Onduth, sociedade onde os elfos negros predominam e as elfas negras dominam, literalmente. Conhecido como um reino matriarcal, apenas mulheres podem ter cargos de comando nessas terras. Do alto do Pico de Cristal, a Rainha Almalexia, devota ferrenha de Shadowlady governa com mão de ferro para garantir que a ordem seja seguida a risca. Ela reconhece a Imperatriz Kawaii Val como sua superior. Mas isso não significa que não exista crime em Onduth. Na verdade há bastante crime por aqui. Onduth é a casa do Clube dos Ladrões, cujo nome já explica do que se trata e a Irmandade Ônix, um grupo de assassinos de elite que, contratados por meio de um ritual, eliminam desafetos comuns para pessoas do mundo todo. Eliminar uma pessoa importante requer aval da própria Rainha. Embora prefiram viver em cavernas por toda a vida, alguns drows vivem acima do chão e outros mais ousados até fazem residência em outros reinos. A possibilidade de ser superior a uma mulher é atrativa para alguns elfos negros. Pelos olhos de forasteiros a vida pode parecer fácil para as mulheres drow, mas isso está longe da verdade. Se elas não batalham por uma posição, são tratadas como um mero macho. Roupas costumam mostrar um certo grau de importância no meio social, mas não é a regra. A Rainha que o diga.
Início da Aventura
Ka é um pária no meio dos párias na sociedade Onduthiana. Não apenas era macho como ainda por cima fruto de uma drow com um humano. Embora a união tivesse sido com afeto, a drow foi obrigada pela própria justiça de Onduth a alegar estupro a fim de não ser condenada a prisão perpétua. Separado da mãe desde criança, Ka passou a morar na favela Dirtmouth, na beirada dos Esgotos Reais, sobrevivendo de pequenos furtos. Crescido, e treinado em habilidades ladinas, não demoraria até que tivesse que tomar uma grande decisão. Afinal, não existia crime independente em Onduth. Ou você obedecia a alguém ou você era um alvo a ser eliminado. O elfo se encontrava no beira de uma calçada. Era noite, mas a lanterna de uma taverna próxima cujo taverneiro não ia com a sua cara, iluminava levemente o local onde ele estava. Horudak não gostava de Ka mendigando na frente do seu estabelecimento, mas a taverna estava cheia demais para ele se importar com um garoto mestiço.
Sua atenção se volta para a doce voz de Discordia, uma amiga de longa data que vez por outra ajudava Ka em suas atividades criminosas. Sem falar que ela já tinha chupado ele algumas vezes, então era uma companheira legal pra passar o tempo.
- Oi Ka... Tudo certo pra hoje a noite?
A elfa estava brincando. Eles não havia programado nada para aquela noite, mas Ka era um improvisador, talvez ele quisesse fazer algo. Discordia senta-se ao seu lado aproximando o rosto do dele e fala baixinho com voz sedutora.
- Já está pronto pra tomar sua decisão? Vai ser um ladrão ou um assassino? Eu também tenho que decidir, mas quero escolher o mesmo que você...
O affair do casal é interrompido por um banho de água gelada. Era um empregado do taverneiro que assim como o patrão não ia com a cara daqueles dois e fala segurando o balde.
- Ai vagabunda. Se quisesse ser alguém na vida não andava com esse mestiço. Saiam daqui ou na próxima jogo água suja. Nuff' said!