ARCO 1 - UM POUCO DE CONHECIMENTO
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ESTRADA PARA TYR - GRANDE DESERTO
“Eu vivo em um mundo de fogo e areia. O sol vermelho queima a vida de qualquer coisa que rasteje ou voe, e tempestades de areia arrancam a folhagem do solo árido. Raios caem de um céu sem nuvens, e distantes sons de trovões são ouvidos pelas vastos platôs. Mesmo o vento, seco e escalpelante, pode matar um homem de sede.” - O Andarilho.
“Uma pessoa pode se tornar escravo de 3 maneiras: nascendo como escravo, capturado em guerra ou conflito armado, ou vendido pela sua comunidade, por crime ou débito” - Leis Escravistas de Tyr.
Atravessar o Grande Deserto não é tarefa fácil.
A caravana que levava os escravos até a cidade-estado de Tyr estava no segundo dia de viagem, e após uma cansativa marcha pelo sol carmesim escaldante, parou ao final da tarde. Os guardas começaram a preparar suas tendas e acender fogueiras, numa imensidão de areia para todos os lados.
Os escravos ficavam no espaço reservado do Mekilot de transporte, numa sala quente e escura, sem ventilação e uma porta de cada lado, trancada pelo lado de fora.
Kalash e Gibdin, que não tinham outras possessões além de suas próprias roupas, aguardavam algemados pela chegada dos guardas, que trazia a tão preciosa cota de agua do dia. Cada um tinha seu copo de barro, no qual era despejado o conteúdo vital com cuidado, pois não se podia haver desperdício de agua. Os outros escravos, em numero de 10, esperaram avidamente pela sua vez.
Trancado em uma jaula especial ficava o Thri-Kreen Kriket. Os guardas, não acostumados a lidar com os insetos da areia, derramavam a agua rapidamente no recipiente, evitando de se aproximar muito da criatura.
Depois dos guardas irem embora, uma das mulheres, uma humana de cabelos escuros, se dirige a Kalash e Gibdin. Já faz vários dias que ela tem observado os dois, e não fazia questão de esconder isso. Ela mantem uma postura altiva, não parecia ser uma simples nômade ou moradora de vila indefesa.