado. Ele não sabe onde está e não parece uma cela da guarda então há algo mais acontecendo.
       -- Então você trabalha para os opressores do povo, vai bater em mim e tentar me fazer falar? Você não vai conseguir nada com isso. Vocês são o mal da sociedade, fazem mal para as pessoas e não estão nem ai com o povo.
      Após seu pequeno discurso e agora um pouco mais acordado, ele está processando a situação. Sentado em uma cadeira de cozinha de madeira com as mãos algemadas atrás de suas costas, os pés soltos, a cara molhada, um porão mal iluminado de alguma casa, na sua frente estava aquela linda guarda que passou no alambique e ao lado o cavaleiro. A bebida ainda está fazendo seu efeito, mas a adrenalina está subindo. A força nas algemas é inútil e apenas machucaria os pulsos.
      São muitas coisas passando pela cabeça de George no momento e é possível ver isso em sua face. Será que eles tem Charles? O que mais eles sabem? O que farão comigo?  Se fosse algo legítimo estaria preso no quartel, então por que? Eles tem suspeitos de que estamos em todo lugar, isso é verdade, mas então não querem expor o que fazem, isso é ruim, por outro lado não sabem de nada e um sorriso surge em seu rosto. No entanto ele percebe que ninguém sabe de nada, se alguém viu ninguém vai falar nada e os dois aqui não querem que ninguém saiba o que estão fazendo, e uma face de medo surge.

Testes:

ANASTÁSIA (Não entendi nada dos dados, vou pelo que estava imaginando, vc diz o que eu descobri ou não, segue o jogo kkk)

Assim que ele acorda vejo várias expressões, mas continuo de forma apática mesmo assim, ainda não é hora da parte difícil.

- Eu não sou uma pessoa muito paciente, te levar para o quartel exige burocracia e quero cuidar de você eu mesma. Então me diga o principal: - Falo cada frase pausadamente, a cada pergunta tentando observar sua expressão. -
Para quem você vendeu a mercadoria?
Quem está distribuindo os planos de ataque? Sei que aquela Zerum é a mandante, mas tem alguém intermediário falando com vocês.
Me diga alguns nomes envolvidos nisso.
E por fim, qual a verdadeira intenção do culto?



Eu me ajeito na cadeira observando bem seus olhos. Sinto que meu humor está péssimo, afinal, interrogatório não é das minhas coisas favoritas. Que saudade de uma cerveja gelada.

@Ivana Krutinsky @Melroc

Anastásia / Sir Magnus

       George olha pra Anastásia com um ar de desafio.
       --Para quem você vendeu a mercadoria?
       -- Não sei do que está falando.
       Magnus vê que ele falou a verdade e faz um sinal para Anastásia continuar.
       --Quem está distribuindo os planos de ataque? Sei que aquela Zerum é a mandante, mas tem alguém intermediário falando com vocês.
       George fica meio nervoso quando o nome Zerum foi mencionado.
       --Ninguém faz os planos, a gente se junta e vai atrás do que precisa. George faz uma cara estranha para Ana.
       Magnus acha que ele pode estar mentindo e faz o sinal da mentira para Anastásia.

Testes perguntas 3 e 4:

Anastásia / Sir Magnus

       -- Me diga alguns nomes envolvidos nisso.
       -- Não tem ninguém envolvido com nada sua maluca. Somos inocentes sendo oprimidos pela monarquia.
       Sir Magnus vê que ele não respondeu a pergunta mas mesmo assim estava mentindo.
       -- E por fim, qual a verdadeira intenção do culto?
       George para por um momento ao mencionar Culto, mas retoma:
       -- Sua louca, não existe nenhum Culto. As pessoas são oprimidas todos os dias e estão cansadas disto. Chega de opressão!
       Sir Magnus acha que ele pode ter falado a verdade, mas isto vai contra as evidências encontradas até agora e fica confuso com a resposta. Faz um sinal para Anastásia continuar e talvez mudar a abordagem.
       Anastásia e Magnus sabem que ele não é um inocente e que pode colocar a vida de outras pessoas em risco.

OFF Sugestão de meta jogo:

ANASTÁSIA

Chega, isso me embrulha o estômago, mas estou cansada desses babacas e dessas mortes.

- Menina saia daqui. - Então encaro Magnus, sua expressão é séria. Acho que ele dá conta.

Espero Olívia sair e pego o pano que estava no canto junto com o balde.

- Você devia ter medo das pessoas certas.

Coloco o pano sobre sua cabeça sobre seus protestos, então jogo a água, e deixo ele começar a engasgar e paro. Sei que é fácil de morrer assim, mas tenho todo o tempo.

- Quem fez os planos, quero nomes. Cante.

Anastásia / Magnus

       Olivia, vê pela cara de Anastásia que ela não vai querer ver essa parte e sai sem pensar. Resolve ficar de vigia do lado de fora.

Teste de interrogatório:

@Ivana Krutinsky @Melroc

       George engole bastante água, mas está bem. Parece até que a água ajudou com a bebedeira dele. Por outro lado, George está com medo já que Anastásia está usando tortura para fazê-lo falar.
       Do outro lado Anastásia tem tempo e água.
       -- Sua opressora.
       Água nele.
      -- Nossa liberdade é mais importante.
       Água nele.
       -- Não pode me fazer falar algo que não sei.
       Água nele.
       -- Você pode quebrar meus ossos, mas não conseguirá fazer com que eu fale.
       Água nele.
       -- Charles e eu fizemos os planos, mas ela dava as dicas para o que precisávamos.
       Anastásia vê que ele parou de falar e já prepara mais água quando ele começa novamente.
       -- A mulher com a capa, Charles a chamava de Zerum. A gente apenas falava o que precisava e ela apontava o carregamento. Cada grupo fazia sua parte e a gente não conhece os outros. Ela deu estes colares pra gente, era algo como se fossemos uma corrente e que seríamos tão fortes quanto o elo mais fraco.
       George começa a chorar e murmura a palavra fraco baixinho algumas vezes.

ANASTÁSIA

Passo pela porta e vou para o outro cômodo, tiro as armaduras e fico só com as vestes de baixo. Então eu desabo, não me importando em quem esteja ali. Não chego a chorar, não lembro se já chorei alguma vez, mas fazer um homem quebrar é extenuante. Encosto na parede sentando ao chão e apoio a cabeça nos joelhos.

Sei que Olívia está ali e murmuro:

- Deixe-o descansar um pouco e lhe sirva comida e uma água. Ele está mais seguro aqui conosco, amanhã eu penso no que faremos.

A entrevista com essa vaca da Zerum é logo mais à 7:30h. Vou precisar estar em meu melhor. Sinto minha cabeça zumbir.

@Ivana Krutinsky @Melroc

Sir Magnus, Anastásia,

       -- Sim Anastásia. Trarei comida e algo para se lavar. Quer uma muda de roupas? Há algumas perto da cama, mas não sei se servem ou são do seu agrado.

Roupas trazidas pela Olívia para Anastásia: loot:

       -- Sir Magnus, posso fazer algo mais por vossa excelência? Trouxe algumas roupas mas talvez apenas fique com a armadura.

Roupas trazidas pela Olívia para Magnus: loot:

ANASTÁSIA

Eu tento descansar o máximo que posso antes da reunião, eu me lavo, limpo bem minha armadura com as vestes que eu estava antes e então ajeito a armadura com as roupas que acabam me servindo. Fico bem, mas não vou sem proteção.
Procuro uma maça para deixar os dentes mais limpos e vejo se Olívia não consegue alguma essência, ou flores para eu passar ficar o mais apresentável possível.

MAGNUS

Magnus ajudou o possível no interrogatório, até segura George enquanto ele se afogava com o pano encharcado. O interrogatório foi extenuante, não só para o interrogado, mas para a interrogadora também. Anastácia mostrou não ter medo de fazer o que é preciso para alcançar seus objetivos, um atributo aprovado pelo Nobre de Calatrava.

Em quanto Anastácia de retira do cômodo, o cavaleiro arrasta George até um canto mais seco e o prende lá.

- Você está fazendo a coisa certa senhor George! - tentava parecer mais amigável, mesmo sendo impossível após uma tortura - Você está sendo enganando, protegendo pessoas perigosas que não se importam com a sua segurança - ele termina de prender o prisioneiro, lembrando de colocar uma mordaça e uma venda em seus olhos - Agora descanse.

Ele se-dirige para Olívia, recusando as vestes que ela lhe ofereceu:
- Obrigado Olívia, mas não será necessário tais vestes. Minhas coisas ainda estão nos alojamentos dos Cavaleiros da Pedra. Passarei a noite lá, nos encontramos na residência dos Zerum amanhã, ás sete badaladas.

Antes de sair do casebre, ele fala um pouco mais alto esperando que Anastácia o ousa no outro cômodo:
- Nunca se arrependa do que faz, apenas do que poderia ter feito e não teve coragem de fazer!

Magnus vai direto ao Salão dos Cavaleiros da Pedra. Chegando lá, pede aos serviçais que lhe forneçam emprestado uma montaria e alguma veste adequada a um cavaleiro, avisando-os que queria ser acordado antes do raiar do sol.

@Ivana Krutinsky @Melroc

Anastásia / Sir Magnus

       Com o raiar do Sol um servo chama Sir Magnus de maneira discreta. Ele apresenta vestes limpas adequadas aos cavaleiros, uma montaria simples e repassa o caminho mais fácil até a casa da família Zerum. Há tempo suficiente para encontrar com Olivia e Ana antes da reunião.

       Ana está um pouco cansada do interrogatório de George. Mesmo com a ajuda de Sir Magnus foi um processo desgastante. Estava pronta para ir com Olivia até a casa da família Zerum e havia tempo suficiente para encontrar com Sir Magnus antes da reunião.

       As 07:00 estavam todos reunidos perto da casa da família Zerum. Ana conseguiu uma maça no caminho graças a Olivia. A menina era silenciosa, eficaz e não chamava atenção quando queria, no entanto gostava de maças.
       -- Pssst... vejam.
       Aparentemente a casa tinha movimento logo cedo 2 guardas com armaduras de couro e 2 servas uniformizadas saíram da casa da família levando sacolas dobradas na direção do mercado. A família parecia mais rica do que aparentava, era possível ver mais guardas de armaduras de metal ao redor da casa e havia até um guarda que Anastásia conhecia da guarda da cidade. Todos estavam bem armados, deveriam ser lentos mas mortais.
      Sir Magnus estava imponente no cavalo e arrancava sorrisos de jovens que passavam pela rua.

Casa da família Zerum:

     
       -- Vocês querem que eu entre ou fique do lado de fora?- Perguntou Olivia.