RP: O que mede um herói?

O conflito chega ao fim com uma concordância dos dois oponentes de estarem igualmente equilibrados. Ainda assim, Kivat "suspira" com a conclusão desse combate, pois agora, depois que passou a adrenalina, estava doendo bem mais os machucados das pancadas. Ia ficar um roxo, mas não ia ficar pior que os caras que estavam caídos ali. Seja lá quem o cara era, fez um trabalho neles que vai demorar uns dias para se recuperarem.

- Que chamar o quê? Vai você buscar!... Eu também não tenho acesso remoto a ela. Vai apé, isso sim. - se tivesse braços em vez de asas, Kivat cruzaria os braços. Antes de saírem para uma busca do veículo, um carro de luxo dirigido por Ren chega e buzina alto - Estamos atrasados! Por que não estava no apartamento?

- Por que deveria saber? Porque sou o Deus dos Mensageiros, ora. - ele sai da posição de repouso quando Impulse se aproxima, a cabeça dela batia em seu ombro magricelo - Agora porque vocês não estão no meu caminho.

O "Deus dos Mensageiros" sorria à indagação de Anne quando a cena se proporcionou à frente deles. O que quer que fosse o artefato, se a malícia implícita pelo homem dourado tem algum fundamento, aquilo não era algo bom. Em um piscar de olhos, a garota atravessava o ambiente, trocando o globo por um pandeiro qualquer. Vai parecer um truque de mágica para aqueles que não captaram a cena, com certeza. Mas não seria tão simples...

Já do lado de fora, fazendo os passos para sair de perto de lá, o homem dourado intercepta Impulse, quase tirando o objeto de sua mão - Minha língua correu mais rápido que você. Deveria ter dito nada... Male de mensageiro, ter que passar a palavra toda hora. Hehe... Agora seja uma boa menina e me devolva isso ai. - ele estende a mão para ela. Não iria ser uma escolha.

- Se não estava morta, tudo bem, mas como você disse que teve que pegar ela lá após a magia da Dora, posso crer que o ciclo natural da sua vida não... Aconteceu? Se era para morrer ou viver, vocês não deixaram acontecer, não é? - deixou brotar um sorriso presunçoso.

Conforme Elanne passava pelo portal, Dora a fez deslumbrar um futuro para o mundo dos mortos: ela vê o Mago Supremo arrastando a alma de Maria Helena em correntes místicas, de volta aos braços do minotauro azul, diante de um grande palácio azul e negro, com energias arcanas saindo de seu teto, mirando os céus - Ele só vai devolver ela... E se precisar, ele vai fazer um acordo com o Rei dos Espectros se for necessário. "Equilíbrio" é a palavra que os opressores usam para agredir seus rivais... É isso que vai acontecer. - a visão continua, mostrando outras almas dentro do palácio - Se pegarmos o momento certo, podemos liberar outras almas, que vão ser muito, muito gratas...

Do outro lado do portal, O Mago já estava trabalhando na fissura que existia no ar. O restante do bar estava seco, cinza e caindo aos pedaços já - Ainda bem que chegamos cedo. Dá para retardar o progresso do portal nas próximas horas, mas não vai ser muito. Ele desenha com os dedos no ar e cordas místicas se formam, "costurando" um pouco o portal. Mãos de espectros saltam para tentar alcançar Elanne e o Mago, mas ele sequer se abala - Para onde foi parar as suas garotas mesmo/ Não podemos ficar perdendo tempo, eu tenho um chá as 8h.

- Bom dia - um homem de terno atende acompanha Mari até uma mesinha para que pudesse sentar. Ele ouve com atenção e logo responde - Você tem algum documento representando a... Maria Helena? Ah sim, a pedido da Elanne Prince aqui no Brasil? Eu vou anotar seu nome aqui... - ele anota em um papel - E vou pedir para um amigo conferir se temos algo notificado por ela. Tem algo haver com sua espada? É um empreendimento de caratê?

Ele aponta para o cabo saindo e faz um "golpe no ar" antes de uma risada - Se é isso, deixe seu telefone que vamos te ligar. Muito obrigado. Na próxima venha de banho tomado. - ele já levanta para acompanhar Mari até a rua. Era claro que estava zombando dela desde o início da conversa e resolveu tirar uma risada dessa oportunidade.

- A palavra que você quer usar é: morrendo. Se estava no mundo dos mortos... Bem, está no nome. - já o comentário do chá, ele nem parece absorver. Já no bar, Elanne esclarece o destino das garotas, o Mago se vira para um espaço vazio e pergunta - Teria o registro de entrada e saída, Ruby?

- Viu, apenas um malu- - o ar na frente dos olhos da bilionária é partido com um golpe de sabre, só perto suficiente para tirar parte da franja da mulher. Diante dela, removendo sua camuflagem, surge uma mulher de pele carmesim, chifres na testa e camiseta e botas de um pirata em 1800.

- Você matou meu bar sua vagabunda! - ela aponta a lâmina para Elanne.

- Não é hora para isso. Eu preciso dela.

- Não é hora o caralho. Minha clientela, meu bar. Você vai consertar isso Mago? Ou você, bruxa?! Pronta para ceder sua vida por ter estragado a minha? Do Wroober? Vou pintar o que resta desse lugar com sangue dela...

- Não suponho que queira entrar em um acordo? Dora? Elanne?

O indivíduo não toma a piada de bom gosto, como a vaga expressão discernível implica. Logo, quando confrontado com a garota com o artefato em mãos, ele bufa - Você tem a mais engraçada desilusão que eu vou informar qualquer dessas perguntas idiotas para você. A única que te respondo é isso: se não me devolver, vou ter que tirar de você, à força. E essa não vai ser boa. "Não é um dos mocinhos", vocês são realmente tão bobos...

- Última chance, me entregue. E não deixe cair, vai ser pior para você e não estou falando do que eu faria com você, porque isso daí não seria mais necessário.

- Aham... Tá garota. Sei que você vê uma mulher poderosa na Forbes e fica toda animada para conhecer, mas não se vai a uma loja de computadores perguntando pelo Bill Gates. Já parou de ser engraçado quando você fica implorando. - ele força um pouco para tentar fazer Mari corresponder e sair do lugar - Ainda mais no Brasil... Por favor. Também não me faça chamar o segurança, viu.

"Hermes" bufa - Novamente, você está na péssima suposição que você está no controle da situação. - ele perde a compostura de leve quando Impulse faz menção de arremessar o artefato contra ele - Seria um desperdício de um belo portão para Tártaro.

Sua expressão muda por um instante para confusão, então para raiva por ter deixado informação demais passar. Se é um Deus dos Mensageiros, deixar de passar informação pode exigir mais concentração que costuma ter - Chega! - ele avança rápido contra a garota, segundos mais rápido e dedos mais fortes do que esperava, tirando o globo de suas mãos e retornando para seu lugar inicial - Agora se me der licença, tenho uma plateia de supes para apagar daqui.

O raio dourado corta o ar em direção ao teatro em velocidade máxima.

OFF:

Não é difícil para a garota ser redirecionada para uma delegacia na cidade, mesmo que exigindo uma caminhada longa. As opções vão se encurtando conforme ela tenta as opções que tem a mão. Em algum lugar, sua mãe de certo está perdida, sem como contatá-la, isso se o resgate deu certo. E se todas saíram do mundo dos mortos para um destino pior ou diferente? Ela morreria? Não... Não é uma possibilidade, por mais crescente que fique com o passar das horas desde que saiu daquele lugar. "Que droga estar no Brasil", talvez fosse uma das reflexões que passasse na cabeça dela, pois não acabou onde Claude ou Elanne estiveram. Se a lâmina tivesse interesse de levá-la de volta ao bar, quem diria o estado daquele local depois do ataque da bruxa que reside na bilionária?

Na delegacia ela é forçada a esperar. Vários pequenos furtos - nada incomum - com um ou outro sendo alguma coisa mais séria. entre "bati o carro e o cara fugiu" e possibilidades de sequestros ou ameaças de morte. Poucos, mas existentes. Convém que os filmes de super-heróis caseiros tem um rádio ligado na frequência da polícia exatamente para pegar esse número de ocorrências enquanto a polícia está tendo que driblar todas essas ocorrências. Finalmente na sua vez, o escrivão vai tomando todo o acorde das palavras de mari, começando com seu nome. Enquanto anota, de canto, High School Girl vê uma oficial falando com outro enquanto olha para a garota. Mal dá para ouvir o sussurro, mas "McDonalds" foi dito. Quando o homem termina de escrever, a oficial se aproxima da garota - Poderia me acompanhar, por favor moça?

Impulse chega um segundo tarde demais, o que é uma eternidade para um velocista, vendo o "Deus Mensageiro", "Hermes", o que fosse quebrando o globo no chão e zarpando dali no mesmo instante. Aquele objeto guardou uma escuridão muito maior que seu exterior deixava passar, tomando o chão do lugar instantaneamente, transformando o chão de madeira bem ornamentado em pedras defeituosas de uma montanha escura. Se o Tártaro tem alguma entrada, um portão de pedra talvez fosse uma das imagens. Seguido dessa mudança, mãos brotam como flores do chão, se distorcendo e abraçando as pernas dos presentes. Aqueles que gritam já poderia ser tarde demais, pois as mãos se firmam nos membros e começam puxar para baixo, faseando seus alvos para dentro da superfície.

É tarde demais para tentar salvar todos? É tarde demais para escapar? Trevor continua tocando sua harpia com a mesma face melancólica, ignorado pelas mãos.