Enquanto Jack descarregava sua fúria no corpo inerte de Raine, Dasdingou disparava contra os zumbis, mantendo-se à distânica enquanto alvejava os zumbis daquelas famílias de comerciantes. Sanes, de modo mais destemido, avançava com sua maça contra os zumbis, derrubando um a um os mortos-vivos de cérebros expostos.
Jack despertou de sua fúria, reassenhorando-se de si mesmo enquanto via o líquido vermelho e negro de Raine espalhando-se por todos os vidros quebrados do lado interno do balcão daquela estalagem maldita. A sacerdotisa da dor jazia em seus braços com olhos fechados, com cortes e hematomas por todo o rosto e corpo, um corpo humano mole dentro de uma armadura espessa e pontiaguda. Só então ele percebeu a terrível reação de puro horror que lhe assomara.
Quase ao mesmo tempo, Dasdingou e Sanes derrubaram os últimos zumbis. Nenhum deles fôra um grande combatente em vida, e tinham transformado-se em mortos-vivos medíocres, fáceis de abater para aventureiros experientes como o pixie invisível ou o sacerdote de Talos.
O silêncio reinou por um momento após aquele combate mais assemelhado a um massacre de desmortos e daquela que os conjurara.
De súbito, duas janelas se estraçalharam, trespassadas por projéteis flamejantes, que aterrissaram sobre o chão com pequenas explosões, começando pequenos incêndios vorazes, espalhando-se num piscar de olhos sobre o mobiliário de madeira e os líquidos alcoólicos esparramados no chão como combustíveis perfeitos.
Com o inferno de fogo assomando-se ao redor deles, Jack, Sanes e Dasdingou precisavam deixar aquele lugar rapidamente, mas a percepção de que quem quer que tivesse lançado aquelas bombas incendiárias estaria lá fora esperando por eles era clara.
Ao mesmo tempo em que a parede incandescente crescia ao redor do recinto, eles ouviram gritos de timbre feminino vindos da escadaria abaixo.
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