Gail assenti com um movimento da cabeça para a resposta de sua guarda-costas. Os três seguem pelo corredor em direção a primeira porta, precisavam recuperar os gudans, seria a vitória certa e torciam para que estivesse em alguma dessas portas. Bloo ia logo atrás e atento ao redor. O príncipe tomou a frente e usou o cartão de acesso que pegou dos bandidos para abrir a primeira porta a direita com muito cuidado, logo depois que a abriu, apontou nervoso a arma para o que estivesse lá dentro, mas na rapidez quase deixou a arma cair no chão. Por sorte a sala não estava ocupada por nenhum salteador. Dentro desse cômodo havia armários de dispensa, ou seja, guardava comida. Havia um aroma bom no ar de comida. De repente o estômago de Rhaenee faz um barulho estranho, era um ronco de fome. Eles não haviam comido desde o café da manhã. Gail rapidamente olha para ela e não consegue evitar de sorrir por causa do barulho que ela fez.
- Silêncio Ray, podem nos ouvir... - Implicou o príncipe ao mesmo tempo que encostava o cotovelo nela, mas para o seu azar, seu estômago também roncou logo em seguida. |
Até mesmo Marin começava a sentir fome. Vocês estão cansados, tudo que seus corpos desejavam era uma boa janta e um lugar para deitar. Principalmente os que haviam recebido socos, como o evo, estava dolorido. Os cabelos de Rhaenee estavam bagunçados e cabeça dolorida por causa dos puxões, na verdade, todos vocês estavam com uma aparência desgrenhada. A sala da dispensa não parecia guardar as armas ou qualquer objeto deles. Então Gail os chama para seguir para a segunda porta a direita:
- Não tem nada aqui... Melhor seguirmos para a próxima... Cruzem os dedos, nossas coisas precisam estar aqui...
Ele vai na frente e espera Ray e Marin também antes de abrir a porta. Gail tentava recuperar o seu orgulho, a brincadeira que fez com o ronco de Rhaenee já o fazia sentir-se melhor. Com cuidado e com a arma apontada para frente, Gail passa o cartão de acesso e abre a porta, com cuidado de segurar bem a sua arma, já que era mais acostumado com espadas do que com coisas assim. Dessa vez havia um dois capangas dentro do cômodo, os homens logo se assustaram e antes que tivessem tempo de apontar a arma para vocês, o príncipe aponta a dele para os homens, assim como a guarda-costas. Gail retomou sua postura de orgulho e disse já se sentindo em vantagem:
- Não se mexam ou vamos atirar! Façam silêncio ou vão se arrepender de terem se metido com o príncipe de Primus. |
Os homens hesitaram em atirar e olharam um para o outro enquanto pensavam se reagiriam a vocês ou não. Este cômodo parece um tipo de depósito, Marin percebe que no meio das caixas estava a mochila de Rosso! Talvez fosse aí que estivessem as coisas de vocês. (Podem tentar intimidar os bandidos com um teste de força ou inteligência, CD8)
----> Cena (Chui e Rosso)
Chui tinha um plano e levou o grupo para o lounge. Não sabia se iria dar certo, mas precisava tentar, alguma hora o caçador sabia que teriam que reagir. Ele guiou o chefe e os homens em direção ao corredor onde tinha a trava de ar, quando Rosso, que estava escoltado pelos bandidos, passou pela porta, o caçador correu deu um chute em um dos inimigos, tentou acertar mais um, mas errou drasticamente. Em seguida apertou o botão que trancava a porta entre o lounge e os dormitórios.
Quando a porta fechava rapidamente, o braço de um dos inimigos acabou ficando na passagem e foi decepado quando a porta desceu quase instantaneamente sobre ele. Um grito de dor foi ouvido do outro lado, o membro ficou no chão ensaguentado. De um lado, nos dormitórios, havia ficado o Chacal, a mulher, o caçador, Rosso e os dois bandidos, e do outro os quatro bandidos restantes. Um caos se estabeleceu deste lado. O comandante aproveitou a oportunidade para atacar, mas os inimigos também revidaram. Rosso acertou uma cabeçada em um dos que o segurava, mas desequilibrou no segundo golpe. Um dos capangas tentou acertar o comandante, mas o primeiro golpe foi desviado, porém o segundo foi uma coronhada direto no estômago de Rosso, que com dor se ajoelhou no chão. Chui nem piscou e já levou dois socos no rosto de um dos bandidos, podia sentir seu nariz latejar e escorrer mais sangue, sua boca também foi cortada pelo golpe. Um chute em seu estômago o jogou ao chão. Chacal mal acompanhava os movimentos, mas berrou impaciente:
- Mas o que... Parem com isso!!!
- Trilha sonora:
A mulher logo apontou sua arma para o caçador, enquanto isso os outros dois bandidos imobilizavam Rosso no chão e encostaram o cano da arma em sua testa. Em poucos segundos, a mulher atirou em direção ao caçador! Chui sente uma descarga elétrica passar por seu corpo, era doloroso, mas para sua surpresa não durou muito. Chacal tirou a arma das mãos da garota e no processo acabou levando um choque e sendo derrubado ao chão. A garota logo desligou a arma preocupada e disse:
- Chefe? O que é isso!
- Eu disse para parar! - Respondeu Chacal ainda no chão, seu corpo ainda tremia levemente.
Todos olharam confusos para o chefe, inclusive Rosso que estava com o rosto do chão e com os dentes sujos de sangue.
- Mas chefe! Ele nos traiu! - Reclamou a mulher perplexa - Ainda vai usá-los? Me deixe ao menos fazê-lo pagar!! |
- Não - Respondeu Chacal simplesmente se levantando - Não pode acertar aquele garoto, ouviu? Nenhum de vocês.
- Por que?? - Perguntou um dos capangas.
Chui ainda estava no chão, recuperava-se da dor no estômago, havia hematomas em seu rosto. O chefe suspirou, sua face não demonstrava qualquer resposta. Entretanto, logo sua resposta veio:
- Ele é meu filho. |
Todos ficaram pasmos, inclusive o comandante. Um silêncio estranho pareceu ter se estabelecido no local. Chacal era o pai de Chui, mas como isso poderia ser verdade? O que sentia Chui nesse momento? Então era isso, seu pai era um bandido que tinha ferido seus amigos e que queria vender o príncipe. O passado de Chui havia sido jogado contra ele de repente como um balde de gelo, depois de todos esses anos, essa era a forma como estava descobrindo sobre si mesmo, era a resposta para a pergunta que ele jamais sonhara descobrir assim, isso se pensava ser respondido um dia. Não demorou para o próprio chefe cortar o silêncio, não houve abraços ou pedidos de desculpas, ele apenas disse friamente:
- Não entendo porque ele nos traiu, ou porque defende esse grupo, mas não podem machucá-lo - Depois se virou para Chui e disse - Eu só soube quando eu vi colar... Pirralhos na sua idade são todos iguais, não prestei atenção antes... Ashanti não sabe disso, eu o levarei de volta para Locus. Mas primeiro tenho que resolver esse negócio, só mantenha distância, filh... Garoto... |
OFF: Ray e Marin, podem rolar percepção se quiserem prestar atenção no que tem dentro do cômodo. Boa sorte e desculpem qualquer coisa...