Ellywick - Edu

Kelpip permanecia com as palmas das mãos em sua face, desolado. “O valor total das mercadorias deve estar por volta de 2000 peças de ouro. Estou devendo para eles cerca de 1000 peças de ouro, mas infelizmente as vendas não tem sido muito boas, e disponho de apenas 100 peças de ouro....”, lamenta o gnomo. Então repentinamente ele se anima, e pega na mão de Ellywick. “Vocês podem pagar os agiotas? Ficaria eternamente grato! Prometo devolver cada moeda que vocês derem para mim! Vocês são duas anjas que caíram dos céus para me ajudar! Graças as deusas!”

Ergo, que antes estava com brilho nos olhos, agora voltou a ficar com sua usual cara seria. Ela puxa a gnoma para um canto e diz: “Agora quem não esta gostando desta historia sou eu... Se ele enganou um grupo de agiotas barra-pesada, enganar a nós então para ele vai ser muito fácil.”

A necromante volta seu olhar para Kelpip, que da um grande sorriso. Ergo murmura para Elly, “melhor ir com suas próprias roupas na festa, querida... creio que o prejuízo não vai ser tão grande assim quanto o que este gnomo esta nos oferecendo...”

Ellywick sorriu podia se dizer que até era uma expressão sincera. Pegou duas moedas de ouro da sua algibeira e botou nas palmas da mão do gnomo, dizendo:

- É o maximo que eu posso fazer por você. Use-as para recomeçar o seu negocio e vida, tenha cuidado emprestimos dá proxima vez.

Depois segue com Ergo Proxy para longe dali.

- Eu pensei a mesma coisa amor. Eu acho que não é coincidência que estejamos juntas - ela ri levemente - Já pensou na ideia de nos casarmos? Com essa sintonia toda um anel no dedo não é tão absurdo assim.

Elly oferece para Kelpip duas moedas de ouro, as quais o gnomo observa de maneira desolada. Logo a cleriga e Ergo se afastam do local, mantendo uma distancia bem longa daquele problema.

A gnoma parecia aliviada por ter se livrado daquele ninho de vespeiros, e brinca com a necromante. Ela ergue a sobrancelha, e sorri com o canto da boca. “Você é bem ligeira, em todos os sentidos. Mas posso dizer que estou feliz de ter voce por perto.”

**

De volta na casa de Ergo, as duas fazem um pequeno lanche e relaxam um pouco no belo jardim, bebendo um cha de ervas aromáticas, sentadas em um banco de madeira, enquanto o esqueleto-jardineiro varria as folhas mortas do chão. A necromante suspira, coloca uma mão sobre o ombro de Elly, e diz: “Bem, não temos tempo hábil de procurar ou mandar fazer um vestido para voce, querida. De qualquer modo, sua opção de vestir sua indumentária cerimonial faz todo o sentido. Só não me lembro de ter perguntado qual a divindade que voce segue, Ellywick. Posso te dizer que seguidores da deusa Mitz são uma afronta para os demônios, e se for este o caso, melhor procurarmos uma outra saída.”

Balançando as perninhas que não alcançava o chão Ellywick sorri para Ergo Proxy.

- Não precisa se preocupar meu amor. Não sou sacerdotisa de Mitz, sou devota de Solaris, deusa da magia e ocultismo. Caso fosse sacerdotisa dessa outra deusa ai, não teria nem dado em cima de você no começo - a gnomo dá uma leve risada - nunca conheci uma devota de mitz gay e que aceitasse necromancia ao mesmo tempo.

Ergo ouve a resposta de Elly e sorri levemente, balançando a cabeça positivamente. “Sim, é verdade. Duvido que uma devota de Mitz me aceitaria ou me desejaria, “ diz. Ela sorve um pouco mais de chá, e deixa a xicara sobre a mesinha. ”Devemos então nos preparar para a festa, Lady Shederun odeia atrasos.”

As duas então retornam para a casa, onde tomam novo banho relaxante com sais aromáticos e direito a massagem do escravo da casa, Jasper. Após o banho elas vão ate o quarto, onde Ergo abre seus armários e experimenta uma enorme quantidade de vestidos, deixando-os todos amontoados ao lado da cama. A gnoma não tinha outra opção a não ser a sua indumentária cerimonial, mas pelo menos a mesma estava bem apresentável, devidamente lavada e passada por Jasper.

Elly terminava seus preparativos, quando surge pela porta Ergo, deslumbrante, com um vestido azul-escuro de saia bufante, mangas longas e luvas de couro. Logo o escravo se levanta para ajustar a saia em sua cintura fina, que lhe caia muito bem. A necromante olha para Elly, e acena com a cabeça. “Sobria e elegante. Discreta, porem com estilo. Gostei. Vamos?”

A carruagem já estava esperando do lado de fora. Jasper auxilia as duas a subirem, e logo o cocheiro parte. Ergo segura na mão da gnoma e diz, com um sorriso na ponta dos labios: “Posso dizer que nunca vivi um dia assim tão movimentado... Viver com você sera assim, uma aventura todo dia, querida?”

- Bem se você acha? Digo eu gosto do meu visual, a armadura, calça justas e talz, mas não sei se é compatível com essa festa ai, mas tudo bem - Ellywick para olhar Ergo de cima a baixo - Agora você ,hein. Tá deslumbrante, to namorando uma princesa e não sabia? Por Solaris - Diz a gnomo antes de entrarem na carruagem.

No veiculo Ellywick procurou se sentar bem do ladinho de Ergo e sorriu para sua companheira quando essa mesma falou sobre se uma aventura todo dia a sua vida após a chegada da gnomo.

- Isso eu não posso prometer, Ergo, mas posso dizer que não será como antes e que você não estará sozinha.

A gnoma sente que apesar do rosto da necromante ser pálido, alvo como a neve, por sua vez suas mãos eram quentes e reconfortantes. “Sua companhia já me é o suficiente, Elly...”, comenta Ergo, que volta seu olhar para a janela da carruagem. Do lado de fora as ruas passavam rápido, com as pessoas caminhando rápido para voltarem para seus lares. Não eram todos que podiam se dar ao luxo a festejar após um árduo dia de trabalho.

Após alguns minutos a carruagem entra em uma área restrita da cidade de Astrakhan, guardada por demônios brutos e enormes, portando imensos machados de batalha. Após passar em frente de diversas residências luxuosas, o veiculo atravessou o portão que guardava a mansão de Lady Shederun e depois permaneceu em uma fila, aguardando o desembarque dos outros convidados para a festa de aniversario de Rabnar.
Quando chega a vez de Elly e Ergo, elas são recebidas por uma bela atendente, que as posiciona para aguardarem em uma outra fila. La estão outros convidados, todos vestindo esplendorosas indumentárias, conversando frivolidades. Porém um deles se aproxima, um homem de cabelos prateados na altura dos ombros, que cobriam parte de sua face. Estava vestido todo de preto, com uma espécie de couro, que ressaltava sua forma física atlética e ágil



Ele faz uma reverencia, e diz: “Não sabia que gostava de festas, Ergo. Quando estávamos juntos, dizia sempre que preferia ficar em casa... O que aconteceu para sair de sua toca?”

Ergo suspira, e devolve a reverencia. Em tom zombeteiro, responde: “Talvez eu tenha encontrado uma companhia interessante? Brincadeira.” A necromante então apresenta o desconhecido para a gnoma. “Elly, este é Kadaj Lykane, meu ex-namorado. Kadaj, esta é Ellywick, minha namorada.”

Kadaj não consegue esconder sua surpresa. “Namorada? Ficou tão arrasada com nossa separação que resolveu tentar com o outro sexo? Lembre-se que a culpa foi sua por terminarmos...”, diz, e mede com o olhar Elly de cima a baixo. “Não preciso nem dizer o quanto isto é errado, seja de sexo como de raça. E o que voce está vestindo, criatura! Por acaso vai celebrar uma missa para o aniversario de Rabnar? Me poupe!”

Ellywick levanta uma sobrancelha com a inesperada aparição do ex-namorado de Ergo. Nem imaginava que sua namorada tivesse relacionamentos duradouros anteriormente, pra uma mulher que não conhecia sexo oral isso não é dificil de pensar. Refletindo bem na questão, considerando, faz sentido o motivo dela não ter mencionado.

- Prazer, Ellywick Manares - botou uma mão no ombro de Lykane, usava luvas brancas.

Virou-se para Ergo e disse com uma expressão não afetada pela coisas ditas pelo ex da sua companheira.

- Vamos, Ergo? Tenha uma boa festa senhor Lykane - sorriu ela puxando Ergo consigo para longe do homem.

Elly, desejosa de se afastar de Kadaj, puxa Ergo e ambas se encaminham ao salão de entrada. Porém o ex-namorado de Ergo não se deixaria livrar assim tão facilmente. Ele alcança as duas, e segura a necromante pelo ombro. Irritada, ela se vira para encarar Kadaj, mas este não dava a mínima mostra de se importar com isto. Com seu melhor sorriso, ele diz, “vocês não tem mesa para se sentar, não é mesmo? Apenas a nobreza tem assentos reservados em festas desta magnitude. Bem, posso dispor de duas cadeiras na minha mesa, peço que me acompanhem...”

Ergo continuava com sua feição de poucos amigos na cara, e logo iria recusar o convite, mas antes que pudesse terminar sua frase, Kadaj a interrompeu. “Eu faço questão. Recusar meu convite seria uma grande desonra. Ah, por falar nisto, como esta o seu escravo? Espero que ele esteja se comportando bem... Ainda me lembro bem do ocorrido...”, comenta o rapaz casualmente.

A expressão de Ergo se altera, mudando de surpresa para resignação. “Muito bem. Vamos”, diz, aceitando o convite.

Elly para se entender nada do que estava acontecendo."Mas que serzinho arrogante e cheio de desmandos" pensa ela.

- O que tá acontecendo Ergo? - diz a gnomo parada olhando para a necromante surpresa - Ah deixa pra lá, eu entendi o que tá ocorrendo aqui.

Ele claramente estava chantageando ela com alguma coisa relacionada ao escravo dela.

- Você pode me esperar um pouquinho, Ergo? - fez uma pergunta retorica Ellywick sumindo no meio da festa.

Isso não iria ficar assim, não deixaria a sua companheira ser assediada daquele jeito. Iria atrás da Lady Shederun. Explicaria a situação para ela e conseguiria lugares para as duas.

Depois de avisar brevemente Ergo, Ellywick parte em busca de Lady Shederun, atravessando o salão de entrada. Ao cruzar o grande portal, a gnoma não pode deixar de se maravilhar com a impressionante arquitetura do local: era um amplo salão, bem iluminado por inúmeros candelabros e lustres de cristais. O dourado era predominante, havendo um grande numero de arabescos feitos em ouro adornando as paredes e o teto.



Embora a festa ainda estivesse para iniciar, um grande numero de pessoas já ocupava o salão, conversando entre si, em pé ou sentadas nas mesas laterais. O tamanho pequeno da gnoma dificultava encontrar a dona da festa, tendo que varias vezes perguntar para alguém maior a sua localização.
Depois de um certo tempo tomando o cuidado para se desviar das pessoas e pedindo licença toda hora, finalmente Ellywick conseguiu se aproximar de Lady Shederun. A mesma estava em um canto do salão, bebericando uma taça de vinho, e conversando com duas outras pessoas... Embora Elly ainda tivesse duvida se podia classifica-los como pessoas.



O que estava a esquerda de Lady Shederun era um homem de cabelos brancos, portando uma venda para os olhos. Estranhamente haviam algumas imagens ilusórias luminosas de símbolos, como um circulo ou triângulos, que giravam ao redor de sua face, e suas mãos tinham formas de garras, que no momento estavam vermelhas como se fossem incendiar.



A direita de Shederun estava um outro homem, este de aparência mais jovem, de cabelos negros e magro como um elfo, bem vestido. Porem o que chamava mais atenção eram suas grandes asas de morcego, que constrastavam com a de Lady Shederun, que tinha penas em suas asas.

A gnomo mal se importou com a grandeza do salão. Tava tão absorta na sacanagem que aquele dito nobre ex namorado de Ergo. Chegando discretamente principalmente por causa de seu tamanho ela observou a companhia de Lady Shederun. Um medo bateu dentro do coração da cleriga, mas não tinha mais como voltar a atrás.

- Vossa Alteza eu não gostaria de me intrometer na sua confraternização, mas tenho um assunto serio a comunicar com a senhora. A minha namorada, Ergo Proxy, foi chantageada e coagida por um outro convidado da sua festa. Um certo homem chamado Kadaj está impedindo que eu e minha namorada desfrutemos plenamente da sua festa.

Lady Shederun se vira para ver quem a estava interrompendo, e a gnoma pode ver em primeira mão o que era um demônio enraivecido. Sua face, que era bela, estava distorcida em uma ira tão grande que parecia um gárgula horrendo. De seus olhos pareciam sair chispas vermelhas, e ela vociferou: “QUEM É VOCÊ, que veio na festa do meu filho portando esta roupa ridícula, totalmente fora do que é adequado para esta festa? Você esta fazendo pouco caso do meu filho? Deveria arrancar sua pele e deixa-la pendurada do lado de fora para pagar por sua insolência!”

A erynie num instante tem em sua mão seu chicote farpado e estava prestes a chicotear Elly, quando o jovem demônio interveio. “MÃE, MÃE! Calma! Esta é minha festa, lembra? Certamente esta jovem deve ter seus motivos. Deixe-me conversar com ela, em breve retorno para conversarmos sobre o cronograma,” diz em tom calmo e apaziguador. Lady Shederun, ao ouvir as palavras de Sabnar, fica mais calma, e acena com a cabeça. “Pois bem, leve-a até as serviçais, elas vão providenciar uma roupa decente para ela.”

Porém antes que Elly e Sabnar pudessem sair, o outro demônio levantou a mão, chamando a atenção. Pediu para que a gnoma se aproximasse, agachou-se e permaneceu encarando-a. Ele então baixou a venda, e Elly pode ver que seus olhos eram de escuridão profunda, um poço do infinito.



Cochichou então em seu ouvido, “seu caminho é tortuoso, mas leva a grandeza. Se sobreviver. Cuidado com a cobra. Ela não se esquece.” O demônio então põe de volta sua venda, e volta a conversar com Lady Shederun.

Sabnar pega a mão de Ellywick e rapidamente pega uma das portas laterais, tirando ela do salão. Ele se recosta na parede e suspira vagarosamente. Com um lenço na mão, limpa delicadamente seu suor, e diz: “não leve a mal minha mãe, ela é impetuosa, mas uma boa pessoa. Deixa o emocional muito a flor da pele. Agora quanto ao meu pai, sugiro seguir seus conselhos... Ele ve muito longe, apesar da venda...”

O demônio da uma risadinha de leve, tosse educadamente e continua, “mas me diga, não estou reconhecendo voce de nenhuma das famílias nobres... Agora o nome de Ergo e Kadaj me são familiares... Hmm, não estão mais juntos?”

Ellywick quase viu o seu coração sair pela boca com a reação de Lady Shederun, o seu choque era tanto que quase quase passou desapercebida pela pergunta de Sabnar.

"tum...tum, tum, tum, tum" seu pequeno coração batia. O nervosismo era tanto que suas mãos tremiam.

- Desculpa estava distraida - disse ela passando a mão no rosto de forma intranquila - Não, não estão juntos. Ergo e eu estamos juntas. Foi sua mãe que me convidou quando eu e Ergo chegávamos a cidade. Foi tão de repente que nem deu tempo para eu arrumar roupas de festa para mim. Achei que usando as minhas vestimentas de sacerdotisa não teria problema.

Sabnar balança a cabeça, negando. “Tsk, tsk, achou errado, minha cara... Qual é mesmo seu nome? Bem, felizmente eu estava por perto, caso contrario minha mãe iria realmente fazer o que ela disse com voce”, comenta, guiando a gnoma pelos corredores amplos da residência dos Shederun.

Os dois então adentram uma sala onde se encontravam descansando 4 serviçais, que imediatamente se levantam e se põem a disposição de seu mestre. Sabnar aponta para Elly e diz, “mamãe mandou providenciar um vestido para esta nossa convidada. Escolham algum apropriado e façam os ajustes necessários. Trabalhem como se a vida de vocês dependesse disto...”

Tal comentário foi o suficiente para que elas saíssem em disparada. Sabnar se volta para Elly e diz, “pelo que me lembro de Kadaj, se trata de um filho de um nobre arrogante, pretencioso e violento, que considera as pessoas suas propriedades. Pelo que ouvi falar, ele batia em suas namoradas.”

Logo as serviçais estão de volta, trazendo um belo vestido claro.



Elas trazem um biombo e logo tiram a roupa de Elly e colocam o vestido. Tesouras, agulha e linha são usados intensamente, numa luta contra o tempo. Do outro lado do biombo, Sabnar continua falando. “Posso dizer que voce esta com sérios problemas, Kadaj não descansara ate tirar Ergo de voce, e fara uso de qualquer meio para isto. Sem amigos poderosos, não ira vencer esta guerra, pequena.”

Já mais calma ela pode prestar mais atenção no que o filho de Lady Shederun falava. Estando ali meio paralisada enquanto as criadas trabalhavam. Ela começou falando em tom reflexivo:

- Hm... Porquê alguém agrediria uma mulher tão doce como a Ergo Proxy? Que tipo de amigos poderosos se refere?

Ellywick segura o incêndio de raiva que sentia dentro de si.

- Não consigo parar de me pergunta, porquê será que Ergo deixou ele? Além de ser um imbecil, não lhe dava o prazer devido devido na cama. Onde já se viu uma mulher daquele tamanho não conhecer sexo oral? O quão é dificil para um homem se deixar levar um boquete? Esse Kadaj teve o que mereceu.

Elly escreveu:- Hm... Porquê alguém agrediria uma mulher tão doce como a Ergo Proxy? Que tipo de amigos poderosos se refere?

Por tras do biombo, Rabnar caminha de um lado a outro. Ele diz: “Não tive ainda o prazer de encontrar sua namorada, ou se vi, não me lembro. De qualquer maneira, conheço Kadaj, e ele é agressivo. Homens agressivos não se importam se a pessoa é homem ou mulher, se é doce ou não. Eles veem na violência um tipo de argumentação que para eles fazem muito sentido, a força que vem do punho.”

Elly escreveu:- Não consigo parar de me pergunta, porquê será que Ergo deixou ele? Além de ser um imbecil, não lhe dava o prazer devido na cama. Onde já se viu uma mulher daquele tamanho não conhecer sexo oral? O quão é dificil para um homem se deixar levar um boquete? Esse Kadaj teve o que mereceu.

Rabnar leva a mão a boca, fingindo estar surpreso. “Não sabia que os gnomos falavam assim tão abertamente de sua vida intima, especialmente as gnomas! Estou pasmo! Se bem que para um relacionamento dar certo, os casais precisam se entender na cama. E posso te dizer que sei muito bem proporcionar prazer para as mulheres com que me deito...”, diz, com um sorriso safado.

Terminados os ajustes, as criadas retiram o biombo, e Ellywick podia ver que o vestido agora lhe caia muito bem, e que fora aprovado também pelo filho de Lady Shederun. Ele observa de cima a baixo a gnoma, acenando com a cabeça satisfeito. “Hmm, muito bem... Bem, quanto aos amigos poderosos a que me referi, quero dizer amigos poderosos dentro da sociedade, capazes de ajudar a solucionar seus problemas. Alguem como eu...”

Rabnar circula Ellywick duas vezes, seus olhos passeando pelas curvas dela. Finalmente ele para, apoiando suas mãos nos ombros da gnoma. “Posso te ajudar... Se estiver disposta a pagar o preço...”, diz, sussurrando em seu ouvido.

Ellywick dessa levanta as duas sobrancelhas de uma vez só:

- Que preço seria esse? - ela olha para os lados aflita e diz - Não é melhor voltarmos para a festa? Ergo deve está achando que abandonei ela.

Elly, preocupada com o que estaria por vir, pede para retornar para a festa. Rabnar sorri levemente, e afasta-se da gnoma. “Tem razão, não é conveniente que o aniversariante permaneça tanto tempo longe de sua própria festa...”, diz, indo em direção a porta e abrindo-a, “por favor, por aqui...”

Quando a gnoma passa, ele sussurra em seu ouvido. “A proposta esta de pé... Caso necessite.”
Os dois percorrem o caminho de volta, até que retornam ao grande salão. Rabnar pede para que Elly espere um instante, e chama por uma das nobres que estava mais proxima. A mesma era uma tiefling, alta, de cabelos escuros e pele bronzeada. Os dois pequenos chifres que sobressaiam de sua testa eram as marcas de sua origem demoníaca.



O filho de Lady Shederun a apresenta para a gnoma. “Ellywick, esta é Lady Nittoly, uma amiga minha. Ela fará companhia a você e a Ergo na mesa de Kadaj. Agora tenho que conversar com mamãe, então fiquem a vontade e divirtam-se!”, diz, despedindo-se.

A tiefling se agacha para cumprimentar Elly. “Muito prazer... Mas, uau, você esta muito bonita neste vestido! Uma graça! Oh, me desculpe, é que quando vejo vocês pequeninas, não posso deixar de pensar em bonecas...”, diz, dando uma risadinha. “Desculpe de novo, acho que voce deve ouvir muito isto. De qualquer maneira... Ergo é sua amiga? Então deve saber das novidades... Faz quanto tempo que Ergo e Kadaj reataram? Na minha opinião ela fez a maior besteira em terminar com ele, já que muitas garotas venderiam a alma só para ficarem com ele!”

Ellywick não aguenta mais ouvir o rapaz falar sobre aquele historia de pagar o preço. Ela empurra o filho de Lady Shederun de volta para o lugar de onde sairam. Não precisou se abaixar muito para abrir a braguilha da calça dele.

Puxou o sexo do rapaz para fora e estimulou ele por alguns segundos com a boca, depois botou para dentro de novo e se levantou saindo dali de voltar para o salão. Depois foi apresentada pelo proprio Rabnar a uma mulher chamada Nittoly.

- Essa é a primeira vez que dizem que pareço uma boneca, sempre acham que eu sou uma pre-adolescente - disse ela rindo com o comentário de Nittoly.

Caminhando já de volta para a mesa aonde supostamente estaria Ergo Ellywick respondeu seca para Nittoly:

- Não reataram.