A cidade dos piratas é o espinho na sola do pé dos outros reinos. Refúgio de navios piratas, localizada em um importante eixo de caravanas e rotas marítimas, Porto Negro é cidade de atividades escusas, proibidas nos outros reinos, como a escravidão, contrabando e venda de objetos roubados.
Porto Negro nem sempre foi assim, e conheceu altos e baixos em sua turbulenta historia. E também foi assim a vida de muitos de seus habitantes.
Rosa Rubra, por exemplo. Tinha uma família feliz e um futuro promissor, mas as desventuras da vida fizeram com que tivesse destino semelhante ao de Porto Negro, onde um período de felicidade é sucedido por outro de desgosto e amargura.
Mas o que importa é o agora.
E agora Rosa Rubra estava se divertindo. Sua aparência exótica frequentemente a transformava em centro de atenções, em meio a marinheiros, piratas, trabalhadores das docas e artistas de entretenimento. As tavernas de Porto Negro a noite eram locais onde homens e mulheres cansados e massacrados pelo dia-a-dia vinham procurar um escape de suas sufocantes vidas. E na taverna Peixe Defumado não era diferente.
Rosa gostava do local, pois o mesmo sempre era cheio, o que facilitava suas atividades de extrair um pouco daqueles que tem muito. E ela fazia isto com agilidade e delicadeza, em fregueses que estavam bêbados demais para notarem a falta de algumas moedas, ou mesmo todas suas moedas. Isto quando não recebia dinheiro dado de boa vontade, em troca de alguma promessa vazia.
E era logo depois de ludibriar mais um marujo apaixonado, que Rosa da de cara com Messina, e ela não estava nada contente em ver a elfa.
A mulher de cabelos prateados tem entre as mãos um arco de eletricidade azul que salta de um lado a outro, chispando e emitindo um zumbido amedrontador, fazendo com que todos presentes se afastem das duas. Ela olha ameaçadoramente para Rosa e diz:
- O mapa que voce me vendeu me deixou presa numa ilha por um mês! Vou fazer voce engolir toda a carne de gaivota que fui obrigada a comer todos estes dias!