Arthur Fray

lena o observa e pega o café de suas mãos. O toque da mulher era bem macio como ele se lembraria. Ela então começou a bebericar o café quente para então poder se aquecer um pouco mais e talvez falar.

- Estão todos bem e fazendo o que você pediu...

Para seu alívio,  ela não tinha ido lá para falar dos lobos, mas tinha ido lá por algum motivo que o homem desconhecia. Então um breve momento de silêncio enquanto ela bebericar mais um pouco de café e apenas observar.

Logo de imediato ela não entendeu o que ele quis dizer com “a casa simpatizou com você”, mas depois de pensar por alguns instantes sem chegar a nenhuma conclusão, resolveu perguntar:

- E o que poderia acontecer caso a casa não tivesse gostado de mim?

Não estava parecendo que o assunto iria se desenvolver muito mais do que aquilo, ainda mais porque parecia que tudo não passava de uma simples conversa para passar o tempo, uma vez que Elena não havia falado sobre os motivos da visita.

Elena continuava a sorver pouco a pouco o seu café sem dizer muito mais coisas. Foi muito estranho o que ele havia dito sobre a loja, ainda mais para ela que não entendia muito sobre magia, apenas o que conhecia sobre os campos astrais.

- Todos esperamos realmente que o que aconteceu antes nunca mais aconteça, mas ainda não sabemos quem são os culpados.

E ela volta a bebericar seu café mais um pouco enquanto voltava a correr seus olhos sobre a casa.

- Não sei o que pensar sobre sua loja temperamental. Ela deve ser apenas uma mulher preocupada com seu dono as vezes.. ou possessiva as vezes.... Mas mulheres costumam ser assim mesmo as vezes...

E em nenhum momento em disse sobre quais motivos haviam lhe trazido àquele local, até que simplesmente segurou a sua xícara e falou.

- Eu vim aqui para ver como você estava...

Em nenhum momento chegou a pensar que Arthur era louco, pois perto daquela loja cheia de personalidade ela é que deveria estar louca por ter ido lá com aquele tipo de desculpa...

ara a grande surpresa de Arthur, parecia que Elena tinha vindo para ve-lo pois simplesmente queria saber como ele estava e parecia que ele havia ficado feliz com aquilo pois em sua vida parecia que não tinha aquele tipo de coisa, uma vez que parecia que ele apenas se entregava ao poder do místico. Nunca ele imaginou alguém se preocupando com ele, apenas ele preocupado em ajudar e fazer o que seus clientes pediam.

Mas daquela vez a vida havia lhe surpreendido com a jovem loira em seu caminho. Será que aquilo era um presente dos deuses para si depois do que já havia passado em sua vida?

- Eu!? Meu nome é Elena, sou fotógrafa e tenho um estúdio de fotografia na cidade. O que mais quer saber?

Para aquela mulher era bom saber que el estava provocando nele o efeito de simplesmente querer esquecer dos problemas e simplesmente apreciar sua companhia. Era bem isso o que inicialmente ela tinha em mente.

Ela voltava a sorver o seu chá enquanto aguardava o que mais que ele pudesse querer saber dela, tirando o óbvio que ele já sabia, que era uma loja e que vivia no bayou com os outros.

lena observava então as reações que Arthur mediante a conversa que estavam tendo. Vez ou outra os seus olhos se cruzavam em meio a tantos pensamentos ou até mesmo expectativas sobre tudo.

- Muitas pessoas jamais imaginaria que Garous tem profissões como qualquer outra pessoa, mas temos sim e por incrível que pareça, as vezes eu tenho bastante serviço e outras vezes nenhum.

E ela faz uma breve pausa. Talvez estivesse pensando o que dizer e como dizer. Ela entao se sefviu de um pouco mais de cha e voltou a falar.

- Sempre posso escolher onde ir, desde que os meus venham junto comigo ou desde que eu volte a ve-los as vezes... A liberdade existe para todos aqueles querem...

Fez uma breve pausa pensativa e disse:

- Gostaria de correr algum dia comigo? Sentir o que é a liberdade pra nós? Eu posso te levar...

lena observava Arthur e sentiu em suas palavras que o homem estava triste por não poder partilhar a mesma coisa com ela, mas para Elena isso nunca foi nenhum tipo de empecilho.

- Você pode vir nas minhas costas e isso não será nenhum problema...

E então ele começa abrir o coração e a desabafar para ela. Chega a ser bem tocante ouvir todas aquelas palavras sobre como queria realmente abandonar tudo e sair dali, então ouvindo aquilo a liga simplesmente disse:

- O que está te impedindo então?

Ela coloca a xícara sobre a mesa de centro daquela sala onde estava, se levanta e vai até Arthur e lhe senta no colo como se fosse uma criança inocente. Ela o olhou profundamente nos olhos e falando bem próximo do rosto dele disse:

- Então... Por que você não se liberta de tudo isso? Venha correr junto comigo... isso sempre me ajuda a lidar com certas emoções...

E ela então encerrou suas palavras com suave beijo em seus lábios..

quele beijo sendo aprofundado foi como se o que Elena sentia e queria fosse correspondido. O beijo ia ficando mais intenso como também o entrelaçar de línguas, porém precisou ser interrompido. Certas coisas precisavam ser ditas e explicadas de forma bem clara.

Parecia que para Arthur não era nada agradável o fato de ela ter sugerido que poderia levá-lo.  Mal sabia ele que para aquela mulher ter sugerido algo como aquilo era algo muito importante, ainda mais porque lobos não faziam coisas do tipo, pois isso significaria uma submissão que não gostavam de ter, como se fossem relegados a um bicho de estimação e seria inaceitável.

- Não foi isso o que eu quis dizer...

Ela nota que ele faz uma pausa sério e mesmo sentada no colo dele, ela aguardou até que a pergunta que ele fez em tom sério a pegou de surpresa.

- Você não é velho... e porque não iria com você?

E encerrou suas palavras com um gentil sorriso.

rthur estava sério em suas palavras e Elena gostava bastante daquilo que via nos olhos do homem. Ela sorriu então é disse:

- Pois então vamos...

E levantou-se do colo dele e lhe estendeu a mão. Sua moto estava parada do lado de fora da loja então era só ir...

então eles se foram...

Quando Clairy descobrisse tudo aquilo, iria chorar por dias, mas uma parte de sí ficaria feliz pelo tio confiar nela e por aparentemente precisar viver sua vida em paz daqui para frente, mas havia algo então que ela tinha que fazer...

O problema agora seria que aquela reunião que havia marcado com Alec teria que ser resolvido por ela mesma...