Billie olhava encantada para a pequena Sylvie. A jovem professora mantinha um sorriso genuíno em seu rosto, impressionada com as habilidades da menina! Ela tocava o piano com a mesma intimidade que um jovem musicista faria. Era impressionante!
E é claro, seu sorriso também era de alívio. Ver o sorriso infantil e tímido de Sylvie, junto com seu comportamento gentil e encabulado de menina parecia ter trazido de volta a inocência da pequenina, coisa que Billie estava achanado difícil de ver nestes dias em que Sylvie estava mais calada. Ela agora parecia até ter recobrado um pouco da cor.
- Nossa! - Billie arregalou os olhos e ignorando o arrepio em sua espinha (um arrepio que a dizia que algo estava errado), ela continuou com um leve sorriso. - Que legal, Sylvie! É a primeira vez que isso acontece ou você já se lembrou de outras músicas e as tocou do nada?
Talvez Sylvie fosse uma daquelas crianças que eram neurodivergentes: gênios que sofrem por não conseguirem de fato se encaixarem na sociedade. As pessoas achavam que a vida de uma pessoa superdotada era fácil, mas Billie sabia que era mais complicado do que pareciam. Muitas acabavam sendo erroneamente diagnosticadas como autistas. Era preciso cuidado. E Billie o teria! Protegeria Sylvie.
e as duas continuavam a conversar e Billie encarava os olhos azuis de Sylvie, buscando transmitir confiança à menina e mostrar que a estava ouvindo e prestando atenção.
- Ahh.. Ela?
Seria algum amigo imaginário de Sylvie? Billie engoliu em seco, mas não demonstrou o súbito medo que sentiu ao ouvir aquilo e ao sentir o vento frio tocar sua pele.
- Ela quem, Sylvie? Quem é sua amiga? E por que ela não gosta de adultos? Algum fez alguma coisa com ela?
Billie mantinha o leve sorriso, esperando pelas respostas de Sylvie.
- Sabe que pode me contar qualquer problema, Sylvie. Somos amigas, não somos?
Denis olhou confuso sobre a questão dele estar fazendo propaganda, apenas pensava que era exagero talvez o repúdio dos dois pelo autor, afinal eles eram racistas.
—Tá, vocês é quem deveriam conhecer melhor autor de vocês... E peça café, Art... É melhor sim.
Dizia "autor de vocês" em referência ao fato de não ser dos Estados Unidos. Temia que Fleck bebesse... não seria engraçado. Apesar que ficou com vontade da cerveja proposta por Shooter.
—Precisamos perguntar para as pessoas o que houve, podemos esperar um pouco pra beber, garota.
Ficava empolgado com o café, era viciado nela também.
Daniel e surpreendido com a velocidade que Kwan pega sua amostra, de certo havia aumentado seus atributos com o sangue da criatura, entretanto a voracidade com a qual Kwan bebê do vidro de amostra é o que mais chama a atenção.
- Cautela Kwan! É certo que ainda não possuo todos os dados referentes aos colaterais do uso indiscriminado de plasma da criatura.Tao pouco tenho no momento a capacidade de ao menos poder imaginar possíveis colaterais devido a falta de experiência com este tipo de....como direi.... Espécime! - Diz o Doutor sentando em um dos assentos da perua e abrindo seu Notebook.
Após a tela de Login e senha ele abre um arquivo com suas pesquisa, uma das pastas o nome Kwan está escrito ele abre está pasta e dados como altura peso e informacoes referentes a Kwan. Ainda tentando manter o dialogo com Kwan Dr, começa a digitar algumas informações
" Dia 3 de esposição a amostra:
- Individuo com pupilas dilatadas após exposição visual ao plasma ( Início de dependencia ? ) -Melhoras obvias em atributos e habilidades fisicas primordiais ( reparado o aumento da percepção e velocidade de movimentos simples e triviais ) -Parece ser capaz de perceber o incio da compulsão ( Após exposição visual e consumir o plasma disfarçou com assunto variado para desviar a atenção .. )
Observações:
-Necessidade de mais testes com relação as aptidões fisicas Vs consumo do plasma - Atenção a inicio e nível de dependencia as amostras. "
- Sim temos ainda muito a descobrir, e sem a ajuda de Jonah teremos que fazer descobertas sozinhos, pelo menos por enquanto. Quantas amostras voce consumuiu até agora? Precisamos fazer alguns testes fisicos para entendermos que tipo de melhoras fisicas voce apresentou e em que nivel. - Diz Daniel tentando tirar mais informações de Kwan enquanto foleava o manual do possivel rastreador do veículo.
Férias de Verão de 2024 – Acampamento Twin Lakes - Savannah, Geórgia Terça-feira 09:45
Imagens:
Apesar do medo e do frio repentino Billie estava convicta de descobrir o verdadeiro motivo pelo o qual a garota não gostava de adultos. Sylvie percorreu o local com o olhar e parecia de fato apreensiva. Como se quisesse contar mas não sabia se podia. Era ingênua como qualquer criança deveria ser. Ela mordeu os lábios e então deu o ímpeto de contar.
Billie escreveu:- Sabe que pode me contar qualquer problema, Sylvie. Somos amigas, não somos?
Sylvie: - Humm...Acho que posso dizer que - ela olhou para Billie buscando permissão. - Eu não sei o nome dela, ela é tímida e só brinca quando não tem ninguém por perto. Ela não gosta de adultos porque...
Antes que Sylvie terminasse de falar o vento que vinha da janela ficou bem mais forte, as cortinas esvoaçaram e folhas secas entraram pela janela. Um som agudo e estridente semelhante a um não (nãoooooo) foi capaz de irritar os tímpanos de Billie e Sylvie que apenas tiveram tempo para proteger seus ouvidos. A perna do piano cedeu e caiu, a madeira estilhaçada parecia podre de tão fácil quebradura. O piano que cedeu veio na perna de Billie raspando sua canela e fazendo um corte significativo em sua perna e vestido, como o arranhão de um animal felino. Uma tira de sangue fino escorreu da perna de Billie e Sylvie pulou para seu colo desesperada como qualquer criança o faria. O Piano estava ali, quebrado em uma de suas bases e não poderia ser tocado até que outra perna fosse colocada.
Enquanto isso Shooter, Wilson, Arthur, Dr. Daniels e Kwan entravam na grande escola que tinha um toque sereno. As vozes das crianças em eco lhes davam uma sensação de paz e inocência ao local enquanto as crianças estavam em suas salas, misturado com o cenário escolar que envolvia disciplina e educação. A maioria das professoras se vestiam com vestidos longos e roupas compostas, hábitos de freira também eram comuns entre as professoras mas não em todas.
Martha: - Essa não é nossa escola, essa casa serve como nossa colônia de férias desde 1980, quando a antiga dona comprou este lugar. Nossa escola fica no Distrito 14 no centro de Savannah, vocês com certeza já ouviram falar da renomada Instituição Sexton (Para aqueles com inteligência 4 ou Acadêmicos 2 já ouviram falar. A Instituição Sexton é uma renomada escola de meninos ricos que forma alunos propensos para a faculdade da Georgia) Nossa escoa preza pelos bons costumes, pela família e pela religião católica.
Enquanto o grupo caminhava pelo largo saguão, Dr. Daniels continuava olhando as esquemáticas do "Caoscópio" que Kwan recebeu de seu pai. Mas infelizmente entender todo aquele plano engenhoso exigiria muito mais tempo de qualidade e estudo. O grupo então finalmente chega até a cozinha. Um lugar de cores brancas na parede e um chão quadriculado em xadrez em um aspecto bastante anos 40. O local era espaçoso e permitiria que todos os 6 pudessem trafegar tranquilamente, havia um elevador ali que levaria aos andares para cima e para baixo da casa e um lance de escadas que levaria a dispensa. Martha entregava um copo de de café para cada um.
Martha: - Se quiserem leite ou açúcar fiquem a vontade, eu prefiro tomar de maneira bem natural. - Ela sorri enquanto se senta na cadeira da pequena mesa de 4 cadeiras que há ali.
Subitamente um som agudo percorre o andar superior da casa. Parecia um grito feminino que assustou Mathar e fez ela derrubar sua xicara de café na mesa.
Martha: - Ohh céus !! O que foi isso?
Rolagens:
Dados:4, 3, 9, 4, 6, 2 BILLIE rolou 6 dado(s) para Teste de prontidão diff 3 e obteve 2 sucesso(s) FALHA
Dr. Dickinson:
Daniel Dickinson - FDV 4/4 - Vitalidade: 6/6 - Equipamento: 2 ampolas com sangue da criatura
Denis Wilson:
Denis Wilson - FDV 3/3 - Vitalidade: 6/6 - Equipamento: Sobretudo, barras de proteína, pequenos vidros de sal e pimenta, pé de cabra, uma amostra de sangue da criatura, uma C4, 5 coquetéis molotov
Arthur Fleck:
Arthur Fleck - FDV 6/6 - Vitalidade: 6/6 - Equipamento: (Carteira, telefone, Substâncias químicas, sistemas de gatilho físicos, pavio e por controle remoto, pólvora.) uma C4, 5 coquetéis molotov, um cano improvisado com rodas afiadas)
Kwan Beon:
Kwan Beon - FDV 5/5 - Vitalidade: 6/6 - Equipamento: (Especificar o que está carregando)
Bianca "Billie" Calista:
Bianca "Billie" Calista - FDV 2/4 [2 de dano psicológico superficial] - Vitalidade: 4/5 [1 de dano agravado corte na perna] - Equipamento: Celular, um livro de contos, velas, uma lanterna de querosene.
Kwan seguia olhando a escola, meio empolgado vendo tanta mulher e solteiras por uns esantes ele esquecia de sua missao. um pequeno sorriso saia do canto de boca de Kwan. pensando: devem muito gatas debaixo dessa roupa toda, bem que eu podia me diverti um pouco srsr mas o que esse lugar esconde, tenho de me concentrar e descobrir o que ta acontecendo aqui . Kwan se afastava e começava uma investigação procurando por anomalias , traços de possessão por ser um local religioso
O local desde o início havia chamado a atenção de Daniel por sua estrutura e porte requintado. Com certeza o local abrigava os filhos de pessoas ricas e poderosas da região. Enquanto Martha servia o café,Daniel ainda lia os manuais do veículo de Kawan, fascinado com as possibilidades que os equipamentos customizados podiam oferecer até que suas divagações são interrompidas por um grito feminino.
Daniel instintivamente coloca sua mão por dentro do paletó, segurando a coronha de sua pistola em seu coldre de ombro enquanto observa Denis sair correndo instintivamente.
Dr.Daniel: Kwan, rapazes! Não devemos nos separar, nos mantermos juntos foi a chave do nosso sucesso e sobrevivência em nossa experiência anterior, fiquemos juntos e prontos para a ação, vamos juntos atras de Denis.
Dr. Daniel: Martha!Por favor nos acompanhe e nos ajude a encontrar de onde este grito possa ter vindo. E preste muita atenção, existe algo que esteja acontecendo que mereça a nossa atenção especial, por favor é de vital importancia que a Sra. não nos esconda nada!
O grupo sai da cozinha juntos tentando seguir os passos de Denis enquanto ouvem o que Martha tem a dizer.
Billie estava sorrindo para Sylvie enquanto ouvia sua resposta. Acreditava que assim a deixaria mais tranquila e segura para responder.
Enquanto Sylvie falava, ela fazia que sim com a cabeça, querendo dizer que a entendia.
Foi aí que tudo aconteceu.
Billie não sabia direito o que havia acontecido. Era como se seu cérebro tentasse explicar de maneira lógica o que havia acontecido! Um grito agudo que fez ela e Sylvie tamparem os ouvidos. Seria o que? Uma outra criança? O que era aquilo?! Billie não tinha capacidade para trazer uma resposta normal e lógica, então simplesmente aceitou aquele fato e cobriu as orelhas sem pensar. E agora, quando achou que tudo estava acabado, o piano quebra-se e ela sente um golpe em sua canela.
Billie grita de dor e só tem tempo para olhar o sangue escorrendo de seu machucado.
- O que.. Que.?
Ela balbucia, mas de novo não consegue tirar uma conclusão lógica! Ela não consegue explicar ou sequer juntar as peças de tudo aquilo! Billie tinha os olhos no piano quebrado e enquanto ela e Sylvie gritavam, ela segurou Sylvie nos braços e correu para a porta. Tomava cuidado para segurar Sylvie! Queria salvá-la!
A professora corria e gritava desesperada enquanto tentava abrir a porta!
Fleck entrou na mansão. o lugar era cheio de freiras e até que algumas possuíam feições agradáveis, diferente do que ele imaginava. A ele fora oferecido café que ele aceitou com um sorriso singelo, afinal de contas, bem que ele podia estar batisado com um pouco de conhaque.
sorriso:
Fleck pegou o café enquanto os outros conversavam e chegou a levá-lo até a boca, fazendo biquinho quando ouviu-se um grito no andar de cima, o fazendo se assustar e derramar café para todo lado. Seu amigo então solta outro grito, fazendo Fleck tomar outro susto e rapidamente Fleck o vê correndo pelas escadas
Arthur então olha pra cima, imaginando que alguém deve ter batido o dedinho na quina de algum piano e faz uma feição de quem não está com paciência para isso mas se entrega.
Arthur: - Bem, vamos lá ver o que é não é?
Em seguida então ele sobe as escadas sem muita pressa.
Férias de Verão de 2024 – Acampamento Twin Lakes - Savannah, Geórgia Terça-feira 10:00
Imagens:
Apesar Os primeiros a chegarem no andar superior eram Dennis e o doutor. Ambos pareciam abalados e seus corações pulsavam por motivos diferentes. Dennis ainda se lembrava da perda de sua ultima célula. Shooter e Arthur era tudo o que sobrou daquela carnificina do passado. Quando eles chegaram havia uma moça de beleza única e longo vestido abraçada a uma criança. Seus olhos grandes eram ternos com a criança (Billie) Ela protegia Sylvie como se fosse sua própria filha, segurando sua cabeça e olhando ao redor. Billie podia sentir uma presença maligna em sua volta. Algo não estava certo, aquele piano pesado não poderia simplesmente quebrar em cima do pé de Billie por coincidência. Uma voz macabra sussurrava entre o vento da janela aberta.
"desapareça...desapareça...adulta..."
Mas subitamente o ar gélido e a consistência escura da sala de música desaparece quando a porta se abre e dois homens entram pela porta juntos de uma uma mulher logo atrás.
Ambos pareciam ter uma idade madura entre 40 há 50 anos, um com uma barba negra e olhar cansado de uma vida de lutas, ou outro também parecia cansado, mas suas vestes mostravam um grande poder de elegância com a barba grisalha . Quando entraram (Dennis e Deniel) eles viram um local normal, a luz da janela ressoava em um vento brando. No chão perto do piano estavam Billie abraçada com Sylvie, uma menina doce de longos cabelos de cor avelã e pele alva. Sylvie começou a chorar.
Sylvie: - Tia...eu to com medo...
Shooter e Arthur foram os próximos a chegar e viram a situação semelhante. A moça (Shooter) parecia uma morena alta de rosto forte e olhar determinado, ela caminhou em direção ao piano e se agachou para verificar o que aconteceu.
Shooter: - Vocês estão bem? O que aconteceu aqui?
Martha chegou por depois abraçando Billie e Sylvie ternamente.
Martha: - Meu Deus !! Vocês estão bem!! Olha pra essa perna !!
Billie tinha um talho profundo na sua canela fruto da quina do piano que passou raspando sua perna na queda.
Por ultimo estava Kwan, um garoto jovem de beleza nipônica e um ar descolado, que ficou olhando em volta mas nada percebeu. Logo ele estava na sala de música também e com todos amontoados ali. A sala ficou um tanto pequena para todos.
Eles se entre olhavam como se tivessem uma grande peça do quebra cabeças faltando.
Rolagens:
Dados:3, 1, 7, 8 KWAN rolou 4 dado(s) com dificuldade 6 para Teste de percepção Diff 4 e obteve 2 sucesso(s) FALHA
Dados:1, 3, 6, 5 BILLIE rolou 4 dado(s) com dificuldade 6 para Teste de Determinação Diff 3 e obteve 1 sucesso(s)
Dr. Dickinson:
Daniel Dickinson - FDV 4/4 - Vitalidade: 6/6 - Equipamento: 2 ampolas com sangue da criatura
Denis Wilson:
Denis Wilson - FDV 3/3 - Vitalidade: 6/6 - Equipamento: Sobretudo, barras de proteína, pequenos vidros de sal e pimenta, pé de cabra, uma amostra de sangue da criatura, uma C4, 5 coquetéis molotov
Arthur Fleck:
Arthur Fleck - FDV 6/6 - Vitalidade: 6/6 - Equipamento: (Carteira, telefone, Substâncias químicas, sistemas de gatilho físicos, pavio e por controle remoto, pólvora.) uma C4, 5 coquetéis molotov, um cano improvisado com rodas afiadas)
Kwan Beon:
Kwan Beon - FDV 5/5 - Vitalidade: 6/6 - Equipamento: (Especificar o que está carregando)
Bianca "Billie" Calista:
Bianca "Billie" Calista - FDV 0/4 [4 de dano psicológico superficial] - Vitalidade: 4/5 [1 de dano agravado corte na perna] - Equipamento: Celular, um livro de contos, velas, uma lanterna de querosene.
Fleck chegou na sala e olhou o ambiente todo com atenção. Dennis já havia chego antes com o doutor, haviam duas moças, uma criança e uma adulta com belas feições e vestido. Por um momento Fleck se perguntou se freiras poderiam se vestir assim, mas depois lembrou que nem todas ali eram freiras.
Depois continuou olhando e viu o piano com o pé quebrado e o ferimento na perna da mulher. Não era um corte pequeno mas também não era nenhuma evisceração ou fratura exposta. De fato foi uma proeza e tanto terem conseguido quebrar o pé do piano mas agora Fleck sabe de onde veio o grito estridente. Bastou um cortezinho para a moça berrar como se a alma dela estivesse sendo arrancada do corpo. Mas Fleck já teve filhas e entende como são as mulheres. Assim sendo, não demonstrou alarde mas ficou de prontidão para o caso de precisarem de sua ajuda;
Daniel vendo somente uma moça e uma criança machucada se desarma indo em auxílio.
Daniel: Rapazes! Verifiquem a sala para ver se está realmente tudo bem e se estamos em segurança por favor !
Se aproximando de Martha e tocando seu ombro com carinho.
Daniel: Martha sou médico, posso ajudar nos primeiros socorros e avaliar se ela precisa de cuidados especializados, aparentemente e só um corte.
Dizendo isso Daniel se agacha próximo a menina machucada, tocando delicadamente sua cabeça.
Daniel: Meu Nome é Daniel, fique tranquila que eu irei cuidar de vc. - Diz Daniel a menina com uma piscadela para a mulher morena que estava abraçada a garota.
Daniel avalia o ferimento na perna da garota e retira de sua bolsa um kit de primeiro socorros.
Daniel: Você e sortuda garota! - Diz Daniel sorrindo de maneira amavel para a menina - Um piano desse porte o acidente tinha um potencial de ser muito pior, foi apenas superficial e apesar do corte ser fundo não precisa de uma sutura.Ainda sim preciso que vc seja forte nesse momento, pior precisaremos higienizar essa ferida.
Daniel começa a fazer o curativo na perna da menina, inicialmente higienizando desinfetando para depois passar uma pomada com gaze e enfaixar o local .
Daniel: Kwan ! Consegue dar uma olha nesse piano e ver se existe algo que fuja da normalidade?
Daniel: Martha,Meninas! Precisamos conversar seriamente sobre o que aconteceu aqui!
Dennis olhou para a cena e se aproximou com o coração ainda acelerado, mas logo sua expressão mudou ao ver a professora Billie. Ela era linda, e seu longo vestido e o cuidado com Sylvie exalavam uma ternura que o deixou momentaneamente sem palavras. O rosto de Dennis suavizou, e por um segundo, ele esqueceu as sombras do passado e da tensão que o acompanhava. Era como se a presença dela trouxesse um alívio inesperado, uma beleza quase etérea que o desarmava.
Porém, ao perceber que o ferimento de Billie, embora feio, não era grave, Dennis sentiu uma pontada de decepção e alívio misturados. Ele havia subido correndo, imaginando o pior, mas, ao vê-la ali, em pé, com apenas um corte na perna, sua postura relaxou e ele forçou um pequeno sorriso.
"Então... parece que o piano foi só um azar, hein?" — disse ele com a voz mais baixa do que pretendia, como se quisesse se convencer de que realmente não era nada. Ao se agachar para ver o corte na perna dela, tocou de leve o ombro da professora, os olhos fixos em Billie.
“Bom... estamos aqui, e estamos juntos," murmurou, como se aquela pequena frase fosse um consolo para ele mesmo tanto quanto para ela, mas retomou a postura para não demonstrar interesse... “Shooter vai poder te ajudar" ...e falou da parceira de caça.
Daniel: Kwan ! Consegue dar uma olha nesse piano e ver se existe algo que fuja da normalidade?
Kwan ia ate o piano com seu fone de ouvido Ouvindo sweet dreams .
Olhava o piano com calma e começa a escrever com um giz q ele tira de sua bolça nomes dos anjos.formando um pendagrama . E faz isso rezando abençoando Nao so o Piano mas o local . E tirar da bolça um vidro de agua benta E contimua rezando jogando no so no piano mas como nos cantos do local . Kwan reza baixo como um sussurro . Santo Anjo da Guarda, meu poderoso protetor, guardai-me sempre na paz de vosso amor. Dos perigos, livrai-me; do mal, libertai-me; e nos momentos de angústia, consolai-me! Durante o sono, velai sobre o meu descanso, não deixeis o mal de mim se aproximar.
Arthur já estava mais calmo. A comoção já havia se dissipado e até mesmo Dennis que tinha ficado todo boladão já estava mais aliviado. Até que de repente aparece Kwan. O doutor pede a ele que de uma analisada no piano. E o que que ele faz? Começa a desenhar um monte de nome estranho e um pentagrama. Pra piorar ele começa a fazer umas rezas brabas em volta do piano. Arthur olhava pra ele com uma cara de espanto, como se quisesse dizer "que porra é essa que tu ta fazendo cara?"
Sem perceber, Arthur acaba levando a mão na testa enquanto ve a cena toda. Depois olha para Dennis, tentando ver qual é a reação do amigo ao ver aquilo.
Billie segurava Sylvie com força, escondendo a cabeça da criança em seu ombro. A jovem professora correu para a porta e tentou abri-la, mas suas mãos pareciam escorregar!
Ele deu alguns passos para trás e ainda lutando contra o desespero, tentava entender o que estava acontecendo. Não sabia se realmente não tinha conseguido abrir a porta ou se estava só nervosa. Quem sabe sob o efeito de alguma droga? Mas que droga, meu Deus do céu?! Billie só bebia de vez em quando e passava longe de maconha! Nem tinha saído por esses dias para ter a desculpa de que alguém a tivesse drogado!
- Mas que droga! droga... Droguinha! - e pelos céus, ela nem falava palavrão! Nem quando estava quase tendo um treco ao ouvir uma voz dizendo para ela desaparecer!!!
Falava baixo enquanto tentava organizar o pensamento. Engoliu em seco e sentia o sangue escorrer pela perna e o ardor do machucado trazia lágrimas a seus olhos.
"Desapareça! Desapareça!" Billie queria desaparecer, mas não conseguia abrir a porra da porta!
A professora correu novamente até a porta e tentou abri-la, mas dentro de seu desespero quase não reparou que alguém a abriu!
Billie saltou para trás e passou os olhos naquelas figuras. Todas eram meio mal encaradas e ela ficou sem saber o que fazer. Porém, naquele momento, o vento e a atmosfera pareceram ficar menos tensas. Billie teve a impressão de que tivera algum tipo de surto, porque assim que aquelas pessoas chegaram, a iluminação pareceu voltar ao normal - será que ela tinha ficado mais escura mesmo? Havia ventado tanto? - e a voz estranha que a mandava sumir cessou. Ainda meio perdida, Billie ouvia ao longe as pessoas falando com ela.
- Err.. Não! - Ela disse ao médico Daniel. Olhou-o e virou o corpo para o lado, afastando Sylvie dele. - Ela está bem! Não se cortou!
E agora, meio trêmula, ouviu a voz de Dennis e o encarou.
-...
Ficou um tempo sem saber o que dizer ao reparar o olhar do homem sobre ela. Ainda segurando Sylvie, ela abriu a boca para dizer alguma coisa.
- O piano? Azar? Não! Não foi! Foi... - parou de falar. O que diria?! Iriam achar ela maluca.
- Quem.. Quem são vocês? Onde está a madre Úrsula?? Preciso falar com ela!
Tinha algo muito estranho ali! Muito estranho! Billie viu o jovem coreano passar e começar a... benzer o piano?! Meu deus, quem eram esses doidos? Será que ela estava ficando doida como eles?!
- Não!! NÃO! VAMOS SAIR DAQUI!! - ela se controlou e olhou Dennis.
- Vamos sair todos daqui agora! Não me pergunta! Só vamos, pelo amor de deus, sair daqui!!!
Arthur já queria ir embora dali. Freiras, lagoa perto do bosque, muita vontade de tomar cerveja, mulheres escandalosas. Ali não era lugar para ele, mas então a moça começa a gritar. "Era só o que me faltava" pensa Arthur. O chinesinho conseguiu piorar a situação, agora a moça tá surtada depois que viu o maluco benzendo a porra do piano. Nesse momento Fleck respira fundo e realiza que eles vão ficar ali mais um tempo... O que é um saco.
Dennis percebeu o crescente pânico de Billie, que segurava Sylvie com força enquanto a tensão no ambiente parecia sufocante. Com movimentos cuidadosos, ele se aproximou, ignorando os olhares dos outros no cômodo.
— Por favor, calma. — Sua voz era baixa e firme, carregada de uma gentileza quase inesperada. — Estamos aqui em uma "turma" com você. Vamos sair, tudo bem? Mas primeiro precisamos nos organizar.
Antes que ela pudesse responder, Dennis envolveu-a em um abraço protetor, sentindo seu corpo trêmulo contra o dele. Ele não se importava se ela achasse aquele gesto exagerado; era necessário para transmitir segurança.
Ele ergueu a cabeça em direção a Shooter, que estava mais perto da porta.
— Shooter, abre a porta pra gente, por favor. Vamos sair daqui e conversar com mais calma do lado de fora.
A atmosfera no quarto parecia ainda carregada, mas a atitude de Dennis visava a dissipar parte da tensão. Ele não soltou Billie até certificar-se de que ela estava estável, e lançou um olhar para Arthur, que parecia prestes a perder a paciência.
— Arthur, dá uma força aqui. Só precisamos garantir que todo mundo saia em segurança. — A voz dele tinha um tom firme que deixava claro que ele esperava colaboração.
Dennis voltou-se novamente para Billie, agora falando diretamente para ela.
— Vamos resolver isso, eu prometo. Só precisamos de um momento para respirar e entender o que está acontecendo. A garota está bem, você está bem, e é isso que importa agora.
Ele esperava que suas palavras ajudassem a acalmá-la enquanto todos se preparavam para sair do quarto, queria deixar subentendido que eles sabiam o que estava acontecendo
Arthur escuta as palavras de Dennis e afirma com a cabeça, com uma expressão de "tá certo, faz sentido" no rosto. Então ele vai até os seus colegas de furgão e um a um vai encaminhando para fora do cômodo, mas sem falar uma palavra sequer.
Arthur se lembrou de quando acalmava suas filhas ou sua esposa em situações adversas que as fizessem ficar, de alguma forma, aflitas ou ansiosas. De alguma forma ele recobrou a sua paciência e manteve a compostura.
Billie estava aflita e o fato de ainda não entender o que estava acontecendo a deixava confusa. Sentia-se tão assustada e cansada, preocupada com Sylvie, que deixou Dennis aproximar-se e a acalmar. A voz tranquila do homem era um leve oasis no meio daquela loucura toda: um homem com cara de doido, um coreano maluco que benzia o piano, um médico que tentava ajudar - Billie achava que ele tentava ajudar, mas não tinha certeza e não deixaria ele tocar em Sylvie - e uma mulher com cara de poucos amigos.
"Pelo amor de deus, isso era pra ser só férias de crianças! O que houve aqui???" foi a única coisa que conseguiu pensar enquanto, como um animal assustado, era levada por Dennis para fora da sala. Ouviu a voz dele e respondeu sem pensar muito.
- É, isso. A Turminha da tia Billie. - disse meio perdida, tentando se desligar da loucura que acabara de presenciar.
Ele deixou que ele a guiasse e não afastou-se do homem. Era reconfortante deixar alguém assumir as rédeas da situação.
Não levantou o olhar para ver a mulher que dava passagem e nem mesmo para ver o restante da equipe. Mantinha a cabeça baixa e deixou de tremer quando finalmente saiu da sala. Porém, não soltou Sylvie. Continuava segurando a menina firme e tinha o olhar perdido e baixo.
Ela apenas o levantou e encarou Dennis quando ele a chamou e falou com ela.
- Eu.. Eu não sei o que houve! O piano quebrou! Quebrou do nada! Ele ata...
Calou-se. Como iria dizer que um piano a atacou e que havia ouvido vozes? Encarou Dennis rapidamente, ainda com medo, depois desviou o olhar.
- Quem.. Quem são vocês? O que querem aqui? O que está acontecendo?
Não dava sequer chance para Dennis responder, tamanha era a ansiedade. Ela balançava Sylvie nos braços enquanto fazia leves "Shhh" para acalma-la. E sua eprna ainda sangrava, mas Billie parecia sequer prestar atenção nisso.