_______________________________________ARCO 1 - UM POUCO DE CONHECIMENTO
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PLANALTO ARIDO
Gibdin se aproxima dos arbustos e começa a analisa-lo com cuidado, mantendo uma distancia segura. Seu conhecimento do mundo natural lhe diz que aquela planta era uma predadora, a se julgar pelos espinhos e a forma de seus galhos, mais assemelhados a uma serpente constritora. Suas flores brancas exalavam um perfume que atraiam animais, que possivelmente se aproximavam demais e acabavam sendo pegos.
O halfling então com cuidado atravessa a passagem sem tocar nos arbustos, e chega próximo do lago. Não havia muita agua, e parecia que aquele pequeno oásis iria secar logo. Ao se concentrar e reunir poderes elementais, sentiu que a agua não era boa para o consumo, tendo sido envenenada! Este era o motivo dos pequenos animais ao redor do lago terem sido mortos, conforme Dakali tinha observado em seu olho mental.
O druida então decide retornar para contar a Kalash o que tinha descoberto. Porem, o aparecimento de sobreviventes cria um novo problema para os heróis.
| -Infelizmente não tenho poder suficiente para cuidar de mais pessoas do que ja temos, não podemos aceita-los. . |
| Kalash: - A situação precisa ser analisada com calma. Acho improvável que soldados da caracana tenham conseguido chegar tão longe, mas tudo é possível. Como não sabem que sou o líder, preciso que os aborde e passe a situação. Não desejo conflitos mas não arriscarei a vida dos meus. A princípio não temos água para mais membros mas vou propor que caso eles se proponham a captar e carregar água do lago suficiente para eles e mais, então os aceitarei no grupo. Sei que parece cruel colocá-los em uma situação de risco mas estamos todos lutando para sobreviver. Posso contar com você?
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Sigrid acena com a cabeça e aguarda ao lado de Kalash a chegada dos sobreviventes. Kriket estava desconfiado de tudo aquilo, e se prepara para atacar, caso houvesse algum sinal de hostilidade.
De fato eram alguns guardas da caravana que haviam sobrevivido ao ataque, mas eles estavam em péssimas condições, queimados pelo sol e quase que totalmente desidratados. Ao verem a presença de pessoas no planalto, se puseram a andar mais rápido, e ao chegarem não ofereceram nenhum tipo de perigo. Estavam em numero de quatro. O que estava em melhor situação se põe de joelhos.
“Graças ao Feiticeiro-Rei o senhor esta aqui, capitão Sigrid! Precisamos de agua! Somos os que sobrevivemos, que conseguimos chegar ate aqui, sem agua alguma, neste deserto escaldante...”
Sigrid olha para ele, pensa por alguns instantes, e diz,
| “Vocês se acovardaram e desertaram de seus postos, mereciam ter morrido.” |
O ex-chefe pega seu cantil de agua e joga na areia, em frente do moribundo.
Os desertores vão ate o cantil, brigando entre si para ver quem tomava o primeiro gole. É Sigrid que com um grito de comando os põe na linha para agir civilizadamente. E depois o psion explica o que eles tem que fazer para serem aceitos no grupo.
Sem opção, cada qual pega um odre de agua para encher com a agua contaminada do lago. Eles passam pelos arbustos, mas o ultimo deles se fere num dos espinhos, arrancando sangue. Isto cria um frenesi de atividade nos galhos, que se lançam contra ele e enrolam em seus membros e pescoço, sendo perfurado por mais espinhos e tragado para dentro. O sangue é coletado em jorros, imediatamente fazendo as flores brancas ficarem vermelhas.
A cena é chocante, assustando os outros membros do grupo. Os tres desertores restantes, do outro lado do arbusto, se afastam, chegando ate a entrar dentro do lago.
“Voces não querem que a gente entre no seu grupo, e decidiram nos matar, mandando a gente para esse monstro! Que o Feiticeiro-Rei os capture e os açoite em praça pública!”, diz um deles.
| “A gente não tem culpa! A gente sabia que era perigoso, só não tinha noção do quanto!”
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Dakali se aproxima dos herois.
| “E agora? Deixamos eles para que as areias do deserto decida seus destinos, ou ajudamos?” |