DASDINGOUDasdingou voejou pelo salão para ver a direção das manchas estranhas no piso.
Elas não subiam as escadas para os quartos. Em vez disso, elas desciam pela mesma escada pela qual ele viera, obrigando-o a refazer o caminho para os cômodos inferiores.
A primeira porta aos pés da escada, onde Dadingou vira a estalajadeira cozinhando, estava fechada, mas vozes soavam lá dentro, o que era estranho, já que aparentemente os estalajadeiros tinham ido dormir.
“O que Ulav estava pensando em trazer a menina vistana aqui?" - assobiava uma voz feminina agitada.
“Ele acha que pode aproveitá-la para quebrar o maldição. Eu acho que ele está sendo tolo ” - uma voz rude de homem respondeu.
“Ele a levou para seu quarto no celeiro pela floresta depois que os visitantes foram dormir. Manteve-a fora da vista da mãe ” - observou a voz feminina.
"Bom. Me ajude com isso… ” - comentou a voz de homem.
Dasdingou ouviu sons pesados de corte sacudindo uma mesa.Não havia dificuldade para o pixie invisível passar pela porta, que estava destrancada.O cheiro metálico do sangue violou sentidos dele assim que entrou. A cozinha estava exposta para seus olhos incrédulos. Uma panela grande borbulhava sobre um pequeno fogão e os ossos jaziam espalhados no canto mais próximo do pote. Uma grande mesa incrustada com gosmas ficava no meio do recinto. Bert estava deitado nesta mesa, olhos fechados, com uma ferida sangrenta na cabeça. Horrivelmente, pedaços dele pareciam a caminho para uma preparação numa mesa menor ... pronta para um ensopado.
Krakov segurava um cutelo pesado na mão e vestia um avental manchado de sangue. LaDonna apertava um martelo de amaciar carnes e deixava cair um punhado de temperos no chão.
Eles ainda não tinham notado o invisível Dasdingou.
SANES Sanes descobriu que o alçapão tinha um cadeado travado, mas sua magia de Despedaçar destruiu a trava, permitindo que ele abrisse a portinhola.
Uma descida íngreme em degraus de madeira frágil levava da porta com cadeado até um pequena sala de taxidermia.
Havia uma pilha bruta de feno no canto, talvez para que alguém dormisse ali. O trabalho de taxidermia em exposição era bruto e desagradável.
A pequena sala cheirava a carne podre e pêlo de animal. Uma pequena vela queimava em uma mesa de madeira cheia de utensílios enferrujados e ossos. As taxidermias pobres cobrem os pequenos espaços. Armadilhas para animais estão penduradas nas paredes; muitos ainda agarrados a pedaços de carne rançosa a mandíbulas de ferro. A cama de feno imunda coberta de manchas escondia-se no canto.
Era óbvio que alguém estivera no quarto recentemente e provavelmente voltaria em breve.
Sanes notou uma nota rabiscada amassada na canto debaixo da mesa entre restos descartados de animais. A nota diz:
- Spoiler:
Eles que se danem. Malditos todos os Vistani e suas bocas amaldiçoadas. Eles não perdoam. Isso nem mesmo é minha culpa, mas sou punida do mesmo jeito. Eu estou com fome.
O restante da nota é indecifrável. Tinha sido mal queimado; provavelmente em um esforço para destruir as reflexões. Um pequeno livro sobre a mesa, parecendo bem velho, parecia deslocado do ambiente, e Sanes o pegou para examinar. Era um diário, escrito na mesma antiquada caligrafia do bilhete.- Spoiler:
DIÁRIO
~ Uma entrada rápida ...
Eu acho que os deuses nos abandonaram. O inverno chegou com uma fúria que eu nunca vi antes. Eu rezo para que a comida das lojas dure.
Uma Vistani e sua filha chegaram com a nevasca ontem à noite. Sei pouco dos ciganos estranhos, mas o homem Toren, não nos deu problemas. A filha, Zerelda, é muito adorável dançando as músicas que cantamos para passar o tempo. É pena que eu não possa participar. Uma dança seria mais agradável, mas nesta fase da gravidez, não quero arriscar. Toren, o cigano, diz que sente no estômago que eu carrego gêmeos; um menino e uma menina. Ulav continua a ficar de mau humor. A aparência dele assusta a gente ... eu tenho pena do garoto. Ele gosta da menina vistana, mas ela não tem nenhum interesse nele.
Dia 14
Faz 14 dias que acabou nossa comida. Nós estamos morrendo de fome. As diabólicas nevascas continuam a enterrar a pousada, e nós junto com ela, em uma cova fria. Alguma coisa está acontecendo no andar de cima. Eu deveria investigar...
Dia 15
A ação foi feita. Meu marido garantiu nossa sobrevivência, mas a garota descobriu. Que pobre menina ... o que fizemos? O que nos tornamos? O pai dela estava doente por causa do frio e não conseguiria passar desta noite. Krakov teve misericórdia de acabar com seu sofrimento ... o sangue derramado salvou mais vidas do que custou. A filha do Vistana nos amaldiçoou e fugiu para a noite de inverno. Ela provavelmente não sobreviverá.
Dia 17
Oh deuses, a dor. A entorpecente fome. Nada sacia, exceto um coisa. Essa aflição afetará meu nascituro? A maldição da garota ainda está fresca em meus ouvidos.
"Sua família consumirá, como você fez viver, até o uivo do último lobo ecoar as brumas.”
Eles dizem que Vistani podem revogar suas maldições ... Eu acho que jamais seremos perdoados. Eu suponho que nós também não merecemos isso. Eu rezo para que a menina sobreviva fugindo sozinha para esse noite miserável ... ela pode ser nossa única esperança.
Dia 32
Ulav passa os dias com o pai caçando e matando todo lobo que puderem encontrar. Isso é inútil. Estas matas têm mais lobos do que pessoas. Precisamos de outro solução. Eu preparei a pousada para o que precisa ser feito. Acabei de pôr uma pequena placa lá fora, onde se lê "Bem-vindos viajantes!" Minha família está com fome ... Deuses, nos perdoem, nós estão com tanta fome...
O olhar atento de Sanes notou que a escrita era provavelmente de uma mulher devido ao perfume quase imperceptível de flores do campo.Um som nos degraus de madeira da escada pela qual descera alertou Sanes de que ele logo teria companhia...
JACKJack acordou do lado de fora da estalagem, tremendo de frio em meio à noite nevoenta.
Ele podia divisar a estalagem à distância, uma silhueta sombria com poucas luzes acesas.
Mais perto dele, o vardo da velha vistana ainda estava iluminado, e uma figura em mantos o observava enquanto ele se punha de pé...