DARK SUN WORLD

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ARCO 1 - UM POUCO DE CONHECIMENTO
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PLANALTO ARIDO

- E por que você precisaria encontrar um império assim?.

Dima suspira, põe a mão no queixo e fica pensativa. Ela então diz,

“Não sei se voce pode entender a motivação de nós humanos, pois pode parecer um motivo besta... Enfim... Meu pai gostava muito de estudar, e vivia de um lado para o outro visitando cidades, vilas e lugares diferentes... A ponto de deixar sua mulher e sua filha para se virarem sozinhas neste mundo. Ele voltava depois de algum tempo, só que quando ele foi atrás desse suposto Imperio Kreen, não voltou. Pois bem, quero encontrar ele e dar um murro em sua boca, para deixar de ser besta.”

Ela olha para um grupinho formado pelos ex-escravos e os ex-guardas. Parecia já que aqueles titulos não valiam mais, sendo agora todos sobreviventes.

“É, agora somos sobreviventes. Não sei se meu pai já viu o que eu vi, mas entendo este negocio de emoção de ver coisas novas. Desde que eu não morra, esta tudo bem.”

Enquanto isto, Kalash confere as informações que Gibdin trazia. O halfling parecia preocupado, e diz somente a ele o que viu.

-Conheço um dos membros da caravana é uma halfling como eu, amiga de infância a minha tribo. Ela é a lider da tribo. Não atacarei um amigo. Inclusive podemos ser beneficiados caso me apresente, eles podem nos ajudar de varias maneiras. Não permitirei que estes salteadores ataque a caravana. Vocês não tem obrigação de defende-los, eu lutarei sozinho junto com ela caso seja necessário. .

Porém, gritos vindo da caravana chamam a atenção dos dois. Kalash, Gibdin e Kriket vão ate o ponto onde estão escondidos os 3 salteadores, que apontam para baixo.

“Parece que alguém resolveu atacar antes da gente!!!”

Mais abaixo, era possível ver uma enorme forma serpentina dentro do acampamento, bebendo a agua e causando rebuliço. Os guardas estavam amedrontados, assim como a líder halfling da caravana, Rikas. Ninguem se atrevia a atacar a criatura, apenas limitando-se a tentar mante-la afastada com suas lanças. Haviam duas pessoas caídas no chão, sem se mover.

O monstro, depois de se saciar com a agua, ergue seu corpo e do alto parece estar escolhendo quem seria seu próximo jantar.

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ARCO 1 - UM POUCO DE CONHECIMENTO

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PLANALTO ARIDO

- Seu pai estava enganado. Minha raça é nômade e nunca forma comunidades permanentes. Agir em bando é algo familiar para mim, mas nunca vi uma cidade thri-kreen, ainda menos um império. Seu pai estava enganado. Ou ele ainda está vagando por aí procurando essa ilusão ou ele morreu na tentativa.

Dima eleva a ponta esquerda do lábio e acena com a cabeça.

“É, deve ser isso mesmo... Na realidade ele queria se ver livre da família mesmo. É cada um por si nesta vida.”

Gritos chamam a atenção de Kriket e Dima, que vao ver o que esta acontecendo.

Então algo inesperado pelo Thri-Kreen toma conta de seu ser.

A... visão... daquele monstro!

Um mecanismo ancestral da inicio, e Kriket fica paralisado, perdido em si mesmo.

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Ele esta na escuridão. E abre os olhos.

Kriket ve sua companheira querida, Tik-tik e seu filho Kiktul, ao redor de uma fogueira. Todos estão conversando, falando de como estava bom aquele passeio nas rochas cintilantes. Já era hora de ir embora, mas Kriket havia decidido ficar um pouco mais, para poderem ver o cintilar das rochas no crepúsculo. Kiktul havia caçado seu primeiro Erdlu selvagem, e a sua ninhada nuclear, sua família, estava partilhando de sua carne.

Kriket esta ao lado de Tik-tik, olhando com orgulho para seu filho, que contava o que tinha feito para dominar o animal.



“É o melhor dia da minha vida, pai, mãe!”, repetia.

Então algo como um enorme chicote atinge Kiktul, arremessando contra uma parede de pedra.

Kriket vai ate onde esta a sua arma, mas sente uma dor forte em seu abdômen, e não consegue mais se mexer. Fora mordido e o veneno o paralisou! Ele ve então como o verme domina Tik-tik, e enrolando em seu corpo segmentado, os leva voando para seu ninho.

Paralisado, Kriket ve o processo em que o monstro os coloca num casulo de seda. De onde estava não conseguia ver seu filho, mas podia ver claramente Tik-tik a sua frente. E dolorosamente acompanhou como o verme vinha sugar o sangue de sua companheira, vez após vez, ate torna-la uma casca seca e sem vida.

O sentimento de impotência era insuportável, estar ali e presenciar a morte lenta de sua mulher. Kriket, para não enlouquecer, apagou.

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Kalash: - Por todos os desertos, o que é aquilo! Algum de vocês sabe o que é e como lidar com isso? Preciso saber se estamos em perigo e se é capaz ajudar aqueles que estão lá embaixo. .

Gibdin já tinha tomado sua decisão de ajudar Rikas, e enquanto corre ativa sua conexão com o deserto e chama por um Thoqqa, que surge escavando em frente do Vorme da Seda. A mesma se afasta de seu golpe e da um sibilo, identificando seu novo inimigo.

Os membros da caravana ficam estatísticos, ao ver um novo monstro surgindo e se encarando.

-Rikas, venham para cá, sou eu Gibdin!

A halfling ouve a voz familiar e arregala os olhos vendo Gibdin.

“Pelos espíritos ancestrais, estaria sonhando? Não pode ser normal, isto... É voce Gibdin, o que voce esta fazendo aqui?”

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Kalash da suas ordens a Sigrid, que desce para explicar rapidamente a situação e organizar aqueles que podiam lutar. Kalash chama Kriket, mas o mesmo parecia imóvel. Dakali desceu para proteger o restante dos sobreviventes, enquanto Dima ficou com o Thri-Kreen, tentando tira-lo do transe em que se encontrava.

Kalash então se volta para os três salteadores e diz,

Kalash: - O momento da decisão é agora, Escolhemos lutar pela vida e nos unir como sobreviventes. Tomem a decisão de vocês de lutar ou fugir.

Sem esperar resposta, o meio-elfo desce pela encosta, e com certa surpresa ve a outra criatura emergir da areia e confrontar o vorme. Concluindo se tratar de algum poder do pequenino, volta sua atenção para o monstro. Aproveitando-se de uma rocha ele salta, tentando fincar a sua espada em seu corpo segmentado. Porem a escama da besta era por demais dura, e sem apoio ele continua rolando pela areia.

O Vorme é rápido, e serpenteia em grande velocidade. Kalash sente a mordida em sua perna, mas seus reflexos rápidos fazem com que seja algo somente de raspão. E é na dormência em sua perna direita que ele percebe o perigo daquele monstro terrível!

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ARCO 1 - UM POUCO DE CONHECIMENTO

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PLANALTO ARIDO



Liberto de seu torpor e inundado pelas memorias do passado, Kriket salta raivoso sobre a cabeça da serpente. Seus olhos se cruzam.

“Adoro o suco dos insetos...”

O contato mental desestabiliza a concentração do Kreen, que erra seu ataque no ar, e é golpeado pelo verme. Kriket faz um rolamento, e volta sua atenção para o inimigo. Seria ele o mesmo?

Kalash da o seu aviso aos outros, mas era claro o medo que todos sentiam da fera, que ainda permanecia ilesa aos ataques. Um olhar para o topo da colina, e o meio-elfo pode constatar a chegada de reforços, na forma de Sigrid e mais 3 guardas. Os integrantes da caravana estavam ainda por ali, com suas lanças em mãos, mas apenas defensivamente.

Kalash sabia que um golpe no monstro seria essencial para a moral do grupo, para que todos atacassem sem medo. E por isto novamente foi ao combate.

O meio-elfo lançou um primeiro ataque, para ver a reação do monstro. A mesma logo contra-atacou, Kalash escapando com um rolamento. Aproveitando sua chance, a espada conecta no corpo, porem as escamas da criatura eram resistentes demais!

Ela da um giro, se enrola, e volta ao ataque. Kalash ve que logo atrás de si esta uma das carroças, e salta no ultimo instante, a prestes de ser abocanhado. Com um grande estrondo a serpente atinge o veiculo, arrebentando-o em dois. A cabeça do monstro parece balancear de um lado para o outro, atordoado pela colisão.

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ARCO 1 - UM POUCO DE CONHECIMENTO

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PLANALTO ARIDO



Tendo ganhado tempo com sua manobra e permitindo a fuga de Rika, Gibdin volta a sua atenção para o combate que ocorria próximo dele. Kriket e Kalash estavam em luta com a criatura, e seu Thoqqa estava um pouco mais atrás. O druida tentou ajudar seus parceiros, porem desconhecendo a natureza do monstro, invocou uma magia de prisão selvagem, sem sucesso. Aquele monstro era poderoso demais para ser aprisionado assim.

Alheio as ações dos outros, Kriket se lança novamente ao combate. Observando os padrões no monstro, percebe a oportunidade para saltar sobre seu corpo que se enroscava, recuperando-se do impacto contra a carroça. Antes de ser esmagado pelos anéis formados pelo corpo sinuoso, salta novamente, desta vez se aproximando da cabeça da criatura, que ainda balançava por causa da tontura.

O Thri-kreen não teve duvida, e mirou no olho direito do monstro.

Sua determinação foi recompensada com o guincho ensurdecedor do Vorme da Seda, que tinha a lança fincada em seu olho!

Kalash percebe sua chance, e salta para dar  o golpe final na criatura.

Porém, em seus movimentos convulsivos, a criatura acerta com seu corpo o peito de Kalash, que perde o ar e vai ao chão, ferindo-se ao se chocar contra uma pedra.

Vendo que o Inseto-homem tinha sido bem-sucedido, os demais partem para o ataque, com suas lanças e espadas preparadas para atingir o corpo da serpente.

Só que as laminas atingem apenas a sombra da criatura!

Vendo sua morte iminente, o Vorme da Seda ativa sua habilidade de se tornar uma sombra por completo... A lança que perfurou seu olho vai ao chão, não tendo onde se apoiar, e o monstro ascende para o céu, voando em direção ao seu refugio.

Os heróis são vitoriosos mais uma vez! E todos ali presentes, sejam os ex-escravos, guardas, bandoleiros e caravanistas, saudam a coragem daqueles que enfrentaram o monstro.

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ARCO 1 - UM POUCO DE CONHECIMENTO

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PLANALTO ARIDO



Apesar de serem sucedidos ao obrigar o monstro a se retirar, Kriket encara aquilo como se fosse uma derrota. Ele pega a lança que havia caído no chão, sua lamina ainda molhada com o sangue da criatura vil, e vai em direção de Kalash. O líder se levanta sozinho, sentindo-se com o dever cumprido, o dever de salvar aqueles que estavam sob sua proteção.

Kriket e Kalash chegam próximo de um grupinho, onde estavam os salteadores, que incitavam ao restante do grupo para pedirem por uma recompensa. Era Marista que falava.

“Temos todo o direito! Se não fosse por nossa ajuda, todos da caravana teriam sido mortos pelo monstro!”

Dima poe as mãos na cintura e da uma gargalhada.

“Como assim, nossa ajuda? Voces são estranhos, não fizeram nada... Mas também acho que merecemos alguma coisa por expulsarmos o monstro.”

Dakali nega com a cabeça.

“Não fizemos isto esperando algo em troca. É errado fazer qualquer demanda, mesmo que estivermos precisando.”

Sigrid faz um sinal de silencio.

“O líder decidira, foi ele que arriscou sua vida, junto com o thri-kreen e o halfling. Ele se aproxima.”

Enquanto isto, Gibdin conversa com Rikas.

-Rikas! Ainda bem, consegui ajuda-los a tempo. Eu também pergunto o que vocês estão fazendo por aqui?

Ela sorri e abraça o conterraneo.

“Bom te ver novamente... Minha família já trabalhava com comercio fora da vila, e um ano depois decidimos comprar e vender alimentos para outras vilas e tribos. Os negócios vão bem, a produção na floresta tem muita procura, o problema são as distancias e os assaltantes.”

-Todos tinhamos sido sequestratos por traficantes de escravos, mas fomos salvos no caminho e fugimos, inclusive algusn são soldados da carava que estavam nos escoltando.

Rikas alça as sobrancelhas ao ouvir que o amigo tinha sido escravizado.

“Realmente Gibdinm, que dureza... Ei, que tal se voce se juntar a minha caravana? Eu ficaria muito... Quer dizer, seria muito bom ter alguém de confiança junto, é difícil se encontrar alguém com quem a gente pode dormir sossegado, quer dizer, dormir separado... mas sossegado, tipo, que não cortem nossa garganta quando a gente estiver dormindo...”

Rikas faz uma careta, se arrependendo de ter falado tanto.