HERANÇA MALDITA: ENGANANDO A TODOS

ELENDIL, VOLGRINN

- Eu tomei o lugar de Fanrwell para ter uma vida sossegada, e o mantive cativo aqui, continuando a mandar aventureiros, como ele sempre fazia. O resto que ele havia aprontado antes não me diz respeito, mas esse culto.
- E pode chamar-me Xestill. Isso de duplo é falta de educação, explica a fêmea.

- Ela não pode provar! Essa coisa estava me substituindo, vá lá saber quanto tempo! Não acreditem em nada que diz!, argumenta vociferando o nobre.

O elfo olhava para Xestill e para o nobre, depois para o clerigo amarrado no canto. Fanrwell tinha razão, "a" duplo não tinha como provar isso e sendo quem era, poderia muito bem estar encenando também.

- Lorde Fanrwell tem razão, Você não pode provar o que fala.- Se dirigia para Xestill - Mas também sei que quem ameaçou nosso lorde, agora está desacordado.- Falava de Holder - Então Lorde Fanrwell, ela pelo menos merece o benefício da dúvida por ter ajudado a salvar a sua vida! - Elendil tentava colocar um fim as acusações do Lorde naquele momento, pois havia coisas mais importantes a serem feitas.

- Além do mais, foi graças a ela que fomos enviados para as terras de sua irmã e talvez tenhamos encontrado o que procurava. - O Elfo se volta para Glendolian - Irmão, onde está aquela caixa que abrimos na Taberna?

Elendil continua, se dirigindo ao lorde:

- Nos abrimos a caixa, mas ela possuía uma armadilha mágica e quase perdemos nossas vidas nela. Não sabemos o que ela contém, mas desconfio que apenas o herdeiro verdadeiro tem o direito de ver o que contém a caixa.

OFF::

ELENDIL, VOLGRINN

Ao ouvir o pedido do patrulheiro, Glendollian enfia as mãos em suas vestes, retirando a peça e dando ao mesmo.

- Vocês a tem? Rápido, entregue-me!, diz o nobre com animação incontida, sem ligar para mais nada, só querendo por as mãos no item.

Elendil recebe o cubo em suas mãos, mas afasta o artefato de perto de Fanrwell assim que o Lorde demonstra sua urgência em tê-la.

- Calma Lorde, antes quero que prometa nos dar a recompensa prometida por trazê-la até aqui!

Só depois da promessa do Lorde que Elendil repassa a caixa.

Meliel decide subir pela janela que tinha entrado antes.

ELENDIL, VOLGRINN

- Tudo bem. Tudo bem, concorda Fanrwell balançando a cabeça e batendo os braços. O homem parecia cansado daquilo tudo para discutir qualquer coisa, dando apenas por vencido.

O nobre se dirige a suíte. O grupo o segue.

Lá, o homem de barbas brancas se aproxima de sua mesa, um móvel pesado e maciço. Mexendo numa peça do lado, ele ativa algum mecanismo, e abre-se um compartimento de onde ele começa a tirar alguns sacos de moedas que fazem barulho quando mexidos.

Ele olha para um, depois para outro, compara seus pesos nas mãos e por fim entrega um bom saco bem estufado a Orog, que apesar da aparência da saca nem parece perceber o seu peso, devido a sua força enorme.

Ele senta-se na cadeira especialmente confortável junto a mesa e diz mirando a caixa:

- Agora pode entregar o que é meu por direito, senhor patrulheiro.


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MELIEL

A extraplanar decide entrar pela janela que havia arrebentado anteriormente. Ela adentra o quarto sem problemas e logo chega ao corredor de antes, onde já havia vistoriado todos os quartos a procura de pessoas. Olhando no outro extremo do corredor, ela vê a porta da suíte de Fanrwell que ela havia escancarado antes na sua fuga.

O patrulheiro passa o artefato para o Lorde, mesmo não confiando no orc mal-cheiroso. Um problema de cada vez, pensava Elendil, depois pegaria sua parte da recompensa, alem do mais, estava curioso para saber o que a caixa contém. Se o Elfo estiver certo, Fanrwell só conseguirá ver seu conteúdo, se for o verdadeiro herdeiro do que a caixa guarda.

O anão olhava com interesse, mas também já estava por demais curioso para saber o que diabos a caixa misteriosa fazia...

ELENDIL, VOLGRINN

- Finalmente! Deveras árdua a tarefa. Felizmente, todos colaboram com meus planos e agora terei o que mereço, fala num tom jocoso consigo mesmo, como se não ligasse para os demais na suíte.

Fanrwell levanta e caminha um pouco, põem a peça na lareira do aposento sob os olhares de confusão dos demais. O nobre recua alguns passos. Então, com alguns dizeres arcanos, lança um raio de ácido contra a peça que começa a derreter.

O nobre sorria sobre a estupefez dos demais, ele não ligava para nenhum deles, é como se não estivessem ali. Então, ele profere mais palavras arcanas e dispara da ponta de seus dedos um raio de fogo, que ao contato com o ácido que já corrói a peça causando uma pequena detonação incendiária, dando fim a qualquer segredo ou prova no item.

- Aaaah, que bom! Bem agora eu sou o único herdeiro das propriedades e tudo mais. Quanto a vocês, já foram recompensados, mas seria bom que cuidassem desse cultista que estava entre vocês, em deixar de mencionar para que devem caçar os demais daqui em diante. Afinal, eles podem vir a querer dar um fim a vocês depois que atrapalharam o seu ritual, não?, diz o nobre satisfeito ao explicar a situação, quando o grupo lembra que além de Holder prisioneiro ali, havia o cultista perneta que escapou na forma de serpente, além disso também havia o misterioso contato dos cultistas, o tal Red, que o alquimista Kss e o ladino sulfure Trent ficaram de identificar nessa mesma noite.

E agora, o que fazer?

1) Retornar à hospedaria do início da aventura. [Guardar seu xp e a recompensa e por fim a essa aventura; por enquanto.]

2) Esganar Fanrwell e exigir mais resposta. [Role Intimidação, CD 15]

3) Matar Fanrwell e apanhar os demais sacos no compartimento secreto. [Role iniciativa e ataque]

4) Perguntar a Duplo se quer se juntar ao grupo. [Ganhar a sua confiança exige um teste de Diplomacia, CD 15]

Elendil viu Fanrwell destruir o artefato com magia, quem diria, o nobre se mostrou um arcanista! Seja lá quem fosse o herdeiro de sua irmã, agora ficaria sem herança. Isso não dizia respeito ao Elfo e já estava  de saída quando aquele nobre miserável faz uma ameaça velada, indicando os cultistas. Aquilo fez o patrulheiro pensar: Os cultistas podem voltar querendo mais almas para seu ritual, o Nobre se mostrou um verdadeiro covarde e seria facilmente intimidado. Logo começaria a mandar mais aventureiros para a morte e isso Elendil não iria tolerar.

- Sim Lorde Fanrwell, os cultistas podem vir atrás de nós, mas com certeza virão atrás de você também. Afinal, o senhor é o maior fornecedor de almas para o ritual deles! Eu não vou deixa-lo enganar mais ninguém. - Elendil saca seu arco e flecha e atira contra o nobre.

ELENDIL, MELIEL, VOLGRINN

Meliel chega bem a tempo de ver o elfo vitimar o nobre com uma flecha direto em seu coração. O homem esbugalha os olhos e diz suas últimas palavras amaldiçoando o grupo todo.

- Tão... perto, mas... rirei por... últimooo..., e o nobre cai duro no chão sem se mover mais.

Após observar o desfechoa da situação, alguém resolve falar.

- Melhor darmos o fora daqui. Sinceramente não sei porque a guarda pretoriana não apareceu até agora. Que eu saiba eles deveriam vir ao ouvir o piato dos guardas de Fanrwell, diz a duplo em tom de urgência.

1) Aproveitar que a guarda pretoriana sumiu e fugir da cena do crime. [Retornar a estalagem fora da cidade.]

2) Procurar a guarda pretoriana sumida e contar a sua versão dos fatos.[Role Obter Informação, CD 15]

3) Procurar encontrar Kss e Trent, que estariam atrás do contato dos assassinos: Red. [Alguém lembra o nome do local aonde eles iam?]

4) Combinar com a duplo que tome a forma do nobre e todos juntos prossigam com a sua própria farsa. [A duplo deverá rolar Enganação, CD 15, em várias situações]

Elendil não tinha a intenção de fugir, queria ficar e armar uma armadilha para os cultistas. - Não Xestill, ficaremos aqui! Você vai tomar o lugar de Fanrwell como já estava fazendo, mas não enviará mais aventureiro algum. Logo os cultistas sentirão a falta de novas almas e virão ao nosso encontro.

O patrulheiro se volta para seus companheiros - Ninguém precisa ficar, mas eu gostaria de tê-los a meu lado e buscarmos nossa vingança. - Sabia que havia matado Fanrwell sem o consentimento deles, mas agora era tarde e faria o que era preciso para se aproveitar da situação.

ELENDIL, MELIEL, VOLGRINN

- Ah, gente, mas e todos esses orcs mercenários mortos? E a guarda pretoriana que não apareceu ainda? Que história nós vamos inventar?, dizia Glendollian apontando pontos importantes que deveriam se preocupar de imediato.

- Diz que foi um dos inimigos do Farwen que veio acertar negócios antigos, e por isso mesmo teve essa matança toda. - Disse Meliel aterrizando no chão.

Jogamos eles todos no quintal do vizinho e fingimos que não temos nada a ver com isso. Diz o anão em tom jocoso.

- Bom senhores, considero aqui a minha tarefa cumprida - ela sorri e se vira para ir embora parando antes - Tenham cuidado com os acordos que fazem.

Deu uma risada sinistra e saiu andando até voltar ao quarto de Farwell, saltou pela janela e alçou voo rumo ao horizonte assim sumindo da vista de todos.

Elendil dá um ultimo adeus à Meliel, antes dela partir e deseja em seus pensamentos que um dia eles possam se reencontrar, pois ainda deve sua vida a ela.

O elfo então compartilha sua desconfiança - Eu acho que a Guarda Tapistiana não vai aparecer, tenho um pressentimento de que os Minotauros estão, de alguma forma, por trás dos Cultistas. - Ele não tinha provas daquilo, mas um pressentimento o atormentava desde que chegaram ao casarão e viram aqueles corpos de minotauros queimados por Kss e Trent. - Se eu estiver certo, os minotauros poderão fazer vista grossa para o que acontece aqui.

Elendil então completa sua teoria - Mas se mesmo assim eles aparecerem, falaremos que tentaram matar Lorde Fanrwell e nós o salvamos. Podemos dizer que foram os rebeldes que o atacaram! - Já que Malpetrimm era o centro de atuação dos Rebeldes do Reinado, Os Minotauros provavelmente os procuravam por todos os lados, não seria difícil convencê-los de ser mais um ataque daqueles - Estes mercenários morreram no ataque e os outros que estão dormindo do lado de fora, nem sabem o que aconteceu. Depois nosso Lorde Fanrwell pode dispensá-los para não causar mais problemas.

O feiticeiro ranger viu que precisavam fazer algumas ações para sua teoria estar completa - Xestill, vamos lá fora e diga a seus servos para voltarem a seus alojamentos. Diga que está tudo bem com você e que nós o salvamos da morte certa. - Os servos viram Lorde Fanrwell sendo ajudado por Elendil e foi Corax que auxiliou-os a sair do casarão, seria fácil convencê-los disso, o que poderia ajudar com a veracidade de sua história.

Ainda havia Holder e precisavam saber o que fazer com ele. - Esse clérigo traidor ainda está vivo? - Se estiver, o elfo pensa em coloca-lo em um dos quartos de hospedes, colocando-o para dormir. Diríamos que é um dos nosso amigos que foi mortalmente ferido. Mas se estiver morto,Elendil imagina que devem queimar seu corpo.