Ainda no corredor, a Batedora conta ela, Aurion, Kheltu, 3 escravos e o Avantesma misterioso. O clérigo, ao pegar a foice longa, recebe um leve toque do avantesma no seu ombro. Quando Kheltu olha, vê que a figura faz um sinal de negativo com a cabeça e ela oferece aquele escudo que carregava, feito de pedra e com runas inscritas na parte de fora. Aurion pega uma poção do seu cinto e oferece a Kheltu, pois sabia da seriedade dos ferimentos do colega.
Ao avançar pela caverna, o grupo desce longos degraus de escada para se deparar com uma torre que possuía dezenas de metros de altura, feita de blocos de pedra que estavam cobertos com uma fina camada de terra. Na volta da sua base, que devia ter cerca de 2 metros de altura, haviam 4 gargulas vigilantes e na volta de toda a estrutura haviam buracos que pareciam escavações, como se alguém quisesse tentar chegar nas raízes daquela torre. De onde o grupo olhava, não haviam portas nem janelas naquele edifício.
Uma visão macro da cavernaMais para o fundo da caverna pode-se notar várias jaulas de metal com muitas pessoas presas, embora não pudesse descobrir exatamente se eram humanos, elfos, ou outras raças.
Aquele grupo acabou fazendo muito barulho, o que chamou a atenção da guarda local. Em pouco tempo aproximaram-se orcs que usavam espadas curtas, escudos e armaduras negras. Não demorou muito para que surgissem ogros a volta do grupo também. Eles agora estavam encurralados: na frente deles e atrás haviam vários orcs e ogros, do lado haviam buracos naturais da caverna.
Todos estavam com armas em punhos e o grupo podia notar que em outros locais da caverna haviam mais orcs e mais ogros também, todos enxergando os estranhos no lugar e com os olhos atentos aos seus movimentos. Agora o grupo podia ver as celas: elas estavam lotadas de pessoas sujas, vestindo farrapos e fracas. Grande parte viu o grupo e levantou-se, ficando observando grudadas as grades das celas.
Uma visão micro do local onde o grupo estaEis que surge Taurus, como que se estivesse nublado, camuflado, próximo ao caminho por onde o grupo tinha passado. Ele não estava no alcance das armas deles, estava atrás da fila de inimigos que os cercavam.
- Mas o que vocês pensam que tão fazendo aqui? Querem morrer também? Por que não se jogam de um penhasco...mas olha so o que temos aqui...Vincent em carne...pouca carne, muito mais osso, HAHAHA! Diz ele, apontando para o Avantesma enquanto caminha de um lado para o outro.
– To vendo que tu arrumou uns aliados pra te ajudar, mas eles não vão conseguir...vocês já sabem a historia de Vincent? Há muito tempo ele teve sua casa queimada pelos Zhentarin. Ele matou a própria mulher e filho durante o incêndio, morrendo em seguida...quer dizer, devia ter morrido, mas vo te o prazer de mata ele de novo!Vincent fica de cabeça abaixada, depois a levanta e fala como que se aquilo estivesse preso na sua garganta há anos:
- VOCÊ QUEIMOU MINHA CASA, VOCÊ ME OBRIGOU A FAZER AQUILO! Diz ele, com uma voz rouca mas alta que ecoa pela caverna.
- E VOU TER MINHA VINGANÇA, NEM QUE MORRA CENTENAS DE VEZES TENTANDO!
A situação do grupo era delicada. Eles estavam cercados, haviam mais orcs e ogros na caverna, Taurus estava próximo e seu corpo expelia uma aura de frio. Os escravos estavam presos e a caverna era iluminada por lâmpadas presas a parede. Draven podia escutar conversas inflamadas fora da “toca” onde estava, mas não sabia quem estava falando.