Olhando para trás, Krossis não viu quem estava a frente, era outro dos moleques. Um soco no estomago, dolorido, e Krossis caiu sem ar no chão... o cavalinho saiu de suas mãos, quicando ate parar a alguns metros a sua frente. Briggs estava agora a sua frente, com o pé por sobre o brinquedo. Com a voz irritante e sorriso cinico, ele diz:
“Você não tem nada, nem terá nada! E o pouco que tem, terá este fim!”
Briggs pisou uma vez, duas vezes, varias vezes por sobre o brinquedo.
**
Krossis desperta de seu torpor, ainda um tanto desorientado do sonho. Os últimos raios de sol da tarde já se foram, e ouvia-se do lado de fora de sua mansão de Nova Garza, no jardim, o canto dos primeiros pássaros noturnos.
O vampiro estava deitado em sua cama. Sabia que finalmente havia chegado o dia da audiência com a Imperatriz Neeshna. Quanto tempo se passou desde a sua condecoração como herói de guerra? Dois anos?
Krossis gira seu corpo para pegar a sineta que estava sobre o criado-mudo, e o toca apenas uma vez. Em alguns instantes a porta do quarto se abre, e por ela entra Alice, a sua bela serva ruiva, vestindo seu tipico uniforme preto e branco.
Ela faz uma singela reverencia, dobrando ligeiramente o joelho e curvando-se. Alice sempre foi prestativa e devotada, além de ser uma ótima guarda-costas.
- Boa noite, meu senhor. Hoje é o dia da audiência com a Imperatriz. Deseja que eu auxilie o senhor a se vestir? Ou deseja alimentar-se primeiro? - diz, retirando um dos adereços que cobriam seu pulso.