DARK SUN WORLD

Gibdin estava vijando com um grupo de mercadoresOs dias de captura passaram de modo lento, como se o tempo quizesse torturar Gibdin ele pensava o tempo inteiro numa estratégia para sair dalí, mas não conhecia os demais e não sabia se teria alguém infiltrado para atrapalhar a estratégia. Porém, desde a captura, uma mulher tem observado ele, uma humana curiosa, que despertava uma certa cautela em Gibdin. Mas, para sua surpresa, ela aproximou-se e abordou com uma proposta interessante. Uma fuga. Gibdin se anima e logo dirige as palavras a mulher.

-Então era isso, você nos observava também desconfiada até tomar coragem para vir com essa proposta? Se soubesse disso teria agilizado nossa fuga... De toda forma, temos que agir, convocando os demais para uma rebelião e fuga. Em maioria esses solddaos não teriam chances contra nós, basta saber os demais concordam. -Ele balança a cabeça em sinal negativo- Eu apenas viajava para reestabeler as coisas, e guiar viajantes perdidos. Já fui escravo dos malditos magos, consegui fugir, mas absorvi muito conhecimento quando ao trato e postura deles, apesar de serm uma aberração, eles tem educação e trato. -Ele levanta-se- De toda forma, essa é uma oportunidade para nos livrar-mos disso. Pode contra comigo, qual seu plano?

Encerrava ele aguardando a resposta da moça.

Kriket ainda se questionava sobre aquela oferta de ser escravo daqueles humanos na cidade de Tyr.

Ele aceitara aquilo baseado na promessa de que teria comida fácil e rápida com eles. Mas até agora eles só tinham lhe dado raras rações e derramaram a água no pote como se ele fosse algum tipo de animal de carga.

Kriket estudava a possibilidade de ter que comer aqueles escravagistas se aquela situação se prolongasse por muito tempo. Talvez comesse apenas um deles, só para deixar sua posição bem clara.

Havia outros escravos, mas Kriket não cogitava comê-los. Não eram tão fortes e nem tinham feito nada contra ele. Não havia necessidade de devorar aqueles coitados. Bem, não ainda.

Kalash está sentado contra a grade, com as pernas recolhidas ao alto e os braços apoiados em seus joelhos. Sua vida de nômade havia sido frutífera até pouco tempo, saqueando caravanas e viajantes com sua tribo. Mas tudo acabou a pouco quando sua tribo se deparou com outra tribo nômade. Coisa rara de acontecer em meio à vastidão do deserto e ao escasso suporte à vida que este oferece. Mas uma vez que isso ocorre, o conflito é iminente e os vencedores saem com os espólios. O problema é que apenas Kalash sobreviveu e quaisquer que fossem as quantidades de água, comida e outros suprimentos, se tornariam inúteis pois ele seria incapaz de transportar tudo sozinho, uma vez que todos os animais também foram mortos. Não demorou para que o sangue fosse todo devorado pelas areias sedentas e Kalash sozinho pegou a quantidade de água e comida que conseguiu e partiu o quanto antes. Ele sabe o que acontece com aqueles que vagam sozinhos pelas dunas áridas do deserto escaldante. Tudo que podia fazer era usar os seus conhecimentos sobre a natureza do local e rezar para encontrar uma caravana, o que para sua sorte aconteceu. Ele já estava sem água e comida quando me encontraram. Renderam-no e o aprisionaram sem suas armas, armaduras e quaisquer outros pertences que pudessem ter algum valor.

Não houve resistência. Sabia que seria preso e escravizado mas qualquer coisa era melhor que ser abatido ou morrer de sede no meio do nada. Ali pelo menos receberia uma cota de água e comida com frequência o suficiente para sobreviver e seria levado à uma cidade para ser vendido como escravo. Sempre tem alguém precisando de uma mão hábil e forte e disso ele sabe que é capaz. Não que ele quisesse isso, mas não possuía ninguém vivo em quem pudesse ter qualquer vínculo e uma vez dentro de uma cidade, se achar que devesse ele pode tentar fugir.

Junto com ele haviam pouco mais de 10 outros prisioneiros. Entre eles um halfling e um thri kreen preso em uma jaula separado. Kalash não havia encontrado um desses antes mas sua tribo contava histórias sobre eles. Criaturas perigosas e possuidoras de uma fome inigualável. Diziam que devoravam suas vítimas ainda com vida e um assalto de um grupo desses era quase certeza de morte. Também havia uma mulher de pele escura olhando para ele a um certo tempo. Foi em um dado momento que ela abriu a boca, se apresentando e atiçando a ideia para se rebelar contra os captores. O pequenino demonstrou coragem e se colocou afoito a fazer parte desse embate, enquanto Kalash apenas balançou a cabeça.

Kalash: - Eu não faria isso se fosse vocês. Pelo jeito não sabem como os captores de escravos agem. O deserto é implacável e eles sabem disso. Se tentarmos nos rebelar, basta eles montarem em seus animais e partirem com toda a água e comida, nos deixando à deriva para que o deserto nos devore. Estamos desarmados e eles tem todas as vantagens contra nós. Se conseguirmos pegá-los de surpresa e eles perceberem que a derrota é iminente, basta destruir os frascos de água e jogar toda a comida para as areias, tornando os alimentos impossíveis de serem ingeridos. Não gosto de ser escravo tanto quanto vocês, mas se querem se libertar a única chance é caso algum de vocês conheçam o trajeto da caravana. Quando estivermos de certa forma próximos a uma cidade poderemos nos arriscar. Mas ainda assim é perigoso. Qualquer sobrevivente pode passar adiante a informação de que somos escravos rebeldes e nenhuma cidade vai nos permitir entrar. Sendo assim, sugiro que pensem em um plano melhor ou esqueçam essa ideia ridícula.

Sobreviver a todo custo... Esse é o lema dessa terra cruel. Poucos possuem a capacidade de sobreviver e a maioria desses sofre a tirania do sol e dos homens. Mas a morte não pode ser uma opção.

Kalash que estava sentado na mesma posição, apenas ergue a cabeça e encara Dima.

Kalash: - Se quer morrer vaca estúpida, se mate de uma vez e nos poupe de sua voz irritante. Se você pensa que vou deixar os guardas me atacarem por causa de alguns poucos idiotas como você, está muito enganada.

Kalash continua encarando ela mas sem deixar de notar os seus arredores. O kreen estava muito quieto é verdade. Mas Kalash teme que isso não dure muito. Ele sempre ouviu sobre o apetite deles e imagina se a jaula conseguiria segurar ele por muito tempo. Além disso havia a mulher de pele pálida. Ele havia notado ela pois nunca havia visto algo parecido. Ele a analisa, imaginando que ela deva ser inteligente por concordar com ele ou talvez esteja com muito medo, o que é algo sensato. Enquanto isso Dima insulta e instiga os outros para que com sorte cheguem a um oasis.

Kalash: - Estou perdendo a paciência com você. Não existe sorte aqui. Nunca houve. Existe apenas sobrevivência. Apostar na sorte é aceitar o único destino que o deserto oferece.

Kriket estava ouvindo a discussão dos outros escravos, numa disposição entre incomodado e entediado.

A escrava que tentava começar o motim achava que ele não entendia o que eles falavam, e o kreen não fez nenhum gesto para desmenti-la. Os humanos achavam que apenas eles eram engenhosos e por isso subestimavam as demais raças. Ele iria apenas se aproveitar disso e agir no momento oportuno segundo o que lhe fosse mais vantajoso.

Mas parecia que a tentativa de levante iria naufragar antes de começar. Nenhum dos outros escravos parecia ter a menor disposição para seguir a proposta dela. Kriket achava isso bom, assim teria que matar apenas uma pessoa se fosse preciso chegar a tal ponto, e o lado vencedor estaria muito mais claro.

Ele apenas olhava para os outros, às vezes batendo as quelíceras distraiddamente.

Gibdin ouvia o pronunciamento de todos enquanto analisava a situação, na verdade a moça que instigou a revolta parecia apenas desesperada sem foco, isso atrapalharia o andamento das coisas. Ao mencionar o kreen, Gibdin apenas lança um olhar para ele e volta-se para a moça de aparência exótica e a humana:

-Eu não menosprezaria ele, eu guio as pessoas pelo deserto e tenho bastante conhecimento das criaturas deste mundo, os kree são criatuiras inteligentes e entendem em sua maioria o idioma comum, não duvido que ele entenda o que falamos. De toda forma. Além disso...-analisa os arredores-Sem visão não consigo fazer nada, logo eles tem uma grande vantagem sobre nós e analisando deste ponto, realmente uma tentativa de fuga seria dificil, no entanto como um Xamã, tenho acesso aos poderes fornecidos pelos elementos e posso nos manter hidratados durante muito tempo com água pura para bebermos. Posso também garantir algumas poucas refeições por dia utilizando a magia da natureza, até os frtudos dos cactos podem servir de alimentos para nós e garanto que nos deixariam satisfeitos. Podemos comer a carne dos mortos também.

Através da magia da natureza, consigo nos manter alimentados minimamente e bem hidradatos, até encontrar-mos um lugar seguro. O que em dizem?

Encerrava ele encarando os demais e o Meio-Elfo que não parece concordar.

A mulher parecia não ter fim para sua palavras, continuava a falar e reclamar. Mas Kalash já não dav ouvidos a ela. Na verdae estava interessado no Kreen e na mulher de pele pálida. Os Kreen eram uma raça perigosa de guerreiros valorosos. Aonde quer que o Kreen fosse seria um lugar de violência com certeza, mas aqueles que ficarem do seu lado podem ter um aliado poderoso. Já a moça pálida é uma incógnita para Kalash. Debaixo daquele sol, era difícil conhecer algum humanóide de pele clara e ela parece que nunca tomou sol em toda a vida dela. Isso deixa Kalash muito curioso, até que os barulhos começam a surgir do lado de fora. A mulher pálida reage tão rapidamente quanto Kalash ao notar que algo acontece lá fora e o comentário dela faz com que Kalash imagine que ela saiba o que acontece. Os sons são bem característicos do embate e o que parece acontecer é que os captores aparentemente levaram a pior. Kalash mantém a sua atenção na moça pálida, pronto para agir em qualquer circunstância e ele se pergunta o que seria um Jura-dai e o que vai acontecer de agora em diante. De certa forma ele se ergue e a encara.

 

Kalash: - Parece que o seu resgate chegou mulher da pele pálida. Ao que tudo indica, nossos captores já foram subjugados e agora nos resta saber o que farão conosco. Sou Kalash e não tenho interesse de morrer tão cedo. O que preciso fazer para que minha vida seja poupada e eu possa seguir o meu caminho entre os seus? Pelo menos até que eu encontre o meu próprio caminho.

Kalash tinha um porte combativo, sempre pronto a encarar as coisas de frente. Mas sua voz era calma e ele pretende honrar com a palavra. Ele conhece a vida dos combats e da morte. ele sabe que o perigo sempre está a espreita e não se pode confiar em ninguém. O pouco que um indivíduo tem é a sua vida e sua integridade. Kalash pretende honrar sua palavra e arrisca o pouco que tem para conseguir uma melhor forma de sobreviver.

Os barulhos etranhos e gritos de ameaça fazem Gibdin erguer as sobrancelhas, ao que parece os captores estavam sob ataque. Sem entender bem, ele ouve a conversa entre a moça pálida e o meio-elfo, logo volta sua atenção para a moça:

-Os atacantes são seus aliados? -Ele levanta-se- Há chance de poupar alguns de nós? Ou vocês são uma força de libertação? Ou será necessário fazer algo para que a nossa vida seja poupada como indagou o meio-elfo?

Apesar de tudo Gibdin parecia relativamente tranquilo, uma serenidade que apresentava desde que tudo começou, o que não queria dizer que ele não temia, apenas confiava que suas habilidades fossem um grande ponto positivo a favor dele.

-Como falei, posso auxilia-los com alimentação e água, assim como ofereci a este grupo caso decidissem pela fuga. Por favor, leve isto em consideração.

Encerrava ele com um olhar atento a porta.

Kriket ouviu os sons do exterior e ficou em alerta.

Parecia que os condutores da caravana tinham sido emboscados por uma força superior. Os escravos supunham que os atacantes eram aliados de um deles, mas Kriket não via evidências que apoiassem isso. Poderiam ser apenas escravagistas roubando a mercadoria de outros.

O kreen estava pronto para se soltar e lutar, mas pesava em sua mente as chances de vitória. Se ele lutasse sozinho contra os atacantes, que não sabia quantos eram, provavelmente seria derrotado. Se os escravos se unissem contra ele junto com os atacantes, com certeza o venceriam. Talvez pudesse fugir mas sem conhecer a região, seria um alvo fácil.

Mais uma vez, Kriket decidiu aguardar os acontecimentos. Teria de estudar as capacidades do lado que saísse vencedor para só então decidir se seria caça ou caçador.

“Meu nome é Dakali... e não é nada disso que voces estao pensando, não tenho relação com os atacantes. Eu sabia que iria acontecer algo, pois foi o que as areias do destino me contaram. O que exatamente acontecerá, ainda vou descobrir, assim como vocês.”

-Entendo...

Gibdin parece desapontado, tinha esperança de uma facilitação para negociar caso o que ele e o meio-efo pensaram estivesse correto, para seu azar foi uma dedução equivocada. A constatação tirou ele do prumo da tranquilidade e ele parece ter ficado visivelmente preocupado, ele precisava se libertar rapidamente.

-Dima, liberte os demais. Não podemos nos tornar presas fáceis.

Com isso enquanto ela se prontificava ou não para libertar os demais  o hafling pronuncia uma palavra e começa a mudar de forma. Seus traços vão se afilando, seu corto esticando-se, pelos começama  surgir em seu corpo, uma cauda comprida vain emergindo, seus braços vão ficando menore e mais finos, assim como sua perna a ponto dos grilhões cairem. No fim ele torna-se uma rato estranho. Muito maior que ratos comuns, algumas protuberâncias ósseas surgiram em partes do corpo da criatura. Era um rato atroz. (Forma Animal do Druida)



Então, livre das amarras ele volta a sua forma normal, e a porta abre logo em seguida com um dos captores.

“Escravos! A caravana esta sob o ataque da tribo Jura-Dai! Aquele que lutar para defender a caravana terá sua liberdade! Quem se oferece?”

Gibdin encara o homem sem esboçar reação e logo se pronuncia:

-Acho que você não entendeu... Vocês irão morrer primeiro e não sabem se teremos o mesmo fim. Eu sugiro que largue suas armas e finja-se de escravo, talvez assim você salve a sua vida.

Ecerrava ele encarando o homem.

Como Kriket deduzira, a fêmea chamada Dakali não era aliada dos atacantes, e tinha uma percepção  extraordinária que lhe permitira prever o ataque. Mas ela não sabia o que iria acontecer agora, por isso não era uma capacidade de prever o futuro conscientemente que ela possuía.

A mulher que desejava o motim já tinha se libertado, mas permanecera sentada em seu lugar, sem fazer menção de se juntar aos atacantes. Kriket reconheceu sabedoria naquilo, pois ele mesmo poderia arrebentar sua jaula, mas não o fizera até aquele momento para avaliar melhor a situação antes de agir impensadamente. Aquilo poderia custar não apenas muita comida, mas também a vida deles.

O chefe da guarda da caravana entrou no recinto, agitado.

“Escravos! A caravana esta sob o ataque da tribo Jura-Dai! Aquele que lutar para defender a caravana terá sua liberdade! Quem se oferece?”

A verdade saltou aos olhos do kreen logo que ele disse isso: a caravana seria derrotada de forma iminente, e os escravagistas lançavam mão de terem total prejuízo ao libertarem seus escravizados em troca de uma possibilidade de vítoria ínfima que lhes garantisse a vida. Os escravos só ganhariam a liberdade se sobrevivessem contra aquelas chances desfavoráveis.

Para Kriket, alguém que não conseguisse defender a si mesmo não poderia aspirar a escravizar outros. Este era o momento deles provarem seu valor para aqueles que fizeram cativos. O kreen não lutaria numa batalha suicida. Se precisasse responder ao capitão, ele diria "Fuja se puder, renda-se se não tiver outro jeito". Mas ele não se importava com aquele humano o bastante para isso. Preferia observar o modo como eles reagiriam nessa crise.

A situação era um pouco mais diferente do que Kalash imaginava e agora ele não sabia exatamente o que fazer. Ele conhece a fúria dessas tribos pois foi de uma e sabe que a chance dos captores era pequena. O pequenino se transforma em um rato atroz e diz palavras duras ao guarda. De certa forma não adiantava nada ser um homem livre no meio do deserto sem ter praonde ir. Kalash então resolve se manter passivo mas em prontidão. As tribos nômades são bem particulares quanto ao que fazer com escravos. Alguns são considerados lixo e deixados para o deserto, outros podem ser usados como burros de carga, há aquelas tribos que conseguem vender as mercadorias que saqueadas e algumas raras, comem tudo o que conseguem encontrar. De qualquer forma não há muito o que fazer e nem mesmo como arranjar armas para se defender. Assim sendo, sem ter como tomar as rédeas de sua vida nesse momento, Kalash mantém a sua atenção na mulher pálida. Ela o intriga de tantas formas que ele prefere não pensar demais para não perder o foco da sua atual situação, mas ainda assim lá está ela. Sem muita pressa, Kalash então volta a se sentar no seu canto e fica de olho nos outros escravos, prestando atenção também nos sons do lado de fora. Por fim uma última coisa passa pela cabeça dele... "Areias do destino"... Dakali, a mulher pálida. Seria ela algum tipo de sacerdotiza? Ou Shaman? Novamente pego por seus pensamentos... Kalash procura se focar.

Kriket fez um sinal com a cabeça quando a humana chamada Dima abriu a jaula dele. Era a primeira ação que alguém ali fazia em benefício dele, e o kreen achou que talvez ela pudesse ser uma aliada em potencial para ele. Mesmo assim, ele não fez menção de sair imediatamente.

O capitão da guarda da caravana reconheceu sua fraqueza e aceitou o conselho de se fingir de escravo, o que era esperto da parte dele, embora ainda fosse uma tentativa arriscada e desesperada.

Mas quando o elfo Jura-Dai entrou, as coisas ficaram mais claras. Eles libertariam os escravos. Mas sabiam que o chefe dos guardas não fôra capturado.

A pergunta dele era direta, mas Kriket não estava pronto para entregar ninguém. Se ele seria liberto, não lhe interessava o destino dos escravizadores. Mas aquele capitão poderia ficar em dívida com ele se o kreen ajudasse a poupar a vida dele.

Por isso, Kriket ficou calado, observando.

Assim que liberto, Kalash se ergue e espera até que os Jura-dai se pronunciem. Logo eles estavam sendo retirados de suas celas enquanto os atacantes saqueavam a caravana. Kalash queria seus pertences de volta mas não viu nenhuma brecha para isso e ele fica bastante inseguro quanto ao futuro.
Kalash ouve as palavras da Jura-dai e fica um pouco preocupado. Mesmo sendo capturado como escravo, um mínimo de água e comida é melhor do que correr sem rumo pelo deserto. Depois da sua tribo ser dizimada, Kalash deu graças aos Deuses por ter sido capturado por essa caravana pois ele sabia que não sobreviveria por muito tempo. Assim sendo, Kalash não tem nenhum rancor para com os escravagistas e por isso vai se manter em silêncio. Mas ainda assim ele espera para ver se alguém se pronuncia com relação ao lider da caravana e a posição da lider dos sabotadores e assim, se pronuncia.

Kalash: - Vocês atacaram a caravana e libertaram os escravos. Mas os escravos estão sem os seus pertences, sem provisões e água. E agora sem veículo também pois este foi queimado. Não tenho interesse de demonstrar ingratidão quanto ao fato de terem nos libertado, mas não temos para onde ir, não temos o que comer e não temos como nos defender.

Kalash sempre mantém sua postura altiva e imponente. Mesmo outrora aparentemente submisso, Kalash era um ser orgulhoso e suas ações tendem a ser pensadas com a sobrevivência em primeiro lugar. Kalash não gosta nem um pouco do que está acontecendo e teme que esse grupo disforme seja deixado à sorte no meio do deserto. lguns ali tem chance de sobreviver, mas em grupo perecerão pela falta de uma liderança decente. Talvez Kalash pudesse tentar a liderança, mas se o Kreen o enfrentar há poucas chances de que Kalash seja bem sucedido. Kalash também não vai solicitar aos Jura-dai que os escoltem pois isso seria ilógico tanto do ponto de vista dos Jura-dai quanto do ponto de vista do orgulho de Kalash, porém, se eles se mostrarem solícitos a isso, Kalash não recusará. No mais, Kalash vai se manter próximo à jovem de pele branca, Dakali. Ela viu algo acontecendo antes, pode ver novamente. Se para isso ele precisar protegê-la, que assim seja. A vida no deserto é cheia de incertezas e perigos. Alguém com os poderes dela certamente traz mais segurança e chances de sobrevivência a quem estiver ao seu redor.

Quando Dima Liverta o Kree, o druida dirige suas palavras para ele com um sorriso:

-Se eu estou faminto você também deve estar, teremos carne fresca!

Encerrava o hafling se referindo ao combate e os corpos que ficarem pelo caminho.

Quando o chefe Jura-Dai adentra o Local Gibdin fica um pouco apreensivo com um olhar levemente assutado e postura cautelosa.

“Porém... não encontramos ninguém entre os vivos que fosse o chefe dos guardas. Alguém saberia me dizer o que aconteceu com ele, ou ela?”

A indagação lança um silêncio no local, todos se entreolham e Gibdin avança um passo:

-Nobre chefe Jura-Dai, já parou para pensar que os guardas nada mais são do que escravos também? Talvez desejassem a libertação se tivessem condições de sobreviver sem as esmolas fornecidas por seus senhores e para isso arriscam-se tanto até a morte para conseguir algo, uma vitória sem dúvidas seria recompensada, mas é algo momentânio e o momento de escravidão sempre voltará. Aqueles que foram mortos por vocês, escolheram seu caminho e os que se renderam e ainda assim foram executados, não eram nada mais que escravos também, assim como nós. Logo se vocês libertam escravos, os soldados também deveriam ser libertados, pelo menos aqueles que se rendessem não concorda?

O pequeno aguardava a resposta do homem e prossegue:

-Eu sei do paradeiro dele, mas também acredito na rendenção, poucos são maus ou bons, as circunstâncias fazem as pessoas buscarem seu caminho, mas elas também trazem o arrependimento. Se me garantir que ele sobreviverá eu direi para onde ele foi e você faz as perguntas que desejar, tenho certeza que ele será inteligente o suficiente para lhe informar, sem mentiras, pois após essa derrota, não há mais nada para ele. A punição de seus senhores será perversa. Não há um caminho bom em mentir para vocês ou voltar para seu senhor. O único caminho para eles é a fuga e a busca por uma nova vida. Me conceda sua palavra de que não vai mata-lo caso ele conte tudo que sabe e eu direi para onde ele foi.

As palavras do Hafling eram ao mesmo tempo uma tentativa de amenizar o ódio dos Jura-Dai e avisar ao líder dos soldados de como ele deveria agir, bem como os caminhos que o aguardavam.

-Sei que não estou em posição para exigir nada, mas, como um druida devo prezar pela vida sempre que possivel. Ainda assim, faço um ultimo pedido, caso desejem se livrar dos corpos, deixe um ou dois deles dos soldados da caravana, nosso amigo Kree está faminto e eu também.

Era comum na cultura Hafling se alimentar de seres de outras raças, até mesmo canibalismo.