"Eu nunca quis ser uma heroína, na verdade eu nuca fui boa em nada até esses poderes aparecerem. Eu era apenas uma garota do ensino médio vivendo uma vida normal e medíocre, tentando ser popular e me enturmar coma todo, mas na verdade era a só a magrela esquisita que ninguém queria por perto.
Minha primeira menstruação chegou bem tarde, eu tinha 14 anos na época. Isso já era motivo para as garotas que diziam serem minhas amigas espalharem para todos da escola e fazerem dos meus anos um inferno. Foi mais ou menos perto dos 16 que meu corpo passou a tomar forma rapidamente e as coisas estranhas começaram a acontecer.
Até então eu achava que era apenas efeito da puberdade ou tpm, mas era algo mais além e eu só fui dar conta do que realmente estava acontecendo comigo na minha primeira vez com o Josh, meu ex namorado. Eu ainda sinto um aperto no peito quando o vejo e o olhar que ele lança para mim, não tenho culpa do que aconteceu eu não tinha controle da minha força, agora ele vive em uma cadeira de rodas…
Aquilo me assustou, tive que perguntar a minha mãe, afinal eu poderia ter herdado isso dela ou do meu pai. Eu sempre via os heróis na tevê, mas nunca pensei que eu seria um deles. Foi assim que eu descobri toda a verdade.
Meu pai era um famoso astronauta e engenheiro espacial, ele foi o primeiro homem a se aproximar do Sol, o que eu não sabia era que ele tinha sido vítima de algum tipo de evento lá que o expôs a uma alta radiação cósmica que o matou anos depois devido a um câncer no sangue.
Aparentemente aquela radiação passou para mim e alterou meu DNA ou algo assim. Minha mãe pareceu assustada e eu também. Aquilo foi o início de uma superproteção pois ela não queria que eu acabasse me envolvendo nos problemas do mundo, a questão é que quando você descobre que pode voar, lançar raios pelos olhos e levantar carros como se fossem brinquedo, você não quer ficar trancada no quarto.
Isso acabou abrindo portas, eu já tentava bombar na internet como influenciadora, nunca tive talento, mas após postar vídeos das minhas habilidades, meu perfil cresceu rápido e não demorou para empresas querendo propaganda, comerciais. Quando vi estava usando um traje de super herói a e dando entrevista na televisão.
Foi uma dessas entrevistas que a Jackie do Good Morning Jackie me perguntou como era me sentir superiora. E foi daí que meu codinome surgiu, Superiora com um S no peito e tudo.
Agora estou eu hoje com 18 anos, com minha própria marca, vários patrocínios e uma ONG em homenagem ao meu pai que ajuda as vítimas com câncer,
#kreukinstitute. Eu estou feliz, tenho tudo o que eu quero ajudo quem precisa e principalmente tenho minha mãe que me apoia bastante.
-Que história incrível, mas infelizmente nosso tempo estourou. Obrigado por ter vindo, Superiora.
-O prazer é meu, Allan
-Nos vemos amanhã com um novo convidado o Men…"
O som da TV estava distante, camuflado pelo som da água corrente do chuveiro. Sentada na banheira estava Clair em seu traje de Superior, molhado enquanto sangue escorria pela porcelana branca e pintava a água de vermelho.
Em seus pulsos estavam marcas de arranhões, pois duas unhas eram um dos poucos materiais que atravessavam sua pele impenetrável. Clair estava em prantos, seu rosto manchado pela maquiagem borrada, ela encarava as feridas que cicatrizam lentamente enquanto ela deslizava seu corpo para dentro da água.
Sua visão avermelhada, ela fechou os olhos, esperando não acordar.