Ellywick - Edu

O hobgoblin que fez a pergunta para as duas deu um grunhido em resposta a explicação de Elly. Ele tinha a face carrancuda e mal-humorada, que logo deu lugar a surpresa, primeiro ao ver que o saco era maior por dentro do que por fora, segundo por conter armas de altíssima qualidade. Um dos inspetores pegou uma das espadas, e com grande destreza fez uma serie elaborada de giros e estocadas, somente para verificar o balanço da arma.

O chefe inspetor, diante das armas expostas na bancada, disse: “Hrmph, muito bem, vendedores de armas precisam de licença e local fixo. Um fiscal ira no endereço fornecido por vocês para verificar a situação. Venda somente a pessoal autorizado. Entre em contato com a guarda, precisamos de armas de qualidade, possível negocio com a cidade. Proximo!”

Depois de guardadas as armas novamente no saco magico, e encaminhadas para o portão principal, Elly e Ergo se permitem um suspiro de satisfação. Já estava começando a entardecer, o ar tornava-se mais fresco, com o vento soprando do sul balançando os cabelos.

Ergo se vira para a gnoma e da um leve sorriso. “Por que voce fez questão de ressaltar que somos namoradas?”, diz, segurando a mão da outra, “ainda tem duvidas disso?”

Elly se sente aliviada pelo fato de tudo ter ocorrido bem naquela revista. Coça a cabeça depois de ter ouvido o questionamento de Ergo.

- Duvidas? Não,não, você encontra uma garota incrivel se apaixona por ela e ela o mesmo por você. Esse fato faz você ficar feliz tipo WoW, tirei a sorte na loteria. Porquê eu iria esconder isso dos outros? Eu quero mais é que o mundo saiba que estamos juntas - gargalha ela no final abraçando Ergo - Agora vamos que não vejo a hora de tirar as suas roupas, ops, digo tomar banho.

As duas seguem juntas pelas ruas de Astrakhan, que era uma cidade diferente das outras que a gnoma já tinha visitado. As casas e edifícios pareciam ter pouca função estética, sendo mais do tipo utilitário, sem muitas cores e de linhas bem retas. Havia uma grande quantidade de humanoides circulando pelas ruas, goblins, orcs e hobgoblins, mas estes se mantinham surpreendentemente civilizados, cada qual preocupado com seus afazeres. Haviam humanos de dois tipos: livres e escravos. Os escravos eram facilmente identificáveis por uma tatuagem no pescoço, e muitas vezes sofriam abusos por parte de seus donos. Vez ou outra um demônio horrendo passava por eles, mas isto não causava comoção entre o povo, que apenas abria caminho para que pudesse passar.

Elly podia ver pela expressão facial de Ergo que a necromante já estava acostumada a tudo aquilo, e mesmo a cena de uma mulher sendo açoitada em plena rua por seu mestre não havia causado nenhuma emoção em seu rosto.

Depois de passar por uma guarita e se identificarem, as duas entram em um outro bairro de Astrakhan, que destoava do anterior: as casas eram coloridas e de arquitetura moderna, as ruas bem cuidadas e arborizadas. Mesmo os escravos vestiam roupas melhores que muitos humanos livres da outra região.

Finalmente elas chegam na casa de Ergo, que parecia ser bem simples, comparada com as outras mansões do bairro. Havia um belo jardim, delimitado por uma cerca viva, que no momento estava sendo podada por um esqueleto que portava um chapéu e uma tesoura de jardinagem.

Na porta são recebidas por um belo escravo, que faz uma reverencia diante de sua dona. Ergo apenas acena com a cabeça. “Estou de volta. Esta é minha namorada, Ellywick, a qual voce deve obedecer a qualquer comando. Prepare nosso banho e faça nosso jantar. Depois pode se retirar aos seus aposentos.”

Ellywick abriu a boca para fala alguma coisa vendo aquilo tudo que se passava na frente do seus olhos, mas acabou decidindo ficar calada. A mulher sendo açoitada ali na rua e modo geral como todo o resto foi difícil para ela de aguentar. Seria uma decepção para ela Ergo não demonstrar nenhum desconforto? Vamos lá, sabedoria era uma das suas principais características. O ditado "diga-me com quem andas e eu te direi quem és" não lhe diz alguma coisa? Refletir sobre isso dava uma sensação ruim no seu estomago. Esperava estar certa sobre Ergo, que ela fosse a mulher certa.

Elly fez um sinal de reverencia para o escravo e seguiu junto com a sua namorada.

Ergo guia pela mão Elly ate uma sala confortável, com um sofá de couro marrom e uma mesinha de centro, e pede para que ela aguarde uns instantes sozinha. A necromante sai, e logo aparece o escravo com uma bandeja contendo um bule de cha e biscoitos.

Enquanto saboreia as guloseimas, Elly pode ver que a casa de Ergo era austera como um mausoléu, favorecendo os espaços vazios, as cores branca e preta predominantes. Quando estava prestes a se entediar, a mulher retorna, convidando a gnoma para o banho.

Ao entrar no recinto, Elly percebeu que Ergo não tinha economizado ao fazer o local de banho. Era um local lindo, marmorizado, com fontes na forma de esculturas de tigre esguichando água quente em um tanque. Haviam duas toalhas grandes e brancas separadas em dois bancos.

Sem cerimônias, Ergo começou a despir Elly, tirando carinhosamente sua roupa, elogiando cada parte de seu corpo. A humana roçava de leve sua pele contra a pele da gnoma, explorando cuidadosamente seus limites. Alisava e acariciava os cabelos, e ao final, estando as duas nuas, pegou uma esponja e começou a ensaboar o corpo da outra. “Gosto deste inicio, é como desbravar todo um reino desconhecido e misterioso... Que surpresas me esperam?”, diz, dando um sorriso maroto.

Elly sorriu com as suas maçãs do rosto coradas. Deixou-se alisar por Ergo, mas o que tinha visto a incomodara. Não estava com a cabeça tanto assim na sua namorada.

- Se eu falar vai perder a graça - Disse Ellywick antes de começar a beijar a barriga de Ergo e ir descendo até chegar no sexo da sua companheiro.

Deu prazer a ela do melhor jeito que podia e depois a beijo na boca pulando na banheira logo em seguida.

- Estou preocupada Ergo. Não gostei do que eu viu quando entrei na cidade, muito menos que você não demonstrou reação nenhuma. Não lhe incomoda essa situação de escravidão? - a gnomo olhou de forma meiga mas inquisitiva para Ergo - Venha descanse aqui nos meus braços.

Ergo ficou um tanto quanto surpresa quando Elly foi se abaixando, a principio tentando se esquivar por causa da vergonha. Porem as sensações eram boas demais para deixar a timidez se intrometer e estragar aqueles momentos íntimos entre as duas. Mordendo os lábios, a humana sussurrou, “vocês, gnomos, adoram inventar uma coisa nova... Para mim, isto é uma novidade... uma novidade muito boa...”

Querendo retribuir, Ergo tenta repetir o que sua namorada fez, um tanto quanto desajeitadamente. Mas o que faltava em habilidade, sobrava em disposição. Exaustas, as duas ficam juntas na banheira relaxando, com a necromante um pouco afundada na banheira, com a cabeça descansando nos ombros de Elly. “Astrakhan é uma cidade diferente, com leis bem diferentes das outras cidades. Mas uma vez que voce esta aqui, tem que obedece-las. Aqui existe a escravidão, e se voce tem um escravo, pode fazer o que bem entender com ele. Eu trato meu escravo bem, mas existem aqueles que maltratam. Não concordo em açoitar um escravo, mas o que fazer, se o outro esta no seu direito? Se impedi-lo, posso ate ser presa. Devo me arriscar por alguém que não conheço? Eu me arrisquei por voce, Elly, porque por voce valia a pena. Mas por um escravo qualquer? Não.”, responde de maneira objetiva e firme.

Ellywick fica um pouco surpresa com a reação de Ergo, ao movimento que ela tinha feito.

- Você não conhecia isso? - pergunta ela acariciando os cabelos das companheira - Você nunca tinha estado com outro homem ou outra mulher e lhe deu prazer? To vendo que vou ter que lhe ensinar muito muito - finaliza ela rindo levamente.

Depois passando a descontração e volta a abordar o outro assunto.

- Não sei como você conviver, só a passagem por ali me deu um sentimento ruim de culpa e peso. Quase por um instante perdi a empolgação de nós duas - ela balança a cabeça por um momento como se quisesse jogar de lado o assunto anterior - Mudando de assunto, e essa festa daquela mulher que apareceu na caravana? Quer ir mesmo? Achei meio estranho o convite. Como vamos resolver a questão das roupas?

Ergo fica um pouco ruborizada nas maças do rosto. “Digamos que minha experiência com homens não tenha sido prazerosa. Infelizmente os que conheci estavam mais interessados em se satisfazer, imaginando que eu era apenas uma boneca... ou cadáver,” diz, lamentando-se. Ela pega uma esponja e passa pelo braço. “No que se refere a festa de aniversario de Sabnar, nós temos que ir, não existe outra opção. Lady Shederun nos fez um convite pessoal.”

Após mais alguns minutos de relaxamento na banheira quente, Ergo e Elly se enxugam e saem do banho. O ar dentro da casa era bem fresco, e pelo vão da porta passava uma brisa gostosa. As duas vão para o quarto de Ergo, que era estreito e comprido. Os móveis eram de madeira de lei e finamente trabalhados, a cama grande com colchão e lençóis brancos. Um tapete cobria a porção central, e longas cortinas bloqueavam a janela. Haviam dois grandes e elegantes armários.

Com um sorriso de canto de boca, a necromante abre a porta de um dos armários, revelando uma bela quantidade de vestidos, de variadas cores e estilos, alguns com miçangas, plumas e outros feitos de peles de criaturas mágicas. “Não disse que no condado de Mirador tinha costureiras muito boas?”, diz, orgulhosa.

Ellywick sente uma dor no coração quando Ergo Proxy fala sobre as suas experiencias passadas.Ela abraça a necromante e bota a mão dela no seu peito, entre os seus pequenos seios.

- Tá sentindo isso? É o meu coração batendo por você. Você é amada agora e não está mais sozinha. Eu me preocupo com você e eu seu prazer também. Me dá até raiva só de pensar em alguem tratando te tratando mal - a Gnomo ainda abraçada a necromante olha a coleção de vestidos da sua companheira - Uma coleção bem impressionante. Deu para ver quando eu encontrei você a primeira vez que tu tinha estilo e esse condado é bom mesmo nesse quesito. Você já é linda imagina neles, deve ficar maravilhosa. Sabnar é o filho dela?

Ela pega um dos vestidos passando a mão sentindo a sua textura.

- Pena que em mim não vão servir. Vão ficar grandes demais. Eu amo as minhas roupas, mas ela de jeito nenhum serve para uma festa de gala. Nem sei o que vou fazer - diz ela se sentando pelada na cama e apoiando o seu tronco no colchão - Acho que vou ter que ir com as roupas que tenho mesmo, hehehe.

Ergo da um leve sorriso, ao repousar a mão sobre o peito da gnoma. Ela suspira, e diz, “estive muito tempo sozinha, e cheguei ate a me acostumar com isto. Mas devo dizer que viver a dois esta sendo muito... prazeiroso”

A necromante senta-se ao lado de Elly e afaga seus cabelos. “Sim, Sabnar é o filho de Lady Shederum, e como filho da nobreza, sua festa será de muito estilo e glamour, e por isto terá que ir bem-vestida. Temos tempo ainda de procurar por uma roupa adequada para você, querida. Talvez no grande mercado de Astrakhan encontremos algo.”

Ellywick se vira subindo no colo da namorada e sentando se nele ficando bem de frente para o rosto de Ergo. Ela a beija a necromante mais uma vez abraçando-a.

- Nem tudo é mar de rosas numa relação a dois, mas acredito que possa ser melhor que ser sozinho também. Eu mesma antes de você, estava a mais ou menos 20 anos sem ter ninguém - Ela dá uma empurradinha de leve na sua companheira para que se deitasse complemente na cama e ainda abraçada a Ergo, Ellywick apoia a cabeça no torax da companheira. Devidamente acomodada no seio de sua namorada fala - Essa Lady Shederum tem interesse em outras mulheres? Talvez ela não tenha nos convidado por causa de seu filho mas sim para si mesma.

Elly passa um tempo ali abraçada com Ergo na cama. Por fim ela termina beijando os seios da companheira e desce lentamente todo o seu torso até o sexo da companheira. Ali com sua boca ela o beija até a sua namorada atingir o climax. Sorrindo ela se levanta pegando um maiô da mochila de cor preta e textura semelhante a seda, que servia como roupa de baixo. Veste a peça de roupa e fala:

- Vamos Ergo, que temos compra a fazer.

Ergo ouve as palavras de Elly atentamente, enquanto afaga os cabelos sedosos da gnoma delicadamente. “Pelo que ouvi falar de Lady Shederun, ela prefere os dois sexos igualmente. Então pode ser que o que voce disse seja verdade, querida... Temos que nos preparar para enfrentar qualquer situação, a verdade é esta.”

Ellywick, ao fazer seu avanço exploratório pelo corpo da namorada, pode perceber pela sua expressão facial que suas ações eram bem-vindas: Ergo sorria mais abertamente, e quando ela mordia os lábios sabia que tinha atingido um ponto especialmente sensitivo da companheira.

Por sua vez a necromante demonstrava que era uma ótima aluna, pois logo aprendeu em quais partes a gnoma sentia mais prazer, e quais caricias eram mais bem recebidas. Com as coxas firmemente entrelaçadas, o movimento rítmico das duas logo provocou uma sensação deliciosa, que cresceu intensamente pelo corpo das duas, as aquecendo e logo depois as deixando exaustas.

A gnoma logo se levantou e vestiu, enquanto Ergo molengamente se apoiava nos cotovelos, observando de sua posição na cama a disposição energética da companheira. “Já? Por que não dormir um pouco abraçadas? Quero sentir seu calor um pouco mais...”, disse, chamando com um dedinho.

***

O grande mercado de Astrakhan estava movimentado, com vendedores em frente de suas tendas berrando e gritando, oferecendo seus produtos mais baratos que a concorrência. Haviam pessoas e mercadorias dos mais variados locais: finas sedas de Ling-Xao, especiarias de Rabiah, engenhocas de Hammerheim, esculturas em madeira de Lenorien. Humanos, demônios, elfos, anões, membros de diferentes raças, passeavam e olhavam as mercadorias em completa harmonia. Pelo menos no grande mercado, Astrakhan não se diferenciava das outras grandes cidades da civilização ocidental de Dominus.

Ellywick e Ergo procuravam por roupas adequadas para a gnoma, mas infelizmente as de anões, além de serem um tanto maiores, eram rústicas demais, não apropriadas para festas. Quando já estavam quase desistindo, um gnomo bem-apessoado, com uma bela cartola vermelha e vestindo uma capa cinza-esverdeada presa por um cinto vermelho de escamas de dragão, se apresentou.



“Ola minhas jovens! Vejo que estão a procura de algo especifico... Talvez eu, Kelpip Zanston, possa ajuda-las...”, disse, fazendo um floreio com sua cartola.

Ellywick olha para o gnomo de cima a baixo e pergunta:

- Vende roupas finas para mulheres gnomo? Eu tenho um festa formal para ir e preciso de roupas finas. Preciso de algo tipo vestidos para bailes coisa assim.

O gnomo puxa ritmicamente sua barbicha estilosa e acena com a cabeça. “Mas é claro, minha bela conterrânea! Alias, você tem belas proporções, cairá muito bem em qualquer vestido que tenho a minha disposição! As deusas as mandaram até mim, e por isto farei o melhor para satisfaze-las. É só me seguirem.”

O gnomo as guia então pelo mercado, atravessando a grande bagunça formada pelos inúmeros compradores e transeuntes. Dirigindo-se para a saída, Kelpip explica que o fato de não existirem tantas gnomas e halflings em Astrakhan faz com que abrir uma barraca dentro do mercado seja algo muito custoso, e que prefere procurar suas clientes e traze-las ate sua casa.

Não muito longe da saída do mercado, os três percorrem algumas ruas e vielas, ate chegarem em frente de uma casa simples, um tanto quanto mal-cuidada, com grama por cortar e cercas corroídas por cupins. “Não reparem, estou pensando em me mudar, não vale a pena ficar consertando estas coisas”, diz despreocupado. Porém suas feições se alteram quando chega em frente da porta, que esta entreaberta. “Estranho, podia jurar que tinha deixado a casa trancada...”

Ergo cerra o sobrecenho e puxa Elly para um canto. “Não sei se vale a pena o risco... Quer ir embora?”, pergunta com tom sério, segurando firme em seu braço.

Ellywick torce o nariz olhando o lugar para onde o tal de Kepip tinha levado elas, olha para Ergo e responde a indagação da namorada.

- Também vejo algo de estranho aqui. É melhor voltarmos mesmo.

Ela pega mão de Ergo e junto com a namorada vão andando para longe dali, enquanto a outra mão repousava no cabo da sua maça estrela.

- Obrigado, pela sua oferta Kepip, mas temos que ir - Diz ela indo embora e levando Ergo para longe dali.

Kelpip, ao ver suas clientes indo embora, abandona sua expressão de segurança comercial e fica desesperado. Ele corre para alcançar as duas e diz, esbaforido, "não, não vão embora, minhas doçuras! Onde mais vão encontrar roupas que a bela gnoma possa usar! Foi a porta aberta? Por favor, esperem um pouco... Eu vou ver o que aconteceu, as senhoritas ficam me esperando do lado de fora, provavelmente esqueci a porta aberta. Não precisam entrar na minha casa, eu trago para vocês verem, não tem problema!”

Ergo olha para o gnomo, que parecia estar falando a verdade. E então sussurra para Elly, “o que ele diz faz sentido, pode ser que não encontremos roupas para voce, querida... Não vejo problemas em esperar aqui fora, a rua ainda esta movimentada...”

- Hm... tem certeza disso Ergo? Pode ser uma armadilha ou sei lá o que, mas se você diz eu fico aqui - Diz ela sorrindo para sua namorada.

Ergo olha ao redor da rua, observando as carroças passando pelo meio-fio e os transeuntes pelas laterais. Ela afasta uma mecha de cabelo e diz: “tem razão, pode ser uma armadilha... mas vamos aguardar por mais informações para não tomarmos uma decisão precipitada. Se não estiver vestida de acordo com a ocasião, pode ser que isto nos cause problemas.”

Ao ver que suas potenciais clientes não iriam fugir, Kelpip faz um sinal de ok e retorna para sua casa. Ergo e Elly olham atentas para a residência, até que um grande grito e um lamento se fazem ouvir. As duas se entreolham, e voltam novamente sua atenção para a porta. Pela mesma sai o gnomo, que mal consegue se apoiar em suas próprias pernas. Ele cambaleia na direção das garotas, e ao chegar próximo ele diz: “Fui roubado! Levaram minhas mercadorias, minhas roupas preciosas! Tudo o que tenho me foi tomado! Malditos agiotas! Eu disse que iria pagar, não disse!”

Kelpip se apoia em Ergo e Elly, com um olhar desesperado. “Vocês! Vocês! Vejo que tem o sangue de aventureiras! Dá pra sentir isto! Me ajude a recuperar minhas mercadorias! Por favor, eu imploro! Posso ate dar parte delas para vocês, como recompensa!”

Elly, ao ver a face de Ergo, pode ver seus olhos brilharem diante da menção da recompensa, roupas caras! A gnoma sabia que este era o ponto fraco da necromante.

- Que tipos de problemas Ergo? Tudo bem que se eu for vestida como eu to, vou ter algumas torcidas de nariz para mim e talz, mas além disso acho que não vai ter nada não. Além disso tudo essas roupas são os meus trajes oficiais de sacerdotisa. Eu como representante de Solaris ir num baile com as minhas roupas de sacerdócio não é um escandalo tão grande assim, não é?

Depois do gritou, lamento e o gnomo saindo da casa pedindo ajuda para elas, Ellywick olhou bem para o pequeno homem como ela. Observou um brilho surgir nos olhos da sua namorada. Pegou a sua mão ficando os dedos dela entre os seus e disse:

- Vamos com calma Ergo - depois se virou para Kelpip - Quanto você deve a esses agiotas? Dependendo do valor podemos negociar pagar ele em trocar deles retornarem as suas mercadorias.