Marin termina de livrar-se do seu prato e Chui também. Apenas a refeição do príncipe e o seu suco ficou sobre a mesa, intocável. Rosso recostava no sofá em frente a televisão flutuante, ele ouve seus dois soldados com um olhar paciente. Os canos que passavam pelo teto da nave começaram a fazer barulho, indicavam que o gerador de energia estava trabalhando, isso era bem comum, porém atrapalhava para ouvir outros sons.
- Ok Marin - Responde o comandante ao evo - Quando chegarem contarei tudo a eles, somos todos um grupo e fico satisfeito com sua decisão. Devemos agir sempre como um só e não escondendo segredos. E eu ainda acho que deveria trazer sua caixa de música para escutarmos. |
Depois ele olha para o caçador e comenta:
- Tudo bem, se quiser pode ligar para ela antes de dormir, mas pode acabar perdendo algumas horas de sono. Acredito que todos querem descansar. Marin, não esqueça seu remédio antes de dormir. Podem se sentar aqui no sofá, não fiquem ai de pé gastando energia atoa.
A televisão continuava ligada, dessa vez passando a situação de Primus. Vocês veem imagens de destruição, diferentes monstros gigantes atacando a cidade, alguns maiores, outros menores. Porém o comandante parece ter ouvido algo estranho. (Rolem teste de percepção, CD7, bônus inteligência para ouvir algo parecido com um grito baixo, mas o som dos canos atrapalham).
- Vocês ouviram isso? Foi um grito... Será que foi da notícia?
O comandante desliga a televisão e fica em silêncio para ver se ouvia mais alguma coisa, porém nada escuta. De qualquer forma, ele se levanta preocupado e chama Chui e Marin:
- Melhor verificarmos. Não acho que seja da notícia...
Os que seguirem com Rosso, vão percorrer os corredores, quando passam pelo compartimento da trava de ar, percebem que uma das lâmpadas estava piscando e com defeito. O comandante observa o local e comenta:
-Parece que teremos que trocar essa lâmpada depois...
Depois de atravessarem o compartimento de trava de ar, chegam ao corredor onde ficava a sala média e o banheiro. Seguindo o corredor havia uma porta que dava para os quartos, estava fechada. Não havia nenhum som de chuveiro vindo do banheiro. O comandante desembainha sua espada e pede que vocês verifiquem os banheiros e a sala médica. Depois de constatarem que não havia ninguém lá, os três seguem para o corredor dos quartos e assim que abrem a porta veem de longe Gail na frente da porta do quarto de Rhaenee, ele estava vestindo roupas amarrotadas e muito simples, uma camisa colocada ao avesso e uma calça vestida de uma forma meio torta, os cabelos estavam molhados e bagunçados, também não usava nenhum calçado ou meia dos pés.
---> Cena Corredores (Ray)
Rhaenee estava assustada e com o coração parecendo explodir, seu rosto queimava de vergonha quando saiu correndo e se trancou em seu quarto. Estava confusa e não sabia o que faria depois do que viu. Mas não demorou muito para ouvir batidas na porta e a voz preocupada de Gail:
- Ray? - Ele para de falar um instante, depois volta a falar nervoso e gaguejando ainda atrás da porta dela - Ray, Já estou vestido... Me desculpe... Por favor... Eu acabei dormindo no hangar, acordei e corri para tomar banho... Esqueci de pegar minhas roupas... Então eu... Eu tive que sair sem... Er... Daquele jeito... Não sabia que você ia aparecer... M-mas você me conhece... Sempre te respeitei... E foi... Eu sou um idiota... Devia ter lembrado das roupas... Por favor, me perdoe... Eu...
O príncipe não completa a última frase, mas era possível ouvir sua respiração ofegante, talvez tivesse corrido também. Rhaenee percebe que era muito raro ele se chamar de idiota assim e ainda pedir desculpas.