Capítulo 2: Negócios Ilícitos

Aurion fica apenas com a espada de Malakay e a poção as flechas ele dá para a batedora e o resto ele dá para os escravos caso queiram ou saibam usar, não que eles iriam seguir com eles, mas não sabia ao certo o que aconteceria com eles, mas ainda sim iriam precisar de algo para se defender, caso fosse necessário. Após isso Aurion se reúne com os membros restantes do grupo. O sacerdote diz ter visto o Druida, quando Aurion iria dizer algo, mas preferiu se calar, se Barundar realmente estivesse ali ele poderia ajudar já que também estava sendo procurado. O Guardião Vermelho começa seguir o Sacerdote dos mortos, tentando avistar Barundar, mas não esquecendo da figura fantasmagórica ali atrás e nem mesmo do Ogro que matará dois de seus companheiros.

Kheltu avança destinado a seguir “Barundar”, com a figura de armadura o acompanhando lado a lado. O caminho é iluminado somente pela luz da lua e vez que outra escuta-se uma coruja ou um lobo na distancia. Eles contornam as muralhas de Lua Alta, tentando serem o mais discreto possível.
 
Durante o caminho, a figura de armadura ao lado de Khletu deixa cair o que pareceu ser uma folha de pergaminho. Apossym não pode deixar de reparar: ao pega-la, vê uma pintura de um homem forte e belo, com longos cabelos e barbas negras, junto com uma criança de cabelos lisos negros e uma mulher com feições delicadas e cabelos vermelhos da cor do fogo. Os três pareciam felizes. Ao refletir um pouco, nota que aquele homem tinha o porte do homem da pintura e que esta estava gasta, velha e perdendo a cor.
 
Os escravos iam logo atrás. Três deles se armaram: um pegou a machadinha de Malakay e outros dois pegaram lanças velhas que haviam no galpão onde a carruagem ficara. E estavam acompanhando o grupo para ajuda-los.
 
E então eles seguem por cerca de 300 metros, hora Kheltu via a silhueta de um animal, hora o Avantesma tomava a dianteira. Rapidamente eles ouvem o som do Rio Glaemril na distancia, mais um pouco eles cruzam o rio por uma ponte velha e adiante vislumbram 3 cadáveres na entrada de uma floresta: eram os dois escravos e o meio-ogro. Dois deles estavam com os corpos congelados e quebradiços, o meio-ogro sofrera uma mordida no pescoço que o rasgara e sua cabeça estava presa ao corpo por poucos dos músculos que sobraram. Havia muito sangue na volta dele.
 
Mas talvez o mais aterrador de tudo foi uma lembrança que Apossym tivera: uma floresta sombria e perigosa na volta de Lua Alta, que ninguém se atrevia a adentrar. Aquela era Darkwatch, uma floresta com fama péssima para os Rangers e Batedores da Terra dos Vales. Mas o grupo agora tinha certeza de que aquele era o rumo seguido pelo Ogro.
 

Informação:

Aurion segue o sacerdote até a entrada de uma floresta e lá encontram os escravos e o meio ogro que ajudaram eles a momentos atrás , infelizmente mortos. O Guardião Vermelho cerra o punho olhando para os corpo e fala: - Maldito seja  este Ogro. Irei arrancar-lhe à cabeça. Aurion falava mais para si mesmo, em seguida olha para a floresta e pergunta para Apossyn:
- Você pode rastrear aquele ogro maldito? Pergunta o guerreiro com determinação nos olhos e a mão fechando-se no cabo da espada.

O animal os havia levado até o cadáver do meio-ogro e de mais dois escravos. Barundar fez isso, pensa o Guardião com toda a certeza do mundo ao ver o estrago feito. Mas... onde ele tinha ido? Por que não parou para falar com Kheltu?
- Barundar?!?! Cadê você? Apareça - grita o sacerdote.

Ele força sua vista para procurar pelo seu amigo e aproveita também para curar seus ferimentos.

Spoiler:

Apossyn estava começando a acostumar-se com tantas mortes. Talvez aquilo já não a incomodava, principalmente porque o luto a deixava mais fria que o habitual. No entanto a frieza não era suficiente para impedir que seu sangue esquentasse ao ver mortes de pessoas que, até onde ela sabia, não merecia morrer, ao menos não desta forma horrível.

Aurion a questiona e ela apenas responde:

- Posso tentar.

Enquanto se prontificava para realizar um rastreamento ela decide, inicalmente, rondar os arredores para garantir que não esqueceria nenhum detalhe e nem seriam surpreendidos enquanto ela tentasse encontrar os rastros da asqueirosa criatura.

Mesmo que encontre o rastro, ela não o seguiria e nem diria nada aos seus companheiros. Esperava para ver o que Kheltu estava fazendo gritando por Barundar, decidiria o que fariam com a criatura estranha que aparecera recentemente e que ela encontrara o pergaminho e, principalmente, conversaria com todos para certificar-se que seria uma boa ideia irem atrás de uma criatura que matara quase todos do grupo.

Rolagens:

Apossym localiza um rastro claro de um pé bem maior do que o de um humano, elfo ou anão: era a pegada da criatura. E ela se dirigia para dentro da floresta. Quando ela observa o interior da floresta, nota que há dois humanoides esguios, a cerca de 60 metros do grupo, a espreita em cima de uma arvore. A posição de Apossym e do grupo é privilegiada atrás de ramos e galhos de um arbusto alto, mas a partir do momento em que eles adentrarem a floresta eles ficarão mais expostos. Cabia agora a Batedora informar ou não o grupo de suas duas descobertas: o rastro e as figuras a espreita.
 
Kheltu não viu mais o guepardo após chegar na entrada da floresta. Ao gritar, ninguém responde. O clérigo se cura então.
 
Na distancia, um grupo de milicianos de Lua Alta se aproximavam, estes estavam a cerca de 100 metros. As tochas podiam ser vistas pelo grupo, cerca de 6 apenas.
 

Condições:

Apossyn verifica tudo ao redor e os rastros no chão. Como sempre prestando atenção à todos os detalhes, conseguiu observar algumas coisas importantes mais adiante.
Enquanto voltava para de encontro com seus companheiros de grupo - os que viveram - se questionava se seria mesmo uma boa ideia avisar à eles sobre os rastros. Afinal a criatura havia quase aniquilado o grupo inteiro... Mas por outro lado ela não podia deixar que aquela criatura passasse ilesa depois do que fizera com o seu grupo.

A batedora suspira. O luto estava grande em seu peito e fora de hora, precisava se concentrar na missão...

"... talvés não tenha sido a melhor ideia me juntar a este grupo desta vez" - Pensou ao final.

Chegando onde estava o grupo, ela comenta:

- Há duas figuras à nossa espreita. Se avançarmos mais para dentro da floresta seremos alvos mais fáceis. Ambos estão acima das árvores a alguns metros de distância.

Ela observa a reação de todos, passa os olhos pelos escravos e diz:

- Também encontrei alguns rastros...

Decidiu contar. Sabia que o correto para a harpista era acabar com as forças malignas e que deveria vingar a morte de seus companheiros, mesmo que eles não fossem dos mais fiéis e confiáveis.

Ela aguarda o grupo decidir como agiriam.

- Os milicianos estão chegando. Temos que nos esconder ou seguir em frente - diz Kheltu. Ele para e olha para o rastro apontado pela Apossyn. - Barundar deve ter seguido pelo mesmo caminho, suas pegadas certamente são mais difíceis de serem rastreadas até mesmo por alguém experiente como a senhorita. Eu voto para seguirmos adiante e lidarmos com seja lá quem estiver à espreita em cima das árvores.

Aurion vê os inimigos a distancia e fala:
 
- Eles estão bem longes, mas acho que podemos matá-los sem que eles nos vejam, diz ele, sacando seu arco longo composto das costas. Ele espera Apossym armar seu arco para então dizer: - Agora!

Ataque SURPRESA:

Ouvindo os dois companheiros, Apossyn pega seu arco e sua flecha suspirando. Não achava que estavam em condições de combaterem, estavam em poucos e com a dor recente que poderia atrapalhar... Mas seguiu o que o grupo decidira.

Olhou para eles e disse:

- Está bem, mas se virmos que pereceremos voltamos! Não precisamos de mais cadáveres...

Ela olha para os lados procurando os escravos e, assim que os avista, os conta um a um para ter certeza que nenhum deles se perderam e lhes diz (caso encontre TODOS ali):

-  Melhor irem na frente, lhes daremos cobertura.

Na verdade a intenção da batedora era certificar-se, aos poucos, o nível de fidelidade daquele ''grupo'' de escravos.


Assim que chega em uma posição favorável sussurra para o clérigo:

- Tudo pronto?

Ouve o que Aurion lhe diz e assiste à flechada do guerreiro. Em seguida ela também faz o seu ataque:

Rolagens:

Os dois atiram as flechas ao mesmo tempo.
 
A flecha de Aurion atinge a árvore ao lado do alvo, a flecha de Apossym atinge o pescoço do alvo e, percebendo que o companheiro havia errado, ela dispara outra flecha no segundo alvo, acertando sua testa e o inutilizando também. Os dois caem das arvores, inertes no chão. Então o grupo adentra a floresta.
 
Lá, Apossym localiza o rastro do ogro, embora não veja nenhum sinal de anão ou de nenhum animal pois não havia sido treinada nas sutilezas do rastreamento. Passada a primeira “barreira de árvores”, o grupo passa por uma região de mato alto, com arvores esporádicas na região. Quando alcançam as arvores onde as duas figuras os espreitavam, eles vêem que se tratam de dois homens com trajes negros, corseletes de couro negros com uma mão amarela estampados no peito. Apossym lembra que alguns rangers de patente baixa dos Zhentarins usavam esta marca. Com eles haviam apenas uma espada longa, arcos longos e uma poção com cada. Caso o grupo não se importe, os escravos tomarão as armas deles para si.
 
Seguindo adiante, por cerca de mais 100 metros o grupo prossegue através de uma pequena trilha, onde o grupo pode seguir tranquilamente por uma descida descampada, de grama seca com arvores esporádicas. Então o grupo avista um pequeno vale na distancia, a cerca de 100m para baixo de onde estavam.
 
Avançando atentamente, eles descem ate o pequeno vale, ate chegar em uma área onde havia uma pequena colina, rodeada por árvores e vegetação alta. Como que adentrando-se a colina, haviam pequenos degraus que “entravam” cerca de 5 metros no chão, feitos de pedra maciça. Ao final dela, há uma porta com 2 metros de altura com desenhos em alto relevo feita de metal. Quando Kheltu pões os olhos nas imagens, percebe que no desenho há uma figura humanoide de orelhas pontudas “falando” algo que é representado com uma aranha diabólica, repletas de armas pontuadas em todas as patas. Certamente era uma referencia a Lolth.

Apossyn se adianta quando vê que os escravos admiram as armas e têm a intenção de tê-las para si.

- Não precisam de mais armas do que já possuem. Deixe-as.

Falou firme. Não confiava ainda naquelas pessoas e não as queria com muitas armas, afinal quanto mais armas, mais fortes eles ficavam e não queria surpresas mais à frente.
Ela vira-se para Kheltu e Aurion e lhes diz o que sabe, baixo, para que os escravos não os ouvissem:

- Não confie demais nos escravos, ainda não sabemos o motivo de terem sido presos. Estes são Zhentarins batedores de baixa hierarquia...

Vira-se rapidamente e segue à frente do grupo, antecipando sempre com suas rondas mais rápidas e sutis e informando o grupo sempre qualquer novidade.

Quando ela se depara com o muro de pedra talhado, vira-se para o grupo e questiona:

- E então? Como prosseguiremos?


E, novamente, os aguarda tomar a iniciativa, apenas de olhos abertos e ouvidos atentos ao redor e, especialmente, nos escravos. Suas suspeitas eram maiores conforme tentava lembrar-se das palavras de Alenvor.
Algo dizia que ela não devia ter seguido por este lado do caminho.

- Há referências a Lolth aqui - o Guardião aponta para os desenhos talhados na porta. - Temos que tomar cuidado daqui para frente. Aurion, você pode abrir essa porta enquanto eu fico aqui atrás por precaução?

Aurion pede espaço aos companheiros, sobre os degraus da escada e corre para derrubá-la. Ouve-se um baque metalico, mas a porta continua ilesa. Kheltu começa a pensar se não havia uma palavra secreta para que a porta se abrisse, com as gravuras em alto relevo revelendo essa mensagem secreta...

Aurion não conseguiu quebrar a porta. O Guardião analisa pensativo aquelas imagens e diz aos outros.
- Deve ter uma palavra secreta para abrir a porta... Precisaríamos tentar decifrar esses desenhos e símbolos... - o sacerdote iria começar tentando pela palavra mais óbvia e menos provável que desse certo. Encarando a porta, ele diz em voz alta: - Lolth.

Quando Kheltu pronuncia o nome da deusa aranha um brilho purpura é emitido do desenho e a porta se abre rapidamente.

Lá dentro, o caminho segue adiante em uma descida, por mais algumas dezenas de metros. Trata-se de um túnel estreito onde somente duas pessoas podem andar lado a lado e o caminho é iluminado por tochas em intervalos regulares. Há suportes de metal e madeira para o teto em algumas partes do caminho, similar a uma mina.

Após algum tempo a descida termina e o túnel segue por uma longa mas acidentada reta. Pode-se escutar o som de picaretas trabalhando e algumas vozes. Em um momento o grupo chega  próximo ao que seria o fim do túnel (a cerca de 20 metros do fim) e eles podem vislumbrar parte de uma estrutura muito grande, mas não sabem se é uma torre, um castelo, um edifício. Na volta desta estrutura, uma ou outra pessoa trabalhando. O grupo não consegue ver os detalhes, pois esta estrutura esta a cerca de 100 metros deles. Como o túnel termina em um circulo de uns 3m de diâmetro, o grupo não consegue vislumbrar o restante da área ao redor daquela estrutura.

- O que será isto?

Indaga a batedora, não conseguindo pensar em nada que pudesse ser feito.

Sussurra então aos demais:

- Está tarde da noite. Vamos voltar e armar um acampamento. Kheltu acredita que o anão estava próximo, talvez ele realmente esteja. Eu fico no primeiro turno e assim que amanhecer nós retornaremos mais dispostos.

A batedora estava preocupada, não sabia do que se tratava e precisava de paciência e tempo para pensar nos seus próximos passos.
Após lançada a ideia, ela aguarda saber se os companheiros tinha outra ou se acatariam esta dela. Mesmo que eles decidam prosseguir e ela seja contra, não os abandonará e seguirá com eles.

Aurion toma a dianteira, falando baixo: - Por mim adentramos agora e vemos o que tem ai dentro. Ta na cara que alguma coisa ta errada aqui embaixo. A duvida é quem ta por tras disso...e se houver inimigos aqui, temos a vantagem da surpresa, diz ele.

- Já ouvi falar dessa floresta antes, ela é assombrada. Seja qual for o motivo dessa reputação, não acho seguro ficarmos la em cima por muito tempo, complementa o guerreiro.