RP: O que mede um herói?

- Em seguida você pode falar disso, por favor, me acompanha até outra sala aqui, vamos te fazer umas perguntas. - sua voz é impassiva e atenta aos movimentos da garota - A gente faz o seu boletim aqui dentro.. Ela aponta para uma sala um poucos metros por onde está. O corredor era bem estreito, não cabia quatro pessoas, e com os assentos que tinha ficava ainda menor e o fluxo de pessoas era um trabalho - Poderia deixar sua mochila comigo, por favor? - a policial perguntou, mas não era uma pergunta de verdade, era um pedido. E um pedido era uma ordem. Outro oficial esperava na porta junto com um homem sem farda, mas com um distintivo preso ao redor do pescoço. Eles esperam pelos próximos passos de Mari.

- Descansar o quê garoto? Nós perdemos a reunião. O Bar dos Esquecidos foi destruído, os deuses gregos estão se fazendo presentes... Droga. Por um lado melhor não termos ido mesmo... Mas está tudo errado. - Ren está claramente estressado - Eu sei que se sente heroico com tudo isso, mas temos um dever de manter o equilíbrio das coisas e agora está tudo em perigo e não temos nenhuma fonte do que fazer...

- Deuses gregos? Qualé disso?

- Você é o Kamen Rider. O que você quer fazer?
       

Ren estaciona o veículo e descansa um pouco a cabeça no volante antes de virar ao seu protegeé - Eu sei, Kachen. Mas não vai importar algumas pessoas pequenas morrerem para proteger todas do grande mal. O que eu e Kivat sentimos é um aviso grave. Uma impressão do desequilíbrio do universo, de alguma forma. - enquanto isso, Kivat ouve com cuidado.

- Você e o Kivat estão juntos por uma razão, e o papel de vocês vai ser importante para o que vier. - ele liga o carro e o retorna para o hotel - Temos grandes expectativas para vocês. Ainda assim, devemos buscar os outros Kamen Riders, organizar uma resistência e investigar essa causa. Te busco amanhã?

Já nota-se que vai haver um cuidado mediano quando ela pega rápido a mochila de Mari e apenas encara ela até entrar na sala, acompanhada do homem sem farda. Ele pede para que ela se sente na cadeira da sala e fica do outro lado da mesa, colocando uma pasta pequena sobre a mesa e começa a anotar em uma folha dela e puxa um celular com uma gravação - Para registro, pode dizer seu nome. - ele aguarda a resposta de Mari, sem olhar para ela - Sou inspetor Carlos Silveira. A oficial Dutra reconheceu você por vestimenta, silhueta e corte de cabelo em comparativo com esta foto.

Carlos tira da pasta uma foto de um ângulo isométrico que mostra Mari e Nightstalker na mesa do McDonalds do outro dia. Felizmente, ou não, seu rosto não dava para ver direito graças a cabeça do Night - Não sei se está ciente, mas todas as pessoas dentro desse lugar, com exceção dessa garota e garoto na foto, estão mortas. Não só mortas... - ele arrasta uma outra foto para a mesa. Eram das partes, as partes das pessoas espalhadas por dentro de todo estabelecimento. Uma cena que ela não viu quando saiu de lá, enfrentando os soldados de Helios e adentrando a cidade em busca da mãe - Tem marcas de dentes em algumas e muitos cortes... Como uma garota escapou disso, saberia me dizer?

Existe um tipo de desespero bizarro que surge no momento que mãos esqueléticas saem do chão e começam a agarrar seu corpo; Quando estamos tratando de super-heróis, isso é segunda-feira, mas ali era um cenário bem diferente. Era só uma competição musical... Logo, Zeitgeist: quem esperava que sua garganta ácia o daria uma voz perfeita para heavy metal? Estaria cantando no inferno, mas Impulse o resgata justo quando uma das mãos agarra seu rosto. E Mirror Girl? Seus poderes de espelhar as coisas permitiam uma representação visual inigualável, fazendo parecer que tem duas no palco. Já estava em lágrimas quando o tornado de Impulse a tirou do chão a caminho da saída. A garota japonesa que ficou rápida amiga de Anne grita para guiar outros que estão assustados para se ajudar e cai junto ao ar para ser levada para fora. Está indo perfeitamente, mesmo com a melancólica música que Trovar toca.

- Como eu fosse deixar! - "Hermes" estava de volta e pega Impulse pelos ombros, justo ao deixar mais um grupo na saída. A maioria está conseguindo já correr dali, as ondas do tornado ajudava para afastar as mãos e o público. O palco já estava vazio. Mas agora ele voltou. Anne se desvincilha das mãos do "Deus" antes que ele pudesse subjulgá-la. Ele dá a volta nela, ficando diante do Teatro de novo - Já atrapalhou demais garota. Está na hora de ir dormir junto com Cérbero hoje.

O homem levanta a sobrancelha e se encosta na cadeira, antes de puxar mais uma foto. Era o grupo dos Soldados de Helios, do lado de fora. Dava para reconhecer pelos pedaços de armadura, não pelos rostos, pois esses são apenas carne viva. Estômago também estava aberto e tudo que tinha dentro revirado para fora - Você diz esses caras de armadura? Eu trabalhei bastante tempo aqui e já vi várias coisas, mas esse tipo de problema de super-seres, ou sei lá que se chamam, é um primeiro aqui. A popularidade não é grande para esse tipo de briga, muito menos esse tipo de violência se não na casa de um rival de algum traficante.

- Você quer achar sua mãe? E o pai desse garoto aqui, você acha que não quer saber quem matou ele? E o filho desse aqui? Você não acha que ele quer saber por que o pai dele não voltou para casa? E esse... - ele vai separando as fotos. Pai de alguém. Filho de alguém. Menor de idade. Trabalhador noturno - Seus amigos de armadura estão mortos e esses corpos canibalizados não foram pegos pelas armas deles. E você quer me dizer o que fazer? Você se provou que sabe do que estou falando e não quer me dizer quem matou essas pessoas, então para mim, você já tem algo haver com isso.

Ele vai até o policial na porta e pede para que traga a mochila. Antes de entrar, ele tira a espada e deixa do lado de fora com o policial. O detetive olha para dentro da mochila, revira - Nada aqui. Quer me dizer algo amais, ou acha que espadinha japonesa quer dizer algo de prova para mim?

Ren não responde, apenas suspira. Kachen é deixado nas portas do hotel e Ren parte rapidamente depois de deixar o garoto. Da bolsa, Kivat se remexe até chegar ao zipper - Nossa... foi frio hein. Mas não acha que ele tem razão? A gente nem pegou o cara de hoje... Por que deixou ele fugir? Eu dava um jeito! Ele era um vilão, não? A gente para vilões... - sua vai perdendo força e vira um bocejo (se é que era possível imaginar um bocejo vindo daquela boca pequena). Kachen também estava cansado, era hora para os dois dormirem...

O homem escapa um riso debochado quando Mari menciona Nightstalker - Elanne Prince... Nightstalker... Estou reconsiderando sim seu perigo: você é uma fã insana. "Reconsidere" isso: se você não me falar o que aconteceu, você vai ser presa por cada uma dessas pessoas mortas, está entendendo? Pelo visto você tem algum delírio onde você acha que é amiga de super-heróis e acompanhou um assassino matando todas essas pessoas no meio de sua luta com super-poderes. - ele vai até a porta e fala com o policial: Traz a espadinha da garota e um par de algemas.

Quando chega, eles atendem a sugestão da Mari e a algema. Deu para ouvir Carlos falando "Psicopatinha" de canto para outro dos policiais. O homem chega com a espada e entrega para o investigador - Vamos ver então. - Para surpresa de Mari, Carlos tira a espada da bainha, olha com cuidado e põe de volta sem nada acontecer - Tira essa louca da minha frente e põe em uma cela. Vê se um tempo sozinha tira essa loucura dela e comece a falar.

Com isso dito, os policiais pegam a garota pelos ombros e seguem a ordem...

Quando Mari chama o homem, ele olha incrédulo para garota antes do vislumbre sombrio de Yami no On'na que o assusta, colocando-o contra a parede. Os policiais responsáveis por tentar tirar a garota dali também são surpreendidos com a troca de textura, a aparência repentina e especialmente o solavanco da força que não podia existir numa garota tão pequena. Ela pergunta sobre o nome da espada e encontra apenas o silêncio desesperado de pessoas que não lidam com isso em seu dia-a-dia.

- Chama a BOPE... Chama a BOPE! - com a ordem, um dos policias corre enquanto o suor escorre pela testa do investigador. Ele volta a falar, intimidado certamente, mas lutando cada segundo para manter sua voz firme - Que diabos você quer? Você que matou essas pessoas? Não machuque as pessoas daqui... por favor.

Se não tava prestando atenção nas demandas de Mari antes, agora ele estava, mesmo que forçado.

O investigador presta atenção na garota e responde quando ela conclui - Elanne Prince? Cê tá... Olha, não sei como você acha que isso é possível ainda. Me dá um tempo. Vou dar uma olhada... - ele troca olhar com os policias ao redor.

Ele sai e os outros ficam ali, observando Mari pelo que parece horas. No início, é um tremendo de um silêncio, e depois o volume retorna com pessoal andando para um lado e para o outro. Dá para ver por cima do ombro dos policiais um esquadrão de preto chegando e conversando com Carlos. Estão com algemas diferentes, umas que cobrem as mãos e os punhos. Carlos faz a frente, ficando na frente da porta da sala - Não dá para te ajudar aqui. Era melhor ter tentado um tweet. Agora, preciso que você acompanhe esses caras e vai ter que falar com seu advogado e promotor o que for.

Heheheheheheheheheheh... Nunca eles a ajudariam. Apenas uma japinha mestiça louquinha... mamãe perdida... espada não funciona quando você quer... deveria ter me aceitado... - a voz volta, com força, quase não dá para ouvir as palavras do oficial. Não estão oferecendo uma escolha, não ajudaram, e não vão ajudar...