por Elminster Aumar Ter Ago 26, 2014 10:17 pm
Necross passa os dias seguintes atacando vilarejos próximos à mansão na forma de um elfo negro. Ele foi brutal em seus ataques e os aldeões não sabiam como reagir perante a sua demonstração de poder. Os alvos preferidos do necromante eram as crianças, e ele além de assassiná-las arrancava os seus pequenos crânios para levá-los consigo.
Um boato sobre um drow bruxo que rapta crianças para rituais funestos começou a surgir na boca do povo do Vale da Batalha.
Alfador desce do telhado em que estava, chegando ao parapeito de uma das janelas da torre, e entra numa sala aparentemente fazia. Janus havia se encolhido entre a mata para evitar ser visto por alguns poucos vigias do forte, e então usou sua magia para teletransportar.
Ele apareceu na sala em que Alfador tinha ido. Na verdade tratava-se de um quarto, com uma cama, um armário e um baú. Na parede à sua direita havia três lanças de tamanho diferentes suspensas em armações de madeira. Alfador roçou nas pernas do mago assim que o viu. Era de manhã e o brilho do sol iluminava o recinto através da única janela do aposento.
Shaíra percebeu que havia deixado confuso o guarda quando disse sobre ela ter usado uma magia de teletransporte, mas o sujeito após pensar por alguns segundos pareceu decidir que havia entendido errado, talvez os efeitos da bebida ainda não tivessem passado totalmente.
- Hã, bem, essas ruas são sempre muito perigosas mesmo... - disse ele debilmente. - Hum... venha, hã, Adna, vou ver o que eu posso fazer para tirar essas algemas de você.
O guarda se levantou e guiou Shaíra aos fundos da taverna. O homem possuía um quarto próprio, mas era uma coisa pequena e apertada. Ainda assim, a sacerdotisa viu algumas ferramentas de ferreiro ali que certamente poderiam ser úteis para quebrar as suas amarras. O homem apontou para uma mesa, dizendo para ela estender os seus braços apoiados ali. Em seguida ele pegou um martelo.
- Mantenha os punhos o mais afastado que conseguir... Hum... vamos ver o que consigo... - O homem levantou o martelo, mas ele não parecia saber muito bem o que estava fazendo. Então, sem mais nem menos, ele fechou os olhos e desceu o martelo num ímpeto violento e as algemas de Shaíra se partiram em duas. - Ufa! Consegui! Err... bom, ainda temos que desprender o resto da algema de que sobrou em cada pulso, mas pelo menos você já pode movimentar os seus braços livremente agora.
Com a ferramenta da moça, Grimlock invocou a magia no pergaminho. Era uma magia poderosa que estavam além de seus capacidades, mas o ritual feito através do pedaço de papiro funcionou e o feral ficou sabendo a exata localização da mulher. Ela estava numa cidade em Sembia, mais praticamente em uma estalagem. O barão ficou bastante satisfeito quando Grimlock informou o paradeiro de Shaíra.
- Ótimo, já sabemos onde ela está. Só me pergunto por que ela resolveu fugir para tão longe daqui. Bom, se tivermos sorte, poderemos deixar que ela própria responda isso, assim que a encontrarmos. Quanto ao segundo pergaminho, não se preocupe meu amigo, eu também sei fazer alguns pequenos truques.
O Barão então fez por ele próprio a magia contida no segundo pergaminho, o de teletransporte. Ele pediu para que o feral se segurasse nele, e então assim que o ritual de leitura terminou, os dois foram sugados da paisagem em que estavam, para outra bem diferente. Eles haviam se teletransportado para a cidade em que Shaíra estava e apareceram no meio de um dos tradicionais mercados de Sembia, e o lugar estava abarrotado de mercadores, fregueses e barracas, tão lotado que ninguém pareceu notar que havia surgido dois seres ali do nada, embora Grimlock depois passou a chamar a atenção por sua aparência. Arthminos parecia encantado em estar ali, como se essa visão lhe trouxesse boas lembranças.
- O chamado do dever urge, mas estou vendo uma adega e não posso sair daqui sem comprar um bom vinho sembiano. Se quiser ir indo até a estalagem em que a moça está, eu me encontro com você depois.