A noite estava fria, como a maior parte do tempo em Dafodil, mesmo cercada de deserto, a neblina e o frio rodeavam a cidade.
Passando por uma área ainda não totalmente reconstruída da cidade, Nergal tem a impressão de ouvir uma música baixa em uma das casas. Talvez um artista treinando a noite? A rua já escurecera, e se haviam pessoas dentro das casas, não davam sinais de vida, mas olhando em direção ao som, uma tênue luz azul esbranquiçada passa por uma das janelas. Isto chama atenção por não mais que 20 segundos, logo depois tudo fica escuro e silencioso novamente.
Nergal dá sorte de não esbarrar em nenhum problema pela noite, e também dá sorte no templo. Havia uma cela livre, mas é avisado para não contar com a sorte sempre, pois o claustro do templo foi feito para apenas 36 neófitos, dos quais 10 são de uso frequente, e nos últimos dias os neófitos que passam a noite no templo são em média 50-60 por noite, tendo muitos portanto que se improvisar nas salas do templo.
A phosmanita das paredes produziam luz e calor só de se tocar nelas (se liberasse uma quantidade pequena de energia mágica a rocha branca já reagia, se tentasse fazer alguma magia tocando nelas a luz chegava a incomodar os olhos) o problema é que a rocha sempre liberava ambos, e mais luz do que calor, então para se ter um quarto quentinho, tinha que aguentar a claridade, para ficar no escuro, tinha que se abrir mão de um pouco de calor.
Sem maiores problemas, Nergal começa a busca pelo endereço anotado. Andar por Dafodil não era a coisa mais fácil do mundo, a maioria das ruas tinham nomes de minérios e rochas, mas boa parte das pessoas só conhecia o nome de cinco a vinte destas ruas, e também não haviam mapas da cidade fáceis (a não ser que ele procurasse especificamente por isto em alguma oficina especializada). Ele demora um bom par de horas para achar a tal rua pirita e mas um quarto de hora para que alguém informasse em qual quadra estava o que ele queria. Por fim ele consegue limitar 140 metros onde bem provavelmente estava o tal mestre Jusan.
Era uma galeria comercial, Nergal conta pelo menos dez pequenas lojas, algumas com dois andares. Olhando ao redor percebe que o calçamento era de pedra marrom clara, a grama e alguns poucos arbustos pareciam bem cuidados, a alvenaria era mais bem feita que a maioria das outras construções (por sinal eram poucas feitas de alvenaria em Dafodil) e em pelo menos duas das lojas haviam homens armados à porta, fazendo provavelmente segurança pessoal. Era portanto uma área mais destacada da cidade (obs. estavam relativamente perto do porto)
A primeira loja era uma oficina, como muitas na cidade, mas dava para ver que era mais organizada.
Ao lado uma loja aparentemente de artesões, com muitos móveis bem acabados e alguns produtos em couro também, tinha uma área de armas no fundo da loja.
Depois uma loja que tinha algumas mesas com algumas pessoas em volta vendo e escrevendo algo, não dava pra saber o que.
Do lado a loja parecia fechada.
Na próxima tinha uma vendedora peituda atrás do balcão, Nergal não vê o que vendem ali porque tava olhando a vendedora.
Uma pequena rua
Depois uma loja (?) que tinha alguns sofá mais a frente (como sala de espera) um balcão separando ambientes, algumas mulheres sentadas ao fundo, mas não dava para se saber o que faziam ali também.
Do lado a porta estava fechada, mas era bem possível que deveria ser algo que meche com comida, pq tinha cheiro.
Depois um mercado. Tinha as mesmas coisas que se via no mercado de rua, mas também mais organizado, com aspecto mais limpo (e caro).
A outra loja parecia uma casa de ervas, logo depois outra pequena rua.
Outro lugar que não dava para ver dentro (este parecia não só trancado, mas vazio, mas não dava pra ter certeza)
Na outra tinha dois tipos de balcões com dois atendentes neles, várias estantes com uma diversidade de coisas de médio e grande valor (pensa numa casa de leilão estilo Word of Warcraft, era daquele estilo)
Ao lado parecia uma joalheria.
Depois uma loja com um segurança na porta e que não dava para ver o que tinha dentro
No último imóvel daquele trecho também não dava para saber o que tinha sem entrar.
Os lugares marcados com setinha é porque tinham segundo andar.