Não é um capanga, é um parceiro - um construto. E não existe nada proibindo esse conceito de o construto robô poder ser usado como uma armadura (ou até mesmo um mecha).
Na verdade não, Capanga e Parceiro são bem diferentes [...].
Ciente de ambos casos, mas estão indo muito a fundo de tentar simular mecanicamente o conceito. É um tanto irrelevante se Parceiro ou Capanga, mas vamos entrar nisso.
Antes
- Construtos x Equipamentos:
além disso construtos são classificados como equipamentos e não dispositivos
Na seção de Construtos, ele fala:
os construtos são considerados capangas — personagens completos — em vez de dispositivos ou equipamento, e são
adquiridos usando a vantagem Capanga ou invocados ou criados por um efeito de Invocar.
Mas vou entrar em detalhes porque ele poderia ser um Dispositivo.
O maior problema da construção do Construto como uma Armadura é que a implicação que você está usando ele como armadura não é simulada. A todos os fins, você está segurando um robô ao lado do seu personagem e não tendo essas características sendo atribuídas ao personagem, como uma armadura (moldada como um dispositivo) seria.
Uma das formas que talvez pudesse fazer isso é que todos os efeitos que o personagem Construto possui teriam o extra "Afeta Outros", que inflariam drasticamente o custo do seu personagem. Do contrário, é só "força de vontade" que implica que os dois se mesclam para funcionar como um único personagem só. Vejo que um mestre poderia permitir a abstração, mas mecanicamente, não tem o elo.
Ainda se não fosse o problema, então teria a questão de inflação de pontos. Independente de Parceiro ou Capanga, vocês estão agindo com a premissa que o personagem auxiliar é o poder do personagem principal, o que descentraliza o personagem principal como o retentor dessas características, desses benefícios. Seria mais "correto" estar fazendo o personagem principal ser a armadura e ter como "Parceiro" o inventor.
É parecido com um jogador uma vez que colocou -5 em todas Habilidades e comprou de volta com um Dispositivo que nunca poderia perder.
Além que, mesmo que seja 1 x 5, você está agregando 185 pontos
em cima do personagem base. É meio "combo".
- Ok, e aí?:
Tá, o que seriam alternativas?
• Poderes Alternativos
Uma alternativa é estar usando o "dispositivo" como efeito alternativo de um Invocar.
Não é capanga
Com extra "Heróico" não.
Assim você está pagando pelas características do personagem com armadura e da armadura como um agente independente também.
• Invocar
No
Perfis de Poder: Poderes de Invocação, tem um poder chamado "Fusão", que é o seguinte:
Fusão: Invocar Forma Combinada, Ativação, Heroico, Retroalimentação, Limitado (necessário todos os participantes estarem presentes), limitado (participantes somem enquanto a forma combinada estiver presente) • 2 pontos por graduação.
Com isso, você tem os dois personagens separados e pode, com um poder, "criar a fusão de ambos". Não é minha alternativa favorita, mas serve. Novamente você vai ter pago por ambos e pela forma fundida deles, qual vai precisar reestruturar.
- E sobre Dispositivos?:
Quase esqueci.
Bom, primeiro que 99% dos casos um personagem que tem uma armadura que veste, independente de intelecto, é um Dispositivo. Isso vai daquilo que comentei a respeito da "descentralização dos poderes" do personagem. Se é algo que o personagem usa, estaria na ficha dele, não de outro. E nisso cai a importância do uso de Descritores acima da simulação mecânica.
Por exemplo, a IA Capanga do FL4K não precisaria existir: todos os poderes e perícias podem ser compradas como poderes e o descritor é "A Inteligência Artificial instalada no FL4K é dotada de vários conhecimentos e capacidade de fazer interface com máquinas", gerando efeitos como "Comunicação" e "Especialidade: X Aumentada".
- Tony Stark:
Um parceiro que é uma armadura autonôma robótica que anda ao seu lado não tem nada demais, assim com um tipo de robô que você veste e que também é uma armadura exatamente igual o que Tony Stark tinha nos filmes...
Seria como ter uma das armaduras autônomas do Tony Stark e numa campanha de NP15, sinceramente não me parece destoar.
O importante dessas referências é que a armadura como agente independente é a exceção do que a regra. Normalmente o personagem está sempre em controle de alguma forma. Ainda hei de encontrar uma ficha que alguém trate as armaduras como Capangas/Parceiros que se juntam a ele. No máximo a sugestão de Invocação.
E mais do que isso é um dos muitos exemplos que existem no livro básico, é exatamente o livro do jogo.
Que é apenas um dispositivo.
Inclusive o Godscorpse criou um NPC que é justamente um robô inteligente que aliás é parte dos Sete da campanha dele de Gods Amoung us.
Que é um personagem. hehe
De um ponto de vista mais mecânico, eu abordaria isso de duas formas: o personagem não podendo usar seus poderes e os da armadura em combate ao mesmo tempo - a não ser que atue fora dela, deixando o parceiro como um autômato.
Perfeitamente uma complicação. Entretanto, a economia de ações já te impede disso, uma vez que a maioria de poderes usa ação padrão. Isso também é uma das razões que o encaixe da armadura como dispositivo/poder bate com a situação do capanga.