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A Clínica - Primeira lua nova - Terceiro capítulo
- Bastet
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- Mensagem nº21
Re: A Clínica - Primeira lua nova - Terceiro capítulo
- Faor
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- Mensagem nº22
Re: A Clínica - Primeira lua nova - Terceiro capítulo
Sam fecha a porta e Shaw desvia o olhar da menina enquanto a morena repete o nome dela. - Silvia está aqui, deixa eu ver onde ela está. Quero ela aqui também. - Revolta, raiva, medo, angústia, o irraka lida com o peso dos sentimentos de todos ali. Essa habilidade sobre humana, muito além da empatia, faz ele se perguntar até que ponto deve envolver cada um em futuros problemas. Ele suspira, chama a policial e em menos de um minuto Chloe está falando cheio de esforço para não explodir, sem muito sucesso. Ele também se esforça para não provocá-la e a tristeza que elas percebem nele não é pela situação das meninas em si, e sim ele se reprovando por realmente precisar se segurar para não testar os limites delas.
Logo ela confirma o que ele mais temia: a garota viu, lembra e sabe coisas que não deveria. - Tudo está acontecendo muito rápido, mas "Skye" pode ser como ela chama outra menina, tão jovem quanto, eu acho. Uma amiga. - A voz é evasiva, sem emoção. Ele não quer oferecer nada por enquanto, só receber. Ele se contém quando ela vem cheia de raiva mas segura as mãos dela com algum carinho quando ela mal se segura transbordando de tristeza. À pergunta sobre matar ou não a criança, ele responde negando com a cabeça, mas onde tinha alguma ternura agora tem uma seriedade quase agressiva.
- Sebastian. - Ele fala baixo soltando o ar pela boca e ela se solta. - Sam? - Ele realmente gostaria de ouvir as duas, já tinha a resposta da Silvia por mensagem e a loira estava mais serena. - Eu vou contar o que sei. Mas diz o que você pensa.
Ele dá alguns passos para ficar de frente para as três. - Essa menina está condenada. Eu a condenei. - Ele fugia do nome e falava num tom tão seco que tornava tudo muito pior. - Ninguém vai matá-la, Chloe. Não hoje e nem se a gente puder evitar, se eu puder continuar evitando. Mas cuidado. - Ele encarava a ruiva e respirava fundo para se controlar. - Eu não posso prometer que nós não faríamos isso ou que nós nunca vamos fazer isso. Eu não posso prometer e ninguém como a gente pode. Vai muito além do certo ou errado. - Ele abandona qualquer tentativa de explicar.
- Eu não tenho certeza de tudo, mas ela viu uma outra criança se transformar num monstro como eu, cheio de pêlos, garras e fúria. - Ele olha para a criança tão pequena. - Eu tentei evitar, tentei afastá-la desse trauma e a outra criatura me atacou por isso. Eu fiz isso. Eu a machuquei. Elas eram duas meninas, duas amigas, num dia de feira. "Skye". - Ele volta o olhar para elas, sorrindo. - Não se enganem, eu fiz merda. Eu realmente caguei e tentei conter a criaturinha errada. Não tenham pena de mim... - Ele ainda sorria e isso ajudou a abandonar o tom fúnebre da própria voz.
- Difícil ter certeza, difícil mesmo. Mas Axel acredita que ela é Sangue de Lobo. - Ele aponta para Clara. - Realmente parece que sim. Se não fosse, ela deveria reagir a tudo isso de uma forma completamente diferente. E é por isso, Chloe, que eu a trouxe para cá. E é por isso também que eu preciso que você pense no que espera de mim. - Com mais energia, poderia parecer provocação, desafio, mas não era. - Eu sei que você lembra o que eu já disse. Nosso papel é proteger o povo. Se ela é Sangue de Lobo, como vocês, não importa se é Algoz ou não, é família. Mas se não fosse, Chloe... Eu não teria pedido ajuda para vocês.
Ele olha para Silvia já afirmando. - Nós temos nome e endereço. Ela vai para casa. E nós vamos ficar de olho. Essa é a versão curta. - Depois encarando Sam, ele acena afirmativo. - Eu acho que você está certa. Alguém com a Amy pode ajudar, como você disse. - Isso faz lembrar das outras alcateias mas ele logo afasta a dúvida. - Na versão um pouco mais longa, alguém deixou uma menina ferida aqui, numa clínica médica, porque viu que ela estava machucada. "Alguém". Alguém deixou, alguém recebeu, sem detalhes. - Ele olhava para Silvia. - Vocês se assustaram, estabilizaram e agora vão chamar a polícia. Não você, se você não tiver um GPS contigo ou algo assim. Mas se for você também, nada grave. Menos envolvimento é melhor, mas não é problema.
Ele suspira. - Ela vai para casa, Chloe. Podemos falar com Amy ou outra pessoa depois. Amanhã ou depois, se você puder, acho bem natural que você procure a família, veja como ela está. - Avaliando a ruiva ele vacila. - Talvez não. Afinal, isso não acaba aqui. Eu vou ficar de olho, de longe. Ela ainda pode atrair muito problema. Muito mesmo. - Suspira e olha em volta. - Depois disso é ver o que acontece com o passar do tempo.
- É isso que eu vejo. Não faz sentido vocês fazerem mais mal para ela do que eu faria. Se remédios não podem protegê-la, vou enfrentar o que vai aparecer. Isso pode feder para a alcateia toda, claro, mas a responsabilidade é minha. Eu errei. - Ele se lembra de dois comentários da médica. - Ah sim, um eclipse, uma loucura. Esse é o outro lado da história. Skye. Franco e Axel estão com ela. E você disse que o Sebastian veio aqui... Rápido, hein? - Nem disfarçou a ironia, a desconfiança. Mas finalmente fcou quieto para ouvir o que elas quisessem dizer.
- thendara_selune
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- Mensagem nº23
Re: A Clínica - Primeira lua nova - Terceiro capítulo
Quando Shaw terminou, surpreendeu-se de estar se sentindo totalmente derrotada diante dos fatos. Ela levou uma mão à testa. Suspirou profundamente e olhou para ele sem mais argumentos. Shaw admitiu seu erro, uma parte dela estava cheia de raiva e o empurra como se tentasse mover um muro. Os olhos escuros do homem lobo só refletiam uma escuridão densa. Ele estava pronto para fazer o que tinha de ser feito, não importava qual fosse a rota diante dele. Ela segura a vontade de chorar ele não entenderia como ela se sente. Shaw e os outros da alcateia estão em um mundo visceral há mais tempo do que ela e Sam. Então ela funga e se afasta dele sem olhá-lo de novo. Vai falando com a voz embargada, mas tentando manter a calma diante de tudo que ouviu até agora.
—Espero o impossível de você nesse momento...— Chloe fica no fundo da sala olhando pra ele. Desejando que aquele lugar tivesse uma passagem secreta que a tirasse dali junto com a menina. — Se ela for como nós...Talvez tenha uma chance de ter um final feliz???— Ela faz aspas com os dedos lembrando de Axel— Mas pelas coisas que Sebastian disse, situações parecidas com essa não tiveram um final feliz...— Ela coloca as mãos nos bolsos e depois olha Clara.— Medicamentos não são uma coisa que você usa esperando um resultado certeiro, geralmente leva-se tempo para pensar em uma estratégia envolvendo uma terapia medicamentosa eficiente ou seja não posso garantir que ela não lembre das coisas...Só conseguiria isso se ficasse com ela aqui por mais tempo...Por outro lado os pais devem estar procurando por ela, Silvia disse que tem uma viatura na casa deles agora...O ideal é seguir como você está falando e dizer que foi largada aqui.— Ela morde os lábios e a voz sai baixa. Cansaço e frustração estampados no semblante da ruiva. —Em alguns dias posso visitar a família dela, oferecendo alguma ajuda, um tratamento melhor para o autismo...Quem sabe induzi-los a pensar que ela teve um episódio violento já que aconteceu tanta coisa estranha hoje...— Ela suspira olhando para Shaw, sentindo que ele compreende o peso da situação e gostaria de crer que havia nele alguma dose de arrependimento. Chloe queria poder falar mais, mas o alfa ainda era uma estrada escura e quando sentiu por um breve momento o carinho quando ele retribuiu o toque dela ficou tentada a ser mais compreensiva com o lobo— A ideia de colocar a vida de alguém em uma balança me deixa irritada e triste…Mas não adianta só reclamar e hesitar diante das possibilidades que vão causar um dano maior aos demais aqui... — Depois Chloe Se cala, não tinha mais nada para dizer agora.
- Wordspinner
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- Mensagem nº24
Re: A Clínica - Primeira lua nova - Terceiro capítulo
Shaw escreveu: Ninguém vai matá-la, Chloe.
Silvia fica visivelmente relaxada por um longo segundo e logo depois Shaw consegue ver as engrenagens trabalhando. Ela confirma com a cabeça mesmo ele não perguntando nada e pela primeira vez chega perto da criança e segura com ternura sua perna. Um toque breve. "Pelo que eu entendo se você ainda tiver dúvidas é só provar o sangue ou sentir o cheiro e acho que ela não vai ligar de alguém cheirar o cabelo dela. " A loira olha para as outras duas. "Ninguém, nem eles estão seguros da violação do segredo. Mate um uratha e eles te odeiam, abre a boca e são forçados a dar um jeito nisso mesmo que te amem." Ela move os ombros para cima e para baixo tentando aliviar a tensão.
Depois disso ela ouve até o final e ouve Chloe também. "Não achei nenhuma Skye que bata com a descrição nas midias sociais e não posso usar os recursos da polícia sem criar um vestígio." Ela fala baixando o celular. "Mas pode ter certeza que os Uivadores vão estar procurando. Não tem final feliz pra ninguém Chloe, mas o plano do Shaw deve deixar ela feliz quando encontrar com a mãe de novo. Ela vai ser examinada pela polícia também e eles vão achar o medicamento." Ela diz com certeza. "Quer adicionar alguma coisa que poderia fazer ela ver coisas? Só o suficiente para aparecer nos testes, eles não vão ter como saber o quanto ela tomou exatamente." Ela não podia usar os recursos da corporação, mas não parecia disposta a fazer segredo dos seus procedimentos. Ela toca de novo a menina com carinho, como se não pudesse evitar. "Vou pra longe daqui e tento entrar no caso dela. O estado dela vai gerar uma investigação séria e se eu fosse capaz de mandar em cameras eu começaria a mandar elas esquecerem o que viram." Ela não estava no beco, ela não viu os eletronicos pifarem, esse é o primeiro pensamento de Shaw. O segundo é que o carro chamativo levou a menina até ali. Duas meninas e homens adultos. Não que Silvia soubesse, ela só estava planejando.
Ela vai andando até Chloe e parece imensamente agradecida quando fala. "Olha, obrigado. Vocês duas." Ela olha para Sam no fim. Os olhos lindos e expressivos da loira cheios de uma emoção que só dura um instante e se torna seriedade e foco. Ela passa a mão na cintura de Shaw no caminho para a porta. "Não fica com ciúmes do cara. Olena queria saber do namorado e o Sebastian tem um coração mole e uma agenda vazia. Mas eu esperaria os olhos dos outros caras logo logo nisso tudo. Não se esconde um de vocês por muito tempo e o Sebastian definitivamente não vai ficar de bico fechado." Ela abre a porta e hesita antes de sair. Olha para os três mais uma vez com uma animação travessa no rosto estressado.
- thendara_selune
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- Mensagem nº25
Re: A Clínica - Primeira lua nova - Terceiro capítulo
A ruiva observa o toque de Silvia em Clara e respira fundo quando a mulher agradece. - Eu conheço o protocolo, ao meu favor vou alegar que ela estava em um surto, não acredito que venham a desconfiar do que vou dizer em um possível depoimento...Vou conseguir segurar a versão que Shaw quer, mas por agora só quero que isso termine.- Quando a loira agradece, Chloe parece um tanto alheia diante disso - Eu não fiz nada além do necessário…- A médica lembra do olhar assustado no rosto de Clara quando ela chegou. O sentimento dela era um misto de tristeza e raiva que estava fluindo pelas veias alcançando-lhe o coração. O ar fugia de seus pulmões, muita coisa aconteceu, outras estavam para bater a sua porta.
-Vou acionar a polícia e seguir com o protocolo. Eles vão levar a menina, fazer exames, vão achar traços do sedativo e isso vai bater com a história que você quer que diga Shaw…- Os dedos dela deslizam sobre a mesa dentro da salinha pegando um bloco e anotando o nome do sedativo juntamente com a dose, depois ela prossegue. - Shaw você pode ir, não é um funcionário aqui, prefiro evitar que o vejam, a Sam pode ir também depois de um dia desses ela merece descanso e mantenho vocês informados...Vou falar que alguém a deixou na entrada, não vi quem foi, apenas a atendi como manda o protocolo, fiquei apreensiva porque ela parecia em choque e apliquei um sedativo porque não conseguia contê-la…- Ela fala pros dois ouvirem- Sem florear muito a situação, eles vão me chamar depois e isso é uma coisa pra se pensar em outro momento...Por agora ligo pra polícia…- Ela pega o celular e aciona a polícia, ela sabe que existe um departamento que atua em crimes cometidos contra crianças em parceria com outras agências. Chloe mantém a calma, preparando papeis, arrumando a menina e antes dele sairem finaliza. - Eu vou fazer o que puder e assim que tiver alguma informação passo para vocês, mas acho que nisso Silvia será mais eficiente…Sem falar que tivemos esse eclipse e uma soma de coisas loucas...Vai dar tudo certo- A voz dela tenta passar força, mas o cansaço é claro em seu rosto. Se eles forem embora a ruiva tranca a porta e espera as coisas acontecerem.
Falas em branco
Off: @Faor e @Bastet Eu respondi assim porque vou ficar fora do NE até o fds, então vocês decidem se ficam na clínica, se vão embora ou se querem conversar entre si. Adiantei minha parte já que o Shaw deu as coordenadas de como tudo vai ser.
-Vou acionar a polícia e seguir com o protocolo. Eles vão levar a menina, fazer exames, vão achar traços do sedativo e isso vai bater com a história que você quer que diga Shaw…- Os dedos dela deslizam sobre a mesa dentro da salinha pegando um bloco e anotando o nome do sedativo juntamente com a dose, depois ela prossegue. - Shaw você pode ir, não é um funcionário aqui, prefiro evitar que o vejam, a Sam pode ir também depois de um dia desses ela merece descanso e mantenho vocês informados...Vou falar que alguém a deixou na entrada, não vi quem foi, apenas a atendi como manda o protocolo, fiquei apreensiva porque ela parecia em choque e apliquei um sedativo porque não conseguia contê-la…- Ela fala pros dois ouvirem- Sem florear muito a situação, eles vão me chamar depois e isso é uma coisa pra se pensar em outro momento...Por agora ligo pra polícia…- Ela pega o celular e aciona a polícia, ela sabe que existe um departamento que atua em crimes cometidos contra crianças em parceria com outras agências. Chloe mantém a calma, preparando papeis, arrumando a menina e antes dele sairem finaliza. - Eu vou fazer o que puder e assim que tiver alguma informação passo para vocês, mas acho que nisso Silvia será mais eficiente…Sem falar que tivemos esse eclipse e uma soma de coisas loucas...Vai dar tudo certo- A voz dela tenta passar força, mas o cansaço é claro em seu rosto. Se eles forem embora a ruiva tranca a porta e espera as coisas acontecerem.
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Off: @Faor e @Bastet Eu respondi assim porque vou ficar fora do NE até o fds, então vocês decidem se ficam na clínica, se vão embora ou se querem conversar entre si. Adiantei minha parte já que o Shaw deu as coordenadas de como tudo vai ser.
- Bastet
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- Mensagem nº26
Re: A Clínica - Primeira lua nova - Terceiro capítulo
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- thendara_selune
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- Mensagem nº27
Re: A Clínica - Primeira lua nova - Terceiro capítulo
Chloe desprendeu o olhar de Clara observando Samantha. Agradecimentos ou quaisquer coisas que pudessem remeter a dar a certeza que o que foi feito a Clara estava correto a deixavam com um semblante frio. Ela nota o olhar de Sam, absorvendo o sentimento da morena, mas mantendo um sorriso limitado nos lábios e tentando passar uma calma que frágil. As palavras de Sam ficam pairando no ambiente, mas a ruiva fica calada até escutar a questão de dar um novo medicamento e as mãos dela deslizaram em busca de algo no armário. Ela não responde os três de imediato e depois observa um fitoterápico que tem como base a valeriana e o vidro tem 60 cápsulas que fazem efeito em meia hora. Ela ergue a sobrancelha ouvindo Sam.
-Na verdade não acho seguro que algo além do que foi dado circule no organismo dela agora, eles farão testes e questionaram o uso de dois medicamentos em uma criança que chegou aqui da maneira que ela chegou…- Ela fica segurando o potinho valeriana e pela primeira vez, as palavras pareciam ter a abandonado. Demorando uns segundos para prosseguir. Então um sorriso envergonhado e torto se formou em seu rosto. Era algo bem distante do seu sorriso usual. - A roupa dela chegou encharcada de sangue, vocês podem buscar uma roupa dessas em alguma loja, mas lembrem que se a polícia aqui for eficiente, vão acabar descobrindo a compra de um vestido como esses...Vão traçar uma linha entre compradores, comparar e avaliar a possibilidade de se tratar de um pedófilo- Ela olha Shaw com os olhos cheios de preocupação pela situação toda. -Dependendo do grau de paranoia dos investigadores e pelo que Sebastian disse, episódios desastrosos como esse já aconteceram...Nunca se sabe se existe alguém que possa acabar encontrando rastros…- Ela aponta o celular e diz com a voz mecânica -Talvez uma roupa de menina comum, comprada em uma loja de departamentos e posso alegar que ela chegou assim aqui…Usem a internet, mas sejam rápidos eu não posso sair e nem posso envolver os demais funcionários nisso- Depois ela respira fundo- Eles vão fazer exames sexológicos, toxicológicos e ela vai ser ouvida com uma psicologo do lado...Então sinceramente, meu nome vai rodar na delegacia, vão perguntar, vão questionar, sou de fora de Dover e isso também pode causar alvoroço na minha família, mas espero que eles nem sonhem com isso…- Ela suspirou passando a mão no rosto. A voz de Samantha tenta trazer calma, na verdade a morena estava em uma sintonia maior com o que cercava os sangue do lobo, a ruiva sentia isso e compreendia. Sam não falou sobre o pai da criança. Pelo que entendeu ela não tinha família, a alcateia era o mais próximo de um ninho seguro e Chloe não podia jogar na morena as próprias frustrações. As duas estavam enfrentando as coisas da maneira que sabiam. - Eu entendo o que você diz, peço desculpas mais uma vez, a situação toda me deixou sem um norte, mas você mais uma vez lidou com as coisas com coragem…- Ela apoia uma das mãos no ombro de Sam.- Eles são seres feitos de algo antigo, as raízes que se amarram neles podem nos arrastar a lugares obscuros Sam…- A voz dela é baixa, mas é claro que Shaw ouviria e sentiria que a ruiva tinha medo, mas ao menos naquele momento tentava se manter mais calma.- Uma alcateia é um elo, é um compromisso...Um contrato firmado em prol dos dois lados e seja como for espero que você fique bem…Tome isso antes de dormir…- Ela entrega o vidro de valeriana na mão de Sam.- Não tome café, nem bebidas fortes e tome uma cápsula antes de dormir...Você vai dormir como um anjo- O sorriso dela surge com uma dose suave de amorosidade- É valeriana, é um sedativo usado com gestantes, não tem riscos para o bebê e meus professores costumam indicar para pacientes em seu estado- Ela segura a mão de Sam e depois solta afastando em direção a uma mesa, recosta-se nele e os observa a sair para ligar para polícia.
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-Na verdade não acho seguro que algo além do que foi dado circule no organismo dela agora, eles farão testes e questionaram o uso de dois medicamentos em uma criança que chegou aqui da maneira que ela chegou…- Ela fica segurando o potinho valeriana e pela primeira vez, as palavras pareciam ter a abandonado. Demorando uns segundos para prosseguir. Então um sorriso envergonhado e torto se formou em seu rosto. Era algo bem distante do seu sorriso usual. - A roupa dela chegou encharcada de sangue, vocês podem buscar uma roupa dessas em alguma loja, mas lembrem que se a polícia aqui for eficiente, vão acabar descobrindo a compra de um vestido como esses...Vão traçar uma linha entre compradores, comparar e avaliar a possibilidade de se tratar de um pedófilo- Ela olha Shaw com os olhos cheios de preocupação pela situação toda. -Dependendo do grau de paranoia dos investigadores e pelo que Sebastian disse, episódios desastrosos como esse já aconteceram...Nunca se sabe se existe alguém que possa acabar encontrando rastros…- Ela aponta o celular e diz com a voz mecânica -Talvez uma roupa de menina comum, comprada em uma loja de departamentos e posso alegar que ela chegou assim aqui…Usem a internet, mas sejam rápidos eu não posso sair e nem posso envolver os demais funcionários nisso- Depois ela respira fundo- Eles vão fazer exames sexológicos, toxicológicos e ela vai ser ouvida com uma psicologo do lado...Então sinceramente, meu nome vai rodar na delegacia, vão perguntar, vão questionar, sou de fora de Dover e isso também pode causar alvoroço na minha família, mas espero que eles nem sonhem com isso…- Ela suspirou passando a mão no rosto. A voz de Samantha tenta trazer calma, na verdade a morena estava em uma sintonia maior com o que cercava os sangue do lobo, a ruiva sentia isso e compreendia. Sam não falou sobre o pai da criança. Pelo que entendeu ela não tinha família, a alcateia era o mais próximo de um ninho seguro e Chloe não podia jogar na morena as próprias frustrações. As duas estavam enfrentando as coisas da maneira que sabiam. - Eu entendo o que você diz, peço desculpas mais uma vez, a situação toda me deixou sem um norte, mas você mais uma vez lidou com as coisas com coragem…- Ela apoia uma das mãos no ombro de Sam.- Eles são seres feitos de algo antigo, as raízes que se amarram neles podem nos arrastar a lugares obscuros Sam…- A voz dela é baixa, mas é claro que Shaw ouviria e sentiria que a ruiva tinha medo, mas ao menos naquele momento tentava se manter mais calma.- Uma alcateia é um elo, é um compromisso...Um contrato firmado em prol dos dois lados e seja como for espero que você fique bem…Tome isso antes de dormir…- Ela entrega o vidro de valeriana na mão de Sam.- Não tome café, nem bebidas fortes e tome uma cápsula antes de dormir...Você vai dormir como um anjo- O sorriso dela surge com uma dose suave de amorosidade- É valeriana, é um sedativo usado com gestantes, não tem riscos para o bebê e meus professores costumam indicar para pacientes em seu estado- Ela segura a mão de Sam e depois solta afastando em direção a uma mesa, recosta-se nele e os observa a sair para ligar para polícia.
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- Faor
Mutante - Mensagens : 703
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- Mensagem nº28
Re: A Clínica - Primeira lua nova - Terceiro capítulo
O tempo está passando e a cabeça do irraka tenta considerar o que está acontecendo fora do alcance dele. Polícia, família, Axel e Franco, os Uivadores, até a merda da internet ameaça o mundo de Shaw. Ameaça pra cacete. Tudo isso somado ao que ele vê e sente ali, entre os Sangue de Lobo e a criança inocente.
Elas entendem e querem fazer o certo. Ele não errou em envolvê-las. Mas o custo é alto. A responsabilidade é dele, mas todos pagam.
Quando Chloe admite que espera o impossível, ele concorda e sorri. Lembrar que é impossível é ótimo. Chloe não está bem, ninguém está. Mais peso. Ele resolve ficar em silêncio, não tinha muito mais o que dizer. Flutua entre as emoções delas e presta atenção em tudo o que dizem. Ainda sem dizer nada, ele segue as palavras da Silvia e muito suavemente cheira os cabelos da menina, seguindo as orientações da loira. O sangue ele não ousaria provar. A gratidão da policial é um destaque importante.
- Isso é verdade, obrigado a você também Silvia. - Ele mal sussurra, ainda observando a garota. Elas elaboram mais como serão os próximos passos, ele questiona.
Sam pede um tempo com ele, e o uratha apenas concorda com os olhos. Antes de saírem, ele escuta as duas comentando sobre o papel delas e a visão delas. Ele prefere deixar isso entre Sam e Chloe. - Sobre as roupas ou outros detalhes, façam realmente o que acharem melhor. Especialmente sobre outras drogas, claro. Eu não acho que são esses os detalhes que vão definir o que vai acontecer. Teremos problemas, não acho que dê para controlar ou evitar. - Ele se alonga e segue para a porta. - O sangue é meu. Talvez seja melhor deixar essa evidência e não criar outra, como uma roupa nova ou algo assim. Mas sério, o que vocês decidirem.
Antes de sair, ele encara as algozes diretamente. - Vocês olharam por ela e cuidaram dela. Fizeram bem, fizeram certo. Obrigado. E me desculpem. Desculpem por eu arrastar vocês. - O tom sereno e o olhar pacífico, resignado, mostram um Shaw pensativo e grato. Mas em um instante ele assume uma firmeza muito nítida. - Eu não quero pressionar, nem provocar vocês. Mas não tenham dúvidas sobre mim. Eu sempre vou fazer o que acho certo. Fiquem bem.
Ele caminha lentamente pela calçada, saindo de frente da clínica, e esperando a aproximação de Samantha. - Sam, eu acho que você não me entende. - A voz com surpresa, não decepção. - Eu não quero que ninguém me siga sem questionar. E não dou ordens à ninguém. Eu sou o alfa, não o chefe da quadrilha ou o pai da família. Eu não comando nada. Não se engane, quando os algozes forem atacados, questionados - e isso vai acontecer - vocês verão um alfa com muita disposição, à frente. Quando estivermos em crise - e isso vai acontecer - eu também estarei lá à frente. Mas se você agir sem me questionar, só vai me deixar triste.
Shaw se aproxima dela, chega bem perto, e coloca uma mão sobre a barriga e outra sobre um ombro. - A merda aconteceu dentro do nosso território, não por nossa escolha. A gente reagiu rápido e direto, e a merda aumentou. Eu tinha duas crianças bem no meio da merda. - Ele acaricia a barriga, com ternura. - Elas eram culpadas? Claro que não. O que eu faria por seu filho, sem nem conhecer você? Uma criança do Povo? Eu protegeria, da melhor forma possível. Eu deixei uma criança em uma clínica médica com três algozes tomando conta. O que eu queria que vocês fizessem? Eu não tinha ideia. O que vocês achassem certo, era o máximo que eu poderia querer. Eu precisava separá-las e proteger as duas.
Ele deixa de tocá-la mas não se afasta. - Por que eu não disse antes? Eu não sabia, não entendia. Ela poderia estar muito mais perturbada, muito menos. Sei lá. Eu não tenho ideia do que vai acontecer. Só vou continuar reagindo, enfrentando, só isso. Até parecer que tem algo mais inteligente par fazer.
Olhando em volta e para o céu, pensando no passar do tempo, ele responde negando com a cabeça. - Pelo e fúria. Não quero você perto por enquanto. É perigoso para vocês. Até saber que ela está calma, ela é uma ameaça a todos. Vamos para casa. De lá eu chego bem rápido na reserva, mas só vou sair de lá se chegar alguma notícia.
- Bastet
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- Mensagem nº29
Re: A Clínica - Primeira lua nova - Terceiro capítulo
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- Faor
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- Mensagem nº30
Re: A Clínica - Primeira lua nova - Terceiro capítulo
Ela arranca uma boa risada dele. - Agora você falou a verdade! A gente atrai merda com força.
Ele olha para a clínica, pesaroso pelo que está deixando para trás, mas precisa sair dali e precisa confiar em Chloe e Silvia. Shaw sabe que o peso para elas é demais, mas espera que logo as coisas se encaminhem. Até desandar outra vez.
- A ideia de envolver Amy foi boa. Só quero esperar Axel e Franco saírem da reserva. Vou dar todo o tempo que eles precisarem. Depois vou alertar as outras alcateias. - Ele falava alto ao lado dela. Ele logo seguiria para a casa dos Algozes.
- Essa menina aí eu vou acompanhar de perto. - A voz sem emoção não escondia nenhuma ameaça ou maldade. - Se eu sumir, deixe mensagem. A responsabilidade aqui é minha. Com isso, eu não consegui ouvir Emily ainda. Não precisa mudar sua rotina, mas se conseguir, me fale depois como ela está.
- OFF:
- Nessa noite Chloe vai se ferrar, Franco vai pra cima e Shaw espera receber de Silvia alguma atualização sobre Clara. Ele pretende passar a noite em torno da casa dela, de sentinela.
Por agora fica na casa da alcateia esperando alguma novidade vinda da reserva.
- Bastet
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- Mensagem nº31
Re: A Clínica - Primeira lua nova - Terceiro capítulo
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- Bastet
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- Mensagem nº32
Re: A Clínica - Primeira lua nova - Terceiro capítulo
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- thendara_selune
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Re: A Clínica - Primeira lua nova - Terceiro capítulo
Chloe tinha mexido na própria sala, doando os móveis, se livrando de rastros incômodos e aproveitou para torná-lo mais acolhedor. Adorava o contemporâneo e ao mesmo tempo parecia mais com ela mesma
. Estava sozinha, logo iria embora para dedicar-se à rotina física que tinha estabelecido para si.
Uma cafeteira no canto, o cheiro suave de chá de estava debruçada em um atlas de anatomia e estudando inervações. Ao fundo a música ecoando baixo e a fazendo bater o pé enquanto via as imagens no atlas. Ela usava um scrub rosa, o cabelo amarrado em um rabo de cavalo meticuloso, os fios bem presos, unhas curtas e sem esmalte. Sentada na cadeira macia. A maquiagem suave para manter o ar saudável e quando a secretária anunciou Samantha ficou surpresa. Contratou Daina há pouco e isso a ajudou muito a manter uma agenda organizada.
Quando fala para a secretária deixar a outra entrar, aproveita pra guardar o atlas e tomar mais um gole de chá. Deu suspiro, mas logo depois seu rosto se iluminou pela paz rara que tinha.
-Olá Samantha!- A voz baixa de sempre, os olhos observando o animal amarelo com atenção e vendo como a morena estava se virando muito bem ao que parece. Isso fez Chloe exibir um sorriso simpático e logo mostrou uma poltrona para Sam se sentar. Movia-se para pequena dispensa, biscoitos naturais e também alguns saquinhos de chá. - Aceita chá e biscoitos?- Ela dizia preparar a chaleira elétrica. Quando se virou para Sam olhou a barriga dela com admiração e um novo sorriso, mas dessa vez mais caloroso.
. Estava sozinha, logo iria embora para dedicar-se à rotina física que tinha estabelecido para si.
Uma cafeteira no canto, o cheiro suave de chá de estava debruçada em um atlas de anatomia e estudando inervações. Ao fundo a música ecoando baixo e a fazendo bater o pé enquanto via as imagens no atlas. Ela usava um scrub rosa, o cabelo amarrado em um rabo de cavalo meticuloso, os fios bem presos, unhas curtas e sem esmalte. Sentada na cadeira macia. A maquiagem suave para manter o ar saudável e quando a secretária anunciou Samantha ficou surpresa. Contratou Daina há pouco e isso a ajudou muito a manter uma agenda organizada.
- Scrub fofo:
- A sala :
Quando fala para a secretária deixar a outra entrar, aproveita pra guardar o atlas e tomar mais um gole de chá. Deu suspiro, mas logo depois seu rosto se iluminou pela paz rara que tinha.
-Olá Samantha!- A voz baixa de sempre, os olhos observando o animal amarelo com atenção e vendo como a morena estava se virando muito bem ao que parece. Isso fez Chloe exibir um sorriso simpático e logo mostrou uma poltrona para Sam se sentar. Movia-se para pequena dispensa, biscoitos naturais e também alguns saquinhos de chá. - Aceita chá e biscoitos?- Ela dizia preparar a chaleira elétrica. Quando se virou para Sam olhou a barriga dela com admiração e um novo sorriso, mas dessa vez mais caloroso.
- Bastet
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Re: A Clínica - Primeira lua nova - Terceiro capítulo
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- thendara_selune
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- Mensagem nº35
Re: A Clínica - Primeira lua nova - Terceiro capítulo
-No geral faço supervisão de atendimentos complexos e há algum tempo vinha montando uma pequena equipe, então digamos que estou mais pra “chefe” do que atuando diretamente em tudo.- Ela faz aspas com os dedos e mantém um sorriso. -Lembre-se de comer bem, hidrate-se e siga as demais orientações de seu Obstetra.- Uma nota de preocupação que suaviza-se quando ela toma outro gole do chá. Sam dá uma ordem e o animal a atende, Chloe observa o gesto e toca a pata do animal por um segundo ou dois. Depois movia-se novamente para pegar as informações entre algumas fichas em sua mesa. Anotando enquanto falava. - Seu trabalho deve ser gratificante e certamente Ted será um excelente cão guia!- Ela entregou o papel a Samantha e sentou-se de novo. - Sim, faz um tempo.- Os olhos vagueiam por um instante lembrando de muitas coisas que iam de Clara ao erro cometido meses atrás que a faz ficar um tanto receosa de voltar a se deixar levar por um momento de insensatez. - Conturbados para todos e nem sempre estar em um mesmo caminho é andar de mãos dadas.- Ela observa a postura da outra. - Na verdade do meu ponto de vista ninguém tem culpa e lidar uns com os outros é uma tarefa difícil.- Olhou a xícara de chá pensativa. - Não sou exatamente um livro aberto para vocês, um tempo atrás talvez fosse, mas depois de tudo que aconteceu parece mais fácil manter alguma distância.- Então escuta Sam falar sobre o grupo e expor mais de si o que provavelmente não era uma tarefa fácil. - Samantha, você é uma pessoa com uma bagagem que deve ser pesada, imagino as pressões que lida, não a conheço, não lhe dei a chance, acho que julguei demais todos pelo que passei e vi, não que seja uma desculpa que amarre meu comportamento por inteiro, mas inegavelmente devia ter sido mais aberta a vocês!- Respondeu com vivacidade e olhando Sam com algum humor que a fez ficar bem relaxada na poltrona. - Nós duas somos opostos, mas tem coisas em você que aprecio, por exemplo a capacidade de agir em prol de quem você gosta seja aquela que a torna tão vivida, claro que sua boca suja não é algo que possa elogiar por completo, mas em alguns momentos são as melhores palavras que podem ser ditas. Mesmo que sejam palavrões, mas são verdades carregadas de expressão forte e isso torna você verdadeira!- Ela riu baixo e comeu um biscoito pensando que não falava nenhum dos palavrões que a outra conhecia, mas certamente um dia podia ser libertador dizer algum no momento certo! - Podemos recomeçar, hoje sinto que posso confiar nos Algozes, porque se não me permitir a isso, jamais poderei honrar a memória de Franco, ele me mostrou muita coragem e permanecer uma covarde ou fugindo seria manchar o ato dele!- Ela olha o calcanhar de Sam e sorri de um jeito caloroso. - Você vir aqui é um grande recomeço, fiquei surpresa e agradeço por ter feito isso.- Ela bebericou o chá. - Aprendi depois de tudo que houve que mentiras não duram pra sempre, que nem tudo é exatamente o que quero que seja e que às vezes oportunidades de recomeçar devem ser vistas como um presente!-
- Bastet
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- Mensagem nº36
Re: A Clínica - Primeira lua nova - Terceiro capítulo
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- thendara_selune
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- Mensagem nº37
Re: A Clínica - Primeira lua nova - Terceiro capítulo
-Algumas vezes sinto falta, mas quero me especializar então todo segundo livre acaba sendo revertido em direção ao que desejo, pela primeira vez em muito tempo posso decidir o que quero fazer, quando e como fazer!- Sam fala sobre estar saudável, assim como a nova atividade no Canil e Chloe olha o cão. -Concordo animais são adoráveis, nunca pude ter um cão, mas havia cavalos, pôneis e uma fazenda fora da cidade cheia de bichinhos nos reuníamos lá uma vez no ano para comemorar o aniversário da tia Claire.- Chloe lembrou da infância e consequentemente da família, mas manteve o sorriso.
- É uma oferta tentadora, acho que para a casa seria algo bom, para mim que estou em um lugar alugado, não sei como o dono lidaria com uma belezinha dessas, já que informei que não tinha animais.- Estica o braço para acariciar o animal.
******
- Filhos?- Estava surpresa. Imaginando que se tratava apenas de uma criança. Então repete a pergunta e mostra dois dedos como se quisesse sinalizar a própria surpresa. - Duas crianças? Nossa que notícia maravilhosa, é como se mesmo em meio ao nevoeiro que estamos algo enviasse uma mensagem para manter a fé em um futuro melhor!- Chloe recosta-se na poltrona encantada, olhando o ventre da outra, pensando em si mesma. - Não posso ter filhos, mas sempre desejei ter vários, fico imensamente feliz por você, apesar tudo que nos cerca você se mantém forte e com toda certeza essas crianças terão uma mãe incrível!- Os olhos cheios de animação.- Duas crianças correndo atrás de você, noites longas sem pregar os olhos, mas nada supera o momento que eles começam a balbuciar as primeiras palavras!- Havia emoção na voz enquanto falava. - Nesse exato momento já reconhecem sua voz e das pessoas que realmente convivem mais perto de você!-
Depois ela desafia Chloe a falar um palavrão a ruiva ri sonoramente. - Que tal “foda-se”?!- Ela corou e riu de novo. - Não se pode negar o pedido de uma grávida.- Ficou envergonhada, mas acabou se deixando levar pela brisa de humor que aquilo trazia ao ambiente.
*******
-Franco não me deu tempo de conhecê-lo, mas inegavelmente me marcou e certamente diria isso mesmo…- Chloe ri com a imitação que Sam faz. - Ele agora faz parte de mim de certa forma.- O sorriso é uma linha contida, até que ela menciona Asia e em seguida James. -Meu primeiro porre pode resultar em algo inimaginável!-
Os olhos dela vão de Sam ao teto depois ficam na morena. -Tenho que me habituar a chamar você de Sam e evidente que o tal porre pretendo cobrar! Mas aproveitando o momento, posso ajudar você a montar um negócio, pretendo incentivar os demais membros com isso, precisamos ter recursos e ao que parece posso dar uma mãozinha, pelo menos no seu caso já seria possível criar algo caso você queira minha ajuda!-
Levantou-se para fazer mais chá, escolhendo os saquinhos e falando. - Tem certeza que não quer tomar nada? Tenho amora, laranja-bergamota e uma mistura de ervas com aroma forte, mas de traços doces.- Olhava a pequena dispensa, os chás eram algo comum em sua rotina. Tinha experimentado sabores novos enquanto buscava lojas de artigos indianos. - Isso me lembra que recentemente tomei um Masala chai que é um chá indiano fervido com leite e especiarias.- Então acaba optando pelo laranja-bergamota e espera Sam confirmar se tomaria algo ou não. Se a morena confirma ela faria para Sam, caso contrário voltaria a sentar.- E você Sam, como andam os assuntos do coração?- O sabor forte a fazia sentir uma sensação prazerosa enquanto bebia e o aroma perfumava o ar dando uma coisa nostálgica para Chloe que também pensou em seus assuntos do coração que andavam confusos demais.
- É uma oferta tentadora, acho que para a casa seria algo bom, para mim que estou em um lugar alugado, não sei como o dono lidaria com uma belezinha dessas, já que informei que não tinha animais.- Estica o braço para acariciar o animal.
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- Filhos?- Estava surpresa. Imaginando que se tratava apenas de uma criança. Então repete a pergunta e mostra dois dedos como se quisesse sinalizar a própria surpresa. - Duas crianças? Nossa que notícia maravilhosa, é como se mesmo em meio ao nevoeiro que estamos algo enviasse uma mensagem para manter a fé em um futuro melhor!- Chloe recosta-se na poltrona encantada, olhando o ventre da outra, pensando em si mesma. - Não posso ter filhos, mas sempre desejei ter vários, fico imensamente feliz por você, apesar tudo que nos cerca você se mantém forte e com toda certeza essas crianças terão uma mãe incrível!- Os olhos cheios de animação.- Duas crianças correndo atrás de você, noites longas sem pregar os olhos, mas nada supera o momento que eles começam a balbuciar as primeiras palavras!- Havia emoção na voz enquanto falava. - Nesse exato momento já reconhecem sua voz e das pessoas que realmente convivem mais perto de você!-
Depois ela desafia Chloe a falar um palavrão a ruiva ri sonoramente. - Que tal “foda-se”?!- Ela corou e riu de novo. - Não se pode negar o pedido de uma grávida.- Ficou envergonhada, mas acabou se deixando levar pela brisa de humor que aquilo trazia ao ambiente.
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-Franco não me deu tempo de conhecê-lo, mas inegavelmente me marcou e certamente diria isso mesmo…- Chloe ri com a imitação que Sam faz. - Ele agora faz parte de mim de certa forma.- O sorriso é uma linha contida, até que ela menciona Asia e em seguida James. -Meu primeiro porre pode resultar em algo inimaginável!-
Os olhos dela vão de Sam ao teto depois ficam na morena. -Tenho que me habituar a chamar você de Sam e evidente que o tal porre pretendo cobrar! Mas aproveitando o momento, posso ajudar você a montar um negócio, pretendo incentivar os demais membros com isso, precisamos ter recursos e ao que parece posso dar uma mãozinha, pelo menos no seu caso já seria possível criar algo caso você queira minha ajuda!-
Levantou-se para fazer mais chá, escolhendo os saquinhos e falando. - Tem certeza que não quer tomar nada? Tenho amora, laranja-bergamota e uma mistura de ervas com aroma forte, mas de traços doces.- Olhava a pequena dispensa, os chás eram algo comum em sua rotina. Tinha experimentado sabores novos enquanto buscava lojas de artigos indianos. - Isso me lembra que recentemente tomei um Masala chai que é um chá indiano fervido com leite e especiarias.- Então acaba optando pelo laranja-bergamota e espera Sam confirmar se tomaria algo ou não. Se a morena confirma ela faria para Sam, caso contrário voltaria a sentar.- E você Sam, como andam os assuntos do coração?- O sabor forte a fazia sentir uma sensação prazerosa enquanto bebia e o aroma perfumava o ar dando uma coisa nostálgica para Chloe que também pensou em seus assuntos do coração que andavam confusos demais.
- Bastet
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Re: A Clínica - Primeira lua nova - Terceiro capítulo
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- thendara_selune
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Re: A Clínica - Primeira lua nova - Terceiro capítulo
- Hum, você sabe, não quero abusar do proprietário, mas vou pensar no assunto com carinho.- Ela pensa no tal beicinho.- Fazer beicinho?!- O riso solto ecoando no ar. Então suspira pra continuar a falar. -Pensei em ficar na casa no começo, mas as vezes sinto como se precisasse de um espaço, entende? Por isso optei em um apartamento dentro do território, quero dar espaço aos rapazes também, sou cheia de manias, adoro organização, ter rotina, horários e fiquei pensando em como seria morar com tantos homens e uma policial?! - Riu de novo com bom humor que morre brevemente quanto lembra dos Puros. -Em algum momento terei que enfrentar tudo, mas agora me sinto mais forte para encarar as coisas!- A voz cheia de calma.
******
Os olhos se perdem de novo e meneando a cabeça para espantar pensamentos tensos sorri. - Vocês duas vão conseguir e tenho certeza que podem contar com nossa alcateia, vamos dar um jeito de fortalecer todo mundo e se precisar de algo não hesite em falar comigo. - Ela tocou a mão de Sam e prosseguiu. - Uma tia pode mimar os sobrinhos, vou adorar fazer isso, adorava cuidar das crianças das minhas parentes, os bebezinhos são adoráveis, cada choro é uma coisa diferente, em uns três meses você vai reconhecer o que cada um significa e aceitar que muitas vezes eles só querem ficar agarrados aos seus bicos por horas sem que ninguém os atrapalhe!- Falou sem formalidade, mostrando um sorriso sincero.
******
Quando fala o palavrão riu um bom tempo e dizia. -Viu Sam, posso ser fora da caixinha vez ou outra!?- Piscou e fez o chá pra si mesma. Depois via a morena mandando uma mensagem. Sentou-se na poltrona esticando as pernas. - Anne e Aponi vão conseguir trilhar o caminho que buscam!-
******
-James e eu tivemos algumas poucas chances de nos conhecermos...- Divagou olhando através de Sam. - Ele é incrível, decente, genuíno e bondoso...O filho dele é uma gracinha, mas- Chloe respira fundo.- Só o tempo vai dizer o que nos aguarda em Dover, por agora prefiro apenas beber até não lembrar de mais nada e amanhã acordar com o sol atravessando a minha janela e me fazendo crer que todos nós teremos uma nova chance para viver o que a de melhor!- Ela pensou nos olhos de James, ele mexia com ela de um jeito diferente, mas ao mesmo tempo sabia que se insistisse em mantê-lo perto algo ainda pior podia acontecer. Ela bebe o chá, mordisca um biscoito querendo afugentar os pensamentos nebulosos.
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Os olhos se perdem de novo e meneando a cabeça para espantar pensamentos tensos sorri. - Vocês duas vão conseguir e tenho certeza que podem contar com nossa alcateia, vamos dar um jeito de fortalecer todo mundo e se precisar de algo não hesite em falar comigo. - Ela tocou a mão de Sam e prosseguiu. - Uma tia pode mimar os sobrinhos, vou adorar fazer isso, adorava cuidar das crianças das minhas parentes, os bebezinhos são adoráveis, cada choro é uma coisa diferente, em uns três meses você vai reconhecer o que cada um significa e aceitar que muitas vezes eles só querem ficar agarrados aos seus bicos por horas sem que ninguém os atrapalhe!- Falou sem formalidade, mostrando um sorriso sincero.
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Quando fala o palavrão riu um bom tempo e dizia. -Viu Sam, posso ser fora da caixinha vez ou outra!?- Piscou e fez o chá pra si mesma. Depois via a morena mandando uma mensagem. Sentou-se na poltrona esticando as pernas. - Anne e Aponi vão conseguir trilhar o caminho que buscam!-
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-James e eu tivemos algumas poucas chances de nos conhecermos...- Divagou olhando através de Sam. - Ele é incrível, decente, genuíno e bondoso...O filho dele é uma gracinha, mas- Chloe respira fundo.- Só o tempo vai dizer o que nos aguarda em Dover, por agora prefiro apenas beber até não lembrar de mais nada e amanhã acordar com o sol atravessando a minha janela e me fazendo crer que todos nós teremos uma nova chance para viver o que a de melhor!- Ela pensou nos olhos de James, ele mexia com ela de um jeito diferente, mas ao mesmo tempo sabia que se insistisse em mantê-lo perto algo ainda pior podia acontecer. Ela bebe o chá, mordisca um biscoito querendo afugentar os pensamentos nebulosos.
- Bastet
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- Mensagem nº40
Re: A Clínica - Primeira lua nova - Terceiro capítulo
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