Introdução / ambientação

Anástasia @Melroc @sirtol

Ando em volta do homem avaliando-o mais de perto. Não é muito bonito, mas algo em sua postura me chama a atenção, ele tem porte, sabe falar.

- Sir Magnus, não? Você fala bem, mas será que quando a coisa esquentar você conseguirá me dar uma mão? -  Talvez tenha soado mais pretensiosa do que gostaria, mas preciso saber sua reação e se ele está comigo nessa. Me volto para a menina. - Oi pequena. Que segredos você esconde em? - Dou um leve toque em seus cabelos.

Eu me sento na beirada do palco.

- Eu não tenho informações muito precisas, apenas o que a guarda sabe, ataque de bandos à mercadores de passagem. Esses ataques são feitos de qualquer jeito, acredito serem as pessoas das vilas próximas. Mas vou falar sem rodeios. Eu acredito que tem alguém ou algo por trás incitando essas pobres almas, um pessoa pobre não ataca por si mesma, apenas os ladrões. Aliás, podem me chamar de Ana.

Marcando outros jogadores:

@sirtol @Ivana Krutinsky
SIR MAGNUS

O Cavaleiro observa a mulher de armas dar a volta e sorri rapidamente quando ela fala de suas capacidades, como se o que ouvira tivesse sido uma surpresa.

- Obrigado pelo elogia Milady! – Fazia uma reverência curta - Mas saiba que sou um cavaleiro preso ao velho código ... – Falava de seu código de Cavaleiro – ... e verá que posso ser tão bom nos salões das cortes quanto nos campos de batalha – O jovem cavaleiro mostrava sua confiança habitual.

- Como eu disse antes, fui atacado noite passada! Eu vim para Carrick em um navio mercante e fomos pegos em uma armadilha aqui nos arredores. O ataque foi idêntico aos outros ataques ocorridos anteriormente: Um turba de miseráveis com pedras que clamavam por liberdade e gritavam palavras de ordem contra o Império e a opressão. Só que a armadilha deve ter demorada para ser feita, pois envolvia grandes troncos de arvores.

Até ali Magnus sabia que não havia falado nada demais, mas complementa o que Anástasia informa enquanto andava de um lado para o outro na frente do palco.

- Também acho que há alguém por traz dos ataques, através da manipulação dos mais necessitados, mas não acho que seja uma única pessoa e sim um grupo ou seita. O mesmo vem ocorrendo em Mégalos, pois ouvi descontentamento idêntico na Catedral de São Guiles em Craine .

Suas mãos o acompanhavam enquanto falava em seu ânglico sulista carregado de sotaque - Além do mais, alguns dos remadores do navio mercante que me transportavam, me falaram de um homem e uma mulher com bonitos mantos que distribuíam comida para os pobres nos arredores de Carrick enquanto pregava pelo fim da opressão. Imputavam a culpa da falta de comida nos mercadores.

O Cavaleiro de Calatrava então faz uma pausa como se quisesse organizar seus pensamentos antes de continuar – Uma coisa é certa! O alvo principal dos amotinados são os mercadores. E aquela dupla que distribuiu comida aos pobres, ou compraram o alimento ou o fizeram, nos dois casos indicam pessoas de posses. Mas uma dúvida me intriga, porque pedras? Porque não foices, bordões ou forcados, ferramentas comuns nos campos onde a plebe trabalha a terra? Talvez não fossem servos?

Sir Magnus de Calatrava deixava as perguntas no ar, pois ele não era capaz de responde-las.

@Melroc @Ivana Krutinsky @sirtol

Magnus / Ana,

A joven Olivia está lá no teatro, de pé, vendo os dois guerreiros imponentes.
--Eu também tenho algumas informações. Alguns dos meus clientes são famílias que se desfazem de coisas de entes queridos que partiram. Em alguns dos casos ouvi falar destes mesmos termos de liberdade, império e opressão, entretanto as pessoas das famílias diziam que os falecidos contestaram estes dizeres. É como se alguém estivesse intolerante para com pessoas que não aceitam estas propostas. Também parece que eles se reuniram com pessoas com mantos bonitos. Uma espécie de encontro para conversarem. Os locais que essas pessoas estavam eram na Vila Albertina, a Vila da pesca no rio Conn e o outro era um pedreiro que reparava a muralha daqui de Carrick.
Ela olha atentamente para os dois esperando uma forma de confirmação e de liderança quanto ao próximo passo.

Anatásia

Olho para os lados, prescrutando se não há ninguém nas sombras. Presto atenção nas cortinas, nos diversos balcões, nas fileiras e fileiras de cadeiras, e no grande silêncio.
Tudo me parece um grande show. Mas o que eles não esperam é que até o fim disso eu vou tirar algumas máscaras, e vou chegar onde eu quero.

- Intrigante não? Bem, acho que não temos mais nada a falar nesse momento. Agora já é noite e estamos cansados.

Me aproximo do soldado na minha frente e coloco a mão em seu ombro, próximo à ele dou uma leve piscada, e espero que ele pegue a deixa.

- O que acham de marcarmos um ponto de encontro? Espero vocês na saída norte, antes que saia a primeira luz do sol, indo à leste encontrarão uma grande árvore. Por hoje, descansem.

A saída norte é a menos habitada e a mais vazia, sem vegetação. Será o melhor lugar para falarmos sem ouvidos próximos.

@Ivana Krutinsky @Melroc

Olivia dá um sorriso e diz baixinho:
--Vejo vocês lá, levarei um pão para fazermos um lanche.
Ela caminha para a saída do teatro.

MAGNUS

Vila Albertina, Vila da pesca e um pedreiro, já tinham por onde começar uma investigação e poderiam formular um plano de ação pensava Magnus, mas pela atitude da guerreira, ali não seria o local adequado. O cavaleiro imaginou que Ana tinha alguma desconfiança ou receio daquele lugar. Então, apenas acenou com a cabeça sinalizando que entendeu a mensagem.

- Perfeito! descansamos e amanhã continuamos nossa conversa. - falava se despedindo de suas companheiras.

Ao sair do teatro, Magnus segue direto para Stonehall esperando ter um descanso merecido.

@Melroc @Ivana Krutinsky
Magnus / Ana

Antes do nascer do Sol Olivia já acordara e preparava um lanche para levar ao ponto de encontro. Para estes guerreiros fortes ela precisava levar uma comida adequada e pensou em um pão com uma carne defumada, uma comida comum mas saborosa da região.
Ela repassava os detalhes em sua cabeça: nomes de clientes passam em sua mente, os locais e as datas. João Martelo da pedreira que morreu em uma briga de bar, Julia Flor que morreu enquanto apanhava flores perto do Rio Conn, Monique do Bordel que foi agredida e morta por um cliente. Em todos os casos os crimes envolveram uma discussão, luta e uma morte, mas os corpos foram encontrados e não haviam suspeitos. Estes crimes aconteceram antes de ataques aos mercadores. Eles poderiam ir até a casa da família de cada um deles como Olivia foi para comprar os pertences.
Sua bolsa estava meio pesada, será que deveria ter trazido menos comida? Certamente havia o suficiente para o almoço também.

Anatásia

Eu praticamente não durmo, seja pela ansiedade, seja pela raiva dessa bagunça toda. Durmo no máximo umas 3 horas e saio para correr e me exercitar. Tomo um banho e coloco a armadura, se vamos ir atrás desses malditos talvez encontraremos briga.

Encosto na árvore bem antes do combinado e observo à distancia guardas, viajantes, transeuntes indo e voltando. Com certeza o fluxo de mercadores diminuiu, são tempos difíceis.

Como sempre Sir Magnnus dormia pouco. Acordou ainda de noite, fez suas orações e comeu seu desjejum ainda em Stonehall. Pediu informação para os cavaleiros da Pedra e seguiu para o Portão Norte. Como combinado, pretendia chegar ao local ao primeiro raio de sol.

Enquanto passava pela cidade em direção a seu destino, observava se não estava sendo seguido.

@Ivana Krutinsky @Melroc

Ana, Magnus,

Olivia pensava que seria a primeira a chegar, mas quando chegou foi surpreendida por Ana.
-- Minha nossa! Ana você quase me mata de susto. Sir Magnus deve estar chegando. Trouxe comida.
Enquanto Olivia aguardava com Ana elas logo viram Sir Magnus chegar. Agora os três estão debaixo da árvore.
-- Vocês tem experiência nisto, então o que faremos?

MAGNUS

Não sabia ao certo onde seria o encontro nas proximidades da saída norte, mas Magnus esperava que uma de suas novas companheiras já estivessem no local.

E lá estavam elas! O cavaleiro sabia que não estava atrasado, pois o sol estava nascendo. Ao se aproximar, foi recebido pelo pequena Olivia.

- Hahahaha, bom dia para a senhorita também! - O cavaleiro recebe a falta de trato da jovem com um sorriso e uma reverencia matutina.

Apesar de tentar levar com leveza, Magnus sabia que Olivia tinha razão, o assunto precisava de urgência e quanto antes decidissem seu plano de ação, melhor! Antes disso, ainda tinha duvidas sobre onde estava pisando e tentava identificar possíveis ameaças.

- Ana, você tinha receio de nossa conversa nos salões da Guilda de Mercadores. Porque? Desconfia de algum dos mercadores?  Ou ... - Ele faz uma pausa, mas logo continua, mesmo sabendo que poderia ofender a guardiã - ... ou desconfia da própria Guarda de Carrick?

Anastásia

- Bom dia. Sim, tinha receio, mas ainda não sei do que exatamente. Apenas que achei muito fácil algo como "olha, podem se reunir aqui, viu". - Imito com uma voz sarcástica.

Pego um pouco de comida que Olívia trouxe e começo a andar de um lado para o outro conectando as ideias.

- Estou nisso há pouco tempo, mas sei que tem algo por trás. Serei o mais direta possível com vocês. Quem está arquitetando tudo isso é um grupo, ilegal, por assim dizer, denominados "o Culto". Por esse nome acredito ser várias pessoas, porém não tenho como saber até onde elas estão infiltradas. Fui até a Vila Albertina, sim os moradores usaram de pedras e armas, por assim dizer, bem rudimentares, mas acredito que isso é forma de protesto ou algo assim, quem realmente é o culpado não são essas pessoas. Vi nos últimos rastros que o mercador lá em si fora atacado de verdade por alguém experiente, um soldado? Um mercenário? Mas a pessoa tinha técnicas avançadas de luta, porém ela não estava na Vila Albertina, ao qual eu já passei. Como a senhora mesmo lá disse o povo já estava sofrendo, seguir esse culto ou não, não faria diferença para eles. Mas ontem eu ia até a pedreira, a questão é que talvez eles estejam se escondendo lá, ou algo lá está realmente acontecendo, já que Olívia citou que uma morte aconteceu naquele local também. A morte na Vila Albertina, não sei se podemos descobrir algo sobre isso lá, talvez se entrarmos na casa da pessoa e analisarmos se havia algo de importante?

Termino de andar e paro em frente a Sir Magnus, olhando em seus olhos.

- Pense comigo, você acha que nós somos realmente os grandes investigadores que tem acesso à tudo? Ou apenas marionetes, de alguém querendo que puxemos algumas cordas para os caminhos desejados? Te digo uma coisa, ninguém vai me manipular, e eles escolheram a atriz errada.

MAGNUS

- Tens razão Anastácia, também não quero ser manipulado! - Reponde o cavaleiro após a guerreira lhe questionar! - Então devemos investigar a Guida de Mercadores também.

Magnus fazia suas considerações:

- Pelo que me falou, me parece que procurar o tal pedreiro seja a melhor opção para começarmos.

- O Culto a meu ver, indica uma associação religiosa. Talvez a igreja de Carrick seja um bom lugar para investigar nesse caso.

- A princípio a Vila Albertina não nos trará nada neste momento, a menos que sejamos mais enérgicos, mas já sabemos que um profissional está envolvido no Culto.

- A Vila da Pesca não foi investigada ainda, e acho que não devemos esquecer de passar lá.

@Melroc @Ivana Krutinsky

Magnus Ana

Olivia então pergunta:
       --Então vamos visitar a família de João Martelo na pedreira?

@Melroc @Ivana Krutinsky

Magnus, Ana

Olivia junta suas coisas e diz:
       -- Vamos para Pedreira.
         O local é bastante simples e como o nome diz, com mais pedras do que vegetação.

Imagem meramente ilustrativa:

         Olivia pensa no local, muitas pessoas já trabalharam aqui quando ocorreu a construção de Stonehall e mesmo dos muros do castelo. O negócio diminuiu e agora o volume de pedras retiradas é menor e serve apenas para construção de novas casas. Quando esteve aqui para comprar os itens de João Martelo lembra que comprou algumas ferramentas, isto significa que alguém pode se interessar por elas e seria um argumento para fazer perguntas por ai. De outra forma talvez perguntar sobre quem estaria disposto a orçar algumas pedras também seria uma opção para não levantar suspeitas. Mas o que será que Ana e Sir Magnus escolheriam? Como eles tem experiência nisto será que vão direto ao assunto?

        Alguns pontos de interesse: na casa de João Martelo há um símbolo de São Beltrão (padroeiro de Cardiel), há uma ave voando ali perto e parece um falcão, Ana e Olivia olham em volta e há um teste preventivo de manha.

Dados de manha:

Era possível ouvir o som das ferramentas lascando as pedras e o ar sujo de pó de pedra irritou um pouco os olhos e a respiração de Magnus, aquilo o fez tossir!

No caminho para a pedreira, Sir Magnus sugeriu que poderiam chegar lá em separado. Olivia poderia oferecer as ferramentas aos pedreiros locais, como é uma garota do povo, talvez faça qualquer envolvido baixar a guarda. Já Ele e Anastácia poderiam ir até a casa de João Martelo buscar alguma informação de seus familiares.

O cavaleiro de sul reconhece o simbolo de São Beltrão na casa do Pedreiro, ele então fala baixo - Tolerantia est lumen Christi - O lema de São Beltrão. Apesar de não saber Latim, o cavaleiro era temente do santo padroeiro de sua terra natal e o conhecia bem. João Martelo poderia ser um conterrâneo, isso poderia ajudá-los.

O possível falcão sobrevoando não passou despercebido pelo cavaleiro, ele amava falcoaria e mesmo que as espécies de falcão de Caithness pudessem ser diferente, sua silhueta poderia ser reconhecida.

TESTE::

OFF::

@Melroc

OFF:

@Ivana Krutinsky

Magnus, Anastásia,

Ao observar o pássaro ele chega a conclusão que não era um falcão, era um corvo.
Entretanto havia alguém dentro da casa que ouviu as palavras de Sir Magnus e abriu a porta surpreendendo tanto Magnus como Anastásia.
-- A tolerância é a luz de Cristo -- Uma mulher simples e face sofrida, que a descrição bate com os detalhes passados por Olivia, respondeu ao comentário. Ela mesma agora surpreendia, faz uma reverência e completa -- Minha nossa um cavaleiro! Quanta honra meu senhor, minha senhora. Como uma humilde serva pode ajudar?

Olivia

Olivia aproveitou o momento e foi dar uma volta oferecer produtos aos outros trabalhadores.

Testes:

- Minha senhora, podemos entrar? Gostaríamos de discutir um assunto deveras delicado.

Adentramos na casa e fechamos a porta. Aceito a pequena cadeira de madeira que ela oferece.

- meu nome é Ana. Viemos conversar com a senhora sobre seu falecido esposo. Sei o quanto a senhora deva estar sofrendo. Mas nós dois estamos investigando algumas coisas que não estão certas: - Agora é a hora de eu arriscar e jogar um verde. Olho bem nos olhos dela. - Sei que você suspeita de algo a respeito da morte dele, e parece que ninguém deu importância. Saiba que eu acredito, e eu vou resolver esse problema.

@Melroc @Ivana Krutinsky

Magnus, Ana,

        A mulher de João Martelo olha nos olhos de Ana e ...

Teste:

@Melroc @Ivana Krutinsky

Magnus, Ana,

       ... vira o rosto como que com vergonha. Ela começa a chorar. Ela não sabe se confia ou não em vocês mas mesmo assim fala:
       -- Os guardas que vieram aqui estavam preocupados com a briga que havia ocorrido e não sei se poderia confiar em vocês, mas como você (olhando para Sir Magnus) falou "Tolerantia est lumen Christi" sabia que seria tolerante. Fiquei com medo de falar para os guardas pois meu marido foi morte pela intolerância. Algumas pessoas não são mais tolerantes como costumavam ser. Charles e George que trabalham aqui na pedreira estavam juntando algumas pessoas par atacar um mercador local que compra pedras para construção. João, meu marido, disse que não era uma boa ideia fazer isto e que eles precisavam aceitar outros pontos de vista. Eles discutiram pois não aceitavam que os mercadores compravam as pedras mais baratas e as levavam embora, enquanto eles tinham que lapidar as pedras só para ficarem lisas ou encaixarem umas nas outras. Como não aceitavam o argumento de João resolveram bater nele até a morte. Agora eles andam por ai com colares de bronze no pescoço chamando as pessoas para fazerem seu serviço sujo.
        Ela fica preocupada, olha para as janelas como se alguém a tivesse ouvido.