+18 - O ritual de passagem

Aelleth corre para sua casa quando seu pai se despede. Ele vai pegar alguns suprimentos antes de partir. Ele pretende pegar suprimentos para a partida, o velho arco de seu pai, flechas, algumas machadinhas e se o peso lhe permitir, alguma arma grande, além do machado que carregava para cortar a arvore. Seus olhos teimosos escorriam lágrimas contra a vontade de Aelleth enquanto ele termina de se arrumar. Talvez alguma armadura terminada essa semana seja útil, se encontrar uma. Roupas para o frio e cobertores são deixados de lado. Aelleth sempre se sentiu a vontade no frio e seu pai passou apuros buscando seu filho brincando no meio de uma nevasca ou outra. Então, logo ele estava procurando os outros jovens para partirem. Afinal, para onde iriam? No frio era importante que todos ficassem juntos. Provavelmente Aelleth acompanharia a primeira pessoa que encontrasse.

- Chegou a minha hora. Não posso fugir, ganharei tempo para você minha querida. É uma pena que não poderá se despedir de seu pai. Sei que ele a ama. Vá!

Com os olhos cheio de lagrimas eu digo:
-Mande um beijo para meu pai, me acompanhe do outro lado minha avó

E chorando viro as costas correndo para minha casa pegar minhas coisas
Pego meu arco e algumas flechas, o que eu tiver de corda extra para o arco, uma faca pesada, 10 flechas em uma aljava fechada e o casaco mais pesado que eu tiver
ainda com avisão embaçada de lágrimas olho para fora antes de me arrumar para partir

pego um tanto de neve do chão e esfrego na cara para deixá-la sensível e dolorida e assim decido não derramar mais lágrimas e fugir de cabeça erguida
me afasto lateralmente da vila antes de seguir escondida para a cabana, se meus companheiros forem me atrasar prefiro abandoná-los.

Ninguém na minha vila vai aceitar se tornar escravo, eu também não aceitarei que o decino ou os deuses decidam por mim, irei criar meu próprio destino

Por um momento Olaf achou que levaria uma bronca quando chegaram sem o tronco, mas a ameaça era iminente e a aldeia começou a se preparar para enfrentar os invasores. Olaf não queria ficar de fora da luta, queria mostrar que era capaz de ajudar a aldeia a defendê-la. Ajudou a erguer a barricada improvisada e se postou ao lado dos guerreiros. Podia ter perdido o ritual da passagem, mas se sobrevivesse a esta batalha, seria um adulto aos olhos de todos. Mas Ymir estava dormindo e não olhou para a aldeia de Anund hoje. Os inimigos eram numerosos e bem equipados mais equipados que os bravos vanires.

Seu pai Anund o chamou para o lado, junto dos irmãos, e, com lágrimas nos olhos, implorou para que fugissem e sobrevivessem. Era nítida a despedida, que lutaria até a morte e sabia que a batalha estava perdida antes de começar. Olaf olhou em volta e notou que outros pais fizeram o mesmo com filhos e filhas. A aldeia estava condenada. Durante toda sua vida, Anund nunca olhou nos olhos de Olaf, era um pai ausente. Neste momento, Olaf foi tocado pelo amor que Anund sentia pelos filhos, independente de serem legítimos ou bastardos. Com lágrimas nos olhos, Olaf correu até sua casa.

-"Mãe! Mãe! Precisamos partir!", procurava pela mãe, Nerta, a sacerdotisa da aldeia, que havia abençoado os guerreiros antes do combate, segundo os costumes dos vanires. Para surpresa de Olaf, sua mãe havia trocado os itens sacerdotais pela sua armadura, espada e escudo. Além de sacerdotisa, Nerta era uma guerreira, uma donzela escudeira e era seu dever lutar ao lado dos guerreiros para proteger a aldeia. Olaf nada podia fazer. Ela se despediu com um beijo na sua testa e partiu para a barricada. Olaf chorava alto naquele momento, o desespero de perder seus pais era demais para o jovem vanir. Então começaram os primeiros gritos que indicavam que o combate estava para começar.

Olaf pegou o que pôde, rapidamente. Algumas provisões e ferramentas para sobreviver ao clima de Nordheim. Eram itens e armas que estava acostumado a levar quando desbravava as redondezas da aldeia. Antes de correr para o outro lado do rio junto com as mulheres e crianças que não lutavam e a tudo assistiriam, Olaf limpou as lágrimas com as costas da mão, deu uma última olhada na direção da barricada e viu pela última vez seus pais.

Do outro lado do rio, conforme a batalha se desenvolvia e a aldeia era destruída e os defensores massacrados, os ali presentes precisavam fugir e todos vão na direção da antiga estrada que leva até a casa de um eremita. Em meio à pequena multidão, Olaf procura os irmãos e conhecidos.

-"Irmãos! Amigos! Devemos sobreviver agora em memória aos nossos pais, à nossa família, que agora se juntarão aos nossos ancestrais no outro lado da vida! Devemos manter sua cultura e tradição vivas! Mas confesso que estamos chamando muita atenção em viajar juntos com todas estas pessoas! Temo que eles virão atrás de nós em breve e somos alvos fáceis aqui! Devemos nos separar do resto e não chamar atenção!", dizia isso, e fazia sinal para o seguirem por fora da velha trilha. Olaf não podia obrigá-los a segui-lo, mas não iria se arriscar a estar junto deles com toda esta gente chamativa em volta.

A fuga da cidade foi importante. O aviso com antecedência permitiu que outras pessoas deixassem a vila com mais tempo. Alguns covardes, outros que não tinham condições de lutar, crianças pequenas com mães aos prantos. Enquanto ainda estavam nos arredores da vila as pessoas queriam era mesmo se distanciar umas das outras. Todos sabiam que os escravagistas tentariam pegar alguns de cada vez, logo bastava que fossem mais velozes que os mais lentos para terem uma chance de permanecerem livres. Teriam que ser mais silenciosos que as crianças chorosas que entregariam os esconderijos. O medo tomava conta da razão, as pessoas que antes pareciam amigas sob uma mesma comunidade agora temem uns aos outros. Os mais fortes e armados enxergam os desarmados apenas como carregadores de comida ou uma distração para os escravagistas.

As crianças que deveriam passar pela prova de maturidade não a cumpriram, fugiram juntas para sudoeste com um sentimento de que deveriam ter feito algo, aprendido uma lição que jamais será ensinada. A professora agora será a vida, uma natureza cruel e transparente que testa os limites da sobrevivência.

Enquanto caminham pela trilha suas habilidades começam a ser testadas.

Testes:

Valda, Olaf, Osten e Aelleth sabiam o que estava acontecendo na trilha. Alguém viajando leve partiu na frente, uma mulher e uma criança, talvez duas pelas pegadas. Estavam certamente com uma hora de vantagem, talvez mais.

Valda, Olaf e Osten sabiam o que fazer para sobreviver, o clima era ruim, a vegetação era leve no entanto conforme seguiam para o sudoeste parte da mata fica mais densa, algo que se parece em relação a uma linha de vida, um divisor natural entre a vida e a morte no gelo. A mudança não é tão súbita, ela é gradual, plantas começam a ficar maiores, mais fortes.

Valda pensa em seu futuro com uma energia nova por conta da mudança drástica em seu destino conhecido porém não sabe o que virá pela frente.

Olaf pensa em uma oração para os deuses em sua nova jornada, porém apenas pensa em Ymir lutando ao lado de sua família.

Osten olhava para o tempo e não gostava do que via. O tempo parecia bom agora, mas o vento estava mudando. Era possível ver sobre o teto das árvores que nuvens se formavam em preparação para uma nevasca. Talvez não neve durante a noite toda, mas certamente haverá neve durante a madrugada. Essa mudança no tempo poderia significar pelo menos três dias de frio. Parar de forma a fazer um abrigo é arriscado pois podem ser encontrados pelos escravagistas, porém sem um abrigo não passarão desta noite. A casa ainda está longe, tentar chegar lá durante a noite é loucura e se nevar chegarão lá apenas no final do próximo dia.

Brighid sabia que era a líder do grupo, todos estavam ali por suas recomendações, no entanto também poderiam estar ali pois a cabana era a melhor chance de sobreviverem. Como estratégia para seguir em frente era possível pensar numa rota para o sul. O sul é mais quente e poderiam sobreviver sem uma vila. Do lado leste há montanhas e do lado oeste há o mar. Em algum ponto do caminho podem seguir para o sul entre os dois.

Sigrun apenas seguia os outros. Não sabia o que estavam fazendo ou como se portavam naquela mata, porém alguns a ajudavam ocasionalmente com o caminho. A confiança nas suas habilidades a ajudariam a sobreviver no frio.

OLAF

-"Osten está certo! Se formos pegos pela nevasca será nosso fim! Brighid sugere irmos para as montanhas, talvez possamos encontrar algum abrigo, uma caverna, ou algo assim! Vamos andando! Não devemos ficar parados enquanto decidimos!", dizia Olaf. Olhava para os amigos de infância e familiares e sabia que precisavam sobreviver juntos. Ou era o que imaginava no início. Alguns deles estão com tantos pertences que vão se cansar logo. E Aelleth está com quase nada, como esperara sobreviver desta forma?

TESTE:

Valda decidida se afasta lateralmente pelo norte em direção em ângulo para a cabana, sabe que o exército pode extrair a informação sobre a cabana de alguém e achar a sua localização, sabe também que a existência de um lugar que aparente ser seguro vai fazer com que os fracos e os mau preparados se enrolem tempo demais e sejam alvos fáceis para o exército e a única chance de vingança de Valda é a paciência e a inteligência

Escolho então partir com menos mantimento do que eu preciso, com a pressa de ser uma das primeiras a partir e nesse momento inicial prefiro partir procurando um terreno mais sólido onde seja mais difícil ser rastreado, locais mais pedregosos ou com as plantas já quebrando parte do gelo do inverno. Se algum de meus companheiros de ritual sair rápido de casa farei um aceno para que me siga, se não me preparo pra abandona-los a sua sorte

Sigrun não costumava se aventurar fora da vila a grandes distâncias e assim sendo estava meio desorientada e não sabia por onde ir, mas ao menos podia seguir os outros e isso ela faz e tenta manter-se aquecida com sua manta de inverno e esfregando as mãos...


- Temos que achar abrigo é verdade, mas também temos que pensar adiante talvez procurar outra vila e contar o que aconteceu...

Aelleth corre para fora da casa de seus pais e segue seus companheiros para saírem o quanto antes da vila. Logo surge a notícia de nevasca e uma decisão precisa ser feita. Quanto ao rastro Aelleth não se preocupa pois a nevasca irá apagar todo e qualquer rastro. Os escravagistas também serão atrasados pela nevasca, provavelmente evitando uma caçada e arriscando suas vidas por um punhado de escravos.

Aelleth: - Sugiro que apertemos o passo para a cabana ou para as montanhas. Os escravagistas não irão se arriscar na nevasca e nosso rastro será coberto pela neve. Depois poderemos seguir viagem sem nos preocupar tanto.

Enquanto tentam decidir sua próxima ação, Valda se afastou do grupo e desapareceu em meio a mata.

Os três irmãos, Sigrun e Aelleth seguem juntos por agora.

OFF:

Então vamos a cabana, porque aqui fora na neve não é o ideal e não vamos aguentar muito mais aqui. Diz Sigrun com frio.

Olaf não quer seguir pela nevasca, mas não quer ficar onde estão.

Sigrun quer seguir para a cabana, mas está com frio e medo de não sobreviver sem um abrigo.

Osten tenta incentivar a todos para seguirem, porém quer que fiquem atentos a possíveis abrigos.

Alelleth quer apertar o passo para irem para a cabana logo, não tem tanto medo do frio.

Bridhid também quer seguir direto para a cabana.

Com tantos detalhes diferentes na mata, quase não percebem que Valda desapareceu. A mata não é densa, mas é o suficiente para perder alguém. A estrada de terra segue em meio a mata subindo e descendo no terreno tortuoso. A coluna de fumaça da vila começa a desaparecer, sem a madeira nova o fogo não continuará para queimar tudo o que havia lá.

Efeitos do FRIO:

OLAF

Olaf segue com o grupo na direção à cabana. Ele precisa diminuir o ritmo dos passos para acompanhar o grupo.

-"Alguém se lembra quanto tempo leva até a cabana? Aposto que não seremos os únicos lá, tem o resto da vila que rumou para lá."

Então percebe que Valda não está com eles.

-"Ei, alguém viu Valda? Podia jurar que ela estava com a gente! Vou procurá-la, enquanto vocês seguem até a cabana! Estou com pouco peso, posso alcançá-los em breve!"

Olaf pretende procurar as pegadas de Valda e segui-las. Não deve ser difícil com toda esta neve. O grupo não deveria se separar desta forma, mas Olaf não gosta da ideia de deixar ninguém para trás. E se os escravagistas a pegaram... bem, seria útil saber da posição deles para proteger o grupo.

OFF:

OFF: seguir em frente os 24 testes é impossível mas não ligo, quem quiser se separar recomendo fazer isso se eu morrer não quero levar outro personagem junto.