AF WORLD (BAHAMUT)

JEAN

Jean: - Por favor Kitana, sente-se. É uma pena que o ardil que aconteceu na feira não fora notado. Coma e beba algo enquanto nos conta os detalhes sobre o acontecido. Aonde estavam as bonecas? Quando ocorreu o roubo? Alguém conseguiu ver alguma coisa? Tem idéia de onde podem ter ido?

“Isto realmente é muito bom! Ah sim... Então, como estava dizendo, uma carga de bonecas foi roubada, ou melhor, furtada. Entraram no armazém arrombando o portão principal, aproveitando que os vigias tinham sido chamados para fazer o reforço na festa, por conta daquele ataque da boneca. Sem testemunhas, sem ninguém para impedir.”

“Sim, este era o objetivo deles, desviar a atenção para roubar a mercadoria. Eu teria feito isto...”

“Graças a Mitz que ninguém se feriu. Mas por que os ladrões simplesmente não atacaram o armazém? Era muito vigiado?.”

“Eles não iriam conseguir entrar desapercebidos. O armazém é lacrado magicamente, e contem 4 vigias, que ficam em seu interior. Ao saírem eles ativaram a segurança... Porem os bandidos encontraram uma falha, aproveitando o túnel de esgotos, e entraram sem ativar o alarme.”

“Não existe honra entre ladroes, rastejam como ratos pelo esgoto... Vai ser difícil acha-los.”

“Sim, eles foram profissionais... Ele só se esqueceram disto.”

“Eles abriram as caixas de madeira com isto e levaram as bonecas pelos esgotos.”

JEAN

- Hmmmm, complicado. Sem saber quantos são fica difícil saber qual a velocidade de viagem deles. Cray, quero que investigue o local, descubra quantos eram e veja se consegue pegar o rastro deles pelos esgotos. Não sei se há muitas saídas de esgoto mas é provável que tivessem uma ou mais carroças ao seu dispor.

“OK, só preciso que Kitana me passe o endereço e algum tipo de identificação para entrar no armazem... A rede de esgotos é bem complexa e perigosa, com níveis e subniveis, não vai ser tarefa fácil.”

Arthur, quero que encontre o seu amigo e leve o pé de cabra até ele. Com certeza ele deve ter algum professor que tenha capacidades mágicas que nos ajude ou conheçam alguém que o faça. Ouvi dizer de uma magia que consegue analisar um objeto e descobrir por onde passou e quem o manipulou..

“Sim senhor. Vou procura-lo na vila, ele vai ajudar com certeza, é muito prestativo.”

Fhey, preciso saber quando os outros integrantes do grupo retornam e vamos precisar nos ausentar por um tempo, talvez precisemos de um caseiro para cuidar de nossa propriedade. Preciso que cuide disso...

“Não vai ser possível querido... Glok esta em outro continente, e Serena nem sei onde esta. Mas vou chamar o velho Jonas para cuidar da casa.”

Jean: - Kitana, como está a frente disso, acredito que o assunto que pautarei agora seja adequado. Embora eu já tenha movido o meu grupo em prol dessa missão, preciso negociar o pagamento de nossos serviços e para isso saber quanto estão oferecendo para a realização de tal empreitada.

“Sim, com certeza... As bonecas alcançam alto valor de mercado, e se conseguirem recuperar a carga, poderão ficar com uma delas. Podem vender ou utilizar, fica a seu critério. Não sera prejuízo para a companhia, pois a principio estamos com uma defasagem no valor de 10 bonecas, e não sabemos se sera possível recuperar. Torço para que sim, e se conseguir, serei muito grata.”

“Não tenho muito mais o que contar sobre as golens de cera, informação mais especifica teria que falar com Tenchiro, o responsável pela manutenção das bonecas. Ele fez a explicação do uso do controle remoto das bonecas para 4 empregados para usarem na festa. Um deles foi ferido no ataque, e teve seu controle roubado, justamente por aquele homem que voce viu, o fugitivo. As bonecas são caras, e quem as roubou poderia vender pela metade do preço em outro lugar, e ganhar um bom dinheiro. Antes da festa fizemos a apresentação das bonecas para as companhias de comercio de Malphoros, então seu valor acabou ficando bem conhecido.”

Spoiler:

JEAN

Jean: - Hmmm, vou precisar de uma lista dessas companhias de comercio. Elas podem ser suspeitas. Precisarei disso, do local de atuação delas, dos produtos que comercializam e do modo de operação delas. Todo e qualquer tipo de detalhe será válido.

“Eu não tenho assim um conhecimento detalhado, são as 5 maiores companhias de Malphoros de comercio, que trabalham com variados produtos. Se quiser posso marcar uma reunião com os representantes comerciais, apresentando-o como parceiro. Assim voce poderá fazer a investigação diretamente com eles.”

“Perai! Como é que voce conhece a letra dessa musica? Você também é da Terra?”

JEAN

Jean: - Eu não achei que fosse encontrar alguém de lá por aqui. Sim, eu acabei chegando aqui a alguns anos e, bem, estou me virando. Vejo que esse mundo não tem sido fácil para você. Como se chama?

“Nossa! E eu pensava que estava louca ou sonhando, um sonho sem fim! Meu nome é Eiko, Eiko Tsukimi! Eu sou de São Paulo, sou neta de japoneses... e ai vim parar aqui, nesse mundo que parece o do filme Rei dos Aneis, sei la, aquele filme com elfos e anões! É tudo muito doido, vi coisas que parece que são de mentira...”

“Eu... preciso de um pouco de agua...”

“Voce disse que esta aqui faz anos? Nao conseguiu voltar para casa? Isto quer dizer que nós estamos presos neste mundo?”

“Já ouvi varias historias, que falam de anjos, demônios e de gente de outros lugares, como vocês dois... Alguns conseguem voltar para suas casas, outros não, acho que depende da sorte.”

“Comprei de um mercador das minhas terras, Asamura... É de um material que nunca tinha visto antes, duro e leve, com uma textura lisa! Pena que rachou... estava querendo outra... É da terra de vocês?”

JEAN

Jean: - Bem, acredito que sair daqui não deve ser tão simples. Eu acabei "caindo" nesse mundo e as primeiras pessoas que me receberam, foram as seis Deusas. A uma delas eu sirvo e aprendi a ser devoto. Acredito que ela saiba como me levar de volta mas necessita de meus serviços por aqui, antes de me ensinar o caminho de volta.

“Comigo foi diferente... Eu não sei muito bem como vim parar aqui, minha memoria esta um tanto confusa... Porem eu me lembro que este rosto que eu tenho aqui, não é o meu verdadeiro, eu não sou loira de olhos azuis, não tem descendente de japonês assim! Meu corpo também não é assim! Ninguem me recebeu, fui jogada aqui, neste mundo, e tenho muita saudade da minha família. Ele devem estar preocupados, pois já faz 1 mês que estou aqui. Nós temos que procurar um jeito de voltar para nosso mundo! Voce não sente saudades da sua família e seus amigos?”

Jean: - Para viver nesse mundo, aprendi que deve-se inserir de forma a fazer parte daqui. Seria um prazer ajudá-la a se encaixar por aqui mas eu estou a caminho de uma missão importante e provavelmente um pouco demorada nesse momento. Diga-me, além de tocar violão, que outros dons você tem?

“É, acho que não vai ser fácil voltar para a Terra mesmo... Eu tento ganhar um dinheiro aqui, tocando e cantando, mas não esta sendo fácil... Bem, pelo menos tenho conseguido pagar um quarto de uma taverna aqui perto... só que este é um mundo muito estranho, e fico com medo de sair. Por favor, não me deixe, posso ficar com vocês?”

“Bem, não sei como voce vai resolver isto, mas lembre-se do nosso trato... eu também estou bem em apuros, com esse roubo das bonecas, e tenho pressa.”

JEAN

Jean: - Kitana, voce comentou anteriormente sobre cinco grandes empresas que comercializam nas regiões próximas. O que pode me dizer de cada uma delas?

“Então, são cinco as maiores companhias de comércio de Malphoros. Elas dominam os negócios realizados no reino, e dividem entre si as fatias do mercado, sendo cada uma simbolizada por uma cor. Elas são: Ardenvale (branco), Vantress (azul), Locthwain (verde), Embereth (vermelho) e Garenbrig (preto). Ardenvale controla o setor de serviços, Vantress negocia informações e magias, Lochtwain a agropecuária, Embereth a metalurgia e Garenbrig a parte financeira. Essa é uma visão geral, com certeza cada uma delas tem um grande numero de companhias associadas, produtos comercializados e atritos internos, mas deve ser o suficiente para um começo.”

Jean: - Eiko, você comentou que conseguiu manter um quarto na taverna com sua música. Pelo jeito conseguiu um certo impacto com os moradores, caso contrário não teria tido êxito em conseguir dinheiro. As pessoas têm se impressionado com suas apresentações? Como tem sido as reações?

“É, acho que foi isso que me ajudou a manter um pouco da minha sanidade... Eu estava acostumada a tocar em barzinhos com meu violão, e lá era um sacrifício arrancar alguns aplausos da plateia, que parecia morta. Aqui não, já vi pessoas chorarem com minha musica, começarem a dançar bem animadas, e o melhor de tudo, dar dinheiro! Neste aspecto, aqui é um ótimo lugar para se tocar!”

“Eu ouvi a musica que voce tocou, ela tem uma letra muito triste, de saudades. Não pude evitar de derramar uma lagrima com sua canção.”

“Ah, ola querido, vejo que esta acompanhado de uma bela jovem... Esqueceu de falar alguma coisa?”

“Mestre esta sempre bem acompanhado...”

JEAN

Jean: - Fhey, Arthur, quero que conheçam Eiko. Eiko, essa é minha amada e braço direito, Fhey e esta é minha protegida e de total confiança, Arthur. Encontrei Eiko próximo ao restaurante tocando uma música da minha terra. Ela chegou aqui a menos tempo do que eu e pediu ajuda. O meu impulso é de ajudar uma conterrânea e creio que ela pode ter algo para nos oferecer em troca. Pensei em deixá-la na propriedade com o caseiro para que ela tenha um lugar para poder dormir. Quando chegarmos de nossa missão, poderemos analisar melhor toda a situação. Mas claro, gostaria da opinião de vocês.

“Por Mitz, que bom que a encontrou, querido! Sim, vamos cuidar dela, na fazenda temos um quarto sobrando, não creio que Serena ou Glok voltem tao cedo... Alem disso sera uma ótima companhia para Arthur, que anda saindo demais para conversar com rapazes...”

“Não estou saindo não, Fhey! Mas seria ótimo mesmo ter alguém para conversar como se fosse uma irma, ao invés de uma como se fosse uma mãe...”

“Muito obrigada, prometo não dar trabalho, e vou ajudar no que for preciso...”

“Temos companhia.”

JEAN

Jean: - Olá meu bom senhor. Eu acredito em você quando diz não querer confusão, porém não confio em sua adaga. Temo que não posso deixar que Kitana vá sozinha conversar com você e os seus assim. Vamos fazer da seguinte forma. Abaixe sua faca e diga o que tem para dizer para ela de onde está. Caso não abaixe sua adaga ou caso seus amigos se aproximem, iremos considerar a presença de vocês como uma ameaça e seremos obrigados a rechaça-los.

“Bem, eu te dei uma chance, então não vai reclamar da surra que vai levar!”

“Acho que realmente vou ter uma conversinha com voce... Quem mandou vocês? Por que motivo?” pergunta, enquanto torce o nariz sangrento do meliante.

“Aiaiaiai! Eu falo! Eu falo! Foi o meu chefe, o nome dele é Modus! Maldito, não disse que vocês eram bons de briga!”

JEAN

Jean: - Vamos homem, nos dê detalhes. Todos os detalhes que souber. Acredite, saberemos se estiver mentindo ou omitindo algo.

“Não senhor, sim senhor, eu digo tudo! O Modus é o líder de uma das facções de ladinos de Malphoros, eu trabalho para ele, e recebi a ordem de levar a moça ai para falar com ele. Eu levo vocês pra falarem com ele, eu juro! Ele não disse mais nada!”

“Por que queriam falar comigo? Que outra informação vocês querem de mim, hein?”

“Juro que não sei!”

Jean: - Mais uma vez eu agradeço por poder contar com vocês. A agilidade e assertividade de suas ações foi impecável. Sou um homem feliz por ter vocês duas ao meu lado.

“Por Mitz, gosto quando fala bonito, meu amor!”

“E quem não estaria feliz de ter nós duas do seu lado, mestre...”, diz sorrindo, em tom provocativo

Jean: ... Quando eu voltar quero poder conversar com você com mais calma e te conhecer melhor. Até lá.

“Muito obrigada mesmo... Agora já não me sinto assim tão perdida... Por favor, tomem cuidado na missão de vocês!”

JEAN

Jean: - Saudações meu bom homem. Minha amiga tem um apontamento com Modus e este jovem ficou de nos guiar até ele. Eis que ele nos trouxe até aqui.

“Ei, Brak, sou eu, Rodney! O Modus mandou eu trazer a mulher dos olhos puxados ai, ta tudo certo, libera a passagem!”

“Se me chamar assim de novo, eu te conserto o nariz no soco!”

“Hmpf! É voce, Rodney? Não reconheci voce, com esse nariz torto. Ta parecendo mais que eles que te trouxeram...”

“Mas não mesmo! Mestre?”

“Tambem temos a opção de limpar a cidade de Malphoros deste antro de perdição...”