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    [!ON!] 2ª Noite: O Sonhar

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    [!ON!] 2ª Noite: O Sonhar - Página 4 Empty Re: [!ON!] 2ª Noite: O Sonhar

    Mensagem por Mellorienna Ter Fev 26, 2019 4:19 pm





    Trono de Danu


    Primavera
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    Pela Cruz da Noite e pelo Fogo da Tríade eles serão guiados
    Para dançar sob o Crepúsculo de Tír na nÓg
    Onde seus corações sonharão tramas de amor
    No ocaso da Terra da Juventude Eterna
    A Filha da Lua colherá o Fruto do Homem Sem Sombra
    Em uma balada voraz sob o Olho de Balor
    Assim é o Despertar que trará Aquele Que Vem Com A Aurora
    Erguendo-se do longo sono para a alvorada de sangue
    A menos que cresça no amor e sobre o amor cante seus louvores
    Pois só o Amor é Real no coração em que repousa a Última Escolha
    Diante do Trono da Primeira Elfa, desde o ventre até as estrelas

    - Mágica? - Danu olhou com curiosidade para Guinnevere, como se escutasse uma palavra em uma língua desconhecida. Então, como se atingida pelo conhecimento, a expressão da Primeira Elfa se iluminou e ela sorriu - Ah, mágica! Que palavra engraçada. Não, Guinnevere, o Sonhar não conhece a mágica. Aqui, tudo é movido a Glamour, que é a energia da inspiração, da criatividade e da invenção. A mágica, como feita no Plano Material, é uma outra coisa. - Danu pareceu ponderar se valeria a pena incluir aquela lição na longa lista de aprendizados daquele banquete de Primavera - Porém, nenhum de vocês Despertou para a mágica. Então, isso não é importante agora. - a elfa sorriu, movendo os olhos de modo impaciente, como se estivesse lutando consigo mesma para não iniciar uma palestra sobre a natureza da Magia - Venham. Tragam suas taças, se quiserem. Venham, venham.

    Danu se levantou e começou seu trajeto, sem olhar para trás. Era nítido que ela tinha absoluta confiança de que os demais a seguiriam. Saindo do salão, cruzaram um pátio, sob o sol confortável, e a elfa então virou-se para encarar Victor:

    - Tudo tem Sombra, menos o próprio Sol. - Danu parecia realmente bem jovem, talvez o equivalente aos vinte e poucos anos humanos, mas tinha olhos de um verde escuro e profundo quando resumiu as dúvidas de Victor, fazendo um gesto ao redor, brincando de projetar a sombra de suas mãos sobre as flores do pátio interno.

    Continuaram seguindo. Pátios, corredores, galerias. Anoitecer Selvagem acompanhava o grupo em silêncio, com os olhos fixos em Ana.

    - O Fim do Mundo. - Danu tinha se virado para Gerson, caminhando de costas para encarar o grupo sem perder o passo - Como estamos envolvidos com isso? Bem, não estamos. - a elfa rodopiou, voltando a virar para frente, rindo de leve - Sabe, Gerson, por mais poderoso ou mais ordinário que alguém seja, o Mundo não vai se importar. O Inverno chegará para todos igualmente. E por mais que exista um desejo de fazer algo significativo a respeito, na maior parte do tempo a única coisa a fazer é agir o melhor possível. Mesmo eu, Primeira Elfa, não posso parar o Inverno. O meu papel é pequeno na grande profecia do Fim do Mundo, apesar de grande ser a Luz em mim.

    Chegaram então a uma sala enorme, onde uma Árvore imensa abrigava um trono de raízes e galhos.

    Trono de Danu - A Árvore da Vida:

    - Eis a Yggdrasil, a Árvore da Vida.

    Danu indicou com um gesto de mão a imponente árvore que parecia tão velha e tão jovem quanto a própria elfa.

    - Podem se aproximar. Venham. Eu vou tentar explicar o melhor possível. Vocês percebem aquela reentrância no tronco da Yggdrasil, logo atrás do Trono de Danu? Aquela é uma porta para o Coração da Árvore. Ana e Victor, ao entrarem juntos no Coração da Árvore, você serão conduzidos a uma experiência fora do espaço e do tempo. Similar a um sonho dentro de outro sonho. E tudo que vocês viverem ali será real. A criança crescerá em sua barriga, Ana, com o passar dos meses. Você vivenciará o parto. Vocês verão a criança crescer. Construirão memórias reais de uma vida juntos. Ensinarão seus valores à criança. E todas as escolhas que fizerem impactarão verdadeiramente a vida de cada um de vocês. Para nós... - Danu se virou para Anoitecer Selvagem, Gerson e Guinnevere - ... apenas um dia terá se passado. Victor e Ana, vocês entram na Árvore, e saem sob o Sol de amanhã. Gerson, Guinnevere e Andrei irão dançar e banquetear com o Povo, e então vocês retornarão. Quando saírem da Árvore, a criança ficará lá dentro. E irá crescer abrigada ao Coração da Yggdrasil. E terá as memórias reais de todas as experiências que vocês construírem juntos, durante esse tempo. Ela não será uma estranha para vocês e nem vocês para ela. A imaginação é real no Sonhar. Ela é viva. Como a sua criança.

    Danu ainda sorria.

    - Você me perguntou se deveriam amá-la, Victor. É a sua criança. Eu amei as minhas. Você me perguntou se a criança poderá desfrutar de uma vida justa. Enquanto estiver no Coração da Árvore, eu, Danu, protegerei Aquele Que Vem Com A Aurora. O que virá depois, será a batalha contra o Inverno. Não será fácil. Mas a criança estará preparada. Você percebe agora, Gerson? O papel de cada um de nós contra o Fim do Mundo é pequeno quando comparado a enormidade do peso que estará sobre os ombros dAquele Que Vem Com A Aurora. Mas, grandes ou pequenos, os nossos melhores esforços e melhores gestos podem pavimentar o caminho do sucesso. É o que devemos fazer.

    Virando-se para Ana e Guinnevere, Danu apontou as flores ao redor. A bem da verdade, o grande salão era um misto de sala do trono e jardim, com fontes de água cristalina ao longo das paredes, borboletas e pássaros.

    - Os relatos contam que a Humanidade nasceu em um Jardim. - a Primeira Elfa sorriu quando uma borboleta pousou em seu ombro - Aqui é o Jardim diante do Trono, nas terras que não conhecem a passagem do tempo. Ana, nem você, nem a criança, correm risco algum ao entrar no Coração da Árvore. Nenhum mal se abaterá sobre Aquele Que Vem Com A Aurora em Tír na nÓg. E você poderá cuidar da criança com todo o desvelo, por anos e anos, no Coração da Árvore. Quando você e Victor emergirem novamente, a última idade em que tiverem visto a criança será a idade que ela terá ao reencontrá-los. Como se apenas um dia houvesse passado sem que os visse.

    Por fim, Danu girou sobre os calcanhares e sentou-se em seu trono vivo, erguido das raízes e galhos da própria Yggdrasil:

    - A profecia se cumpriu e para tanto algo atraiu vocês quatro até o Sonhar. Que Ana e Victor entrem no Coração da Árvore. E Gerson e Guinnevere cumpram a missão que selou o destino de todos nós.


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    [!ON!] 2ª Noite: O Sonhar - Página 4 Empty Re: [!ON!] 2ª Noite: O Sonhar

    Mensagem por Immemorabili Qua Fev 27, 2019 8:28 pm

    - Acho que tudo que não for de compreensão inicial pode ser chamado de mágica até que tenha outro nome. Cada língua tem seu termo para isso, provavelmente cada povo também tem o seu. - Complementou Guinnevere, apesar de observar os arredores mais do que tudo. Por todo o caminho, Victor observou ao redor. Ofereceu a mão a Ana também, caso ela quisesse um pouco de amparo. Não podia oferecer muita coisa... apesar de manter o olhar imbatível mesmo diante da pressão. Havia sido treinado e moldado para isso, afinal. Não levou taça, não levou mais comida do que havia comido também. Havia se alimentado o bastante e a falta de paladar não o dava gosto de comer.

    "Menos o próprio Sol". De primeira instância, parecia algo filosófico, do tipo que normalmente pessoas como ele ignoravam quando fora de contexto. Encarou aqueles verdes profundos com os olhos sem-brilho que ele possuía, franzindo um pouco o cenho não em desaprovação, mas ponderando profundamente. Normalmente, tudo que ele via de "pessoas sem sombra" era um tipo de mau agouro. Algo que era considerado uma perda de linha do destino por alguns, até. Ele não era supersticioso o bastante para saber detalhes. Mas, ser um Sol. Aquilo era simplesmente importante demais para o homem que talvez fosse o menos integrado com aquele "novo mundo" dentro daquele grupo. Soava... grandioso demais.

    E de novo o assunto com o Fim do Mundo. Não estava diminuindo o problema que aquilo representava; sabia muito bem que algo ruim iria acontecer. Aquela visão que teve e o desmaio haviam sido o bastante. Apesar de tecnicamente ter esquecido dos problemas por dois anos... Ali dentro... O que deveria ter sido o que, algumas horas no máximo para pessoas ali dentro? E quanto seria aquilo para o mundo "normal"? Menos ainda, pelo visto? Era confuso.

    Olhou para a árvore da vida, acompanhando para cima com os olhos até onde os reflexos por entre as folhas. Detestava pessoas mais velhas; mesmo quando benignas, tinham uma mania de lidar como se houvessem algum crédito por simplesmente terem vivido muitos anos e feito 10% do que ele havia sido obrigado a fazer em 18 meses no exército. No caso dela, provavelmente seria diferente. Mas mesmo que ela tivesse vivido 10 mil anos... Nesse tempo um humano teria provavelmente dominado o mundo três vezes ou o salvo vinte vezes mais do que raças acostumadas à imortalidade. Esse pouco ele sabia, havia lido; a humanidade fazia em pouco tempo o que qualquer outra criatura provavelmente temeria. Talvez seja essa a razão de algumas criaturas transformadas da noite provocarem tanto medo. E de serem humanos, maioria das vezes, as chaves para a salvação ou perdição completa.

    Honestamente, quanto mais via daquele mundo "que não conhecia", menos magia via naquele tudo. Não confiava naquele mundo, e achava que não seria tão ruim quanto o "humano comum". Na verdade, era pior. Chegou à conclusão de que qualquer criatura sapiente não prestava. Aos poucos um desgosto natural ia nascendo dentro do homem; mas ainda era muito cedo para tomar conclusões.

    Suspirou.

    - Peço perdão por não confiar em vocês inteiramente, mesmo com sua aura límpida. E agradeço também por todo o amparo, por toda a ajuda. Mas você tem... sei lá quantos filhos... e deve saber como é o sentimento com o seu primeiro, ainda. - Meneou a cabeça educadamente, apesar do discurso pessoal direcionado à mulher. - Eu gostaria de dizer que você previu errado que entrássemos. Também diria poucas e boas contra o Glamour e qualquer outro misticismo e como ele parece fazer pior para o mundo nas mãos de pessoas poderosas do que até mesmo as Guerras Mundiais. Mas você já deve saber disso. Você não parece ser assim: Ao menos espero que não. Mas em pouco tempo já aprendi a detestar aqueles que vivem mil anos e se acham superiores por tempo de vida, a um humano que em 10 fez o que eles não foram capazes. Espero que haja outros iguais no mundo para o qual estou disposto a treinar meu fruto. Se Ana estiver de acordo, farei minha parte também. Por mais que não seja exatamente saudável ao cérebro humano. - Balançou a cabeça negativamente. - Ana, eu te amo independente dos últimos "dois anos". Se ao fim disso for sua escolha não estar comigo, continuarei lhe amando tal qual nosso filho ou filha. E o mesmo - Virou-se para Gerson e Guinnevere - Serve para vocês. Não se esqueçam dos objetivos de nossa verdadeira vida. Imagino que será um pouco perturbador viver mais esse tempo dentro do tempo. Precisamos que vocês mantenham a mente focada em suas missões, pois é a vida antes dessa vida que nos deu a missão. Por fim... se ela assim quiser, acompanharei a mãe de meu fruto.
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    Mensagem por antonio xavier Qui Fev 28, 2019 9:41 am

    Ana caminhou de mãos dadas a Victor até a árvore indicada por Danu. Ela já não lembrava mais de o que a havia trazido até Sonhar. Tinha vivido muito em pouquíssimo tempo e a sua situação era totalmente diferente agora: ela era mãe.
    Não importava sangue garou. Não sabia o quanto confiar em Danu, mas estava disposta a ser rio.

    Ela olhou para Victor, soltou sua mão, acenou com a cabeça de forma positiva para a Elfa e caminhou em direção à entrada da árvore. 

    Iria cuidar do que era seu, iria estar presente em cada momento, seu filho era sua vida e sua vida era tudo o que mais valorizava. Serei rio, irei seguir.
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    Mensagem por Jolie_Scarlatt Qui Fev 28, 2019 10:58 am

    "Tá bom, se antes era estranho, agora a coisa toda piorou de vez!!!!! E depois não fala que é magia, como alguém entra em uma arvore, mora nela e ali viver por um tempo, construir lembranças, vidas e para nós aqui fora terá passado só um dia??" eram os pensamentos de Guinnevere, não que ela desrespeitava a cultura daquele povo, ou os ensinamentos da elfa, mas é porque era  muita informação para um simples humano mortal que até alguns dias atras tinha uma vida "comum" que se resumia casa, trabalho e boteco .... e agora tinha um amor, amigos e um destino predestinado por uma profecia! E o pior de tudo, ela e Gerson ficaram com a pior parte ... como vão tirar o sangue do Lobisomem??? alias esse tirar o sangue seria matar? ou só uma amostra do sangue ....

    olhava confusa para Gerson, esperando que lesse sua mente, ou ter um momento deles para fazer as perguntas e conversarem sobre o que fazer nesse "um dia"... mas agora sentia-se aflita, receosa e com medo observando seus amigos caminhando em sentido a tal "arvore da vida"
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    Mensagem por Mellorienna Qui Fev 28, 2019 3:58 pm





    Trono de Danu


    Primavera
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    OFF: Caçadores, a postagem de hoje será inteiramente em OFF, para explicar para vocês a dinâmica da Yggdrasil e o estado da cena atual. A postagem de vocês estará liberada após esse post, como acontece normalmente.

    A YGGDRASIL E AQUELE QUE VEM COM A AURORA

    @Immemorabili e @antonio xavier, na próxima postagem de vocês, descrevam a vida de Ana e Victor como se estivessem no Mundo Real (o Plano Material, cidade de Bela Vista). A experiência será mais interessante se um postar sem ler o post do outro e se não combinarem nada de antemão - mas, como vocês sabem, eu não veto o metajogo nesse sentido. Apenas estou sugerindo a forma que vai ficar mais divertida, porque poderemos comparar a vida perfeita descrita por um com a vida perfeita descrito pelo outro.

    Cabe a vocês descreverem se Ana e Victor vão se casar, se vão morar juntos, ou se estarão em casas separadas. A experiência de aguardar um bebê, quem comprou o carrinho/berço, qual foi a primeira roupinha e sei lá mais o quê. Se Victor estava presente no parto. Se os seus amigos (explorem o background nesse momento!) participaram em algo da vida da criança. Que nome vocês escolheram para a menina?

    Sim, Aquele Que Vem Com A Aurora é uma menina ^__^

    Procurem descrever a experiência do crescimento da menina: primeira palavra, quem ensinou a andar, coisas engraçadas ("ela odeia maçã" ou "ela só sorri quando Victor canta Baby Shark" hahahaha - XP extra pro Ian se ele mandar o audio no grupo). Não precisa ser um texto detalhadíssimo contando cada dia da vida de Ana e Victor com a menina, mas tentem destacar CINCO EXPERIÊNCIAS MARCANTES de pais&filhos durante o texto. Podem ser boas ("fizemos bolo juntas e ela sorriu com a vitória de comê-lo depois") ou ruins ("precisei colocá-la de castigo e ela saiu chorando e batendo a porta, dizendo que me odiava"). Tudo que puder constituir uma vida real ao lado da filha.

    A última idade em que vocês irão vê-la será 16 anos. Aproveitem o Baile de Debutantes hahahaha /o/

    O SANGUE DOS PAIS DO IMPURO PERFEITO

    @Saskwatch e @Jolie_Scarlatt, vocês têm a missão de conseguir o sangue Garou. Eu poderia encaixar um plot twist aqui e dizer que Anoitecer Selvagem não é o pai do Impuro Perfeito (tã-dã-dããã!)... mas ele é sim xD~

    Anoitecer Selvagem é um Ahroun (equivalente de Guerreiro, pra simplificar bem) da subtribo Siberakh - ou seja, ele é um Presas de Prata. O posto atual dele é Ancião (o que equivale a dizer que ele é um MEGA BOSS em termos de videogame hahaha). Como Narradora, eu não recomendo o combate, apesar de essa ser uma opção viável. Vocês precisam de sangue dele em quantidade suficiente para que Mel da Paixão possa misturar com o sangue da mãe do Impuro Perfeito, criando um "simulacro alquímico" do sangue do próprio Impuro, para ser usado em uma bússola. Então, não é necessário matar o cara e drenar o sangue todo do corpo dele xD~

    Vocês estão livres para ir e vir para onde quiserem na Corte de Danu. Podem ir pra um canto sossegado conversar e traçar estratégias, podem voltar pro banquete, podem acampar diante da Árvore e esperar etc. Sintam-se livres para descrever quartos, salas ou pátios, conforme queiram. Só levem em conta a ambientação dada até aqui, ok?

    Anoitecer Selvagem está com vocês na cena, assim como a Danu. Conversar com eles ou não é opção de vocês. Se quiserem apenas falar entre si (player vs. player), podem postar quantas vezes quiserem até o anúncio da próxima ronda (sábado). Não precisam esperar interferência minha para fazer diálogos entre vocês. Apenas se o diálogo for com os NPCs.

    Qualquer dúvida, me falem \o\
    Go go roleplay~ /o/


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    [!ON!] 2ª Noite: O Sonhar - Página 4 Empty Re: [!ON!] 2ª Noite: O Sonhar

    Mensagem por Immemorabili Qui Fev 28, 2019 8:50 pm



    Im staring into the valley of hell
    With a cross on my heart
    And smoke on my breath
    We are outnumbered but I'm not scared
    I am ready to die

    Ali começava o início do fim, e o fim do início. Uma mera vida verdadeira cuja realidade não cabia exatamente em si. Estavam dispostos a entrar na árvore de Yggdrasil e ensinar à sua - viria a descobrir - filha tudo aquilo que deveria ter sido ensinado antes; na medida que a cabeça dela fosse seguindo seu ritmo e sua alma fosse se adequando ao mundo da maneira como estava. De alguma maneira, tinha impressão de que mesmo com aquele amor, sua parte humana morreria a não ser para sua filha. Provavelmente ela se tornaria o único pilar em sua vida, no meio daquela confusão. Sugeriria o nome Diana; "A Lua". Deixaria o resto para que Ana decidisse, sem dar pontos finais ou vírgulas.

    Entrariam nessa vida "perfeita" e cheia de potencial. Mas o Soldado tinha apenas a mente de um Soldado. Uma mente que não se esquecia, que respirava o caos e a entropia da vida do ser humano com a calma que normalmente outros não conseguiam ter. Sabia que o peso para si de viver aquela vida extra iria muito acima de simplesmente perder tempo. Iria ter uma sobrecarga em seu cérebro humano, por viver, voltar, e viver novamente. Mais profundamente. Toda a sua humanidade concentrava-se em um mísero ponto; o amor por Diana. Jurou pela sua própria alma que a garota seria melhor do que ele em tudo que pudesse. Mas o seria seguindo os seus próprios passos.

    Father forgive us for what we have done
    We have to finish what we have begun
    And pray that tomorrow we may see the sun
    There's a red dawn over the land
    Fate's dealing it's hand
    Times ticking to leave

    Sorte não era uma palavra na qual ele acreditava. O destino tinha suas próprias linhas; mais poderosas do que a Primeira Elfa, do que o Primeiro Cainita ou qualquer coisa que andasse sobre a Terra. E ele morreria antes de deixar que sua filha vivesse uma vida vazia como ele tivera. Aceitou com um menear de cabeça simplório quando Ana decidiu abandonar completamente o que tinham construído naquela realidade paralela. Como havia dito, a amaria não importa o que acontecesse. Mas a paixão seria sugada para dentro de sua alma, devorada e digerida por uma frieza que o levava aos limites do pragmatismo de um soldado humano. Rancor? Nenhum. A trataria com a mesma atenção, não só na gravidez como depois. Estaria lá no parto da luz de sua vida.

    Para isso, voltou a ser o Victor militar, dessa vez seguindo passos diferentes e escalando patente após patente como um operativo especial do governo; detestava aquela vida, mas parou de sentir qualquer coisa por ela enquanto decorria. Poderia dar boas condições e segurança à sua família, algo que ele nunca considerava "dado" não importa o quão perfeita aquela vida poderia ser. Comprou logo a casa ao lado da deles, para caso Ana por fim passasse a amar outro homem lá dentro, ou tivesse certas "companhias" no decorrer do tempo de crescimento da filha já mais jovem. Nunca conversou com qualquer tom de dor ou rancor na voz. Na verdade... no decorrer do tempo, em quase todas as situações exceto uma, ele parecia sequer ter sentimentos, mais. Acompanharia no parto se lhe fosse permitido e seria um amigo fiel e dedicado.

    Mas o seu mundo seria Diana. Acordaria todas as noites, se precisasse, para ir até o berço. A pegaria em seu colo, e todo e qualquer um dos seus sorrisos seria dela. Tinha a própria canção de ninar que ressoava bem na voz do homem que nada tinha de cantor, mas que parecia acalmar sua filha mesmo em suas noites mais agitadas. Não precisava dormir muito; usava isso como vantagem para mantê-la tranquila, em união com sua aura de pureza à qual não compreendia muito.

    Calm before the storm
    Pride before the fall
    Goodbye to it all
    Good luck my friends
    This is the beginning of the end

    Como pai, era diferente sempre que estava com a garota. Beijava-lhe, brincava com ela, sentava-se para brincar sempre que tinha tempo. Montou brinquedos com a garota, ajudou-a a evoluir suas habilidades motoras de maneira divertida e criativa. Protegê-la era algo que valia para si mais do que sua própria vida, e ao fim, seria o que deveria ser. Não arriscou dizer-lhe mais do que o necessário até que ela já fosse uma mocinha esperta. Era uma pessoa completamente diferente quando perto do grande amor de sua vida; aquela garota inteligente, saudável, energética e com muito mais potencial do que o pai, graças a Deus.

    O PRIMEIRO MOMENTO marcante que viria à sua mente foi quando ela já era esperta como Guilherme, e tiveram uma conversa séria. Victor já a ajudava a treinar para vários esportes e também ia a ensinando a se defender nos intermédios em que praticava com a filha. Em um momento eles se sentaram e ele a explicou que ele e a mãe se amavam de verdade, mas eles haviam aprendido o amor como se fosse um conto de fadas, e eram grandes amigos. E que o amor nem sempre tinha a paixão de namorados, mas que o que sentiam um pelo outro era real. E o que sentiam por ela era mais forte do que o Sol, mais dinâmico do que a Lua.

    O SEGUNDO MOMENTO foi um tanto triste, quando teve que explicá-la que depois de um tempo, eles teriam que ir para um lugar novo. Um segredo que ela não deveria contar a ninguém, mas que ela tinha um destino forte de uma verdadeira lutadora à sua frente. Que não seria fácil quando tivessem que ir embora juntos dali, mas que ela teria o apoio incondicional de seus pais e um mundo inteiro de possibilidades para descobrir. Ela ficou triste, pois pensava que seus amigos poderiam jamais ser vistos novamente. Mas a mentalidade da garota era forte, disposta a reconhecer que o amor, a amizade e a bondade deveriam ser aproveitados para cada segundo no qual existiam. Victor se desculpou, dizendo que queria que tivesse outra maneira, mas que eles tinham um papel importante a cumprir, algo que era acima dele. A filha respondeu que ninguém era mais forte do que o pai e ele riu, a abraçando.

    Blood in my eyes
    Dirt on my hands
    I got a bulletproof heart
    And I'm ready to dance

    O TERCEIRO MOMENTO foi quando a filha lhe pediu para ser treinada como o pai. Que sabia que o que ela tinha que fazer no futuro era algo importante. E que sabia que ele era muito diferente quando não estava perto dela. Ele concordou, dizendo que ele tentava não ser ruim com os outros, mas que ela era o brilhar de sua vida. E que faria o possível para que ela tivesse uma vida melhor do que ele mesmo teve. Raramente discutiam, o pai e a filha. Geralmente ele se sentava para conversar com ela, sem erguer o tom e muito menos ameaçar alguma violência. Talvez fosse simplesmente paciência infindável dele, ou simplesmente por ela ter puxado metade de cada um dos pais, equilibrados como geralmente eram.

    O QUARTO MOMENTO foi quando ele foi atingido em trabalho e parou no hospital. Acordou após o procedimento cirúrgico sem sequelas. Aparentemente algum de seus colegas havia conseguido que a filha entrasse no Hospital apesar do limite de idade, e ele a viu cochilando em sua barriga, corpo sentado na cadeira ao lado da cama, antes de ver Ana. Diana havia chorado quase em ponto de desespero. Se desculparia com ela depois, dizendo que cometeu um erro como pai ao se arriscar demais, mas que ela era forte. E ele não pretendia ir embora tão cedo. E que ela seria uma Mulher-Maravilha digna de seu nome, forte e capaz de lutar por si quando fosse a hora.

    O QUINTO MOMENTO fora quando ela normalmente teria o baile de debutante, mas decidiu viajar ao invés disso. Ver a natureza como era; acampar, escalar, ter aventuras ao lado de seu "velho". Um programa de pai e filha, onde Victor pegou seus direitos de férias para ter todas as aventuras que pudesse com a garota. dos Andes até o Tibet. Foram à Rússia, foram à Irlanda e Itália. Ela era mais inteligente do que ele, então cuidava da parte social. Tiveram alguns momentos de ligeira preocupação e alguns tombos, sempre acabando em riso no final do dia. Foi a primeira vez que Victor não foi um soldado, e sim apenas um pai. Agradeceu à sua filha por isso; não tinha o ego inflado e não tinha medo de dizer Obrigado ou Me Desculpe. Disse que aprendeu com ela muito mais do que ensinou em todo esse tempo. E que depois que a missão especial que tivessem fosse cumprida, ela poderia lutar para ter uma vida comum se quisesse.

    Sentiu-se ficar velho. Todas as vezes em que não estava com sua filha, voltava a ser o pragmático, o soldado já temperado pelo caos. Duas malditas vidas a se viver e uma ilusória. Quantas vezes ele viveria? Pessoas geralmente seguiam uma linha do tempo, mesmo os "imortais", que os levava até o fim de sua rota, seguindo o tempo de maneira linear. Pessoas como ele, pelo visto, lidavam com aquela carga de viver e não viver ao mesmo tempo.

    - Diana, só quero que nunca se esqueça de que eu te amo mais do que um dia achei que teria o direito de amar. Olhar para você é olhar para um futuro brilhante que eu achei que não era possível. Eu tenho muito orgulho de você, e vou vigiar seu caminho com um sorriso no rosto que é seu, e apenas seu. Você me ensinou tanto nessa vida, coisas que sempre vou levar comigo. E por mais que seja humano e falho, tentei ser o melhor para você. Perdoe o seu velho por não ser um bom exemplo como pessoa. Ao menos como pai, eu tentei.

    As outras pessoas? Veriam um homem cansado da realidade como era, sem a centelha de esperança e fé que possuía no rosto. Era um soldado que parecia ter passado por guerras e caos dentro de sua própria cabeça. Veriam um homem ainda capaz de lutar pelo que era certo, mas que usava de poucas palavras, de maneira quase robótica e aquém do que um humano comum teria. E quando ele falava, a voz saía rouca, alta, ressonante e de comando. O tipo de pessoa que havia largado completamente todos os aspectos que tornavam o momento de cada dia importante. Ele tinha objetivos, e um amor que mantinha o coração batendo. Havia se tornado cinzento, desprovido da balança oscilante, desprovido da vontade de ser qualquer coisa senão aquele que fazia o que deveria ser feito.
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    Mensagem por antonio xavier Sex Mar 01, 2019 10:31 am

    16 anos haviam se passado, estava na hora de me despedir da minha filha, ela não sentiria a saudade, os dias passarem, mas era doloroso pensar em um futuro distante daquele amor tão profundo que havia vivido. Diana Victoria estava ali parada e não tinha forças para o adeus. Por quanto tempo ficaríamos separadas? Não havia sido fácil vê-la longe por curtos momentos, imagina uma separação que não possuía prazo.

    Os olhos encheram de água ao contemplar aquela linda menina, tão valente, dedicada e curiosa. Não queria ir embora, não podia, não conseguia. Olhei para Victor, como sempre o olhei em todos esses anos, com um grande carinho de um companheiro que viveu ao meu lado esta aventura familiar de criação de uma parte de mim, de minha vida fora de mim, de nossa Diana Victória.

    Lembro da felicidade estampada em meu rosto ao ver Diana pela 1a vez, de Victor sorrindo na sala de parto ao contemplar aqueles grandes olhos marrons de uma menininha que parecia ter nascido sorrindo. Curioso que por mais que saiba o quão doloroso foi o parto, do quão difícil foi dormir mal e sentir dores nos meses finais da gravidez, não consigo lembrar de tais sensações: ver o rostinho sorridente de minha filha, ouvir sua primeira risada, o primeiro toque de seus lábios para a amamentação apagaram qualquer lembrança de dor.

    Diana sempre se mostrou uma menina inteligente e forte. Chorava muito pouco quando bebê, até em fases difíceis, como o nascimento de seus dentinhos, e se acalmava rapidamente com música vinda dos lábios de Victor ou com o conforto de meu seio, ela se aconchegava em mim e enrolava seus dedinhos em meus cabelos: como ela era linda!

    Dizem que os pais e os filhos passam por momentos difíceis, quando se inicia a escola. Eu, realmente, desconheço essa sensação. Diana nem olhou para trás no primeiro dia de aula e me encheu de orgulho por a cada dia retornar empolgada para casa com as atividades e com tudo que aprendia. Marcante mesmo foi o primeiro dia das mães. Era para ser surpresa a música, a coreografia, mas Diana não resistia e ensaiava em casa. Cantava cada versinho fofo de uma pequena música e toda vez que terminava, vinha correndo me abraçar. Há muitos momentos em que você se reconhece como mãe e ela cantando no palco pela primeira vez foi uma grande emoção.

    Diana era altamente curiosa e, como toda criança, perguntava muito sobre tudo. Mesmo em momentos em que eu não sabia a resposta, íamos pesquisar juntas, conhecer juntas. Isso passou a ser uma atividade que dividíamos, conversávamos muito. Na hora de dormir, era um momento nosso em que líamos histórias juntas e, muitas vezes, acabávamos dormindo, cansadas, de tanto conversar. Essa curiosidade e o amor pelos livros fizeram com que ela aprendesse cedo a ler, ainda na pré-escola, antes da alfabetização.
    Sempre há histórias sobre desavenças entre pais e filhos, mas olho para ela nesse momento de despedida e só consigo me recordar do quanto éramos plenas de empatia uma com a outra: havia um entendimento, um reconhecimento, uma gratidão entre nós. O que não gostávamos uma na outra era pequeno e acabava sendo irrelevante. Em dias de preguiça, dias de lagarto, era como chamávamos em tom de brincadeira, nós sempre respiramos fundo e fazíamos o que era preciso ser feito. Eu sempre aceitei nela o que era diferente de mim, queria que ela fosse o que ela quisesse ser: era uma ilusão, pois sabíamos que havia um destino futuro, era uma sombra que retornava de tempos em tempos.

    Sabe, estou aqui em frente à minha filha, neste triste momento de despedida, mas não há como resistir ao riso, quando lembro que Diana sempre falou demais e me contava até o que eu não queria saber. Tenho certeza que ela tinha seus segredos, mas garanto que eram poucos, porque mesmo quando estava errada ou quando fazia algo que não devia, vinha correndo me contar. Acho que por não brigar com ela e sempre conversar mostrando o quanto os erros deveriam se tornar aprendizados, Diana sempre pode vir até a mim: isso era uma felicidade. Soube de seu primeiro beijo, de sua primeira decepção amorosa. Ela gostava de meninas e, mesmo em um primeiro momento se recriminando por isso, veio me contar. Lembro de estar sorrindo para ela e dizer em um abraço: "o importante é amar!"

    Em seus 15 anos, ela não queria ser uma princesa, mas queria viver algo diferente. Então, Victor e eu deixamos que Diana decidisse como gostaria de comemorar aquele momento tão especial e que marcava também para nós uma despedida próxima. Ela, sensível como sempre, nos pediu para que pudesse passar por uma experiência única com cada um de nós que marcasse a ligação diferente que possuía com cada um. Assim, ela fez uma viagem com Victor e, quando voltou, foi a uma outra viagem ao meu lado. Nós escolhemos juntas museus e bibliotecas que iríamos conhecer ao redor do mundo, para ser mais precisa na Europa e no Rio de Janeiro. Foi uma aventura única e bela, cada imagem está aqui fixa em minha lembrança.

    Agora, minha filha está com 16 anos. Agora, preciso ir e deixá-la. Agora, sei que ela não sentirá dor ou saudade. Mas, agora, eu não quero ir.

    Lágrimas escorrem pelo rosto de Ana.

    Essa vida que vivi é a minha vida. Gostaria de ficar aqui.
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    Mensagem por Saskwatch Sáb Mar 02, 2019 2:47 pm

    Gerson nunca foi um rapaz de muita cerimônia, e estava preocupado com a missão que lhe fora dada.

    Após a entrada de seus amigos na arvore dirigiu-se diretamente a Danu e Anoitecer Selvagem.

    - Dona Rainha, Seu Lobão, tenho um baguio sério pra tratá com oceis...

    Parou por um momento, passou a mão no rosto, coçou o queixo, estava inseguro.

    Cruzou os braços, fechou o cenho, e olhou para os dois.

    - Seguinte, a situação é que pediro pra nois acha o tal do lobo impuro perfeito, nois samo simples, num temo muita experiencia, mas tamo tentando faze o que achamo certo aqui...

    Parou, e contou toda sua a historia: como conheceu seus companheiros, a boate, museu, e o Jardim secreto em baixo da igreja até chegarem ali.

    - Eu tava pensando aqui ca minha caxola, nois temo um jeito de achá o lobinho, e ocêis tem um jeito de protege ele. Então que tal a gente se ajudá, e traze o piá pra dentro dessa árvore. Daí o fim do mundo num deve rolá, e todo mundo fica de boa né.

    Olhou para Guinnevere, esperando um gesto de apoio a sua decisão, e dirigiu-se a Anoitecer Selvagem:

    - Lobão, pra gente achá o teu piá, vamo precisá dum tanto do teu sangue.

    Ficou encarando o lobo com firmeza no olhar, tentando esconder o receio de desafiá-lo, mas mostrando que estava disposto a enfrentar as consequências necessárias.
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    Mensagem por Mellorienna Sáb Mar 02, 2019 4:15 pm





    Yggdrasil, a Árvore da Vida


    Dezesseis anos
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    Eu sou o Fruto não colhido, dormindo profundamente sob as águas. Até que chegue o Despertar, desabrochando as flores de fogo em meu coração. Eu sou a Esperança da Luz, aninhada ao Coração da Árvore. Eu sou Aquela Que Vem Com A Aurora.

    Minha mãe diz que, quando me viu pela primeira vez, eu tinha "grandes olhos marrons de uma menininha que parecia ter nascido sorrindo". E meu pai diz que estava lá quando eu nasci, assistindo ao "parto da luz de sua vida". Eu queria me lembrar desses momentos. Mas a canção que me embala noite e dia não fala dos meus primeiros anos. Como qualquer criança normal, eu simplesmente não me lembro.

    Minha memória mais antiga é de um momento muito simples. Eu tinha uns três anos, talvez quatro. Meu pai tinha me colocado para dormir, cantando nossa música. E meus olhos estavam se fechando quando a minha mãe entrou no quarto. Eu vi nos olhos do meu pai. O fogo e a dor. Eu era muito criança para entender. Mas agora eu entendo. Agora eu entendo.

    Meu pai morava na casa ao lado. E minha mãe era sempre muito amigável com ele, demonstrando um grande carinho pelo companheiro que viveu ao seu lado a aventura familiar da minha criação. Mas meu pai... Bom, estávamos sentados na varanda de casa quando ele me explicou que os dois se amavam de verdade, mas haviam aprendido o amor como se fosse um conto de fadas. Ele me disse que eram grandes amigos e que o amor nem sempre tinha a paixão de namorados, mas isso não tornava o que sentiam um pelo outro menos real. Porém, eu desconfiava daquela parte da informação: uma luz atravessava o semblante do meu pai toda vez que minha mãe estava por perto. E uma sombra crescia nele a cada dia, como se fosse cada vez mais difícil se lembrar dos motivos pelos quais a vida era maravilhosa.

    Naquele dia, meu pai me disse algo lindo: o que sentiam por mim era mais forte do que o Sol, mais dinâmico do que a Lua. E eu soube que essa era definição do amor. E meu coração se encheu com a antecipação dessa busca.

    A vida da minha mãe parecia revolver ao meu redor, como se a maternidade fosse seu único prazer e sua maior responsabilidade. Apesar de sermos próximas, ela nunca me falou sobre viver um amor. Um bichinho inquieto roía meu coração infantil, enquanto me alimentava freneticamente de contos de fadas sobre princesas e seus príncipes. Meus pais me amavam, muito muito muito, mas viviam em casas separadas. A canção que movia meu mundo dia e noite falava de amor e eu sentia que precisava vê-lo, senti-lo, prová-lo! E aquela fome crescia em mim.

    Em família, me chamavam de Diana. Mas, na escola, eu sempre fui Vic. Meus pais pareciam valorizar muito o desempenho acadêmico, a curiosidade, o aprendizado. E eu me esforçava. Mesmo depois de descobrir que nada daquilo era real. No começo, achei que estivesse ficando louca. Chorei em segredo por três noites seguidas. Porque numa manhã Despertei, e artificialidade daquele universo saltava aos meus olhos. Mas, na terceira noite, ele veio ao meu encontro. Eu nunca soube o nome dele. Mas, quando contei para minhas amigas no colégio sobre o sonho, disse que era o meu segredo. E o código ficou. Meu Segredo. Ele tinha olhos azuis como o céu e me abraçou bem forte.

    "Eu vou salvar você".

    Lembro que foi difícil quando tivemos que nos mudar. Mas contar histórias toda noite com a minha mãe ajudava a relaxar e esquecer um pouco as coisas ruins. A canção seguia e eu sentia um crescendo se aproximando. O vazio no meu peito se agitava e ameaçava turbilhonar em violento carrossel. Eu tinha medo. Minha mãe parecia não apreciar a companhia de rapazes, e por mais que eu nunca a tivesse visto se envolver com moça nenhuma, intuía que a ideia seria mais agradável para ela. Acabei experimentando, mas havia dois complicadores: eu sabia que nada daquilo era real, e o furacão em meu peito não pareceu serenar nenhum pouco enquanto minha língua buscava a língua da Adriana. O abraço compreensivo da minha mãe e a afirmação de que o amor era o que importava me fez pensar muito mais em porque ela não tinha encontrado ninguém depois do meu pai do que em mim mesma. Fui dormir muito cedo naquela noite. Para encontrar Meu Segredo.

    Quando meu pai foi atingido por um disparo em serviço, cheguei a duvidar de que aquilo não fosse um grande sonho. Por que ele tinha que sofrer daquela maneira? Eu não tinha desejado aquilo. Será que minha mãe seria capaz de sonhar a morte do meu pai? Ou teria ele, por si mesmo, evocado a bala contra o peito que quase o levou de mim? Cada um dos nossos preciosos momentos de pai e filha, cada paçoca depois da escola, e andar de cavalinho, e as risadas e a música: a artificialidade daquela vida pesava sobre meu pai como nenhum outro. E ele suportava tudo, em silêncio estoico e resignado, enquanto minha mãe raramente falava do que havia no horizonte do meu futuro.

    Era com Meu Segredo, sonhando dentro do sonho, que eu dividia meus temores, minhas dores... e meus amores. Noite após noite, encontrava Meu Segredo na mesma campina. Algumas vezes, verdejante. Outras, coberta de neve. Nos meus quinze anos, ele veio até mim diante de uma enorme fogueira, com chifres de gamo erguendo-se como uma coroa entre seus cabelos loiros. Eu tinha acabado de ler o trecho do Casamento Sagrado em "As Brumas de Avalon". Meu coração acelerou tanto que pensei que talvez morresse dormindo, enquanto sonhava estar ali. E quando Meu Segredo me mostrou a forma do Lobo, eu percebi que minha busca tinha encontrado sua direção. E a tormenta em meu coração ganhou asas que buscavam por ele.

    Meu pai se preocupava por não ser um bom exemplo como pessoa. Contudo, eu via nele um homem cujo amor jamais morreu. Um homem cujo fogo inabalável queimaria tudo em seu caminho, até a si mesmo, para ver o sorriso de sua amada. Era com minha mãe que eu me preocupava. Ela havia se devotado tão inteiramente a mim que talvez tivesse perdido a chave do próprio coração. O importante é amar, mamãe! Era tudo que eu queria dizer. O importante é amar, papai!

    Eu sou o Fruto não colhido, dormindo profundamente sob as águas que agora se agitam, em ondas aterradoras. Até que chegue o Despertar, desabrochando as flores de fogo em meu coração, que arde com a ferocidade dos que guardam um Segredo. Eu sou a Esperança da Luz, aninhada ao Coração da Árvore, cuja copa se agita ao sabor da tormenta crescente. Uivam os Lobos diante da Estrela Rubra! Eu sou Aquela Que Vem Com A Aurora.

    DIANA VICTORIA, AQUELA QUE VEM COM A AURORA:


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    Mensagem por Jolie_Scarlatt Sáb Mar 02, 2019 6:46 pm

    Guinnevere sentiu o coração apertado ao ver seus amigos entrarem na "tal arvore da vida" e imaginar o tamanho da dor de um sacrifício, a unica coisa que tinha certeza que seriam pessoas totalmente diferentes ao saírem de lá, pois estariam carregando uma vida de 16 anos, lembranças, historias e marcas que ficariam registradas em suas almas para o resto da suas vidas e temia essa marca em seus amigos ... e precisaria ser forte para de uma forma simples amparar os mesmos.

    Ao mesmo tempo tinha uma missão, que também poderia acabar de um jeito não muito legal, afinal não tinha ideia nenhuma em como arrancar o sangue de um animal lendário, e que teve um deslumbre do que um ser desse é capaz de fazer, temia por si e pelo seu então amado, Gerson... porque sabia que o guri era cabeça dura, e tinha atitudes sem pensar .... digamos assiim .... para ele era tudo ou nada ... então refletiu ... refletiu ... e disse para Gerson no momento que ficaram a sós que a principio deveriam tentar conversar com o impuro, quem sabe através de uma democracia conseguiriam resolver a questão ... e no ultimo caso partiríamos para o ataque ... e pela primeira vez olhava para sua marca no punho e achava engraçado o quanto estava me destaque .... parecia que gritava a sua missão, então encheu de coragem e dirigiu para a Elfa ... quando ouviu seu amigo já antecipando a conversa, e apenas concordava com a cabeça e complementava com alguns detalhes que faltava ... e quando Gerson terminou sua fala, Guinnevere tentou acalmar o seu coração e disse tentando ser mais suave e compreensiva possivel:

    - senhores, existe uma profecia, um fim de mundo, do qual todos tememos, e todo povo tem um sacrifício para que isso seja evitado, nossos amigos acabaram de entrar em uma arvore, sacrificar uma vida, uma alma por essa profecia, e a nos Gerson e eu ficamos responsáveis em pegar o sangue do impuro e levar conosco "pausa para piscadas" porém já sofremos o bastante, já vimos sangues, brigas e caímos em armadilhas do qual fomos muito gratas em sermos resgatados *olhando para o lobão* porém agora chegou a sua vez de também oferecer um sacrifício, e nos oferecer o sangue do impuro, não queremos brigar com os nossos aliados e amigos, porém hoje estamos aqui humildemente pedindo por esse sacrifício, em prol de um bem maior. *piscando e encarando cada um presente* as vezes é necessário um sacrifício para a salvação daqueles que nos nos importamos e acreditamos... onde eu vi, não sigo nenhuma religião mas conheci a historia de um homem que se entregou a morte na cruz para a salvação dos seus filhos ...

    Guinnevere ficou ali esperando que todos processassem o que havia pedido ... e pela primeira vez torcia que fosse compreendida e que não precisaria mais brigas e derramento de sangues... afinal era Gerson e ela diante de um ser lendário e seus aliados.
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    Mensagem por Mellorienna Seg Mar 04, 2019 12:09 am





    Trono de Danu


    Outono
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    "Pois só o Amor é Real no coração em que repousa a Última Escolha"

    A luz se movia de modo fantástico na grandiosa sala-jardim do Trono de Danu. Acompanhando o brilho variável do sol, os olhos de Danu mudavam rapidamente entre o castanho escuro das cascas das árvores até um verde claro de folhas novas. E as estrelas dançavam nas íris místicas da Primeira Elfa. Intocada pelo Tempo. Danu tinha olhos que devoravam a luz.

    Quando Gerson interpelou Anoitecer Selvagem diretamente, e narrou toda sua história, Danu deslizou a mão delicada pelo braço do Garou. E enterrava os dedos nele com força a cada vez que o homem ameaçava abrir a boca para interromper os Caçadores, em especial quando Guinnevere - nitidamente emocionada - tentava apelar para o dever e a honra do Garou, exigindo dele um sacrifício.

    Os olhos verdes de Anoitecer Selvagem tornavam-se mais cinzentos a cada instante, e sua fronte bastante firme estava cada vez mais fechada. Mas Danu era mais que uma Rainha, quase uma Deusa, e se ela queria silêncio, teria silêncio. Porém, experimentado em batalhas, o Garou percebia as mudanças ao redor. E precisou desviar os olhos de Gerson e Guinnevere apenas uma vez para perceber os anos atravessando as íris de Danu naquela dança estelar que lhe era típica. Os dedos da Primeira Elfa cravados em seu braço denunciavam: ela estava acelerando o processo. Queria garantir que a Criança do Apocalipse não poderia ser retirada das Fadas.

    - Hmm... - os Caçadores tinham parado de falar e Danu deu um passo para o lado, soltando finalmente o braço do Garou, que a acompanhava com os olhos. "Se ela ao menos tivesse a decência de corar... mas deuses não se envergonham de jogar com as vidas dos mortais" - Eu não sei o que a Theurge disse a vocês... Mel da Paixão, a que os ensinou a abrir os caminhos para o Sonhar. Mas a Bíblia cristã não é estranha para a maior parte de nós, Garou. Nós nascemos de pais ou mães que não são lobisomens. Muitos crescem sem consciência de ser um Escolhido de Gaia, até que chegue a Primeira Mudança.

    Anoitecer Selvagem deu de ombros, com um meio sorriso no rosto:

    - Os Garou são irmãos diante de Gaia. E nossa lei sagrada, a Litania, proíbe a união de dois Garou. Os que descumprem essa lei sagrada descobrem que os filhotes, Impuros, filhos do incesto diante da nossa Mãe, são marcados com... defeitos. Perturbações, ausência de Dons, incapacidade de incitar o Delírio... É o destino de um Impuro ser imperfeito, estéril e incapaz de se misturar aos Garou como um igual. Mas... - Anoitecer Selvagem olhou para a Yggdrasil, cujas folhas se agitavam muito levemente com uma brisa fresca - Foi profetizado que um dia nasceria um Impuro Perfeito. E ele seria o sinal do Apocalipse. O Campeão da Wyrm. - o Garou engoliu em seco nessa hora, desviando os olhos para Danu - Gwenhwyfar nasceu sob o Tabu de Diarmuid, uma maldição sua, Danu, que pesava sobre a linhagem dela. Ela morreria se amasse alguém. E eu vendi minha alma para os Unseelie, atravessei Pontes-da-Lua e sacrifiquei tudo... - ele olhou para Guinnevere antes de voltar os olhos novamente para Danu - ... tudo!, para que ela vivesse o amor ao meu lado. E foi com grande surpresa que recebemos a notícia de que pesava sobre ela uma outra profecia. Gwenhwyfar seria a Mãe do Impuro Perfeito, filho do Lua Cheia que mais a amou na vida. A mãe dela a mandou embora de casa, praticamente banida, porque pensava que o Ahroun que mais a amou na vida fosse Bedwyr. Você sabia disso?

    Danu permanecia calada, linda e terrível em sua expressão impassível. Anoitecer Selvagem respirava cada vez mais pesado. Um clima tenso, de insegurança, instaurou-se na sala-jardim. E a luz pareceu diminuir por um instante.

    - Claro que sabia. Caçadores, aprendam uma lição com tudo isso: tentar evitar uma profecia é o caminho para concretiza-la! Dmitri partiu em uma jornada alucinada atrás de uma resposta, porque o coração do meu filho corre no fio da navalha do pior de todos os destinos. Ele é o Campeão da Wyrm. E não há ninguém, em nenhuma Tribo dos Garou, que possa garantir que isso quer dizer que ele derrotará a Wyrm na batalha final. Apesar de ter sido criado no amor e na justiça... - Anoitecer Selvagem encarou Gerson e Guinnevere alternadamente - ... meu filho nasceu sob a Estrela Rubra e está condenado a um destino terrível. Por isso, moça, não me venha falar em sacrifícios!

    O Garou caminhou resoluto até Danu, encarando-a seriamente:

    - Esse era o seu plano desde o início? Prender Dmitri à Árvore da Vida? Condenar meu filho a viver uma das suas peças doentias de vida de mentirin---?

    - O Sol está nascendo. - a voz de Danu permanecia calma e equilibrada como sempre quando a Primeira Elfa deu as costas para o lobisomem e olhou para a Árvore.

    Victor e Ana estavam saindo do Coração da Yggdrasil.

    Gerson e Guinnevere tinham certeza que não haviam se passado mais de vinte minutos desde que os amigos entraram ali. Não deveriam sair somente no dia seguinte? Estranhamente, nem Ana, nem Victor, pareciam mais velhos do que quando entraram. Só mais cansados. Uma sombra pesava sobre os olhos de Victor, ainda mais opacos. E Ana tinha perdido aquele brilho de inocência juvenil que a coroava antes. O fato de que eles não estavam de mãos dadas e não pareciam efetivamente felizes era nítido aos olhos de todos. Anoitecer Selvagem franziu o cenho, parecendo farejar o ar.

    Ana e Victor viram Danu sorrindo para eles, com Anoitecer Selvagem farejando o ar logo atrás, parecendo a beira de um ataque de fúria. Gerson e Guinnevere estavam juntos, um pouco mais além, em pose de um casal que dava suporte um ao outro durante um problema. Os pais d'Aquela Que Vem Com A Aurora não ouviram a discussão que havia acabado de tomar lugar na sala do Trono, mas a tensão no ar era palpável.

    - Venham. Aquela Que Vem Com A Aurora não deve ser perturbada. Venham.

    Com aquela mesma postura de quem esperava ser seguida sem questionamentos, Danu simplesmente saiu da sala-jardim. Nem mesmo os protestos de Anoitecer Selvagem foram capazes de detê-la, e o Garou por fim rosnou indignado para o teto que se abria em uma claraboia iluminada pelo sol do Outono. Mudando para a forma de lobo, ele disparou igualmente para fora da sala.

    A Yggdrasil balançava suavemente, com suas folhas farfalhando ao sabor da brisa fria.


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    [!ON!] 2ª Noite: O Sonhar - Página 4 Empty Re: [!ON!] 2ª Noite: O Sonhar

    Mensagem por Saskwatch Seg Mar 04, 2019 12:45 am

    Ao ver os amigos, Gerson segurou firme na mão de Guinnevere e a puxou caminhando para encontra-los.

    Com sorriso de orelha a orelha, parou e ficou procurando em volta deles.

    - Caramba, achei que ia vê o nenê de oceis agora...! - Disse desapontado.

    Foi até Victor, e pegou no seu ombro, fechou o cenho:

    - Pia, você não tá com uma cara tão, boa, mas é bom te ver de novo. Foi ligeiro, mas muita coisa aconteceu aqui... Abrimo o jogo com a dona Rainha e o Lobão, e dei a ideia de depois de achá, protege o lobinho impuro perfeito dentro dessa arvore, num sei o que ocêis acham disso, mas to com medo do pior. O Lobão saiu no galeto, e num sei pra onde foi.
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    [!ON!] 2ª Noite: O Sonhar - Página 4 Empty Re: [!ON!] 2ª Noite: O Sonhar

    Mensagem por Immemorabili Seg Mar 04, 2019 1:21 am

    Toda aquela história era algo que ele gostaria de ver num filme ou livro. Mas era o tipo de história que só respeitava quando lhe cabia a diferenciação de ficção e realidade. Ir embora não era um problema para o homem; nunca seria. Mas a única pessoa cujo amor incondicional lhe era precioso havia ficado para trás em um mundo que não era sequer real. Teria por certo a sensação de que a filha teria sua importância e que estaria preparada quando ninguém mais estivesse. Mas isso não deixava a situação mais prazerosa, de maneira alguma. A luz que morreu dentro dele não era simplesmente por ter perdido o amor de dois anos; isso não seguraria um homem como ele por dezesseis anos. Era simplesmente toda aquela situação.

    Se havia uma razão para ter ódio, era de saber que tudo se traduziria em um risco enorme para a garota que segurava o resto de seu coração em suas mãos. Com o tempo aprendera a detestar todas as criaturas mágicas, mesmo que as protegesse se necessário. Especialmente detestava Danu, toda aquela confusão, e detestava também os pais do impuro por tabela. A criança não tinha culpa tal como Diana não tinha alguma sequer; mas a situação que desenraizava-se do núcleo tétrico daquela desventura chegava por fim aos inocentes. Havia vivido dezesseis anos extras, muito mais do que devia, em um tempo ridiculamente curto, pelo visto. Na verdade, a primeira coisa que fez ao sair foi olhar para cima, para o tempo, instintivamente. Mesmo que sua visão fosse impedida. Depois para Danu, um olhar demorado que tinha uma frieza diferente da maioria dos humanos. Um desgosto gélido, quase ao ponto de embrulhar o estômago, ainda que sua aura pura fosse absolutamente imutável. Um homem parcialmente morto por dentro e com uma aura límpida ao seu redor. Se aquilo não era ironia, não saberia dizer o que era.

    Apesar disso, ele não parecia revoltado, descontrolado ou confuso. Bateu os olhos em Guinnevere e Gerson, observando as posturas e as roupas. Ele não se esquecia de nada. Todo o restante ali poderia ter sido fabricado, modificado ou feito de maneira que lembrasse o momento de sua partida. Mas a mesma linguagem corporal, mesmas roupas, mesmas feições e até mesmas sujeiras na roupa dos dois parceiros de time? Dezesseis malditos anos para o quê? Menos de uma hora? Pouco mais de uma hora? Não era tão bom ao ponto de saber, mas os indícios de sua memória eidética já eram o bastante.

    Não devolveu o sorriso de Danu, mas observou o homem-lobo que se transformou e saiu dali em disparada. Olhou para Danu saindo da sala e a beleza dela só lhe fazia ter mais desgosto daquelas criaturas mágicas, tão cheias de si, tão certas de sua própria importância no mundo e de que sabiam como tudo funcionava naquele universo de bilhões de anos.

    Colocou a mão no ombro de Gerson também, mas a expressão dos olhos não parecia acompanhar o seu corpo. Olhou e o observou atentamente, mudando o fogo da boca para os olhos. Balançou a cabeça positivamente, ponderando.

    - Vocês estão exatamente da mesma maneira. Imaginei que os planos não haviam ido exatamente como narrados, tanto para nós quanto vocês. Dezesseis anos para nós e... uma hora para vocês? Talvez menos? - Fez uma sinal para o próprio rosto, indicando que havia observando Gerson e Guinnevere quanto às suas feições. A voz soava mais rouca, rígida e grave. - E acho que os outros planos ainda não deram muito certo, pelo visto. Infelizmente suspeitei que criaturas velhas também eram capazes de pirraças e teimosias. - Referiu-se à Danu e ao lobo que saíra daquele lugar como algum tipo de cão raivoso mostrando-lhe o sol no ato. - Talvez vocês devam descansar. Amanhã provavelmente vai ser um dia infernal, se as coisas seguirem o ritmo de onde pararam. - Deu dois tapinhas no ombro do amigo e olhou para a frente.

    Fez sinal apontando para fora, indicando que seguiria Danu. E quando estivesse próximo o bastante, a voz não teria ego, não teria descontrole, não teria raiva. Teria uma frieza que deslizava com sua aura pura como se fossem adagas no ar. - Engraçado ver que em dezesseis anos a mente humana interage de maneira diferente no meio mágico. Eu achei que estava errado, mas ponderando por todo esse tempo, só tenho a certeza de uma coisa; os humanos são sempre os underdogs que precisam sofrer quando as criaturas tão velhas e sábias não impedem algo maior de acontecer. Não que eu negue a culpa da humanidade também; mas achei que a virtude viria com a idade. Não sei qual foi o desfecho com meus amigos, mas posso dar certeza de uma coisa. O Ego irá matar a todos nós. - Piscou, deslizando os olhos ao redor. A boca fechada, a barba indicando algum stress. O cabelo que sacudia-lhe com a brisa e o castanho-amarelado em tom morto dos orbes que liam as coisas ao redor sem nenhum tipo de surpresa ou nostalgia. Nem mesmo a reverência da Primeira era algo impressionante mais. Mesmo quando seu instinto reagia, a parte lógica da mente do ex-militar devorava e regurgitava aquela sensação.

    Não. A coisa mais linda que ele vira fora a vida que tinha um pedaço seu. A mulher mais maravilhosa que ele vira fora a sua filha, que merecia um destino muito melhor do que o que lhe foi forçado. Ana, Victor e Diana eram peças de um jogo de xadrez jogado por algo maior do que aquelas malditas criaturas velhas e mágicas, decrépitas e jogando um jogo onde convencem à si mesmos de que são mais importantes do que realmente são.
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    [!ON!] 2ª Noite: O Sonhar - Página 4 Empty Re: [!ON!] 2ª Noite: O Sonhar

    Mensagem por Mellorienna Seg Mar 04, 2019 12:26 pm





    Trono de Danu


    Outono
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    DMITRI & DIANA:

    Em forma de lobo, Anoitecer Selvagem havia desaparecido, perseguindo uma trilha que não era a de Danu, ao lado da qual Victor caminhava:

    ViCCCtor escreveu:- (...) O Ego irá matar a todos nós.

    Naquele exato instante um grito feminino de dor lancinante singrou o ar como uma lâmina mortal. Arregalando os olhos, Danu virou-se para a sala-jardim do Trono, enquanto um frio como a morte descia pela espinha de Victor e Ana: Diana Victoria estava gritando!

    - Não! NÃO! - a Primeira Elfa correu de volta para o Trono diante da Yggdrasil - Nããããããão! - o desespero era a nota fundamental no urro de negação de Danu.

    Emergindo da Árvore, vinha um rapaz de cerca de dezoito anos, usando jeans e camiseta preta, além de um All Star. Tinha os cabelos loiros e olhos bem azuis, e não trazia nenhuma arma consigo. Era nítida a semelhança do jovem com Anoitecer Selvagem, indicando a grande probabilidade de que fossem pai e filho. E, nos braços dele, uma mocinha de longos cabelos escuros, desfalecida, com um fio de sangue escorrendo pela nuca até sumir nas costas, por trás de uma camisa xadrez de flanela que era sua única roupa.

    - O Car'a'carn! - o tom aterrorizado da voz de Danu isentava de dúvidas: havia perigo na expressão feroz do rapaz. Entretanto, antes que qualquer providência fosse tomada, o jovem desapareceu em uma névoa negra, levando Diana Victoria consigo, no mesmo instante em que algumas folhas da Yggdrasil caíram como chuva acobreada, cobrindo o chão do pátio do Trono - A Árvore da Vida... está morrendo!




    OFF: Ação de interrupção imediata provocada pelo evento "um dos Caçadores vai falar com Danu" (e pela minha vontade de escrever hahaha).

    A "névoa negra" é semelhante ao teleporte do Nightcrawler, dos X-Men:

    Imagem de referência:

    A aparência aproximada do Impuro Perfeito, é essa aqui (menos a barba e panz, 18 anos, ok?):

    JIMMY CAMPBELL, O IMPURO PERFEITO:

    Postagens liberadas. Próxima ronda oficial na quinta-feira! <3


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    Mensagem por Saskwatch Seg Mar 04, 2019 4:01 pm

    Após conversar a fala de Victor, Gerson o seguiu caminhando lentamente, ainda tentando se decidir se iria atras de Anoitecer Selvagem, até que ouviu-se o grito.

    " A guria!" Pensou.

    Voltou-se rapidamente e viu ela machucada nos braços do garoto, e depois os dois sumiram numa nuvem negra.

    Prático, como sempre foi, não se deixou afobar pelo que vira, Chamou imediatamente Danu:

    - Dona Rainha, como que a gente chega ligero junto da Mel e do Ace? Temo que i no galeto, a menina ta machucada!

    - Vito, Ana com o sangue de oceis achamo ela o quanto antes, igual a gente ia fazê com o lobinho, achando os dois a gente vê o que faz, num temo tempo pra cunversa.


    Uma ação rápida era necessaria, não havia tempo para mais descanso, o sangue do rapaz estava quente, querendo proteger a cria de seus amigos, sua nova família, os quais pretende proteger a qualquer custo.

    - Nunca tive família antes,agora  sei o que é se preocupa de verdade cum alguém, Piá! - disse a vitor - Vamo trazê tua menina de volta!
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    Mensagem por Immemorabili Qui Mar 07, 2019 7:49 am

    Mal havia feito menção de começar um assunto sério com a Elfa, e escutou algo que o fez franzir o cenho e retesar os músculos do maxilar com tanta força que provavelmente poderia partir uma paleta de madeira no meio. Seus lábios se contorceram levemente para o lado e nem mesmo se importou com o grito de Danu. Se muito, aquilo era uma lição ironicamente rápida demais do remédio que pessoas e criaturas sapientes como ela deveriam aprender.

    Mas infelizmente isso envolvia sua filha e tudo que aquele maldito lugar havia causado. A única vida inocente que parecia realmente estar em risco, e por conta de tudo aquilo, o homem disparou em corrida antes mesmo de observar as feições da Elfa. Quando chegou lá, observou o rapaz jovem, de aparência e feições parecidas demais para que ignorasse. Em um ato de reflexo ao ver sua filha em seus braços, ergueu a arma do coldre e apontou na direção de ambos... E não disparou, mesmo se houvesse ali uma chance. Duas razões. Primeiro, sua filha estava no raio de sua mira e as coisas não eram como filmes de ação. Segundo, aquele rapaz... por mais confuso que Victor estivesse, era filho de alguém que parecia agir mais como um humano do que qualquer uma das criaturas noturnas que vira até então.

    Se não fosse perfeitamente saudável, provavelmente trincaria um de seus dentes, quando girou a arma de calibre forte - praticamente um coice de um rifle - e encaixou novamente em seu lugar de repouso, girando a trava em pleno ar com proficiência de quem havia vivido uma vida inteira como Ranger... apesar de ter e não o ter feito.

    - O fim começou, então. - Virou-se para Gerson quando ele questionou sobre voltar a Mel e Ace, deslizando os olhos castanhos para "Dona Rainha".

    - Ainda seria mais fácil se você nos permitisse pegar sangue dos pais do garoto. Como você pode ver, evitando ou não o destino, nada vai estar no controle de ninguém, você sendo rainha ou não. Mas, se não for possível, teremos o meu sangue e o de Ana para chegarmos até um intermédio. A sua salvadora - e minha filha - está em perigo e tudo pode ruir. Chame Anoitecer Selvagem ou nos aponte a saída, por favor. - Não havia um pingo de comando ou ego em sua voz. Era neutro, gélido, frio, cinzento e seco. Sem desrespeito, sem prepotência, sem arrogância. Caso a Elfa o encarasse nos olhos, ia ver algo muito mais vazio do que estava ali "vinte minutos" atrás. Não parecia o mesmo homem que perguntava sobre não ter sombra. Não parecia sequer um humano comum, propriamente dito.

    A Gerson, ele apenas deu dois tapas leves na lateral do braço direito. - Minha filha é a única coisa que me mantém respirando. Eu já morri, Gerson. Cuide das outras quando chegar minha hora. - A boca sorriu um pouco como se dissesse algo costumeiro, corriqueiro. E dali caminharia para onde Danu apontasse, fosse o que fosse necessário. Caso fosse ameaçado ou ela fosse mais agressiva do que esperava, ele apenas a olharia com a mesma expressão.
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    Mensagem por Jolie_Scarlatt Qui Mar 07, 2019 8:00 pm

    "Dê-lhe um ponto de partida, a semente, e ela irá gerá-lá em seu modo peculiar, com resultados espantosos."



    O clima estava tenso entre a Elfa, o Lobisomem, Gerson e eu ... Guinnevere já tinha a certeza que o dialogo não iria funcionar, e o que mais temia estava por acontecer .. conseguir o sangue através de luta e mais e mais sacrifícios .... que a sorte esteja do nosso lado pensava Guinnevere. No mesmo momento que o homem lobo se transformou em lobo o casal Victor e Ana saiam da arvore da vida, com o rosto e os olhos pesados, e como a ruiva havia pensado, seus amigos estavam voltando de forma totalmente diferentes do quais entraram na arvore. Ana tinha perdido aquela juventude e inocência, seu olhar já não tinha brilhos, e sua áurea não era mais de luz, mais de uma cor turva e pesada. Victor, ah coitado desse! já era uma pessoa sem sombra, agora duvido existir humanidade naquele ser, Victor trazia consigo a dor de uma vida que não viveu, a partida de um amor que não pediu sentir, e faltava pouco para aquele homem atravessar a linha da sanidade... Gerson e e a ruiva correram em direção aos amigos, Guinnevere queria abraçar os dois, tentar transmitir um pouco de empatia e carinho para ambos, principalmente para Victor, pois temia pelo amigo. Mas Gerson com toda sua euforia já chegou falando toda a confusão que estavam envolvidos sem ao menos perguntar pelos seus amigos "ai Gerson .... meu ogro querido" - pensava Guinnevere ao mesmo tempo que tentava calcular o tempo que se passou, pois tinha a certeza que nao foi 24 horas como a Elfa disse ....

    Enquanto os amigos estavam tentando entender toda a "magia" do momento, Victor passou por entre eles, deu uns tapas nas costas de Gerson e seguiu em direção para a Elfa com um olhar entre odio e loucura, e ao passar por Guinnevere a mesma sentiu um pressagio, um calafrio e algo estava por vim .... a profecia se iniciava, porém não deu tempo de fazer nada em relação a isso, pois tudo de calmaria e belo se tornou pesado e turbulento, uma nuvem negra passou por nos, Elfa, Victor passando correndo ... e quando olhamos para a arvore, um menino saia de dentro dela carregando uma linda moça nua e adormecida, e a arvore começou a perder a cor e morre?!!! "o meu Deus ... a profecia começou" que Deus e todos os mundo da magia tenha piedade de nós!!!!!!!! - Guinnevere sussurrou para si e saiu correndo em direção a arvore junto com os seus amigos e o povo magico daquele lugar....
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    Mensagem por antonio xavier Sex Mar 08, 2019 12:14 am

    Ana não queria voltar para a realidade, queria viver ali. Havia uma felicidade profunda, mesmo que pouco verdadeira, naqueles 16 anos que havia vivido com Victor e Diana. Ela realmente não queria voltar, parecia um refrão insistente na sua cabeça, mas na verdade era uma sensação única que revelava sutilmente o que estava por vir.: "seja rio".

    Ana repetia a frase para si mesma e usando de grande força de vontade, ela sai da árvore e retorna para Sonhar: "não queria voltar!" é a primeira frase que grita em seus ouvidos como um grande e assustador urro de um martírio profundo, "não queria voltar!" era uma fantasma: "o sonho de tua esperança, tua febre que nunca descansa, o delírio que te há de matar!"...o grito estridente rompe no olhar de Ana: "não queria voltar!". Ela busca seu arco, não sabia se depois de tanto tempo o encontraria, se saberia usá-lo. A dor profunda que sentia expandia-se por todo seu corpo e convertia-se em um brado interior violento: "não queria voltar!"

    " Vamos atrás dele! Agora!" A menina fala em um estrépito cortante!

    E em sua mente um novo grito surge em um romper agudo de esperança: "Seja rio!!"
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    [!ON!] 2ª Noite: O Sonhar - Página 4 Empty Re: [!ON!] 2ª Noite: O Sonhar

    Mensagem por Mellorienna Sex Mar 08, 2019 6:44 pm





    Trono de Danu


    Outono
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    O sol moribundo do Outono refletia-se na arma que Victor sacou sem usar. Ana, Guinnevere e Gerson testemunharam o espaço vazio deixado pela fuga do Impuro Perfeito com um senso de incompreensão. Mas Victor era um homem treinado - um homem frio. Demandava providências de Danu enquanto seus companheiros apenas afirmavam que deviam buscar pelos jovens, mas sem ter ideia de que direção tomar.

    Porém, a Primeira Elfa estava congelada diante da Árvore da Vida, ajoelhada no chão, com as trêmulas reunindo as folhas acobreadas que agora se aglomeravam no pátio. Em choque, ela ergueu aqueles grandes olhos de estrelas para os Caçadores, e balbuciou qualquer coisa inaudível. Ao menos, foi o que pensaram inicialmente. Até perceberem que os guardas que entravam correndo no Trono de Danu sacavam suas espadas élficas sem emitir qualquer som. As botas no piso não ecoavam sequer um passo. O farfalhar da Yggdrasil ao vento do Sonhar não produzia o mínimo estrépito.

    Surdos, os Caçadores sentiram instintivamente - todos ao mesmo tempo - que deveriam olhar seus braços. E lá estavam. Falhas. A tinta da caneta permanente com a qual foram marcados começava a ceder.

    A confusão silenciosa ao redor era imensa. Armas por todos os lados e um certo empurra-empurra típico de guerreiros que chegam tarde demais ao embate e se deparam com a estranheza de não saber quem era o inimigo a ser atacado. Uma vertigem repentina fez com que Gerson e Ana cambaleassem para trás quase ao mesmo tempo. Ainda ajoelhada, Danu virou a cabeça para olha-los. E havia algo sinistro e feroz nos olhos da Mãe dos Elfos, que parecia gritar ordens. Para que alguém os segurasse.

    O instante de incompreensão dos guardas foi tempo suficiente para que, dessa vez, Victor e Guinnevere sentissem a vertigem. A agitação cresceu ao redor a medida em que todos os Caçadores sentiam a tontura que ameaçava joga-los ao chão. Danu se levantou de um salto, com os olhos grudados em Guinnevere, dando um bote para segurar a ruiva pelo pulso no instante em que ia cair para trás. Os dedos da Primeira Elfa fecharam-se como ferro em brasa ao redor do braço da moça, enquanto os olhos de Danu escureciam, como buracos-negros.

    - Maldita seja! Que nunca exista paz, amor e descanso para você e toda sua linhagem, enquanto durar o Sol! A menos que o coração da Grande Sonhadora retorne para ser a vida da Yggdrasil! Maldita seja! TRÊS VEZES MALDITA! Que o coração seja sua ruína até o fim dos tempos! - o aperto de Danu era tão forte que Guinnevere sentiu que partiria os ossos de seu pulso como uma tenaz de fogo.

    E então sentiu, e isso foi sentido por todos os Caçadores: o Sonhar estava se desfazendo. Como uma aquarela sobre a qual jogasse muita água, tudo se esvaía. E o aperto de fogo de Danu se foi quando a Primeira Elfa evanesceu diante dos olhos dos humanos, que caíam... caíam... caíam... A luz no alto ficava cada vez mais distante. A velocidade de seus corpos cada vez maior.

    Um arrepio percorreu o corpo de cada um e souberem que bateriam contra o solo.




    OFF: a ação nesse tópico está encerrada. Vocês podem postar a reação nesse tópico, mas apenas se quiserem. A ação vai continuar no tópico que abrirei na sequência! Deve sair entre hoje e amanhã (que é a data da próxima ronda).

    @Jolie_Scarlatt você foi presenteada com uma Maldição das Fadas. Guinnevere é a Grande Sonhadora, a pessoa que uniu as tramas dos sonhos de todos em San Miguel e tornou o cenário tão real que era inescapável. Dentro dela, existe o poder da verdadeira criatividade, inspiração e inventividade, o poder de acreditar. Você já deve ter ouvido/lido sobre "the Heart of the Truest Believer". É exatamente nessa linha. Esse Glamour especial que existe em Guinnevere é a esperança de cura para a Árvore da Vida, que está morrendo. Se a Yggdrasil morrer, a realidade vai colapsar. Ela é a Árvore que Sustenta os Mundos.

    A experiência de vocês no Sonhar está finalizada! Espero que vocês tenham gostado do passeio <3


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    [!ON!] 2ª Noite: O Sonhar - Página 4 Empty Re: [!ON!] 2ª Noite: O Sonhar

    Mensagem por antonio xavier Dom Mar 10, 2019 1:28 pm

    Os felizes julguei-os infelizes:
    Vi que a desgraça é a única rainha
    Que impera sobre todos os países...
    "Ela chegou-se a mim com mãos de morta" - Alphonsus de Guimarães

    Última esperança
    Tu és o fruto de meu Sonhar
    Entre meus braços virginais descansa
    Numa total desordem atômica
    Delirante febre que me hás de liquidar.
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      Data/hora atual: Seg Nov 18, 2024 4:26 pm